Advogados de Lula pedem ao STF revisão de decisão de Gilmar sobre nomeação: “Reparar dano histórico”; veja petição
Tempo de leitura: 2 minNota dos advogados do ex-presidente Lula
Hoje (14/02) protocolamos nova petição nos autos do Mandado de Segurança nº 34.070/DF e nos autos do Mandado de Segurança nº 34.071, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que os recursos que interpusemos em favor do ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva sejam levados a julgamento do colegiado a fim de reparar dano histórico — consistente no impedimento imposto por decisão proferida pelo Ministro Gilmar Mendes para que Lula assumisse o cargo de Ministro de Estado para o qual havia sido nomeado pela então Presidente Dilma Rousseff.
Esse pedido foi motivado pela decisão também proferida nesta data pelo Ministro Celso de Mello, que não impôs qualquer obstáculo à nomeação do Sr. Wellington Moreira Franco, valendo-se para tanto dos mesmos fundamentos que apresentamos ao STF para reverter as decisões proferidas contra Lula.
Ou seja, para uma situação em tudo e por tudo idêntica, foram utilizados diferentes critérios.
Lula preenchia todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o cargo de Ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos. Ele não era indiciado ou réu naquele momento. Nada justifica o impedimento imposto, que teve graves efeitos não só em relação à honra e à imagem de Lula, mas também para a democracia do País.
A revisão da decisão proferida pelo Ministro Gilmar Mendes em relação a Lula é necessária para que um ato jurídico válido e legítimo, que foi a nomeação de Lula para o cargo de Ministro de Estado, não fique com uma indevida mácula histórica.
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira
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Comentários
abelardo
Imagino que o desequilíbrio da justiça foi tão intenso, que conseguiu quase que obrigar as autoridades da pasta a se policiarem para não se tornarem vítimas dele. Acho ser essa a principal razão, que explica o fato, de que alguns votos proferidos estão mais para uma charada de cunha corporativista, do que para uma decisão de cunho jurídico.
abelardo
Uma decisão pode perfeitamente camuflar uma intenção.
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