Helena Paro: A criminalização do aborto impede a formação médica adequada e que exerçamos nosso dever profissional e ético com consciência; vídeo

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Helena Paro é médica ginecologista e obstetra e professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais.

Aí, coordena o respeitado Nuavidas — Núcleo de Atenção Integral a Vítimas de Agressão Sexual do Hospital de Clínicas da UFF. 

Helena Paro apoia a descriminalização do aborto proposta pela ADPF 442, que está sendo julgada  no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Brasil tem uma dívida histórica com as meninas, as  mulheres e pessoas com capacidade de gestar”, afirma para a série Aborto: Descriminaliza Já!, da Rede Médica pelo Direito de Decidir.

Em seu depoimento, Paro chama a atenção para os efeitos em médicas e médicos da criminalização do aborto: 

”A criminalização do aborto impede que nós, médicas e médicos, exerçamos nosso dever profissional e ético com consciência.

A criminalização nos impede de oferecer o melhor do progresso científico em benefício da paciente.

A criminalização do aborto impede a formação médica adequada.

A criminalização do aborto também induz médicos e médicas ao erro, quando acreditam que podem quebrar o sigilo profissional e denunciar as pacientes que chegam aos hospitais com
complicações pós-aborto.

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Ou seja, a criminalização facilita condutas antiéticas dos profissionais de saúde.

A criminalização ainda nos impede de exercer a medicina de maneira respeitar a autonomia das pacientes, a priorizar sua saúde e de lutar por justiça social — pilares do profissionalismo médico.

A criminalização nos impede de proteger a dignidade das nossas pacientes e faz com que elas busquem condições desumanas e degradantes para interromper uma gravidez.

“Pela vida das mulheres, STF, discriminalize, já!, arremata a médica. “Nem presa, nem morta. Nós queremos vivas!”

Assista à íntegra do depoimento de Helena Paro. Está no vídeo acima. 

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Comentários

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Zé Maria

https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/ilustracao-depo-aborto.jpg

“Não dá pra romantizar a maternidade.
Eu tentaria um aborto de novo,
não vou mentir”

“A história de Alyce Pimentel*, presa em flagrante em uma clínica
clandestina e obrigada a manter uma gravidez indesejada, expõe
os dilemas e complexidades da questão do aborto no Brasil”

Por Camila da Silva, Repórter e Produtora de CartaCapital.

*O nome fictício foi escolhido em tributo a Alyce Pimentel,
uma jovem negra de Belford Roxo, na Baixada Fluminense,
que faleceu em 2002 com um feto morto em seu ventre,
após os médicos tardarem a retirá-lo.
À época, ela tinha 28 anos e era mãe de uma menina de 5.

Leia mais em:
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-da-pra-romantizar-a-maternidade-eu-tentaria-um-aborto-de-novo-nao-vou-mentir

Zé Maria

Só Por Curiosidade

Alguém tem Dúvida de que essa ‘Enorme Preocupação’ da Imprensa Venal
com a Segurança Pública na Bahia tem a ver com a Campanha Eleitoral da
Direita Antipetista para a Prefeitura Municipal de Salvador?

.

Arnon Góes

É uma pauta feminina. Sobretudo feminina.
Questão de saúde pública.
Questão de saúde da mulher.

Mas não é uma coisa tão simples de passar na câmara e senado.
E uma das partes mais envolvidas nesse assunto é os serviços médicos.
E essa categoria tem muito poder. Eles conhecem os políticos. Os secretários de saúde etc.
A questão religiosa muitas vezes é permeada de hipocrisia. Não quer que faça, mas tb não ajuda as meninas.

Arnon Góes

Tem que combinar com os russos antes.

Será que os médicos querem isso ?
Tem que ver.

As vezes, eles não querem.

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