Diplomatas protestam contra postura pró-golpe de Bolsonaro. Mas no anonimato
Tempo de leitura: 2 minCarta distribuída por um grupo de diplomatas brasileiros da ativa, que não se identificaram com medo de represálias:
Um grupo representativo de diplomatas brasileiros vem manifestar repúdio a declarações do presidente da República e do ministro das Relações Exteriores que relativizam a natureza ilegal, inconstitucional e criminosa do regime de exceção instaurado no Brasil com o golpe de estado de 1964.
Declarações e atitudes dessa natureza, cada vez mais desmentidas por novas fontes documentais e sem precedentes na breve história da democracia inaugurada em 1988, violam os mais elementares compromissos que regem hoje a inserção internacional do Brasil e trazem danos graves à imagem do país.
A ditadura instaurada em 1964 cometeu crimes contra a humanidade, de forma sistemática e como estratégia para se manter no poder por mais de vinte anos.
Assassinou, sequestrou e torturou opositores de diversas correntes ideológicas, entre eles lideranças políticas contrárias à luta armada. Perseguiu funcionários públicos que não se sujeitaram ao arbítrio, inclusive militares e diplomatas.
Censurou as artes, o pensamento e a expressão da pluralidade brasileira. Arrancou de gerações de brasileiros os direitos políticos mais fundamentais.
Destruiu famílias, massacrou povos indígenas, estuprou mulheres, torturou crianças.
Deixou profundas e deletérias marcas na vida institucional do país, cujas consequências para o efetivo respeito aos direitos humanos ainda hoje enfrentamos.
As mencionadas declarações, que violam os princípios da dignidade humana e da prevalência dos direitos humanos nas relações internacionais, consagrados na Constituição Federal, tripudiam da memória das vítimas de um regime assassino.
Estendemos nossa solidariedade aos nacionais paraguaios e chilenos, igualmente ofendidos por declarações do mandatário brasileiro em alusão elogiosa às ditaduras que também se instalaram nesses países.
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Cabe recordar que a Comissão Nacional da Verdade, instituída por lei, dirigiu à diplomacia brasileira recomendações específicas, entre elas a de compreender como foi possível “se deixar capturar” pelo envolvimento direto na repressão, com graves consequências para as vidas de muitos cidadãos brasileiros (CVN, relatório final, p. 213).
Se em 1964 alguns líderes políticos aderiram ao golpe em seu primeiro momento, vinte anos depois foi Ulysses Guimarães quem resumiu em duas palavras o legado de duas longas décadas de arbitrariedade que vitimaram a sociedade brasileira e a humanidade.
Da ditadura, temos apenas “ódio e nojo”. Sobre esse sentimento erigiram-se as garantias fundamentais da Constituição de 1988.
Sobre essa base, apenas, legitima-se a ação internacional do Brasil, comprometida com a paz, os direitos humanos e a cooperação para o bem comum da humanidade, conforme os princípios elencados no artigo 4º da Constituição Federal.
Comentários
Wendel
Bem, li odos os comentarios e declino em fazer o meu mas dizer somente que os idiotas que o botaram lá que se fodam, muito embora inocentes tb venham a pagar a fatura.
Triste brasil colonia!!!!!
Mas tb divulgo minhas impressões sobre este des-governo.
Por etr de quatro para os EE:UU e Israel, acreito que esteja pagando a fatura por ter sido eleito por eles , afinal a Cia e o Mossad tiveram a meu ver atuação imporante naquela “fakadaneuws”, pois há muitos fatos ainda inexplicaveis, ou melhor ocultos, naquele episódio !!!
Zé Maria
https://twitter.com/jnascim/status/1059755339699154944
Dados sobre Exportações aos Países do Oriente Médio
Siga o Fio da Meada:
https://twitter.com/jnascim/status/1058200712750997506
Zé Maria
Essa Milícia de Psicopatas Fanáticos, Ignorantes e Burros
do (des)governo de Jair Bolsonaro ainda vai conseguir
atrair violência estrangeira para dentro do Território Nacional.
