Deputado Paulo Pimenta pede a Janot que investigue caso HSBC

Tempo de leitura: 2 min

Rodrigo JanotDeputado Paulo Pimenta apresenta ao Procurador-Geral da República pedido de investigação sobre escândalo do HSBC

da assessoria do deputado, via e-mail

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) apresentou junto à Procuradoria-Geral da República pedido de instauração de procedimento investigatório para apurar o envolvimento de clientes brasileiros e o banco HSBC, na Suíça, no episódio de sonegação fiscal, conhecido como SwissLeaks. Diante das buscas realizadas hoje (18) pelo Ministério Público de Genebra nos escritórios do HSBC, e da abertura de investigação por parte da Justiça suíça e de países como França, Bélgica, Estados Unidos e Argentina, o deputado Pimenta defende que o Brasil adote postura semelhante e conduza sua própria investigação, de modo a não depender, exclusivamente, das informações divulgadas pelas agências internacionais.

Na representação, protocolada nesta quarta-feira (18), o parlamentar pede apuração sobre possíveis crimes contra a ordem tributária, contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. “As informações publicadas indicam que o HSBC teria um papel ativo na facilitação de abertura de contas, sem questionar a origem do dinheiro, permitindo aos clientes a retirada de grandes quantias em moeda estrangeira, contribuindo, assim, para evasão fiscal e, também, para acobertar ações de criminosos internacionais, empresários e agentes públicos suspeitos de corrupção”, diz trecho da representação feita pelo deputado Pimenta ao Ministério Público Federal.

Na semana passada, o deputado Paulo Pimenta já havia formalizado pedido de providências e esclarecimentos ao Ministério da Justiça. Com essas medidas junto às autoridades do país, o parlamentar espera, em uma primeira etapa, a identificação dos brasileiros envolvidos, e que os documentos e elementos apurados sejam trazidos ao conhecimento da sociedade, uma vez que há, segundo Pimenta, uma blindagem da grande mídia nacional em relação ao, chamado, escândalo do HSBC.

SwissLeaks veio a público após a divulgação de documentos, pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ), que aponta a existência de contas secretas e  em um caso bilionário de evasão fiscal. Segundo a imprensa internacional, há o envolvimento de 106 mil clientes de 203 países. O Brasil ocupa a 4ª posição em número de clientes ligados a contas do HSBC na Suíça, com um total de 8.667. Em volume de dinheiro, o Brasil é o 9º lugar na lista, totalizando 7 bilhões de dólares.

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Comentários

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FrancoAtirador

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Abertura de Contas braZileiras no HSBC Suíço
teve Pico durante Privatizações de FHC (PSDB)

Por Eduardo Guimarães, o Blog da Cidadania

Informações do ICIJ sugerem que os brasileiros envolvidos na maracutaia suíça podem ter relações muito maiores com um escândalo bem mais antigo, as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.

Segundo o que já foi divulgado grande parte das contas
de brasileiros no HSBC suíço foi aberta entre 1988 e 1991.
De 1991 a 1997, essa abertura de contas perde fôlego.
Mas, a partir de 1997, há um novo pico.
Essa forte abertura de contas dura até 2001.

Como se sabe, foi a partir de 1997 que as privatizações do governo FHC ganharam impulso.
E foi por volta de 2000/2001 que o processo perdeu fôlego.

Íntegra em:

(http://www.blogdacidadania.com.br/2015/02/abertura-de-contas-no-hsbc-suico-teve-pico-durante-privatizacoes-de-fhc/#comment-1555743)
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Fabio Silva

Enquanto isso, manchete na página inicial do UOL diz que a Petrobrás esconde dinheiro na Suiça. Depois o título da matéria também dá a entender isso.

http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1661225-justica-quer-saber-se-hsbc-ajudou-a-camuflar-origem-do-dinheiro-da-petrobras

Léo

Demorou

Romanelli

cuidado, quem procura acha..

Leio aqui e alhures que todos querem saber quem se beneficiou com o HSBC

PHA mesmo, hoje, tripudia e diz claramente que tem TUCANO preocupado, além do Amauri.

Agora, fico pensando, e se no meio do lixo aparecer mais PTista ?

O que ? Duvida ?

