por Conceição Lemes
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os brasileiros. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, era de que, em 2002, ocorressem no país 25.600 novos casos da doença. Para 2010, calcula 52.350.
Um salto de 104% em nove anos devido especialmente ao aumento de diagnósticos. Nisso, a mídia tem ajudado, estimulando a detecção precoce. Há duas estratégias. Uma, para indivíduos que apresentam sintomas ou sinais iniciais da doença. É o diagnóstico precoce. Outra, àqueles aparentemente saudáveis, sem qualquer sinal ou sintoma. É o que os médicos denominam rastreamento.
O diagnóstico precoce é inquestionável. É consenso no mundo inteiro. O mesmo não acontece com rastreamento destinado à população masculina em geral.
“Eu não tenho dúvida de que é preciso rastrear, detectar e tratar o câncer de próstata em homens saudáveis, assintomáticos”, afirma urologista Sidney Glina, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do ABC. “O câncer de próstata só mata menos do que o de pulmão. O óbito ocorre, em média, 12 anos após o seu início. Se aos 50 anos o indivíduo tem câncer de próstata e não se tratar vai morrer com 62. Portanto, o rastreamento tem impacto positivo na vida.”
“Não se tem ainda grandes evidências de que diminua a mortalidade se o câncer de próstata for tratado antes de os sintomas aparecerem, fazendo o paciente viver mais e melhor”, diverge o clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. “Além disso, o tratamento tem efeitos colaterais importantes.”
Essa discordância no meio acadêmico retrata um grande debate que ocorre no mundo inteiro.
Sociedades de especialistas, como a American Cancer Society, American Urology Association e Sociedade Brasileira de Urologia, são a favor do rastreamento. Recomendam anualmente o toque retal e do PSA em homens saudáveis, sem sintomas, a partir dos 50 anos. Caso exista história familiar de câncer de próstata, a partir dos 40.
Já a US Preventive Services Task Force e a Canadian Task Force, respeitados organismos multidisciplinares independentes, e o National Institute of Cancer, dos EUA, contra-indicam o check-up anual em homens assintomáticos, sem histórico familiar. No Brasil, o Inca e o Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo também.
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TEM ALGUMA DIFICULDADE PARA URINAR?
Estranhou? Ficou confuso, por que não é o que normalmente aparece na mídia?
Calma. Antes de avançarmos, atente aos sintomas abaixo e responda:
* É comum a sensação de não esvaziar completamente a bexiga aós terminar de urinar?
* Tem vontade urinar menos de 2 horas após ter urinado?
* Ao urinar, parou e recomeçou várias vezes?
* O jato de urina anda fraco?
* Tem de fazer força para começar a urinar?
* Tem de se levantar duas, três, quatro vezes à noite para urinar?
Quanto mais sim, maior a intensidade dos sintomas. Mas eles – atenção! – não significam que a doença seja maligna ou benigna. É apenas o que o homem está sentindo em decorrência de prováveis alterações na próstata. Vá ao médico.
O que tem a ver dificuldade de urinar com próstata? Muito. A razão é a posição dela. Situada logo abaixo da bexiga e em frente ao reto, ela fica em volta da uretra.
A próstata é uma glândula, seu formato e tamanho assemelham-se ao de uma castanha portuguesa e pesa cerca de 20 gramas. É órgão fundamental do aparelho reprodutor masculino. Sua função principal é produzir a secreção que participa do esperma, o líquido expelido pelos homens durante a ejaculação. A secreção prostática representa 30% do volume ejaculado. Serve como meio de transporte, alimento e proteção para os espermatozóides durante o seu percurso na vagina rumo à fertilização. E, ao contrário do que muitos imaginam, não tem nenhum papel na ereção peniana.
“Três enfermidades podem afetar a próstata”, explica Glina. “A prostatite [infecção], a hiperplasia benigna [crescimento benigno da glândula] e o câncer.”
Imagine uma maçã. A casca equivale à região periférica da glândula: é onde nasce a maioria dos cânceres. O miolo, onde ficam os caroços, é a zona central: local onde mais freqüentemente ocorrem as prostatites. A parte maior, que é a polpa, equivale à região de transição: é onde surge a hiperplasia benigna da próstata, disparado a mais freqüente das enfermidades da glândula.