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Hamas critica visita de Bolsonaro a Jerusalém
e pede reação de países árabes
Em nota, grupo palestino diz que viagem
não ajuda a estabilidade e a segurança da região
e que ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos
O Hamas pede que o Brasil reverta sua política para a região
e apela para que a Liga árabe pressione o governo brasileiro
a por fim ao apoio à ocupação israelense dos territórios palestinos.
https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,hamas-critica-visita-de-bolsonaro-a-jerusalem-e-pede-reacao-de-paises-arabes,70002775430
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Embaixador palestino diz que manifestação do Hamas
é ‘posição política’ e nega retaliação
Diplomata descarta que manifestação coloque o Brasil
entre os inimigos do Hamas e defendeu que os canais adequados
sejam usados para eventuais esclarecimentos
https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,embaixador-palestino-diz-que-manifestacao-do-hamas-e-posicao-politica-e-nega-retaliacao,70002775715
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Exportações de carnes de frango e halal para Países Árabes
aumentaram 418% nos últimos 15 anos,
pulando de US$ 706 milhões em 2003
para US$ 3,65 bilhões em 2017.
Os Países Árabes e o Irã [que é Persa]
compraram mais de um terço (36,3%)
da proteína halal exportada pelo Brasil em 2017,
e respondem por cerca de 10% das exportações
do setor agropecuário do Brasil, e por quase
6% de todas as exportações brasileiras,
segundo dados do Ministério da Economia.
|30/03/2019| Reportagem: Júlia Dias Carneiro |Da BBC News Brasil|
O presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rubens Hannun, afirma que o tema é sensível, e que países árabes têm demonstrado preocupação em conversas, cartas e movimentações a nível diplomático.
“É arriscar desnecessariamente, algo que poderá colocar em risco um mercado que demorou muito para ser estabelecido”, considera Hannun. “Nosso medo é que essa relação (entre o Brasil e os países árabes) possa enfraquecer. Não haveria uma quebra imediata, mas a médio e longo prazo veríamos uma perda de potencial, um retrocesso.”
De acordo com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, as exportações de carnes de frango e halal para países árabes aumentaram 418% nos últimos 15 anos – pulando de US$ 706 milhões em 2003 para US$ 3,65 bilhões em 2017.
Hoje, o Brasil é de longe o principal fornecedor de proteína animal halal para o mundo árabe, tendo suprido 51,9% dessa demanda em 2017, segundo dados do Centro de Comércio Internacional (ITC) – ou seja, mais de metade do consumo.
Os países árabes e o Irã compraram mais de um terço (36,3%) da proteína halal exportada pelo Brasil em 2017, e respondem por cerca de 10% das exportações do setor agropecuário do Brasil, e por quase 6% de todas as exportações brasileiras, segundo dados do Ministério da Economia.
Um embargo árabe às exportações nacionais “amplia o grau de incerteza para que as empresas brasileiras realizem investimentos no território nacional voltados à expansão da produção de produtos halal, pois os novos investimentos podem se tornar gastos sem uso”, afirma a Câmara Árabe Brasileira.
Para uma fonte diplomática árabe ouvida pela BBC News Brasil, a mudança teria implicações negativas para a estabilidade na região e para as negociações do processo de paz no Oriente Médio, e geraria prejuízos à relação com países árabes sem uma real contrapartida na relação com Israel.
“Não há qualquer razão para fazer isso a não ser envergonhar os parceiros árabes em suas relações históricas com um país amistoso como o Brasil. A questão não é quem vai ganhar em relação a importações ou exportações. A questão real é por que abrir mão de uma oportunidade genuína de continuar a expandir parcerias em todas as áreas com os 22 países árabes, e com os 57 Estados-membros da OIC (Organização para a Cooperação Islâmica), em vez de um (Israel)”, afirma essa fonte, em conversa com a reportagem.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47748317
Zé Maria
Agora mesmo é que o Reverendo Araújo
vai caçar brux@s, até queimar inocentes.
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