Deputado bolsonarista chega de colete à prova de balas para falar de corrupção na compra de vacinas envolvendo Bolsonaro; veja como foi depoimento

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O deputado demo Luis Miranda, do Distrito Federal, e seu irmão Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, vão depor esta tarde à CPI da Pandemia.

“É muito mais grave”, disse Luís Ricardo sobre o que se passou nos bastidores da compra da vacina indiana Covaxin.

O irmão dele chegou para depor usando colete à prova de balas e cercado por homens da Polícia Legislativa.

O governo diz que não comprou, mas empenhou — ou seja, separou no Orçamento — R$ 1,6 bilhão para comprar a vacina a 15 dólares a dose, 5 a mais que a vacina da Pfizer.

Luís Ricardo disse que se negou a assinar um invoice que permitiria o pagamento antecipado de U$ 45 milhões a uma empresa que não constava no contrato, a Madison.

A empresa de fachada, baseada em Cingapura, seria ligada à fabricante de vacinas.

Luís Ricardo e o irmão deputado estiveram pessoalmente com Jair Bolsonaro para fazer a denúncia.

O presidente disse que acionaria a Polícia Federal, mas o inquérito não foi aberto.

A Covaxin foi a única vacina que o governo pretendia comprar usando uma empresa intermediária, a Precisa, que é ligada à Global — esta sob investigação por ter recebido um pagamento antecipado do Ministério da Saúde do governo Temer e não ter entregue a encomenda.

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O ministro então era Ricardo Barros, hoje líder do governo na Câmara.

Hoje a revista Veja revelou que Flávio Bolsonaro intermediou uma reunião com o dono da Precisa no BNDES.

Além de ter tido uma negociação rápida — três meses, contra onze da Pfizer –, o acerto com a Covaxin foi o único que teve participação direta do presidente da República.

O empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa, só vai depor semana que vem.

O secretário de governo Onyx Lorenzoni acusou o deputado acusador e seu irmão de terem forjado um documento, mas uma cópia do mesmo documento se encontra no site do Ministério da Saúde.

Os senadores querem saber se o governo teria atrasado a compra de outras vacinas para justificar a compra do imunizante Covaxin por um preço mais alto.

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Comentários

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Bíblia do Bolsonarismo

nunca pensei que um dia fossem tratar por tentativa de corrupção quere comprar a melhor e mais cara vacina para o povo brasileiro .

    Zé Maria

    Corrigindo

    “Covaxin: A PIOR e Mais Cara Vacina”.

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/E4waNaMWEAIEcPz?format=png

“O deputado Luis Miranda disse na #CPIdaCOVID
que Bolsonaro sabe qual é o deputado
que está por trás do esquema de corrupção
da compra da Covaxin.
O presidente já sabia e não fez nada?
PREVARICOU!
O Brasil precisa saber quem é este parlamentar!”

https://twitter.com/fernandapsol/status/1408528598173110273
https://twitter.com/OdraudeIzrets/status/1408529611080806402
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1408529268129337351
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1408532985515806725

Zé Maria

.
Diretor-Geral da Polícia Federal não atendeu
ao Ofício do Presidente da CPI do Senado:
.
Oficio nº 1624/2021 – CPIPANDEMIA

Brasília, 23 de junho de 2021

A Sua Senhoria o Senhor
PAULO GUSTAVO MAIURINO
Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal

Assunto: Urgente – Proteção policial para depoentes da CPIPANDEMIA e de seus familiares

Senhor Diretor-Geral,

Cumprimentando-o cordialmente, dirijo-me a Vossa Senhoria na condição de Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal, criada por meio dos Requerimentos nº 1.371/2021 e nº 1.372/2021, e responsável por investigar atos relacionados à pandemia causada pelo coronavírus.

Nesta sexta-feira, esta Comissão Parlamentar de Inquérito tomará o depoimento do Sr. Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e do seu irmão e Deputado Federal Luis Claudio Fernandes Miranda.

Os depoentes relatam que, em razão das informações sensíveis que terão a transmitir a este colegiado por ocasião de seu depoimento, têm recebido uma serie de ameaças à sua integridade física e à integridade física de seus familiares.

Diante desse contexto, na condição de Presidente deste inquérito parlamentar, com vistas a preservar a integridade física dos depoentes e de seus familiares, bem como para assegurar o adequado andamento das investigações ora carreadas, requisito a imediata disponibilização de proteção policial, por este r. Departamento de Polícia Federal, aos depoentes e a seus parentes mais próximos, quais sejam, esposas e filhos.

Certo de que Vossa Senhoria dispensará toda a atenção e pronto atendimento ao presente pleito, coloco-me à disposição para dirimir eventuais dúvidas.

Atenciosamente,

Senador OMAR AZIZ
Presidente da CPI Pandemia
.
.

Zé Maria

Excerto

“Além de ter tido uma negociação rápida — … –,
o acerto com a Covaxin foi o único que teve
participação direta do presidente da República.”

Zé Maria

Os Irmãos Miranda têm mesmo que se cuidar.

Os Milicianos Bolsonaristas costumam andar
Armados, até mesmo dentro do Congresso
Nacional.

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