Pesquisador da Fiocruz, sobre Brumadinho: Danos à saúde vão muito além das mais 300 mortes; veja vídeo
Tempo de leitura: < 1 minCarlos Machado: danos à saúde em Brumadinho vão se prolongar por dias, meses e anos
O impacto da tragédia de Brumadinho sobre a saúde coletiva vai muito além das mortes já causadas pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão e que já torna o Brasil campeão em número de vítimas fatais – que deve ultrapassar 300 – em um desastre.
O pesquisador Carlos Machado, do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde da Fiocruz (Cepedes/Fiocruz), analisa neste comentário ao blog do CEE-Fiocruz, que, como já foi possível verificar no caso de Mariana – o maior em extensão ambiental –, os danos ambientais refletem-se em danos à saúde, da população local e de cidades vizinhas. Elevação do número de casos de dengue, doenças respiratórias e doenças relacionadas à qualidade da água são algumas das consequências.
“E vamos lembrar que as pessoas socorridas vão continuar precisando de atendimento. E aquelas que perderam seus entes queridos vão precisar de atenção psicossocial, de cuidados em saúde mental”, diz o pesquisador.
Nesse sentido, o papel do Sistema Único de Saúde é de enorme relevância na resposta a essas demandas. Carlos destaca também que das 24 mil barragens espalhadas pelo país, apenas 3% tinham planos de ação de emergência.
Assista acima.
Comentários
Zé Maria
http://solumarquitetura.com.br/project/alojamento-de-container/
Zé Maria
https://bit.ly/2RRvNSS
O que eles chamam de ‘Alojamento’ é uma Enorme
Caixa de Guardar Geladeira deitada no Chão
cercada por Algumas Janelinhas Basculantes
gradeadas com Barras de Ferro, por fora,
e com apenas uma Porta de Entrada/Saída.
Os Guris de 14 ou 15 Anos – que poderiam ser
considerados, por Lei, Aprendizes no Trabalho – ainda tinham o ‘luxo’ de haverem instalado pra eles
‘condicionadores de ar’ fabricados provavelmente
na Década de 1980 ou 1990
Zé Maria
Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro informou
que a Secretaria de Fazenda lavrou
quase 30 Autos de infração contra
o Clube de Regatas do Flamengo
em pouco mais de 1 Ano.
O município informou também que,
por não possuir alvará de funcionamento,
o Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros
não foi apresentado, portanto, o alvará não foi concedido”.
O Centro de Treinamento do Vasco da Gama
e do Fluminense Futebol Clube também funcionam sem alvará de licenciamento para edificações, segundo a Prefeitura do RJ.
https://t.co/48hHEO8WAA
https://twitter.com/luisnassif/status/1094227123206799360
https://jornalggn.com.br/direitos/prefeitura-havia-pedido-interdicao-do-ct-do-flamengo-em-2017/
.
“Tem gente falando sobre habitabilidade de contêiner.
É um sinal da degradação dos direitos dos trabalhadores
no Brasil. Um país escravocrata no século 21.
Onde os escravos defendem o direito
dos senhores de engenho. Que país de merda!”
“O futebol brasileiro é uma organização criminosa.
Começa com o monopólio da Globo,
que se cala sobre qquer problema.
Já viram alguma denúncia da turma de sapatênis?
Enfiam gracinhas goela abaixo do torcedor.
Na Copa tem até poesia do Bial. São co-autores do crime.”
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1094297988183277571
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1094300131673939974
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1094273719193628672
.
Zé Maria
Salvaram-se os Guris
que estavam próximos
à [única] Porta de Saída.
Os que estavam no fundo,
distantes da [única] Saída,
morreram Queimados.
Os 3 que foram hospitalizados
foram salvos pelo Segurança
que arrombou uma janelinha.
Assista ao Perecer Técnico e
à Simulação, por um Esquema,
a partir dos 2 minutos do Vídeo:
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/videos/t/todos-os-videos/v/empresa-nega-uso-de-material-inflamavel-em-conteiner-no-flamengo/7370815/
Julio Silveira
O Brasil e Minas (principalmente), por todas as desgraças que passam tem uma divida eterna para com o Aécio, pois nela estão suas mãos com todos os dedos e digitais.
Zé Maria
Fauna e Flora da Bacia Hidrográfica do Paraopeba Comprometida
Lama Tóxica da Vale já percorreu + de 100 Km pelo Rio Paraopeba
Os Rejeitos da Barragem da Mina do Córrego do Feijão, da Vale,
chegaram ao Município de São José da Varginha, a 98 Km de Brumadinho.
A informação foi divulgada pelo Serviço Geológico Brasileiro na quarta-feira (30), às 19h.
