Conselho Nacional de Direitos Humanos repudia tentativa da Confederação Israelita do Brasil de censurar Breno Altman; nota
Tempo de leitura: 3 minConselho Nacional de Direitos Humanos repudia CONIB por censura contra Breno Altman
Organismo vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos aprova resolução condenando a Confederação Israelita do Brasil por seus processos contra o fundador de Opera Mundi, caracterizando essas ações como ataque à liberdade de expressão
Por Victor Farinelli, em Opera Mundi
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) expressou, em documento intitulado “Nota em repúdio à tentativa de censura por parte da Confederação Israelita do Brasil”, condenação ao que descreveu como “tentativa de censura” contra o jornalista Breno Altman.
Na nota aprovada em 2 de fevereiro, a entidade afirma que “para tentar calar Breno Altman (e outras pessoas que expressam livremente suas opiniões), a CONIB entrou com duas ações (uma cível e outra criminal) para censurar seus comentários, retirar do ar suas postagens e impedir sua participação em lives, vídeos e manifestações sobre a questão palestina”.
“Jornalistas em todo o mundo têm denunciado os ataques, exigindo o cessar-fogo imediato. No Brasil, uma das mais potentes vozes contra os bombardeios de Israel parte do jornalista Breno Altman, de origem judaica, e feroz crítico da política sionista do atual governo israelense”, ressalta a nota.
O CNDH acrescenta que “desde que eclodiu o recente conflito entre Israel e a Palestina, com brutais bombardeios à Faixa de Gaza, que já vitimaram mais de 20 mil pessoas, entre elas milhares de crianças e mulheres, a comunidade internacional tem se atentado para o que está sendo chamado de genocídio do povo palestino, promovido pelo governo de Benjamin Netanyahu”.
O texto da entidade também lembra que “a Constituição Federal, em seu artigo 220, é categórica em afirmar a livre manifestação de expressão. Parágrafo 1º: ‘Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV’. Parágrafo 2º: ‘É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística’”.
“O CNDH vê com muita preocupação a escalada de censura a jornalistas e comunicadores e a utilização de mecanismos jurídicos para coibir a livre manifestação de opinião. A Conib tem pleno direito de se contrapor às ideias defendidas pelo jornalista Breno Altman e por outros, mas não cabe a ela ou qualquer outra pessoa ou entidade, tentar coibir a liberdade de expressão, agindo no sentido contrário à Constituição Federal brasileira”, acrescenta o documento.
Ao finalizar a nota, o CNDH ressalta que sua missão é “defender a ampla liberdade de expressão, com responsabilidade, sem censura prévia ou ameaças que se voltem contra a integridade das pessoas por conta de suas opiniões”.
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“A morte de mais de uma centena de jornalistas na Faixa de Gaza, em função dos bombardeios de Israel, expressa de maneira brutal e perversa as tentativas de calar a cobertura jornalística, a livre circulação de notícias e a liberdade de opinião e expressão”, conclui o texto.
REAÇÕES
O advogado Pedro Serrano, que representa Altman em todos os casos nos quais é acusado pela CONIB, considerou a nota do CNDH “excelente”.
Para ele, o documento “deixa claro que a defesa da livre expressão não consiste em ser ou não a favor das opiniões que foram manifestadas pelo Breno Altman, e sim de defender o direito de todos nós a termos diferentes pontos de vista”.
Sobre as possíveis consequências da nota da CNDH sobre os processos movidos pela CONIB contra Altman, o defensor declarou que “pode haver reflexo indireto, porque a nota inclusive cita os artigos da Constituição Federal que zelam pelo direito à liberdade de expressão, e cabe à Justiça agir de acordo com esses artigos”.
“A nota não é uma decisão jurídica, mas uma posição política muito importante, pois mostra claramente de que lado os direitos humanos estão nesse caso”, completou Serrano.
A diretoria da CONIB e seus advogados foram procurados para analisar a decisão do CNDH, mas não deram retorno até o fechamento da matéria.
Opera Mundi informará o ponto de vista da entidade e sua assessoria jurídica assim que vierem a se manifestar.
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O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) está ligado diretamente ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, liderado atualmente pelo ministro Sílvio Almeida.
Em sua página na internet, o CNDH explica a sua finalidade e missão:
“É um órgão colegiado de composição paritária que tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil através de ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos, previstos na Constituição Federal e em tratados e atos internacionais ratificados pelo Brasil”.
“Sua missão institucional tem como orientação os Princípios Relativos ao Status das Instituições Nacionais de Direitos Humanos (Princípio de Paris), definidas pela ONU em 1992, marcados pelo pluralismo e pela autonomia”.
Abaixo, a íntegra da nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH)
Reprodução da nota do CNDH sobre as ações judiciais da Conib contra Breno Altman
Comentários
Zé Maria
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Las víctimas de los recientes ataques de Israel contra la Franja de Gaza,
que han causado la muerte de al menos a 27.585 palestinos y cerca de
67.000 más han sido heridos, en su mayoría mujeres y niños.