“Geralmente no início, o câncer de próstata é silencioso, não dá sintomas”, previne Lichtenstein. “Independentemente disso, ao sentir dor ou desconforto na micção ou notar alguma mudança no fluxo da urina, não empurre com a barriga, busque ajuda médica, pois alguma alteração há.”
OPERAÇÃO ÀS VEZES DESNECESSÁRIA E MUTILANTE
Especificamente em relação ao câncer de próstata, sabe-se que:
1) A genética é fator importante. Homem cujo pai ou irmão teve câncer de próstata antes dos 60 anos tem 3 a 10 vezes mais risco de desenvolver a doença do que a população em geral.
2) Obesidade e alimentação parecem favorecer a doença. Na Ásia, é baixa a incidência . Porém, quando os asiáticos migram para os países ocidentais, a geração seguinte tem a mesma prevalência que a população branca.
3) A sua incidência aumenta após os 50 anos. É considerado um câncer da terceira idade, já que 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
4) Estudos demonstram a presença de câncer de próstata em 30% das necropsias feitas em homens acima de 80 anos. Porém, menos de 5% desses óbitos são devido ao tumor. Ou seja, em um grande contingente de homens a doença jamais evoluirá.
5) Há dois tipos de tumores de próstata. Os que crescem rapidamente e se espalham para outros órgãos (metástases), podendo levar à morte em alguns meses, se não diagnosticados e tratados bem cedo. E os que se desenvolvem lentamente – demoram aproximadamente 15 anos para atingir 1 centímetro cúbico –, e não chegam a dar sinais durante a vida e nem ameaçar a saúde do homem. Esse segundo tipo corresponde à maioria dos casos.
“A questão é que não existe exame que nos permita saber se o tumor é do primeiro ou do segundo tipo”, adverte Lichtenstein. “Operam-se então homens sem necessidade, e a cirurgia pode causar disfunção erétil [antes denominada impotência sexual] e incontinência urinária.”
“Provavelmente tratamos mais do que seria preciso”, reconhece Glina, “e o tratamento é mutilador, e o pós-operatório, chato. Esse é o problema”.
A cirurgia chama-se prostatectomia radical. Feita com anestesia geral, remove a glândula inteira e os tecidos ao redor. Incontinência urinária é um dos riscos. A operação pode lesar a musculatura que segura a urina na bexiga. Em conseqüência, 2% a 5% perdem totalmente a capacidade de conter a urina e têm de usar fralda o tempo todo. Cerca de 10% deixam escapar um pouco quando riem, tossem ou fazem esforço e precisam usar um pequeno absorvente.
Outro risco é a disfunção erétil. Inicialmente, todos ficam impotentes. Com o tempo, 30% a 50% recuperam naturalmente a ereção. Mas em 50% a 70% a cirurgia causa disfunção erétil, já que os nervos da ereção passam ao lado da próstata e muitas vezes não dá para preservá-los. A disfunção erétil pode ser tratada com medicamentos orais, injeções no pênis e prótese peniana.
“Em alguns casos, pode ser feita radioterapia em vez da cirurgia”, avisa Glina. “A radioterapia provoca menos efeitos colaterais.”
PSA AUMENTADO NÃO SIGNIFICA SEMPRE TUMOR MALIGNO
E o PSA? E o toque retal?– muitos já devem estar cobrando.
O toque retal é o teste mais usado. Porém, como somente as porções posterior e lateral da próstata podem ser palpadas, 40% a 50% dos tumores ficam fora do seu alcance. Daí ser usado em combinação com a dosagem do PSA no sangue.
O antígeno prostático específico é produzido pelas células epiteliais da próstata e não pela célula cancerosa, especificamente. Resultado: o PSA altera-se não apenas quando há câncer, mas também prostatite e hiperplasia benigna da próstata, assim como após a ejaculação e a realização de citoscopia (endoscopia das vias urinárias).
PSA abaixo de 4 ng/ml é considerado normal. Porém, hoje se usa mais 3 a 3,5. Para alguns especialistas, resultado negativo só quando o PSA for abaixo de 2,5 ng/ml. Ou seja, não há consenso.
