Coletivo Judaico de Esquerda: a repugnante mensagem de Abraham Weintraub
Tempo de leitura: 2 minDo Coletivo Judaico de Esquerda
O tweet de Abraham Weintraub comparando a Operação Fake News à perseguição nazista na Noite dos Cristais é repugnante, mas não é uma total surpresa.
A inversão de lógica é comportamento constante de Weintraub.
Na reunião ministerial recentemente divulgada, ele disse odiar o termo “povos indígenas”, disse odiar o termo “povos ciganos”, que só existia o “povo brasileiro”, e que quem discordasse, que fosse embora.
Os povos indígenas são muito anteriores ao povo brasileiro, só não havia o termo “povos indígenas” antes da vinda dos portugueses, que trouxeram o idioma e trouxeram a perseguição generalizada aos povos originários.
O povo cigano é muito mais antigo do que o povo brasileiro.
Eles só não usavam o termo “povo cigano” porque esta expressão não vem da cultura deles, vem de “tsinganoi” do grego, que vem de “athinganoi”, ou seja, “intocáveis”.
O povo Romani é chamado de “povo cigano” porque estiveram sob domínio de outros.
No entanto, Weintraub age como se os povos originários e o povo Romani fossem uma ameaça ao povo brasileiro.
Do mesmo modo, ele age como se o combate às fake news fosse uma ameaça a nossos lares.
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Será que Weintraub, um cristão filho de judeus, também odeia a expressão “povo judeu”?
Nós, do Coletivo Judaico de Esquerda, somos do povo judeu, somos do povo brasileiro, e não há contradição nisto.
E sabemos que, na Alemanha, éramos perseguidos por quem dizia que não éramos do povo alemão, e que dizia que não éramos bem-vindos.
No entanto, Weintraub acha que nazista é quem combate às fake news.
Despreza o fato de que a perseguição nazista foi precipitada pela singular fake news da propaganda antissemita.
Acusa uma “grande imprensa oligarca/socialista”.
Similarmente, os nazistas atribuíam os males da Alemanha aos movimentos socialistas e marxistas controlados pelos judeus, que, de maneira oligárquica, também controlavam a grande imprensa.
Weintraub demonstra ignorância histórica, propensão racista, compromisso com as fake news, e falta de honestidade com os dramas do povo judeu.
Os nazistas falsificaram a história, e sua ideologia racista disseminou-se em fake news em que se diziam vítimas da conspiração judaica.
Dizendo-se vítimas, os nazistas exterminaram judeus, exterminaram populações Romani.
Há o povo judeu, vítimas históricas de antissemitismo/judeofobia.
Há o povo Romani, vítimas históricas de antiziganismo/Romaphobia.
Há povos originários, vítimas do extermínio e escravização coloniais.
E há o povo brasileiro. Somos vítimas do Governo Bolsonaro.
Comentários
Nelson
A foto do sinistro, exposta pelo Viomundo, é só mais uma a demonstrar as supremas ignorância e estupidez desse ser. Há os que, dotados de tais atributos, os usam para tentar escamotear sua pequenez.
Nelson
Certamente, se alguém fizer o questionamento, procedente do ponto de vista etnológico, da expressão “povo judeu”, vai ser escorraçado, se não atacado até fisicamente por gente como o sinistro da Educação, e tachado de antissemita fanático.
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Mas, a beldade diz não suportar as expressões “povo indígena”, “povo cigano”. Na verdade, isso denota uma mente tacanha, pequenininha, como já ficou provado doutras vezes.
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Mente que, ainda que exista um universo enorme de urgências que carecem de solução, não encontra coisa mais importante para fazer e, por isso, se atém a picuinhas que levam a lugar nenhum.
Zé Maria
O Jumento do MEC tá servindo de Boi-de-Piranha,
pra passar a Boiada do Salles, da Damares, do Guedes
e de toda aquela Canalha presente
na Choldra Ministerial do Jair Bolsonaro.
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