Com 1 milhão de assinaturas, novo pedido de impeachment de Bolsonaro está na Câmara

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

“Em plena crise do novo coronavírus, a alta cúpula do governo federal reafirma seu compromisso com o período autoritário. Não restam dúvidas de que os Representados não possuem qualquer apreço pela democracia do Estado Democrático de Direito. São comportamentos reiterados e permanentes de afronta à Constituição Federal”, escreveram hoje deputados federais do Psol, ao representar na Procuradoria Geral da República contra o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

Os três defenderam a ditadura militar.

Bolsonaro saudou o 31 de março como “grande dia da liberdade”.

Mourão justificou a derrubada de um presidente constitucional dizendo que foi “para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população”.

O ministro da Defesa, em ordem do dia, disse que o golpe que matou, torturou, fechou o Congresso, censurou e enterrou a economia brasileira foi “marco para a democracia”.

A releitura da derrubada de João Goulart, com apoio dos Estados Unidos, é um dos marcos do bolsonarismo — o presidente da República é fã do torturador condenado Carlos Alberto Brilhante Ustra. 

Os parlamentares lembraram que o PGR Augusto Aras a tudo assiste, inerte.

“Não é possível que o procurador-geral da República, que possui a atribuição de defender a Constituição Federal, assista inerte aos atentados permanentes e reiterados contra a Carta Magna e os Tratados Internacionais de Direitos Humanos assinados pelo Brasil”, escreveram.

Em sua conta no twitter, a deputada federal Sâmia Bomfim informou que foi pedido direito de resposta nas redes sociais às manifestações de Bolsonaro, Mourão e Azevedo.

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“Além de acionarmos a PGR para que Bolsonaro, Mourão e Azevedo sejam investigados, pedimos direito de resposta nas redes sociais dos três pela defesa criminosa do golpe de 1964”, disse.

Também hoje, psolistas protocolaram pedido de impeachment de Jair Bolsonaro na Câmara.

1.008.334 pessoas aderiram ao abaixo-assinado.

A justificativa:

Jair Bolsonaro passou de todos os limites e não tem a menor condição de seguir governando o destino de mais de 200 milhões de brasileiras e brasileiros. Além de cometer crimes de responsabilidade desde o primeiro dia em que pisou no Palácio do Planalto, o presidente, agora, atua de forma irresponsável e criminosa durante a crise do coronavírus.

Enquanto os maiores países do mundo empreendem esforços conjuntos sem precedentes para conter a crise do coronavírus, o presidente brasileiro trata a pandemia desde o primeiro dia como uma “histeria” da imprensa. Enquanto isso, o número de infectados no Brasil não para de crescer, inclusive com o registro das primeiras mortes.

Não bastasse a incompetência, o presidente convocou manifestações golpistas de apoio ao seu governo justamente no momento em que as autoridades sanitárias tentavam convencer a população a evitar aglomerações. Mesmo tendo diversos membros de seu governo infectados, o presidente cometeu o gesto temerário e irresponsável de se juntar aos seus apoiadores, assumindo o risco de infectá-los. Uma atitude criminosa de um homem que deveria liderar o país e dar exemplo para o seu povo.

O Brasil não aguenta mais. Passou da hora de darmos um basta nesse presidente criminoso, incompetente e irresponsável. Apoie o pedido do impeachment de Jair Bolsonaro. Nossa meta é entregar 1 milhão de assinaturas ao Congresso Nacional. Assine a petição e divulgue o máximo que puder. Ele não pode continuar.

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