“Como o PSA alterado não diferencia a doença, torna-se necessária a biópsia da próstata, feita em 18 a 20 fragmentos”, afirma Glina. “Cerca de 70% dos casos não são positivos para câncer, pois o PSA é um mau marcador tumoral. Mas é o único que temos. Infelizmente, ainda não há um método melhor para separar o tumor maligno das demais doenças.”
“O PSA elevado é apenas o início do processo que pode passar pela biópsia e chegar à cirurgia”, salienta Lichtenstein. “A biópsia é incômoda e gera muita ansiedade. Se for câncer, opera-se, correndo o risco dos efeitos colaterais. Por isso, não vale a pena fazer check-up prostático anual em homens saudáveis. Acaba-se operando demais.”
“Vale a pena, sim, ‘ir atrás’ do tumor de próstata em homens saudáveis”, reafirma Glina. “O diagnóstico precoce terá impacto na sobrevida, principalmente nos mais jovens. Já há dados no mundo todo, inclusive do DataSUS de São Paulo, mostrando que a mortalidade pelo câncer de próstata vem caindo. Isso se deve ao fato de rastrear o câncer próstata entre os homens saudáveis após os 50 anos e a partir dos 40, em quem tem história familiar desse tumor.”
“Mas se for do tipo que não mata e o indivíduo ficar apenas com os ônus da cirurgia?”, Lichtenstein vai ao x da questão. “Só tem sentido o rastreamento no dia em que houver um marcador para o tumor agressivo, ou tratamento que não deixe seqüelas ou evidências científicas de que o que tratar o câncer da próstata antes de os sintomas aparecerem faz o indivíduo viver mais ou melhor. Enquanto isso, check-up anual de próstata em homens saudáveis, sem antecedentes familiares , não deve ser política de saúde pública.”
DISCUTATUDO ISSO COM SEU MÉDICO
Sidney e Arnaldo são médicos muito competentes, atualizados e éticos. Além disso, amigos. Mas essa discussão é sem fim. É um Fla-Flu, mesmo, pelo menos por enquanto. E não estão sozinhos.
No mundo inteiro, a comunidade científica busca uma resposta consistente, definitiva, para esta pergunta: a procura de câncer de próstata em homens saudáveis, sem histórico familiar da doença, traz benefícios, reduzindo a mortalidade?
A expectativa era a de que dois grandes estudos – um europeu e outro estadunidense – com milhares de homens, divulgados em 2009, responderiam a questão. Mas não, ela continua em aberto.
O estudo estadunidense acompanhou 75 mil pacientes durante 11 anos. Concluiu que não há diferença de mortalidade entre rastrear ou não homens homens saudáveis, assintomáticos, acima dos 50 anos. Esse estudo foi contestado no mundo inteiro, pois 58% dos participantes do grupo controle fizeram o PSA por conta própria.
O estudo europeu envolveu 180 mil homens por 10 anos. Verificou que para evitar uma morte foram necessários 1.400 PSA e 50 tratamentos, dos quais 20 ou 30 ficaram impotentes. Para os epidemiologistas, é número muito alto de diagnósticos e de disfunção erétil para salvar uma vida.
Daí a US Preventive Services Task Force, a Canadian Task Force, o National Institute of Cancer, dos EUA, o Inca e o Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo continuarem não recomendando a avaliação em homens aparentemente saudáveis, sem histórico familiar.
“Só se recomenda o rastreamento populacional, quando o exame é fácil de fazer, detecta a doença no início, ela é frequente e o tratamento precoce muda o curso dela”, esclarece Lichtenstein. “Isso está comprovado para hipertensão, diabetes e câncer do colo do útero. Para o câncer de próstata, ainda não.”
“Só que quando o câncer de próstata dá sintomas, a doença já se disseminou”, alerta Glina. “Aí, o tratamento é paliativo, não há mais chance de cura.”
Diante desses prós e contras, o que fazer?
Se você tem histórico familiar de câncer de próstata, não há o que discutir. A recomendação é unânime: faça a avaliação anual a partir dos 40 anos. Isso implica toque retal e PSA.
Tendo dor, desconforto ou sintomas urinários, procure ajuda médica também, qualquer que seja a sua idade.