Ah, já sei, aí terá sido um simples caso de CAIXA 2, né ? ..sei sei

    abolicionista

    Xi, você ainda está preocupado com essa guerra palaciana? Ainda não perdeu a paciência? Qual a diferença entre o roto e o rasgado? Eu já não tenho mais estômago pra isso. Em vez de ficar tomando partido (e trocando gato por lebre), que tal tentarmos analisar a situação geral?

Eduardo

Peter Oborne.

Eduardo

A Carta Capital deveria contratar o Petersburgo Oborne do Dayly Telegraph pelo menos temporariamente, já que o Sistema Globo certamente quer distância de Jornalista dessa qualidade.

JURIDICO

na verdade ele está com medo que acabem com a GUATANAMO do PARANA por isso pediu ajuda ao JOAQUIM. quizim, morolista (minúscula mesmo) ,globo e veja armam para esconder caso HSBC onde a globo está envolvida ate o “cabo”

Julio Silveira

Isso é um assunto para o PT cantar em unissono. Mas, cadê?

FrancoAtirador

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JORNALISTA BRITÂNICO ACUSA MÍDIA BANDIDA

DE OMITIR INVESTIGAÇÃO SOBRE BANCO HSBC

“A conta do HSBC, segundo me foi dito
por uma pessoa extremamente bem colocada
na administração do jornal,
‘era muito valiosa’.
Segundo um executivo me disse,
o HSBC ‘era um anunciante
que não se podia ofender’”

18/02/2015 – 17:55
Observador, via Portal GGN

CASO SWISS LEAKS

Colunista do Telegraph denuncia “fraude”
na cobertura do caso SwissLeaks

Peter Oborne, principal comentador político do Telegraph,
abandonou o jornal e denuncia agora que jornalistas
foram impedidos de investigar o HSBC no passado
devido a contratos de publicidade com o Banco Britânico.

Supressão de investigações jornalísticas em benefício de anunciantes, despedimentos injustificados de jornalistas, trabalhar para o clique abordando temas sensacionalistas e dar cabo da secção de cobertura de temas internacionais, são apenas algumas das acusações que Peter Oborne, colunista, faz ao Telegraph (que no seu portal online informação do Daily Telegraph e do Sunday Telegraph), jornal para o qual trabalhou nos últimos cinco anos.
Oborne acusa mesmo o jornal de “fraude” para com os seus leitores.

Peter Oborne era o principal colunista político do jornal britânico Telegraph e depois de ter saído do jornal em janeiro, acusa-o agora de ter impedido várias investigações ao banco britânico HSBC – que esteve nas noticias durante a semana assada devido à ocultação de conta na Suíça, no caso Swiss Leaks.

Num artigo publicado no site OpenDemocracy, o colunista diz que estas investigações nunca aconteceram porque a administração do jornal temia que o HSBC retirasse a publicidade.

“A conta do HSBC, segundo me foi dito por uma pessoa extremamente bem colocada na administração do jornal era muito valiosa. Segundo um executivo me disse, o HSBC ‘era um anunciante que não se podia ofender’”, escreveu Peter Oborne.

Oborne conta mesmo que a equipa de investigação do jornal recebeu informação sobre contas do HSBC na ilha de Jersey mas que passados três meses e apenas com seis artigos publicados, foram ordenados a destruir todo o material relacionado com a investigação.

O HSBC suspendeu a publicidade no jornal, voltando a anunciar nesta publicação passados 12 meses.

Depois deste episódio, o colunista diz que o próprio administrador do Telegraph Media Group, Murdoch MacLennan, passou a analisar todos os artigos ligados a este banco e qualquer referência ligada a lavagem de dinheiro no HSBC foi “completamente banida”.

Outra evidência desta conivência com o banco, segundo Oborne, é a atual cobertura do escândalo SwissLeaks.

“Era preciso um microscópio para encontrar a cobertura do Telegraph: nada na segunda-feira, seis parágrafos na terça-feira […] O Telegraph só prestou atenção quando o escândalo começou a envolver personalidades do Partido Trabalhista”, escreveu o antigo colaborador.

O tema no Reino Unido contagiou o debate político já que muitos dos contribuidores para a campanha dos Conservadores tinham contas na Suíça, fugindo aos impostos no Reino Unido.

