Áudio de irmão de Palocci desmoraliza ainda mais a delação de ex-ministro, que Moro usou contra o PT, Haddad, Lula e Dilma
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Um áudio enviado pelo irmão do ex-ministro Antonio Palocci, Pedro, ao dirigente da Qualicorp, José Seripieri, desmoraliza ainda mais a delação do ex-ministro da Fazenda contra Lula, Dilma e o PT.
Palocci, ao ser interrogado pela primeira vez pelo ex-juiz Sergio Moro, disse que poderia entregar bancos e uma grande empresa de comunicação que teriam recorrido a favores do governo Lula.
A expectativa é de que Palocci entregaria a TV Globo, que salvou-se de quebrar graças a ajuda do BNDES.
No entanto, o ex-ministro aparentemente moldou sua delação para agradar Moro e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, hoje extinta.
Trechos da delação foram divulgados por Moro a uma semana do primeiro turno da eleição presidencial de 2018, tiveram grande destaque nas manchetes e prejudicaram o candidato do PT, Fernando Haddad, beneficiando Jair Bolsonaro.
Moro, a esta altura, já havia sido sondado pela equipe de Bolsonaro para se tornar ministro da Justiça.
Na transcrição do áudio, divulgada pela Conjur, Pedro diz:
Pedro Palocci: Delação, então, funciona assim: você entrega o nome (…), preserva alguma coisa (…) O resto é o que eles querem. E eles espremeram muito em relação a alguns empresários. Incluindo você. (…) Queriam falar sobre você, sobre as coisas que imaginam que ele tenha feito para você!
José Seripieri Junior: Meu Deus.
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Pedro Palocci: E aí, falou que dentro das coisas que eles pediram (ininteligível) porque tem todo um dossiê montado e feito… relacionado à proteção do Maurício na ANS (ininteligível), inclusive coisas com o Lula, né? (…) coisa nesse nível.
José Seripieri Junior: Isso não existe. Nada disso procede! Isso é uma loucura.
Pedro Palocci: Te sugeriria o seguinte, se você quiser, tem o advogado que pegou todas essas informações (…). Eu acabei esquecendo de trazer o cartão dele, então, se você quiser entrar em contato, só pra ele passar o número, porque eu (…) fiz questão de não saber, porque quanto menos você saber melhor, né? (…) Aí a gente mostra tudo que tem lá.
O áudio sugere o que partidários do ex-presidente Lula já imaginavam: que as delações foram talhadas para servir aos interesses dos investigadores.
Palocci disse na delação que Serepieri teria sido beneficiado ao indicar Maurício Ceschin para a direção da Agência Nacional de Sáude Suplementar (ANS).
A tarefa de Ceschin seria elaborar duas portarias para beneficiar a Qualicorp.
O problema é que Ceschin só assumiu o cargo quatro meses DEPOIS de as portarias terem sido aprovadas e Seripieri só conheceu o ex-presidente Lula em 2011, quando as portarias são de julho de 2009.
Comentários
Zé Maria
Por que será que não nos impressionam mais esses Vazamentos de Crimes Praticados pelos Patifes da Força-Tarefa da autodenominada Operação Lava-Jato liderada pelo Juiz Moro?
Parece tão Óbvia e Trivial essa Delinquência …
Marys
A Lava Jato é síntese do pensamento da elite da nova classe jurídica braseira, formada por escroques ambiciosos, apedeutas, cheios de vaidade e arrogância.
Henrique martins
https://youtu.be/09YXvOjS868
Pra quem sabe ler um pingo é letra.
O cara também disse que ‘quem sabe faz a hora não espera acontecer’.
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