Se você tem 50 anos ou mais, está saudável, a decisão de fazer o check-up anual de próstata é sua. Discuta com o seu médico. Questione-os sobre os prós e contras.
O economista Carlos Vieira, 59 anos, faz desde os 50: “Fico mais tranqüilo”.
O colega de trabalho Marcos Pacheco, 57, não: “Enquanto não estiver comprovado que vale a pena em homens saudáveis, não farei. Pelo menos, até os sintomas aparecerem – se aparecerem — vou ser feliz”.
Mas qualquer que seja a sua decisão, cuidado com os espertalhões. “Tem médico que fala que opera com robô e garante 100% de potência no pós-operatório”, alerta Glina. “Isso é mentira.”
Comentários
luizkaio23
É possível alguém com 12 anos ter câncer de próstata?
lindberg brito
Por que não fazer transplante de próstata, se fazem de figado, de rins, coração, etc.
lindberg brito
Fiz exames de PSA de 1996 a 2011, quando atingiu o nível 8,9. Feita a biópisia, constatou-se câncer com 2+3 na escala do patologista Donald. Após cirurgia de prostatectomia radical no dia 29/11/2011, e algumas semanas depois, tive pequena incontinência urinária, chegando a usar pequena frauda; o jato ficou fino, passei a usar a sonda por 20 dias, que termina no dia 2/3. Agora eu pergunto aos médicos-cientistas, que já fazem diversos implantes, como coração, figado, pulmão, rins…etc e por que não fazer implante de próstata?
lindberg brito
Fiz exames de PSA de 1996 a 2011, quando atingiu o nível 8,9. Feita a biópisia, constatou-se câncer com 2+3 na escala do patologista Donald. Após cirurgia de prostatectomia radical no dia 29/11/2011, e algumas semanas depois, tive pequena incontinência urinária, chegando a usar pequena frauda; o jato ficou fino, passei a usar a sonda por 20 dias, que termina no dia 2/3. Agora eu pergunto aos médicos-cientistas, que já fazem diversos implantes, como coração, figado, pulmão, rins…etc e por que não fazer implante de próstata?
Carlos Bayma
Acompanho um paciente que tem PSA total em torno de 40, mas não é câncer. Chegou a mim trazendo 5 biópsias no últimos 2 anos, todas com o resultado processo inflamatório crônico. Estava á beira de ir pra cirurgia. Ao fazer empiricamente um tratamento para prostatite, o PSA descambou para 15. Se fosse tumor maligno, não reduziria. Porém, é um paciente que se deve ficar de olho e, talvez, realizar novas biópsias, pois tem 63 anos, apesar de história familiar negativa.
JOSE DANTAS
Uma folha seca não cai sem a permissão divina, diz a bíblia mais ou menos assim. Partindo desse princípio o câncer só acontece porque Deus concorda com o fato. Acabei de perder uma filha aos 32 anos, vítima de câncer e principalmente do sofrimento causado pelos diversos tratamentos a que se submeteu sem nenhum sucesso, cada um pior que o outro, ao longo de quase três anos. Após esse drama e depois da leitura acima, por que procuraria o urologista se na média os homens tem uma sobrevida significativa sem mexer no "vespeiro"? Ainda mais que o tratamento por mais precoce que seja não garante absolutamente nada. Se tiver que vir a doença que o sofrimento fique limitado a mesma, sem os incômodos que começam por um "dedo", passando pela maratona em consultórios, laboratórios e hospitais e culminando quase sempre com aquela assistência ao paciente terminal que na maioria das vezes só prolonga o sofrimento. Se viemos para cá, o retorno é uma certeza e não será um castigo e sim uma libertação de tudo quanto sofremos enquanto espíritos encarnados.
Marcos
Quanta abobrinha!
Provavelmente sua filha teria uma sobrevida maior se tivesse obtido diagnóstico precoce…então você prefere morrer vítima de câncer a se permitir um "dedo" invasivo??
Todas as folhas secas cairão meu amigo…todas. Com ou sem permissão de qualquer entidade…
O assunto aqui são folhas verdes…
Parceria PUC-RJ, Viramundo e Rocinha dá samba, ops!, saúde | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] tremendo equívoco. Saúde se constrói com check ups periódicos (veja aqui e aqui ), diagnósticos e tratamentos adequados, mas principalmente com adoção de hábitos e estilo de […]
joão bravo
Eu já estava queimando horário,A dificuldade para encaixar-me na agenda do médico,justificava minha preocupação.