(Ali Jadallah – Agencia Anadolu)
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“Historiador resalta que el Sionismo
es una Extensión del Imperialismo
Occidental en Tierra Santa”
“Los Propios Sionistas lo Reconocieron
como un Proyecto Colonial y buscaron
el Apoyo de la Mayor Potencia Imperial
de la Época, el Imperio Británico”,
recordó Ussama Makdisi, Profesor de la
Universidad de California Berkeley (USA).
El sionismo inflingido a Palestina es una extensión del imperialismo occidental en Tierra Santa, según el destacado historiador palestino-estadounidense, Ussama Makdisi.
En una entrevista exclusiva con la Agencia Anadolu, Makdisi, profesor de historia de la Universidad de California Berkeley, indica que es esencial darse cuenta de que el conflicto palestino-israelí se remonta a la Declaración Balfour de 1917, no al 7 de octubre de 2023.
“Así, en noviembre de 1917, Lord Arthur Balfour, un europeo que era entonces secretario de Asuntos Exteriores británico, prometió a otro europeo, Lord Rothschild, que el Imperio Británico apoyaría un hogar nacional judío en Palestina, al ignorar el hecho de que la abrumadora mayoría en el tierra eran palestinos”, dijo.
Subraya que la declaración, que reconocía los derechos civiles y religiosos pero no políticos de los palestinos, fue el comienzo del sionismo colonial.
“Y el mandato británico atrozmente prosionista, en sus estructuras administrativas y políticas, trasplantó el sionismo de origen europeo a Palestina”, relató Makdisi.
El experto señala que el sionismo surgió en Europa, no entre las comunidades judías del Imperio Otomano o del Oriente Medio o del mundo musulmán en general.
“Es decir, el sionismo respondió a las cuestiones europeas. Respondió al antisemitismo europeo, al racismo europeo, al nacionalismo europeo y al romanticismo europeo. Los líderes sionistas también propusieron una solución esencialmente europea: colonizar la tierra de otra persona y transformarla en un Estado judío al estilo europeo”, continuó.
Makdisi enfatiza que “los propios sionistas lo reconocieron como un proyecto colonial y buscaron el apoyo de la mayor potencia imperial de la época, el Imperio Británico”.
Al comentar sobre el apoyo occidental al sionismo y el actual apoyo occidental a Israel, el experto llama nuevamente la atención sobre el papel del antisemitismo en Europa.
“En primer lugar, las persecuciones antisemitas en algunos países europeos y los pogromos en Rusia generaron simpatía hacia el sionismo a finales del siglo XIX”, expresó Makdisi.
“Y en segundo lugar, estaba la paradoja del antisemitismo europeo que fomentaba un aspecto del sionismo colonial: trasladar a la población judía de Europa a Palestina parecía resolver lo que se conocía como la Cuestión Judía”, agregó.
Al citar un ejemplo concreto, Makdisi añade que el secretario de Estado británico para la India, Edwin Montagu, que era judío, se opuso a la Declaración Balfour, que calificó de antisemita, ya que sugería que los judíos pertenecen a Palestina, no a Europa.
Sionismo, cristianismo occidental y liberalismo
Cuando se le preguntó sobre la percepción de que los protestantes evangélicos han sido particularmente firmes partidarios del sionismo y de Israel, Makdisi señaló: “No son sólo los cristianos religiosos sino también los liberales occidentales los que han sido los más firmes partidarios de Israel”.
“Aunque el primer grupo de misioneros protestantes en Tierra Santa a principios del siglo XIX quería convertir a judíos, musulmanes y cristianos, sus puntos de vista se volvieron más matizados como resultado de sus experiencias en el campo”, resaltó.
Sin embargo, los liberales seculares y sus Estados liberales han estado desempeñando un papel crucial en apoyo al sionismo y a Israel, indica.
La lucha palestina como movimiento de liberación nacional.
Makdisi enfatiza que los palestinos, independientemente de su religión y tendencias ideológicas, han estado unidos en la lucha por una Palestina libre desde el principio, y la represión por parte de Israel sólo condujo a una solidaridad creciente entre los palestinos cristianos y musulmanes, ya sea que se encuentren en Gaza, Cisjordania, Jerusalén Este o en la diáspora.
Sin embargo, Israel y sus partidarios distorsionan deliberadamente la realidad y presentan la lucha palestina como una campaña terrorista de extremistas islamistas, destaca.
Apoyo transnacional a la lucha palestina
Al comparar la lucha palestina de la década de 1960 con la de 1980, liderada por la Organización para la Liberación de Palestina (OLP) de Yasser Arafat, Makdisi dice que el apoyo a Palestina es ahora aún más amplio y popular, no sólo en el Sur Global como antes, sino también en Occidente.
“A pesar de la enorme y sistemática censura, intimidación y represión, hay una importante movilización juvenil en Occidente, como se ha visto en las manifestaciones en varias ciudades y campus universitarios europeos y estadounidenses”, resaltó.
