Beatriz Cerqueira: O ‘Escola Sem Partido’ visa criminalizar professores e atacar escola pública
Tempo de leitura: < 1 minpor Conceição Lemes
Primeiro, assista ao vídeo acima.
Assistiu?
Não há nada de errado com ele nem com o seu computador.
Propositalmente foi feito sem áudio.
É o retrato fiel do projeto “Escola Sem Partido”, cujo objetivo é tirar a voz e a liberdade dos professores de ensinar e educar.
“Escola sem liberdade é o fim”, alerta Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
“O ‘Escola Sem Partido’ tem o forte propósito de nos criminalizar”, denuncia Beatriz. ” Entre outras estratégias, visa colocar os pais contra os professores e atacar a escola pública, desqualificando-a.”
Daí a campanha que o Sind-UTE/MG acaba de lançar, cujo mote é Escola sem liberdade é o fim.
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O alvo é a sociedade em geral, que está sendo deliberadamente enganada pelos apoiadores desse projeto fascista.
Explicamos.
Os defensores do “Escola Sem Partido” dizem, por exemplo, que o aluno seria “a parte mais fraca na relação de aprendizagem”.
Colocam, assim, o professor na condição de opressor.
Discursam também que os pais têm o direito de participar da escola, como se os professores não defendessem a atuação da comunidade na vida escolar, na elaboração projeto político-pedagógico.
Passam, assim, a falsa ideia de que, até agora, os pais são impedidos de participar.
“Na verdade, o projeto ‘Escola Sem Partido’ é a proposta mais partidária que já vimos”, previne Beatriz Cerqueira.
“Está na hora de superarmos a visão de que educação é pauta exclusiva dos professores”, complementa. “Dizer não à ‘Escola sem Partido ‘é uma pauta de todos que defendem a democracia e os direitos sociais.”
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Comentários
FrancoAtirador
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https://pbs.twimg.com/media/Cr1Ep1QWAAA0tbS.jpg
https://twitter.com/hamenteslivres/status/773850388051140608
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FrancoAtirador
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A Pior Escola é a da Mídia Empresarial Nazi-Fascista Corrupta do Mercado
que dá Espaço e Linha pra Esses Energúmenos Tripudiarem sobre os Pobres.
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FrancoAtirador
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Na Europa, os Mendoncinhas não se Elegeriam nem pra Ccargo de Vereador
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FrancoAtirador
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E os Frotas e os Lorotas de Academia [de Musculação]
seriam Matriculados em Intensivos de Estudos Sociais,
para depois Falar sobre Educação nas Escolas Públicas.
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FrancoAtirador
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A Globo e a Mídia Paulista, Jabáculês do PSDB, do DEM e do PMDB,
são os Paradigmas Reais da Imbecilização da Sociedade no braZil,
onde 2s Negr2s só podem obter Sucesso no Esporte ou na Música.
Fosse nos dias de hoje, Machado de Assis não seria Membro da ABL
e nem Cruz e Sousa estaria ao Lado dos Mais Brilhantes Poetas do País.
Aliás, Castro Alves estaria na Solitária, Acusado de Crime de Terrorismo:
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http://homoliteratus.com/10-escritores-brasileiros-negros/
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-imbecilizacao-do-brasil-por-mino-carta
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O POVO AO PODER
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Quando nas Praças s’eleva
Do Povo a Sublime Voz…
Um raio ilumina a treva
O Cristo assombra o algoz…
Que o gigante da calçada
Com pé sobre a barricada
Desgrenhado, enorme, e nu,
Em Roma é Catão ou Mário,
É Jesus sobre o Calvário,
É Garibaldi ou Kossuth.
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A praça! A praça é do Povo
Como o céu é do condor
É o antro onde a liberdade
Cria águias em seu calor.
Senhor, pois quereis a praça?
Desgraçada a populaça
Só tem a rua de seu…
Ninguém vos rouba os castelos
Tendes palácios tão belos…
Deixai a terra ao Anteu.
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Na tortura, na fogueira…
Nas tocas da inquisição
Chiava o ferro na carne
Porém gritava a aflição.
Pois bem, nest’hora poluta
Nós bebemos a cicuta
Sufocados no estertor;
Deixai-nos soltar um grito
Que topando no infinito
Talvez desperte o Senhor.
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A Palavra, vós roubais-la
Aos Llábios da Multidão!
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.
Mas qu’infâmia! Ai, velha Roma,
Ai, cidade de Vendoma,
Ai, mundos de cem heróis,
Dizei, cidades de pedra,
Onde a liberdade medra
Do porvir aos arrebóis.
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Dizei, quando a voz dos Gracos
Tapou a destra da lei?
Onde a toga tribunícia
Foi calcada aos pés do rei?
Fala, soberba Inglaterra,
Do sul ao teu pobre irmão;
Dos teus tribunos que é feito?
Tu guarda-os no largo peito
Não no lodo da prisão.
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No entanto em sombras
Tremendas
Descansa, extinta, a Nação,
como o morto, fria e treda.
E vós, que sentis-lhe o pulso
Apenas tremer convulso
Nas extremas contorções…
Não deixais que o filho louco
Grite “oh! Mãe, descansa um pouco
Sobre os nossos corações”.
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Mas embalde… Que o Direito
Não é pasto do punhal.
Nem a patas de cavalos
Se faz um crime legal…
Ah! não há muitos setembros…
Da Plebe doem os membros
No chicote do Poder,
E o momento é malfadado
Quando o Povo ensangüentado
Diz: -Já não posso sofrer!
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Pois bem! Nós que caminhamos
Do futuro para a luz,
Nós que o Calvário escalamos
Levando nos ombros a cruz,
Que do presente no escuro
Só temos fé no futuro,
Como alvorada do bem,
Como Laocoonte esmagado
Morreremos coroados
Erguendo os olhos além.
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Irmãos da Terra da América,
Filhos do Solo da Cruz,
Erguei as Frontes Altivas,
Bebei Torrentes de Luz…
Ai, Soberba Populaça,
Rebentos da velha raça
Dos nossos velhos Catões,
Lançai um Protesto, ó Povo,
Protesto que o Mundo Novo
Manda aos Tronos e às Nações!
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Recife, 1864
Antonio Frederico de Castro Alves
Poeta Baiano
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http://www.projetomemoria.art.br/CastroAlves/memorias/memorias_amor_povo.html
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