Cimi: Indignação e pesar pela execução de liderança do MST em Tocantins
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Na madrugada desta terça-feira, 13/12, Raimundo Nonato Silva Oliveira, um das lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), foi executado na cidade de Araguatins, no Tocantins, na região conhecida como Bico do Papagaio, enquanto dormia.
Cacheado, como era conhecido, foi morto de sua residência, enquanto dormia.
Ele tinha 46 anos.
O MST postou duas notas sobre o episódio em suas redes sociais.
Na primeira, logo abaixo, exige “justiça para Cacheado, que seus assassinos e mandantes sejam identificados, detidos e julgados, para evitar mais assassinatos no campo”.
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Na segunda mensagem postada nas redes sociais (está mais abaixo), o MST dá detalhes do assassinato.
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Diz que, na madrugada, “dois homens encapuzados invadiram a casa” de Cacheado e o “executaram com tiros de arma de fogo”.
Resgata também um pouco da militância política de Cacheado desde muito jovem.
Entre 2000 e 2015, por diversas vezes grandes grileiros de terra públicas na região do Bico do Papagaio tentaram assassinar Cacheado, mas ele sobreviveu.
Mas, agora, infelizmente, não.
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CIMI EXPRESSA, EM NOTA, INDIGNAÇÃO E PESAR PELO ASSASSINATO DE LIDERANÇA DO MST
O Cimi Regional Goiás/Tocantins lamenta e exige justiça pela morte do camponês Raimundo Nonato de Oliveira, o ‘Cacheado”
Por Cimi Regional Goiás/ Tocantins
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Goiás/Tocantins manifesta sua solidariedade à família e ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra de Tocantins (MST-TO), e cobra justiça pelo assassinato do líder camponês, Raimundo Nonato de Oliveira, ocorrido nesta terça-feira, 13 de dezembro, na cidade de Araguatins- Tocantins.
Segundo informações do MST-TO, homens armados arrombaram, nesta madrugada, a casa onde morava a liderança camponesa. Conhecido carinhosamente como “Cacheado”, Raimundo foi covarde e cruelmente assassinado.
Infelizmente o sangue dos lutadores e lutadoras da terra, continua sendo derramado na luta justa e digna pela terra.
Os conflitos fundiários, as ameaças e conflitos vem crescendo, principalmente nestes últimos anos, e muitas das vezes, incentivados e apoiados pelo atual governo.
As famílias que lutam pela terra, só querem um lugar digno para morar e viver com suas famílias. É um direito, não é um crime!
Exigimos que esta vida ceifada de nosso companheiro Raimundo Nonato, não fique impune, exigimos justiça.
Que a força e profecia do Pe. Josimo que defendeu e morreu pelos povos da terra, anime e fortaleça a luta pelos territórios e pela vida!
Raimundo Nonato, presente!
Conselho Indigenista Missionário (Cimi) – Regional Goiás/Tocantins
Palmas, 13 de dezembro de 2022
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