Não à recessão, pela redução das taxas de juros
As centrais sindicais brasileiras – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – vêm a público manifestar posição contrária à política econômica do governo, caracterizada pela elevação da taxa básica de juros e o aperto fiscal.
A taxa Selic atual já atinge 13,75% ao ano, que significa, confirmada a previsão de inflação dos próximos 12 meses, segundo o Banco Central de 6,10%, uma taxa básica de juros reais de alarmantes 7,2% ao ano. Enquanto isso, a taxa de juros nos EUA e no Japão é negativa e, na Europa, levemente positiva.
Essa política derruba a atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego e diminui a capacidade de consumo das famílias e, mais, reduz a confiança e os investimentos dos empresários, o que compromete a capacidade de crescimento econômico futuro.
A indústria encontra-se, em termos de produção física, abaixo da média do ano de 2008. O comércio apresenta uma inflexão negativa consolidada após anos de crescimento. Os serviços já se encontram em trajetória de desaceleração e os investimentos, não só permanecem em trajetória de queda, como a piora sobre a percepção futura limita qualquer expectativa de recuperação no curto prazo. Nesse contexto adverso somente os bancos estão ganhando.
Depois de acumularem lucros muito maiores em 2014 (o do Itaú foi 30% maior e o do Bradesco, 25%) a despeito da estagnação econômica geral, os balanços do primeiro trimestre de 2015 atestaram novos aumentos dos respectivos lucros.
Para as centrais sindicais abaixo assinadas, o aumento da taxa de juros tem sido ineficaz no combate a inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário de recessão da economia e ainda contribui para diminuir a arrecadação do governo. E mais, concentra cada vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.
Nós, representantes das principais centrais sindicais brasileiras, defendemos a imediata redução da taxa de juros e a implementação de uma política que priorize a retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de emprego, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda.
São Paulo, 27 de julho de 2015.
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CUT – Central Única dos Trabalhadores
FS – Força Sindical
UGT – União Geral dos/as Trabalhadores/as
CTB – Central dos/as Trabalhadores/as Brasileiros
NCST – Nova Central Sindical dos/as Trabalhadores/as
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Leia também:
Brasil atingiu as metas do milênio de redução da pobreza e da fome
Comentários
FrancoAtirador
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SUPERÁVIT PRIMÁRIO E O FALSO ABATIMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA
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Em dezembro de 2002, o Valor Total da Dívida Pública Federal (DPF)
– nela incluídas as Dívidas Interna e Externa
de Responsabilidade do Tesouro Nacional em Mercado,
correspondeu a R$ 1,31 Trilhão, em Preços Atuais.
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Cinco anos mais tarde, em dezembro de 2007, o Valor Total da DPF
havia subido para o montante de R$ 2,09 Trilhões, também a preços de hoje.
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Passado mais um quinquênio, a Dívida Total estava na marca de R$ 2,39 Trilhões.
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E finalmente, em junho de 2015, ela registra o Recorde de R$ 2,58 Trilhões.
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O Grande Paradoxo de todo esse Esquema é que o Brasil alocou,
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ao longo desse período todo (12 anos e meio), o equivalente
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a R$ 2,5 Trilhões apenas para o Pagamento de Juros da DPF.
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(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/relatorio-mensal-da-divida)
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Por Paulo Kliass, na Carta Maior
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(http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Dividas-duvidas-e-mais-dividas/7/34105)
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Julio Silveira
Um dito muito antigo, minha avó dizia, quem muito se abaixa os fundilhos mostram ( não é bem assim, mas quis preservar as crianças e os pudicos, rsrsrs). Mas a CUT se permitiu ser tão chapa branca que perdeu a moral, e não ajudou o governo a manter seus principios. Hoje amarga um secundarismo visivel nas preferencias do governo, e sua critica mais parece aqueles ciumes por ter demostrado tanta dedicação e cumplicidade e após tudo isso, ter sido preterido por um novo amor inimaginavel antes tão criticado e, dito, desprezado.
Mas como cidadão (mesmo vindo de uma CUT desmoralizada) não da para negar a verdade este governo não governo de trabalhadores, mas de enganadores.
Gabriel Borges
Precisei comprar pneus e fiz um cartão para parcelar. Para minha surpresa, o cartão cobra 620% ao ano de taxa de Juros. 620%.
Lukas
Comprei semana passada dois pneus no cartao em seis vezes sem juros. Aprenda a usar seu cartao. Juros sao cobrados caso vc atrase o pagamento da fatura.
luiz
A questão é os sindicatos, ou melhor, os presidentes dos sindicatos foram domesticados por meio de cargos no segundo escalão do Governo.
Passaram a se preocupar em defender o “seu”.
Basta ver que nos 12 anos de PT na presidência os eventos das centrais e sindicatos foram anabolizados por shows, sorteios de carros, casas e outros penduricalhos tamanha era a desmobilização dos trabalhadores.
Agora, que tá tudo dominado pelos bancos, acho que a vaca foi pro brejo e, nós, trabalhadores é quem pagaremos a conta de novo.
Urbano
Isso é café pequeno em relação ao momento em que a população mundial (os servos claro), estiver nobremente chipada. A imposição fascista dos donos do mundo, como forma de convencimento, é a de que nem o salário poderá vir a ser sacado, caso não se esteja devidamente androidizado. E aí, iremos baixar a cabeça para mais essa tirania?
lulipe
Não é à toa que são alguns dos maiores financiadores das campanhas políticas do país.
FrancoAtirador
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Um Parágrafo diz tudo:
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“O aumento da taxa de juros tem sido ineficaz no combate a inflação,
encarece o crédito para consumo e para investimentos,
causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário de recessão da economia
e ainda contribui para diminuir a arrecadação do governo.
E mais, concentra cada vez mais renda
nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros”
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leandro
Essas mesmas centrais apoiam incondiconalmente o governo federal. Vai entender..
FrancoAtirador
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Aí é que está a Mentira da Mídia-Empresa.
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O Apoio dos Sindicatos não é Incondicional.
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Apenas quando beneficia os Trabalhadores.
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