Felizmente de forma pontual pude ingressar no consultório.Mal sentei,ouço ao fundo uma voz delicada,porém,firme de mulher:
-Sr.João Bravo.
Premeditadamente eu havia sido genérico,no tempo da marcação de consulta,alegando apenas "simples consulta de rotina".
Minha intenção era simular algum tipo de patologia leve,que desse-me tempo para conhecer melhor o médico,analisar com cuidado sua personalidade e,se rolasse um clima,pedir-lhe que procedesse um exame de toque retal básico,que em minha idade, 44 anos,torna-se imprescindível.
Mas era necessário que o médico soubesse ouvir,com gaucho não é assim,chegar e ir tombando.Tem que escutá-lo,compreender seus anseios,suas carências.
Neste particular, devo confessar,ele nutriu em mim confiança o suficiente para enfim,entregar-me.
Após um breve papo tipo cadastro,mandou que me despisse das vestes,deitasse-me de bruços.o que fiz.
Com um olhar periférico,vi-o calçar suas alvas luvas de látex,com a elegância de um matador de filme americano.
A proximidade da borracha à sua pele,revelou toda a exuberância de formas de seus dedos…
Quer dizer,aquilo não era dedo,credo!!mais parecia um amortecedor do Ford Ká.
Definitivamente aquele dedo trazia consigo um carma ruim.
Cravei as unhas nas beiradas da maca,fixei o olhar em um ponto qualquer a minha frente, para não perder a referência, e disse-lhe:-Quando quiser douuuuuuuuu!
Sem qualquer aviso,num movimento firme e continuado,adentra meu ser uma monstruosa falange.Nesta altura,eu mais parecia uma cuíca,tocada com um espremedor de limão.
Ele pedia-me para que relaxasse,não oferecesse resistência,que não tivesse medo.
Francamente,quem tinha de estar com medo era ele,que estava prestes a ter um dedo guilhotinado.
Cessados os movimentos e findo os toques,não fez ele a mínima questão de descomprimir,vindo a tona de forma súbita e rápida,fazendo-me retesar com violência todos os músculos de meu corpo,de formas a não passar por ali,nada além de um enorme dedo.
Já em casa,ainda meio envergonhado,obriguei-me por uns três dias a o uso do chuveirinho em seu duplo efeito:
Higienização e Refrigeração.
Algum tempo depois,percebi que uma prisão de ventre que me tirava o sono à anos,havia sumido.
Creio ter sido este exame, a versão médica de um habeas corpus preventivo.
JOSE DANTAS
Cada um tem sua história e seu trauma.
Fui lá aos 55 anos e como não foi constatada nenhuma anormalidade, arriscarei mais 55, se Deus me conceder as onze décadas.
Sem saudades.
ruypenalva
Fazer ou não fazer eis a questão. Mas quem tem PSA alto, história familiar, já passou dos cinquenta, tem sintomas obstrutivos urinários é melhor fazer. Antes um dedo amigo do que um dedo de condenação.
Wildner Arcanjo
Bem, só não vale, na hora do exame, dizer: 'Doutor, Me beije!!!'
No mais, a matéria está correta. Nós homens, precisamos nos preocupar mais com a nossa saúde!
Um abraço e não tenham medo do dedinho!!!
Tom
Conceição, não entendi bem as desvantagens de se fazer exame PSA mesmo para quem não tenha sintomas. Custo? Contra-indicação?
E sobre o exame de ultrassonografia abdominal total? Este parece ser bem interessante, pois é possível acompanhar rins, pâncreas, próstata, fígado, enfim, uma boa parte dos nossos sistemas.