A mistura de rejeitos e água (pluma) está a cerca de 4 quilômetros
da montante da ponte da MG‐060, sobre o rio Paraopeba,
no município de São José da Varginha.
Na medição anterior, na terça (29), a lama estava 13 Km atrás.
[G1.Globo]
Expedição pelo Paraopeba vê Rio Morto
após Rompimento de Barragem
Rejeito mais denso faz curso d’água parecer ‘chocolate derretido’,
compara Pesquisadora Malu Ribeiro
A turbidez é tão alta e densa que tirou todo o oxigênio
– o principal indicador de vida.
Não é possível checar quantidades de nitrato, fosfato
ou quaisquer outros parâmetros porque a água virou uma lama só. O rio virou um tijolo líquido.
O plano da expedição, acompanhada pelo Estadão, é coletar água em vários locais a partir do marco zero, onde o rio foi contaminado, e checar as condições dele ao longo de seu curso em direção ao Rio São Francisco, por 356 km.
A expedição tem previsão de seguir até a hidrelétrica de Três Marias, já no São Francisco.
Há três anos, Malu e equipe encararam um cenário de desolação semelhante no Rio Doce, atingido pela lama da Samarco, no que foi considerado o maior desastre ambiental do País.
Algumas condições são diferentes.
“Lá o rejeito era mais fino e ficava sobre a água, não decantava.
Aqui, tomou tudo. É lama mesmo.
A corredeira vai movimentando como se fosse uma batedeira de bolo”, explica.
| Reportagem: Giovana Girardi | 31/01/2019| Estadão |
BRUMADINHO (MG) – A cerca de 40 km abaixo do ponto em que a onda de rejeitos da barragem da Vale encontrou o Rio Paraopeba, uma pequena nascente, limpa, tenta se misturar ao rio e seguir seu curso.
Em vão. O rio virou um tijolo líquido. Parece chocolate derretido.
A comparação é de Malu Ribeiro [“Ativista Ambiental Xiita”], coordenadora do Programa Água, da SOS Mata Atlântica, que lidera uma expedição iniciada nesta quinta-feira, 31, para monitorar a qualidade da água do rio após o rompimento da barragem e trazer algumas pistas sobre os impactos ambientais do desastre.
Ali, porém, não há indicador de qualidade nenhum a ser medido.
A turbidez é tão alta e densa que tirou todo o oxigênio – o principal indicador de vida.
Não é possível checar quantidades de nitrato, fosfato ou quaisquer outros parâmetros porque a água virou uma lama só.
“A única coisa que podemos dizer aqui é que esse rio está morto”, afirma a pesquisadora.
O plano da expedição, acompanhada pelo Estado, é coletar água em vários locais a partir do marco zero, onde o rio foi contaminado, e checar as condições dele ao longo de seu curso em direção ao Rio São Francisco, por 356 km.
A expedição tem previsão de seguir até a hidrelétrica de Três Marias, já no São Francisco.
Há três anos, Malu e equipe encararam um cenário de desolação semelhante no Rio Doce, atingido pela lama da Samarco, no que foi considerado o maior desastre ambiental do País.
Algumas condições são diferentes.
“Lá o rejeito era mais fino e ficava sobre a água, não decantava.
Aqui, tomou tudo. É lama mesmo.
A corredeira vai movimentando como se fosse
uma batedeira de bolo”, explica.
Outra diferença importante, segundo Malu, é o local atingido primeiramente, que é de cabeceira.
“Aqui a lama ficou depositada em várias nascentes que abastecem o Paraopeba.
Ela vai continuar descendo constantemente junto com a água.”
Tiago Silva, biólogo da equipe [VA GA BUN DO], explica que um rio só retorna à vida com mata nas suas margens, com rios limpos desaguando nele, com nascentes limpas.
“Aqui onde estamos vemos uma nascente chegar nele com a água transparente, mas nesse momento ela só encontra a lama”, diz.
O 1º dia de expedição teve coleta em três pontos.
O primeiro é ao lado de onde a onda de rejeito atingiu o Paraopeba.
Análises anteriores feitas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) apontavam que o local tinha qualidade de água em nível regular.
Nesta quinta, já estava ruim.
E ali estávamos um pouco antes do ponto de impacto.
“Mesmo esse ponto que, visualmente, parece não ter nada, já está sentindo a contaminação.
Houve uma espécie de refluxo.
O oxigênio caiu, fósforo e nitrato estão altos.”
Os outros dois pontos, em Brumadinho e logo após a cidade, já estavam mortos.
De acordo com o Comitê de Bacias do Rio Paraopeba, existem no local 86 espécies de peixes.
Os mais comuns são corvinas, curimbatás, surubins e dourados,
que abastecem a pesca na região.
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,expedicao-pelo-paraopeba-ve-rio-morto-apos-rompimento-de-barragem,70002702713
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