Como a Folha fez manchete com insinuação mentirosa para atacar Lula

Tempo de leitura: 3 min

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A Folha mia para o banqueiro e late para o Lula

A Folha errou

29/11/2015 02h00

Luciano Coutinho, na Folha

No primeiro dia deste mês, a manchete desta Folha foi a reportagem “BNDES suavizou exigências para socorrer amigo de Lula”, na qual o jornal afirma que o banco contornou norma interna que impediria conceder empréstimos para empresa cuja falência tenha sido requerida.

A matéria insinua que o objetivo seria dar tratamento privilegiado à empresa São Fernando Energia e a seu acionista José Carlos Bumlai por conta de uma suposta relação com o ex-presidente Lula.

Não houve nenhuma flexibilização de normas internas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A operação referida pela Folha foi feita na modalidade indireta, em que o BNDES atua em parceria com bancos credenciados.

Nesse caso, a análise do crédito e o risco de inadimplemento (pagar os valores devidos caso o mutuário não o faça) são assumidos pelos agentes repassadores, que foram BTG e Banco do Brasil. Em particular, cabem aos agentes atestar que fizeram a análise cadastral, o que incluiu identificar e avaliar processos judiciais e apontamentos que ameacem a solvência do postulante final.

O jornal tentou fazer crer que a operação seria irregular em razão da suposta existência de uma norma interna que vedaria financiar uma pessoa jurídica contra a qual exista um pedido de falência. O normativo em questão, contudo, tem sua finalidade ligada intimamente à etapa de análise de crédito, que, repita-se, nas operações indiretas não cabe ao BNDES, mas aos repassadores da operação.

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A Folha não tinha nenhum indício de que teria havido tráfico de influência, mas tentou por dias encontrar algo atípico na operação. Não encontrou nada, mas nem assim deixou de levar sua insinuação à frente.

O jornal também ignorou o contexto em que os financiamentos ao grupo ocorreram. O primeiro, em 2008, aconteceu em um período de crescimento do setor, quando o BNDES e outras instituições financeiras apoiaram dezenas de empreendimentos semelhantes.

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Nas operações da São Fernando Açúcar e Álcool, todos os procedimentos foram observados, as devidas garantias exigidas, o rating e o cadastro da empresa eram bons. O projeto foi concluído.

Em 2012, o financiamento indireto à São Fernando Energia ocorreu como parte da reestruturação do grupo, o que melhorou a posição de crédito do BNDES. Quando a empresa deixou de honrar com sua recuperação judicial, o banco não hesitou em pedir sua falência.

O erro da Folha foi grave, pois lançou uma suspeição indevida sobre o BNDES, que se espalha nas redes sociais e contribuiu para associar o nome do banco a operações policiais.

Para ser aprovado, um financiamento no BNDES passa pela avaliação de pelo menos duas equipes de análise e dois órgãos colegiados, num processo que envolve mais de 50 pessoas. Ingerências impróprias são virtualmente impossíveis.

O banco tentou em vão por 25 dias obter uma retratação da Folha. A concessão foi abrir este espaço de artigos, que não tem o mesmo impacto de uma manchete de domingo.

Embora a nova Lei de Direito de Resposta seja um avanço, optamos por não nos valer de seus mecanismos judiciais para reestabelecer mais rapidamente os fatos para os leitores.

O BNDES não teme o debate e nem ser avaliado por suas opções estratégicas. Mas as informações precisam ser fidedignas para que a discussão seja justa.

LUCIANO COUTINHO, 69, economista e professor da Unicamp, é presidente do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

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Comentários

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Paulo Afonso

E agora que Bumlai abriu o bico? Cadê a imparcialidade? Quero ver uma matéria abordando as suspeitas contra o hoje milionário Lula.

abolicionista

Só achei burrada não utilizar o direito de resposta. Tiro no pé, até porque ele existe pra ser usado.

Angela Simões

Está difícil ler os jornais locais, ainda bem que existem blogs podemos ler , sem ter nossa inteligência subestimada e agredida com tanta mentira e calúnia.

Cláudio

:
.:.
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo A(s) Voz(es) do Bra♥♥S♥♥il e postando:
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♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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.:.
Ley de Medios Já ! ! ! ! Lula 2018 neles ! ! ! !
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FrancoAtirador

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Jurisprudência do STF
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FLAGRANTE EM CRIME CONTINUADO OU PERMANENTE
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Ainda que já tenha decorrido 1 mês do primeiro ato delituoso,
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cabe prisão em Flagrante de Frias, Civita, Marinho e Mesquita,
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pois houve Continuidade Delitiva pela Organização Criminosa.
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“Essa articulação foi entendida como parte
de um crime permanente, continuado,
caracterizando o flagrante”, explica o juiz de Direito,
Gilberto Schäfer, especialista em Constituição,
consultado pelo Jornal ZH da RBS/Globo.
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(http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/11/ha-elementos-ponderaveis-para-prisao-de-delcidio-diz-constitucionalista-4915382.html)
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Sidnei Brito

Engraçado é que em 2010, um dos fatores que ajudaram a levar a eleição para o segundo turno foi o escândalo que envolvia a ministra, “braço direito de Dilma” na Casa Civil, Erenice Guerra.
Não sei se me lembro bem da história. Mas um tal de Rubinei, sujeito com algumas enrascadas na Justiça, dizia que uma empresa a que representava não obtivera um empréstimo do BNDES porque se recusara a pagar propinas para um filho daquela ministra.
O Banco afirmava que não o fizera por questões técnicas: depois de análises, viu-se que a empresa, pequena, não tinha condições de conseguir um empréstimo que, registre-se, era bem salgado.
Bons tempos aqueles em que se aceitavam suspeitas sobre o BNDES em razão de ele ser criterioso na hora de conceder empréstimos!
Imprensa coerente taí!

Jadir Rocha

“Folha” não dá para ler

Urbano

E o Brasil continua a alimentar as hienas de instinto assassino que compõem o pig, uma vez que de tão abastadas nem fome as incomoda, mas continuam em busca da jugular da Nação Brasileira, a fim de sugar a última gota de sangue desta.

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