Sobre a minha situação, especificamente, o ultrassom foi recomendado pelo cardiologista, devido aos níveis de colesterol. Graças ao exame, descobri um pouco de gordura no fígado, passei a me cuidar e esta já diminuiu. A próstata parece ok. Tenho um problema de desconforto em urinar (lento e pouco dolorido), mas é só quando a bexiga está muito cheia. Isto é sintoma de alguma disfunção?
clemes
Tom, a questão é a seguinte. O PSA é mau marcador para o câncer de próstata. Ele aumenta em outras doenças da próstata. Em consequência, resultado positivo exige biópsia, que é um exame gera ansiedade. Supondo que seja positivo significa câncer. Só que o tratamento tem efeitos colaterais importantes, de um lado. De outro, boa parte dos tumores de próstata é de evolução muito lenta e não se espalha pelo organismo. Em função disso, parte dos médicos acha que não vale a pena fazer o PSA em quem nao tem história familiar nem sintomas. Se der câncer, a pessoa vai querer operar, claro. Aí, embora a pessoa tivesse um tumor que nunca lhe causaria problemas, ela ficaria com as sequelas do tratamento. Já outro grupo de médicos — isso acontece no mundo inteiro — defende o check-anual de prostata (PSA e toque retal) a partir dos 50 anos para homens aparenetemente saudáveis. Quanto ao desconforto urinário, experimente não deixar a bexiga cheia para ver se ele permanece. O ideal é que vc fosse ao seu médico e contasse o que está acontece. O exame físico, a conversa e possivelmente alguns exames darão a resposta. Abs
Marat
Pessoal, desculpem a crise existencial, mas, se vamos morrer mesmo, por que tanto sofrimento??? Deixe a doença agir, ela não tem culpa…
paulo
caro marat
pelo visto vc nao sabe o q e sofrer de cancer de prostata
to com um amigo q esta em estado terminal dessa doenca
esta com sonda na frente e atras., nao pode passar por cirurgia
para tirar o tumor., tem dores terriveis o cancer ja esta nos ossos, bexiga
e rins., e por ultimo agora passou para o anus., nao consegue
posicao para dormir., a morfina ja nao faz o efeito desejado.,
esta com a paranoia da morte q esta chegando/ sinceramente nao desejo
isso para ninguem.,e melhor enfrentar o dedo do q isso., abs paulo
Nicolás
Nossa…obrigado pela postagem…não sabia que com tanta informação hoje em dia, eu era um ignorante completo no assunto. Até copiei e guardei num arquivo no meu computador. Não tenho historico de cancer de prostata ou de qualquer outro em minha familia. Achava no entanto, que deveria fazer exames anuais após os 40 anos de forma a preveni-lo.
Agora sei que uma boa conversa com informações como essa são muito importantes para a tomada de decisão, tal qual o exemplo dado sobre o ecnomista e seu colega de trabalho.
Obrigado pela postagem.
Abraços
Check-up da próstata, fazer ou não? « Substantivo Plural
[…] Por Conceição Lemes Vi o Mundo […]
carlinhos medeiros
Excelente! Estou fazendo 50….tomara que o médico tenha um médio de médio a pequeno…Abs Azenha!
geniberto campos
cara Conceição,
parabens pela matéria – jornalismo da melhor qualidade – e por trazer um tema tão relevante para a discussão.
O programa SAÚDE DO HOMEM do Min. da Saúde merece participar desse debate, extremamente relevante para a Saúde Pública brasileira e mundial. Renovo meus cumprimentos
Xico
Caríssima, Conceição! PARABÉNS pelo artigo! Que Deus te abençoe sempre! Mas gostaria de fazer uma pergunta: eu tenho 40 anos de idade, sou divorciado, tenho um filho de 12 anos e estou há quase 5 anos sem fazer sexo. Porém, me masturbo diariamente. E essa masturbação é-me costumeira desde minha pré-adolescência (11 ou 12 anos). Há muitos anos que tenho um sintoma esquisito (por mais que eu espere secar a urina, sempre sai umas gotinhas após eu colocar o pênis para dentro da cueca, que sempre fica molhada após minha ida ao banheiro). Queria saber se isso é sintoma da próstata. Por coincidência, hoje fiz exame de PSA, por motivo trabalhista(obrigação da empresa), mas o resultado só sai daqui a 30 dias, mais ou menos.