Oborne, que diz ter ficado entusiasmado ao ser convidado para escrever neste jornal há cinco anos por ser um jornal conservador de referência, refere ainda vários despedimentos, nomeadamente do editor Tony Gallagher e de vários jornalistas que cobriam a situação internacional – o colunista diz mesmo que esta secção do jornal foi “dizimada” – como exemplos de queda de qualidade do jornal.

No ano passado, com a chegada do novo editor Jason Seiken – que se tornou também gestor de conteúdos – iniciou-se a cultura do clique em que as “histórias pareciam já não importar, assim como a sua precisão e interesse para o jornal”, dando como exemplo o relato de uma mulher com três mamas. Segundo Oborne, um administrador admitiu que já sabia que a notícia era falsa antes de ser publicada e diz ter a certeza que foi publicada para criar tráfego para o site.

“Eu não digo que o tráfego online não é importante, mas a longo prazo, estes episódios acabam por fazer um dano incalculável à reputação do jornal”, afirma Oborne.

O colunista diz ainda que questionou oficialmente o Telegraph sobre estas questões, mas que a resposta oficial não coincidiu com a prática:

“Nós queremos dar aos nossos parceiros comerciais um variedade de soluções de publicidade, mas a distinção entre publicidade e os nossos artigos que ganham prémios é fundamental para o nosso negócio. Nós refutamos qualquer alegação em contrário.”

A investigação sobre o SwissLeaks, levada a cabo por jornais
como o Guardian e outros meios de comunicação em todo o mundo,
fizeram com que o HSBC suspendesse a publicidade no jornal britânico.

(http://jornalggn.com.br/noticia/colunista-do-telegraph-denuncia-%E2%80%9Cfraude%E2%80%9D-na-cobertura-do-caso-swissleaks)
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    FrancoAtirador

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    O Abutre, a Imprensa braZileira e a Lista do HSBC

    Por Fábio de Oliveira Ribeiro, no Portal GGN

    O vazamento de uma lista de sonegadores que mantinham contas no HSBC da Suíça provocou uma verdadeira caça as bruxas na imprensa mundial.

    Políticos, celebridades, artistas, milionários, etc… tem sido intensamente criticados e questionados em razão de terem seus nomes mencionados no documento.

    No Brasil nada disto está ocorrendo.

    Na verdade a imprensa está sendo acusada de sonegar
    os nomes dos brasileiros que estão na mesma.

    Há bem pouco o filme “O Abutre” foi discutido aqui mesmo no GGN (http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-abutre-por-fabio-de-oliveira-ribeiro).

    Volto ao assunto por causa de uma semelhança entre a atuação do protagonista daquele filme e a conduta dos principais veículos de comunicação brasileiros.

    Uma das cenas de “O Abutre” sugere que o anti-herói sabotou o veículo de seu concorrente.

    Em outra cena ele está filmando o acidente do mesmo para transformar em notícia gratuita o infortúnio do outro jornalista freelancer.

    A divulgação do acidente, porém, não revela sua causa nem indica quem foi seu causador.

    O que o protagonista fez não é revelado, pois para ele não interessa que o respeitável público fique sabendo como o acidente e a notícia foram produzidos.

    A notícia da lista dos sonegadores do HSBC já foi produzida, mas os nomes dos brasileiros envolvidos não estão sendo divulgados pela imprensa.

    Ocorre neste caso algo semelhante ao fenômeno abordado no filme “O Abutre”.

    Os jornalistas sabem quem são as pessoas que sonegaram impostos no Brasil e depositaram fortunas no HSBC da Suíça, mas se recusam a divulgar os nomes porque acreditam que o respeitável público não precisa saber os detalhes sórdidos da notícia.

    Suponho que entre os correntistas do HSBC estejam aliados dos donos de empresas de comunicação ou talvez alguns deles.

    O episódio da sonegação dos nomes dos brasileiros com fortunas ilícitas depositadas no HSBC tem ao menos uma virtude.

    Ele comprova que o “O Abutre” é um filme bastante inocente se for comparado a realidade da atividade diária dos malfeitores que controlam a imprensa no Brasil para transformar realidade em ficção e ficção em realidade.

    Nada de caça as bruxas em nosso país.

    Aqui, as bruxas comandam a imprensa
    e não desejam ser caçadas
    por causa de sonegação fiscal
    e transferência ilegal de fundos
    para o exterior.

    (http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-abutre-a-imprensa-brasileira-e-a-lista-do-hsbc-por-fabio-de-oliveira-ribeiro)

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