Deputados denunciam ao MPF reitor que pediu à PM apoio para bloqueio de rodovia: ‘Conduta criminosa, atenta contra o Estado de Direito’

Tempo de leitura: 2 min
Beatriz Cerqueira e Rogério Correia denunciaram ao MPF de Minas Gerais o reitor-interventor Janir Alves Soares, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Fotos: Reprodução de redes sociais

Beatriz Cerqueira e Rogério Correia representam contra reitor da UFVJM por atuar em atos contra o Estado Democrático de Direito

Da assessoria de imprensa da deputada Beatriz Cerqueira

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT/MG), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, e o deputado federal Rogério Correia (PT/MG) protocolaram denúncia na Procuradoria-Geral da República do Ministério Público Federal de Minas Gerais contra o Reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Janir Alves Soares.

Os parlamentares solicitam a apuração da conduta do reitor que, conforme amplamente noticiado, solicitou formalmente ao Comandante do 3° Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais apoio para o bloqueio da BR 367, na cidade de Diamantina.

Tal atitude, destaca o documento, fomenta os atos antidemocráticos que questionam o resultado das urnas para os cargos de vice-presidente e de presidente da República e atentam contra o Estado Democrático de Direito, além de contrariar a determinação do Supremo Tribunal Federal (ADPF nº 519) para a imediata desobstrução das rodovias do estado.

O Estatuto da UFVJM proíbe que a Universidade tome “posição sobre questões político-partidárias ou religiosas, bem como adotar medidas discriminatórias ou baseadas em preconceitos de qualquer natureza”, conforme consta no §único do art. 3º. O estatuto estabelece no Art. 24. que ao Reitor compete compete: I- cumprir e fazer cumprir o Estatuto e o Regimento Geral da UFVJM.

Além disso, o reitor, na condição de representante máximo de uma universidade democrática, deve respeitar e zelar a Constituição Federal, as leis e as suas instituições democráticas, principalmente no que diz respeito à soberania popular”.

O documento segue com a argumentação de que “dentre os direitos e garantias fundamentais previstos no art. 5º da Constituição, ainda é importante ressaltar que o inciso XLIV estabelece que ‘a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático’, constitui crime inafiançável e imprescritível.

A Constituição Federal é a carta máxima democrática e cidadã do nosso País, portanto, todos, indistintamente da posição que ocupa na sociedade, devem zelar e respeitar os direitos e garantias fundamentais nela prevista”.

Beatriz Cerqueira e Rogério Correia argumentam que “a conduta denunciada é criminosa e atenta contra o Estado de Direito e as suas Instituições Democráticas, merecendo, a devida apuração e instauração de inquérito administrativo por parte deste Ministério Público Federal, de modo que, possa ser fielmente cumprida a decisão judicial proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADPF nº 519, bem como, que seja respeitada a Constituição Federal e o processo eleitoral, no que tange à sua legitimidade e eficácia como forma de expressão da vontade popular no pleito eleitoral de 2022”.

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Leia o documento na íntegra

Denúncia ao MPF contra reitor da UFVJM by Conceição Lemes on Scribd

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Comentários

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Adenilson Vieira

É importante que se manifestem; Assim, identificamos e neutralizamos esses vermes.
Sugiro passagem só de ida para o Afeganistão.

    Zé Maria

    Ou Ucrânia. Ou Polônia. Ou Hungria. Sem Volta.

Zé Maria

https://portal.ufvjm.edu.br/noticias/2019/novo-reitor-da-ufvjm-toma-posse-em-brasilia/abraham-weintraub-e-janir-alves-soares.jpg

12/08/2019

“Terceiro da lista tríplice Janir foi o escolhido pelo presidente Bolsonaro.”

O ministro da Educação, Abraham Weintraub [SIC], deu posse
ao professor Janir Alves Soares como reitor da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
de Minas Gerais.
Terceiro da lista tríplice, Janir Soares foi o escolhido
pelo presidente Jair Bolsonaro.
A nomeação saiu na edição de sexta-feira, 9 de agosto,
do Diário Oficial da União (DOU).

http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/212-educacao-superior-1690610854/78971-mec-empossa-o-reitor-da-universidade-federal-dos-vales-do-jequitinhonha-e-mucuri

    Zé Maria

    Bolsonaristas, Moristas, Olavistas, Nazi-Fascistas
    Infiltrados nas Instituições do Estado Brasileiro.
    Vamos ter de passar o Pente Fino nos Piolhos.

    Zé Maria

    Um Reitor de uma Universidade Federal se dizendo
    ‘Membro de um Grupo de Apoiadores do Movimento
    pela Intervenção Federal contra a Posse’ do Presidente
    da República já Declarado Eleito pela Justiça Eleitoral.
    #PelAmorDeDeus !

    https://html.scribdassets.com/5f93ish6o0abxkl5/images/7-452dbf0f05.jpg

    Zé Maria

    CÓDIGO PENAL NELE!

    Cadeia em todos dessa Organização Criminosa Montada

    para abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil!

