Carone: Gilmar Mendes determina sigilo em parte do inquérito de Furnas que investiga Aécio

Tempo de leitura: 2 min

por Marco Aurélio Carone, especial para o Viomundo

Nessa segunda-feira (10/07), todos os portais da chamada grande imprensa deram destaque à decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de conceder mais 60 dias à Polícia Federal (PF) para concluir as investigações sobre o envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em supostas irregularidades em Furnas, subsidiária da Eletrobras em Minas Gerais.

Aécio é suspeito de ter recebido propinas, por intermédio do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, a partir de dinheiro desviado em contratos com empresas terceirizadas.

Pesa sobre o senador tucano a suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A decisão atende a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No STF, este inquérito leva o número 4244. Foi aberto em 2 de maio de 2016 e distribuído a Gilmar em 11 de maio.

Ele já está disponível na internet. São 135 páginas com 5 apensos, como mostra a capa do inquérito.

O ministro, porém,  não divulgou nem a mídia noticiou a parte mais importante da decisão.

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A que trata das informações sobre as investigações encaminhadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, através do ofício 12 122/2017. Isso está na penúltima página do inquérito 4244.

Traduzindo.  Gilmar criou um sexto apenso e determinou o sigilo dele.

É como se arrancasse algumas páginas de um livro.

Afinal, que informações contêm o apenso 6?

Por que o ministro Gilmar Mendes decidiu mantê-lo em sigilo?

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Comentários

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Emanuel Cancella

Moro, fantoche a serviço das multinacionais, mente quando diz que Vaccari rouba para o PT.
por Emanuel CancellaResultado de imagem para lava jato, vaza jato?
Já sabemos que Moro acusa seus desafetos políticos sem provas, mas agora quem desmente o juiz Moro é o TRF-4, já que, por maioria de votos, a 8ª Turma do TRF4 considerou que as provas contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, são insuficientes por se basearem apenas em delações premiadas (3).
Mesmo assim Moro nega a liberdade a Vaccari, alegando uma segunda condenação, também sem provas (2).

Moro prendeu a cunhada de Vaccari baseado nas imagens achando que era a mulher do tesoureiro quando na verdade as imagens era de sua própria mulher. O que moro faz com Vaccari e sua família é uma verdadeira tortura!

E Moro, no ato de prisão, ainda disse que “não restavam dúvidas” Giselda, a mulher do tesoureiro assumiu que as imagens iniciais eram suas e não de sua irmã Marice(4). E nem se tratando de violência contra mulheres, Moro se dignou a se desculpar publicamente.

Esse juiz, prejudicando o Brasil, convocou os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás e ainda mandou os maiores corruptos da Petrobrás testemunharem contra a empresa em tribunais americanos (11,12).

Porém nem tentou mandar nossos procuradores investigarem a petroleira dos EUA, Chevron, denunciada pelo Wikleaks, quando o tucano José Serra, candidato à presidência em 2009, prometia favores à petroleira, em prejuízo da Petrobrás (19). Serra voltou com os golpistas e emplacou a lei com o mesmo conteúdo negociado em 2009, Lei 4567/16.

A ajudinha da Lava Jato aos tribunais americanos levou agora Pedro lalau Parente a fechar um acordo para que a Petrobrás pague quase meio bilhão de dólares, resultante de uma das 27 ações dos tribunais americanos, onde acusam a Petrobrás, alegando que a queda do preço do petróleo foi devido à corrupção na empresa (8).

Essa tese dos tribunais americanos é um absurdo dos absurdos já que as ações de todas as petroleiras do mundo caíram, não foi só da Petrobrás, e também essa queda nas ações foi estratégia americana junto com a Arábia Saudita, aumentando a oferta para baixar o preço do petróleo no mundo com intuito de prejudicar países produtores principalmente, Rússia, Irã, Venezuela e Brasil. O preço do barril de petróleo caiu de US$ 140 para US$ 30.

E mesmo assim esse Pedro insiste nesse acordo que é ilegal porque todos os funcionários públicos e de estatais sabem que, para fazer acordo, seus respectivos corpos jurídicos têm que recorrer até a última instância, a menos que o acordo seja vantajoso para União. Só o Pedro Lalau Parente acha que esse acordo é bom para o país!

Pedro lalau Parente e Moro estão juntos nessa empreitada, um fornece argumentos para o inimigo prejudicar a Petrobrás e o outro faz acordo ilegal prejudicando a empresa! Mas essa dobradinha vem de longe!

Digo isso porque Moro não investiga nenhum ato de corrupção dos tucanos na Petrobrás. Tanto que o governo tucano de FHC foi delatado várias vezes, muitas delas envolvendo seu próprio filho (13,14) e Moro finge que não vê. Com Pedro Parente a omissão fica escancarada, pois Pedro já é réu em ação que versa justamente sobre venda criminosa de ativos, quando ministro de FHC e membro do Conselho de Administração da Petrobrás (5).

Agora, de volta à Petrobrás, como presidente, indicado pelo golpista Michel Temer, Pedro se lambuza com o patrimônio do povo, pois realiza uma verdadeira liquidação na Petrobrás, vendendo, sem licitação, áreas do pré-sal; petroquímica; os principais dutos da Petrobrás, do sudeste-NTS; usinas de biocombustíveis e fábricas de fertilizantes, etc (15,16,17). Pedro lalau Parente vende tudo para quem quer e pelo preço que ele mesmo determina.

E a Lava Jato, incumbida de investigar a Petrobrás, permite essa gestão criminosa de Pedro lalau Parente, mesmo ele já sendo réu em 2001 e nem nova denúncia protocolada no MPF, em novembro de 2016, sensibilizou a operação, muito pelo contrário, o MPF, a pedido juiz Moro, intimou em dezembro do mesmo ano o autor da denúncia (6,7).

O mesmo Moro que, sem provas, disse que Vaccari rouba para o PT, nem sequer investiga os tucanos, apesar das provas gritantes, e não esconde isso já que Moro declarou nos EUA que as denúncias contra os tucanos não chegaram até ele; e o chefe da força –tarefa da operação reforça as palavras do chefe e diz para o jornalista Ricardo Boechat que a Lava Jato não investiga o PSDB. (9,10).

E a Lava Jato, que investigou muito bem todos os presidentes da empresa indicado pelo PT, prendendo diretores e gerentes e confiscando bens, agora, fecha para balanço sem investigar a gestão tucana na Petrobrás.

Nada de novo nos céus do Brasil, pois com o mensalão tucano, inclusive com a participação de Moro que na época era assistente da ministra Rosa Weber, foi exatamente a mesma coisa, já que, mesmo sendo anterior ao do PT, está prescrevendo sem julgamento, não ia ser diferente na Lava Jato (18).

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

Meus endereços eletrônicos:
http://emanuelcancella.blogspot.com.
https://www.facebook.com/emanuelcancella.cancella

Schell

Ora, “causo aético”. Deve ser tão irresponsavelmente criminosa a atuação do investigado que, para o bem da família e da sociedade em geral, é melhor não dar ciência antes de serem retiradas da sala as mulheres, as crianças e os ministrecos de “coraçãozinho mole”. Ou seria – como sempre – mais uma “chicana” eou “defesa-dos-amigos-que-mandam-nele”?

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