Estudantes de Medicina da USP entram em greve contra o desmonte do Hospital Universitário
Tempo de leitura: 2 minCrédito da foto: Rapha Vianna
Nota do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC), dos alunos da Faculdade de Medicina da USP
A MEDICINA USP VAI ENTRAR EM GREVE!
Página do CAOC no Facebook, sugerido por Maria Gracia Oshiro e Emílio Rodriguez
No dia 09/11/2017, os alunos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo deliberaram, em Assembleia Geral dos Estudantes, entrar em greve em defesa de seu Hospital Universitário.
Há anos, o nosso hospital vem sendo submetido a um processo de precarização e desmonte, que se traduziu em Programas de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDVs), na não contratação de novos funcionários, no fechamento de diversos leitos, na sobrecarga das equipes e, consequentemente, no prejuízo às atividades de ensino e atendimento à população da região.
Desde 2014, buscamos reverter essa situação das mais diversas formas: abaixo-assinado, atos, paralisações, diálogo com o conselho universitário e a reitoria da USP, articulação com a população da região oeste. Apesar desses esforços, nos deparamos com uma indisposição da reitoria em dialogar e ainda um aprofundamento desse processo de desmonte.
Recentemente, a quantidade de profissionais na Pediatria do HU diminuiu ainda mais e se tornou insuficiente para prover um atendimento adequado, o que foi evidenciado pela morte de uma criança na sala de espera do Pronto Atendimento (PA), levando ao fechamento do serviço durante a noite para os casos considerados menos graves com o intuito de evitar casos como esse novamente.
Isso só reforça a impossibilidade do funcionamento de um hospital sem os devidos recursos humanos, sendo que o PA da pediatria agora enfrenta a possibilidade de fechamento por completo a partir do dia 21 de novembro, sem perspectiva de volta.
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O processo de desmonte em vigor não só prejudica os mais de 2430 alunos dos mais diversos cursos da saúde que estagiam lá anualmente, mas também toda a população que depende de seus atendimentos.
É sabido, ainda, que a região Oeste tem um déficit na atenção primária e secundária à saúde, de modo que o HU cumpre um papel ímpar na saúde dessa população.
Reconhecemos, portanto, enquanto estudantes e futuros profissionais da saúde, a convocação de greve como um último recurso na tentativa de restaurar a qualidade de atendimento e ensino do HU, um hospital de excelência em ensino e assistência e a principal referência de saúde da região oeste.
POR UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PÚBLICO DE QUALIDADE!
Comentários
Sônia Palheta
Infelizmente, a verdade tem que ser dita, pedira e apoiaram o golpe. Agora, paciência…
Sônia Palheta
Em Belém, os serviços prestados pela UEPA, como o teste do pezinho, estão sendo cancelados, pois a verba do governo federal nunca chega, fica pelo caminho. Escondida em ninhos tucanos
Andre Braatz
Frase para s coxinhas “paneleiros”: só faz medicina quem pode. PAGUEM pelo curso e seus privilégios completos e viva o capitalismo maravilhoso junto com sua meritocracia.
fernando
eles tinham que ficar bem quietinhos, afinal apoiaram o golpe contra a Dilma!!!
Julio Silveira
Agradeçam e muito aos já formados profissionais dá área, que no afã defenderem um monopolio para manutenção de serviços de pessima qualidade foram fortes apoiadores ao golpe politico social.
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