Biden e Israel
Makdisi afirma que el presidente estadounidense, Joe Biden, que atrajo la mayoría de los votos árabes y musulmanes en las elecciones de 2020, es más proisraelí que incluso el expresidente conservador y de derecha Ronald Reagan.
“Es sorprendente ver cuán cruel ha sido con los palestinos, cuán sordo con los estadounidenses que han simpatizado con los palestinos y cuán insensible con los palestinos que tienen familiares en Gaza o con los estadounidenses que sólo quieren la paz. Está totalmente desconectado de su base electoral, de los jóvenes”, dijo.
En este contexto, Biden podría tener consecuencias en lo que respecta a su candidatura a la reelección, advierte.
[Ahmet Gencturk | Agencia Anadolu 05.02.2024 – Actualızacıón: 06.02.2024]
https://www.aa.com.tr/es/mundo/historiador-resalta-que-el-sionismo-es-una-extensi%C3%B3n-del-imperialismo-occidental-en-tierra-santa/3128348
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Ver también:
https://pbs.twimg.com/media/GFu3PSVWQAAUxt_?format=jpg
Las escaleras que conducen a la Basílica del Sagrado Corazón,
uno de los monumentos más famosos de Francia, fueron pintadas
con los colores de la bandera palestina para protestar por los ataques
de Israel contra la Franja de Gaza y mostrar solidaridad con los palestinos
en París, la capital francesa, el 5 de febrero de 2024.
(Mohamad Salaheldin Abdelg Alsayed – Agencia Anadolu)
Graffitis que lee “Palestina Libre” también fueron pintados
en la pared que conduce a la mundialmente famosa iglesia.
https://twitter.com/HoyPalestina/status/1755197959094853706
[ Esra Taskin | Agencia Anadolu | 07.02.2024 ]
https://www.aa.com.tr/es/mundo/colores-de-la-bandera-palestina-son-pintados-en-las-escaleras-de-la-bas%C3%ADlica-del-sagrado-coraz%C3%B3n-par%C3%ADs/3129878
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Pastor Evangelista Palestino:
“Si Cristo naciera hoy,
lo haría bajo los escombros”
El pastor Munthir Isaac señaló que “lo que ocurre en Gaza,
en términos de ataques israelíes, es un genocidio”.
[ Laith Al-jnaidi | Agencia Anadolu ]
https://www.aa.com.tr/es/mundo/pastor-evangelista-palestino-si-cristo-naciera-hoy-lo-har%C3%ADa-bajo-los-escombros-/3091797
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Zé Maria
Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH)
Nota Pública nº 02/2024
Nota de Repúdio à Tentativa de Censura
por parte da Confederação Israelita do Brasil
Desde que eclodiu o recente conflito entre Israel e a Palestina, com brutais bombardeios à Faixa de Gaza, que já vitimaram mais de 20 mil pessoas, entre elas milhares de crianças e mulheres, a comunidade internacional tem se atentado para o que está sendo chamado de genocídio do povo palestino, promovido pelo governo de Benjamin Netanyahu.
Jornalistas em todo o mundo têm denunciado os ataques, exigindo o cessar-fogo imediato. No Brasil, uma das mais potentes vozes contra os bombardeios de Israel parte do jornalista Breno Altman, de origem judaica, e feroz crítico da política sionista do atual governo israelense.
Para tentar calar Breno Altman (e outras pessoas que expressam livremente suas opiniões), a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) entrou com duas ações (uma cível e outra criminal) contra o jornalista para censurar seus comentários, retirar do ar suas postagens e impedir sua participação “lives, vídeos e manifestações” sobre a questão palestina, “sob pena de prisão preventiva”, além de uma multa no valor de um salário-mínimo a ser pago a cada judeu morador no Brasil.
A Constituição Federal, em seu artigo 220, é categórica em afirmar a livre manifestação de expressão: Parágrafo 1º “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV”. Parágrafo 2º “É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) vê com muita preocupação a escalada de censura a jornalistas e comunicadores e a utilização de mecanismos jurídicos para coibir a livre manifestação de opinião. A Conib tem pleno direito de se contrapor às ideias defendidas pelo jornalista Breno Altman e por outros, mas não cabe a ela ou qualquer outra pessoa ou entidade, tentar coibir a liberdade de expressão, agindo no sentido contrário à Constituição Federal brasileira.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos defende a ampla liberdade de expressão, com responsabilidade, sem censura prévia ou ameaças que se voltem contra a integridade das pessoas por conta de suas opiniões. A morte de mais de uma centena de jornalistas na Faixa de Gaza, em função dos bombardeios de Israel, expressa de maneira brutal e perversa as tentativas de calar a cobertura jornalística, a livre circulação de notícias e a liberdade de opinião e expressão.
https://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2024/02/057312cb-554a-4213-9ab4-7baaed1c240b-1-966×1536.jpg
https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/85422/conselho-nacional-de-direitos-humanos-repudia-conib-por-censura-contra-breno-altman
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