Levante denuncia prisão de militantes; Globo teve acesso a eles antes que os advogados
Tempo de leitura: 2 minColaboradores da Mídia Ninja e ativistas do Levante Popular são detidos após ato contra a condenação de Lula
do Sul21, com foto do Mídia Ninja
Na noite da quarta-feira (24), dia do julgamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), 26 pessoas – entre ativistas e jornalistas – foram detidos em Porto Alegre.
Segundo a advogada Jucemara Beltrame, uma das responsáveis pela defesa do grupo, a ação ocorreu após uma queima de pneus na Avenida da Azenha, na tarde no mesmo dia, em resposta à condenação do ex-presidente Lula.
Assim, entre 20h e 20h30min, policiais do Serviço de Inteligência (P2), não fardados, renderam as mais de 20 pessoas acusadas de formação de quadrilha e incêndio criminoso.
Entre elas, um repórter e um fotógrafo do veículo de midiativismo Mídia NINJA.
O fotógrafo é menor de idade.
Assim, o grupo foi inicialmente encaminhado para o DECA (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente).
Lá, seus celulares foram recolhidos e o direito constitucional à comunicação após prisão em flagrante teria sido negado.
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Os advogados, membros de uma rede de assistência para movimentos sociais, foram chamados cerca de uma hora depois das detenções.
“Eles não puderam contatar nem os advogados e nem os pais”, afirma Jucemara.
O menor de idade foi liberado.
Os demais foram encaminhados para a 3ª DPPA de Porto Alegre. Segundo Jucemara, durante esse processo, uma equipe da RBS teria chegado ao Departamento e conseguido acesso “franqueado” aos jovens e a um dos veículos detidos.
“Eles puderam passar por onde os advogados não tiveram acesso. Filmaram um dos carros detidos com objetos pessoais de forma irrestrita e sem a presença dos proprietários”, conta a advogada que detalha, também, o fato de outros repórteres da Mídia NINJA não terem tido acesso ao caso como a equipe da filiada à Rede Globo.
Dos 26 detidos inicialmente, 16 permanecem sob custódia policial. Dentre eles, 13 mulheres – que serão encaminhadas ao Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier – e três homens – que serão encaminhados ao Presídio Central de Porto Alegre.
Não foi concedido possibilidade de pagamento de fiança. A advogada explica que, agora, será solicitado um relaxamento de prisão para que eles possam responder em liberdade.
“São todos muito jovens e estão assustados. Mas são réus primários com bons antecedentes, tudo indica que o juiz irá conceder o relaxamento”, explica.
No entanto, ela lembra da forma como os policiais operaram durante as detenções. “Muita arrogância. Eles tinham uma postura muito dura em relação às manifestações”, declara.
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Comentários
Thiago Ferreira Lion
A classe média sabe que não existem provas contra o Lula.
A classe média sabe que o Bolsonaro é um maluco e que é corrupto.
A classe média sabe que o PSDB está mais para uma quadrilha.
Só que a questão para a classe média não é a corrupção.
Corrupção é só cortina de fumaça.
A questão para a classe média é manter 80% da população na pobreza enquanto desfruta a vida. E para isso precisa que só ela tenha educação superior e meios cognitivos de tentar uma vida melhor.
Para a classe média, pobre não pode ser bem alimentado, não pode receber estímulos para se desenvolver, não pode fazer curso superior.
Para a classe média, lugar de pobre é ou levantando parede por meio salário mínimo, ou morrendo de fome nas ruas….
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