sugerido pela Débora Albuquerque, no Facebook
Realizado durante o ano de 2012, o filme Damocracy mostra a realidade e as lutas dos atingidos pelas hidrelétricas de Belo Monte, no Brasil, e de Ilisu, na Turquia, e desconstrói o mito de que a hidreletrecidade é uma energia limpa.
Assim como Belo Monte, a história do barramento do rio Tigre na região de Ilisu data da década de 1980, quando o governo turco iniciou o projeto da hidrelétrica, com capacidade projetada de 1.200 megawatts. Desde então, da mesma forma que Belo Monte, a usina é foco de uma intensa batalha judicial em função dos seus enormes impactos, principalmente a inundação e destruição de um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo: a vila de Hasankeyf.
Dirigido pelo premiado documentarista canadense Todd Southgate, narrado em português pela atriz Letícia Sabatella e produzido pela organização turca Doga Denergi, com apoio das ONGs International Rivers e Amazon Watch e do Movimento Xingu Vivo para Sempre, o filme traça paralelos sobre os impactos dos dois projetos nas populações locais e o meio ambiente, colocando em cheque o discurso que aponta a hidreletrcidade como fonte de energia limpa.
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Comentários
J Souza
Imaginem se alguém chegasse e dissesse: “vamos fechar as rodovias Anhanguera e Bandeirantes em São Paulo para a construção de uma usina de energia que vai beneficiar os estados do Nordeste, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Paraná e do Rio Grande do Sul. Afinal de contas, o benefício da maioria tem que prevalecer sobre a minoria”.
É exatamente assim que se sentem os povos da Amazônia, cujo sustento e cuja vida dependem dos rios.
Por mais que essas construções mirabolantes e pouco criativas sejam necessárias, não é justo que a maioria dos brasileiros simplesmente decida ignorar o sofrimento das pessoas que vivem na região do Xingu.
E a opção pela energia hidrelétrica nunca foi por ser limpa, sempre foi por ser mais barata. Capitalista não se preocupa com meio ambiente. Só se preocupa com lucro.
José Ricardo Romero
Precisamos ter muito cuidado com as ONGs. Suas intenções são sub-reptícias. São financiadas por empresas multinacionais (e às vezes por governos tolos que não sabem o que estão fazendo) para, por vias inversas e utilizando-se do entusiasmo juvenil dos idealistas pela preservação ambiental, impedir ações governamentais. Estas ações em benefício da população, implementando a infraestrutura e fornecendo meios para o crescimento e a justiça social, ocupa inevitavelmente espaços que antes eram ocupadas por aquelas empresas. Com o estado presente as empresas mineradoras, extrativistas ,madeireiras, farmacêuticas, químicas, de alimentos, refrigerantes, pesca e aproveitamento comercial de água potável vão perder seus privilégios. Então elas insuflam a indignação ambiental no espírito despreparado dos amantes da natureza para impedirem esta ocupação de espaços. Seria interessante saber quem financia estas ONGs acima citadas. Isto é o mínimo que alguma inteligência um pouco mais atilada deveria fazer para se perguntar “a quem serve!”.
Groucho Marx
Me diz aí então por que é que a Belo Sun Minning até uns tempos atrás fazia propaganda da extração de ouro na região de Belo Monstro e usava a futura usina como método de produção de energia pra empresa? No seu ponto de vista é isso que é “pogresso” social?
Ou você acha melhor voltarmos de uma vez por todas pra época do Brasil colônia?
juarez campos
Todo mundo sabe dos efeitos sobre a natureza, contudo quando a luz se apagar na casa das pessoas, principalmente nas cidades, quero ver ambientalista, índio, Marina ou qualquer outro ter a solução para o problema.
Robinson Dias
É lamentável que os brasileiros desconheçam os reais impactos que o pais possa vir a sofrer futuramente por conta dos desmatamentos de florestas, rebaixamento de rios e da destruição de biomas importantes ao sistema….
Entretanto fica evidente que todo o embate ambiental feito no Brasil ainda é meramente politico e só visa atingir na maioria das vezes o cerne evolutivo do que o outro(a) governante, politico ou instituição venha por algum motivo tocar obras….
Digo isso pois não vi nem aqui, nem em outros veiculos a explicitação da preocupação dos defensores do Serra da Cantareira, com o forte movimento contra as obras do Trecho Norte do Rodoanel Mario Covas; que já esta em curso e tende rebaixar mais de cem nascentes naturais e importantes para o equilíbrio hídrico da região da zona norte, ceifará mais de 2 milhões de árvores nativas, muitas centenárias, além de remover mais de 25 mil famílias de seus lares, sem um politica de reassentamento…….
Sugiro um desses muitos vídeos editados pelos próprios cursores do movimento ” RODOANEL NA SERRA DA CANTAREIRA NÃO!!!
http://youtu.be/_lv-cSfC4sI
Manifesto contra o Rodoanel Trecho Norte no Parque da Juventude
http://youtu.be/PHZTwCM2ItE
BRONCA DO BRITO CONTRA RODOANEL NO PERYNEWS
http://youtu.be/hXIWeHNMaQg
Desapropriações assustam moradores do cabuçu
http://youtu.be/rw14LEtl7G4
DISCURSO IRRITADO DA SONIA CONTRA O TRECHO NORTE RODOANEL
http://youtu.be/HwU1pYCSoAc
PROTESTO CONTRA RODOANEL NA CANTAREIRA
http://youtu.be/-HpNvs2TkjI
FLAGRANTE DE DESMATAMENTO NA CANTAREIRA
http://youtu.be/VZ4wi9Ckinw
RODOANEL NA CANTAREIRA NÃO! PROTESTA MORADORES E AMBIENTALISTAS DE SP
http://youtu.be/wNWDj2VZg-o
Vista Aérea do Rodoanel Trecho Norte
Tai o desafio…….
Marcelo de Matos
Você está coberto de razão, Robinson. Ninguém está preocupado, por exemplo, com o desabamento de um porto particular no Amapá: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/03/desabamento-de-um-porto-particular-deixa-seis-desaparecidos-no-amapa.html
Nem com o desmatamento no Pará:
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?id=100000435673
Nem com o desmatamento na região das fronteiras do Acre, Amazonas e Rondônia:
http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/?id=100000436286 No Brasil tem muito “agricultor” que só explora terras para extrair madeira. Tem muito “bananicultor”, inclusive no litoral, que só extrai madeira para carvão e faz grilagem de terras. Aí é que mora o perigo.
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