    Zé Maria

    Eleição tirou do Armário
    o Neonazista que habita
    na Elite NaZional.
    .
    .
    Gestos, Falas e Atos Neonazistas Acendem Alerta
    sobre Riscos do Extremismo de Direita no Brasil

    Por Matheus Pichonelli, no Yahoo Notícias

    A antropóloga Adriana Dias, da Unicamp, alertou (https://bit.ly/3WIcZI9)*:
    em 2021, ao menos 900 mil pessoas baixaram no Brasil materiais
    com conteúdos neonazistas disponibilizados em páginas
    administradas por grupos neonazistas no Brasil.
    Era um saldo em relação aos downloads registrados
    entre 2002 e 2018.

    Os números, explicava a especialista, indicavam um interesse
    crescente pelo assunto no país.
    O acesso era facilitado por grupos de mensagem instantânea
    como o Telegram [e o WhatsApp].

    O Brasil, segundo ela, possui ao menos 530 células neonazistas
    atualmente.

    O acesso ao material não significava conhecimento do que foi
    a experiência nazista na Alemanha.
    Pelo contrário.

    “Pelos comentários e reações que monitoramos nas redes,
    é impressionante que as pessoas não tenham ideia do que
    foi o nazismo.
    Acham que foi uma coisa restrita à Alemanha.
    Muitos não sabem, por exemplo, que o Japão participou da guerra.
    Que ela envolveu a Europa inteira e os países da África.
    Ou que foi uma guerra contra o mundo e contra o povo judeu”,
    me disse ela, em janeiro de 2022.

    Corta a cena.

    Em novembro do mesmo ano, um grupo de manifestantes
    que bloqueava estradas em Santa Catarina para protestar
    contra a eleição de Lula (PT) foi flagrado fazendo uma
    saudação nazista durante o ato.

    O estado tem como vice-governadora uma pessoa incapaz
    de condenar o ato em público, para não ficar mal com a família,
    dada a simpatia de seu pai por Adolf Hitler.

    Perto dali, em Ponta Grossa (PR), uma professora foi demitida
    por fazer a saudação nazista na frente dos alunos.

    E, ao fim das eleições, estudantes de um colégio de elite
    em Valinhos (SP) criaram um grupo no WhastApp intitulado
    “Fundação Anti Petismo”, para protestar contra o resultado
    das urnas e divulgar ideias neonazistas.

    Discursos de ódio contra nordestinos e defesa da escravização,
    além de comentários racistas, foram difundidos no grupo.
    Um jovem negro de pais progressistas foi incluído no grupo,
    não se sabe se por engano ou coação.
    Mas o caso de racismo parou na direção da escola, que nada fez,
    e virou caso de polícia.

    Racismo no Brasil é crime, mas ninguém tem imagina que
    um estudante rico e branco possa sofrer qualquer tipo de punição,
    como suspensão ou expulsão do colégio, “só porque” defende
    extermínio de opositores por aí.

    Foi perto dali, na mesma cidade, que o morador de um condomínio
    humilhou com ofensas racistas um motoboy negro
    após um desentendimento.
    O episódio causou escândalo por escancarar o que, na ordem
    subentendida da branquitude, deveria permanecer velado.

    Se alguém ainda acha que neonazismo é brincadeira de criança,
    sem consequência prática além da curiosidade mórbida,
    é bom repensar.

    Aqueles jovens defendendo a morte de opositores
    não fizeram nada do que já não ouviram dentro de casa.
    Não falta a essa gente nem o ódio, nem o discurso, nem as armas.

    A transformação de grupos sociais em inimigos, na Alemanha
    sob Hitler, exigia que os alvos passassem por um processo
    de desumanização, tendo sido retratados como ratos
    muito antes de serem eliminados em campos de concentração.

    No Brasil, não faltam por aí quem defenda extermínio de eleitores
    petistas, nordestinos ou minorias abraçadas por grupos progressistas que não são compreendidos como gente, mas como uma ameaça
    que precisa ser detida [e eliminada da sociedade].

    A propaganda e destilação de ódio funcionou na Europa do século 20
    e está em curso por aqui desde pelo menos 2013.

    Autoridades (as que ainda não foram cooptadas), instituições
    e a consciência histórica precisam agir a tempo.

    Caso contrário, ninguém poderá se dizer surpreso quando
    herdeiros das mais trágicas experiências do último século
    decidirem fazer, por sua conta e risco, a sua “Solução Final”
    contra quem elegeram como inimigo.

    https://br.noticias.yahoo.com/gestos-e-falas-neonazistas-acendem-alerta-sobre-riscos-do-extremismo-no-brasil-140454846.html

    (*) Leia:
    “O Crescimento do Neonazismo no Brasil”
    Em 2021, 900 mil pessoas acessaram
    material neonazista no Brasil,
    diz antropóloga

    https://br.noticias.yahoo.com/crescimento-neonazismo-brasil-entrevista-adriana-dias-unicamp-115802446.html

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