Meu pai tem 92 anos de idade e nunca apresentou problema semelhante.
clemes
Xico, vou conversar com dr. Sidney Glina sobre o sintoma. Depois, postarei aqui a resposta pra vc. Abs
Conceição Lemes
Xico, qual o motivo da empresa onde vc trabalha solicitar o PSA? Vc trabalha em que setor? Sobre os seus sintomas, os doutores Arnaldo e Sidney recomendam que vc consulte o seu médico. O exame físico, histórico de doenças anteriores e alguns exames poderão esclarecer com precisão o que está acontecendo e tratar. Abs
Xico
Dra Conceição, muito obrigado pelo empenho e conselho…eu sou militar do EB e o exame de PSA foi solicitado juntamente com outros exames de sangue, fezes, urina, RX e ECG, para fins de promoção…
André
Lamentavelmente estou sentindo alguns dos sintomas. Não tenho a idade recomendada para o check-up e não há histórico familiar. Fiquei em dúvida se a mim bastaria o PSA., que devo realizar brevemente. Não sei se seria oportuno, mas gostaria de sugerir matéria sobre diabetes. Fiz vários exames de rotina semana passada e pela primeira vez fiquei preocupado : 102 mg/dl. De repente , pelo o que li na internet , sou considerado pré-diabético. Confesso que me assustei. Logo adquiri um desses testes digitais e passei a monitorar. Aliás, também queria saber até que ponto são confiáveis os medidores digitais. Nem preciso ser lembrado de que devo mesmo é procurar um médico , mas entendo que algumas informações sempre são úteis. Elas estimulam até a sujeitos avessos à médicos, como eu , a procurá-los sem muita demora.
clemes
André, quem recomendou o PSA? Quantos anos vc tem? Diabetes é um ótimo. Vamos abordá-lo logo, logo. Ás vezes é preciso repetir o exame. Existem algumas situações que às vezes alteram falsamente o resultado. No caso da glicemia de jejum (é o que vc ter feito), vou levantar os dados e postarei aqui pra vc. Abs
André
Grato pela resposta. Bem, na verdade o PSA foi "recomendado" já há algum tempo numa conversa informal com um médico que conheço. Na época não sentia nenhum sintoma como os descritos pela senhora. Foi uma conversa apenas e acabei não fazendo. Hoje li sua matéria e lembrei do episódio. A reação foi imediata : Vou fazer "aquele PSA". Abs
@halemaojp
Caro André,
A Glicose que acabaste de fazer representa apenas uma medida eventual da quantidade de glicose presente no teu sangue naquele dia. Como disse a Conceição, ela pode ser influenciada por questões alimentares próximas a medida e várias outras questões. Assim, esta medida única não significa que você é pré-diabético, apenas liga um sinal de alerta. Mas, e o que se deve fazer?
Uma possibilidade é repetir a medida e estar alerta para o jejum necessário para o exame. Novas medidas tendem a regredir a média e se aproximar da real medida, podendo confirmar o achado ou simplesmente refutá-lo.
(segue…)
@halemaojp
(continuaçao…)
Outra possibilidade é fazer um teste de sobrecarga de glicose, já que o normal é que ao se ingerir alimentos e liberar glicose para a corrente sanguínea o pâncreas entre em ação e libere insulina que retira o excesso de glicose da corrente sanguínea. O teste de sobrecarga faz uma medida da glicose no sangue e, em seguida, te dá uma carga de glicose alta via oral simulando a alimentação. Em seguida, 2 horas depois, faz uma nova medida da glicose e espera-se que esteja menor ou pelo menos no mesmo nível da inicial. Quando isso não acontece mostra um certo grau de incapacidade do pâncreas de produzir a insulina suficiente e, neste caso, realmente poderíamos pensar em pré-diabetes.
(segue…)
@halemaojp
(continuando…)
Mas, caro amigo, independente de tudo isso, o mais importante é ter uma dieta saudável, com equilíbrio calórico para evitar sobrecarregar o pâncreas. Ainda mais importante, a atividade física regular traz benefícios incalculáveis em vários sistemas e ajuda a evitar a obesidade diminuindo assim a resistência dos tecidos à ação da insulina e evitando o diabetes.
Por isso, fico sempre receoso, com o modelo biomédico de saúde que temos onde saúde é igual a ausência de doença, levando a distorções grosseiras onde condutas duvidosas como o rastreamento de câncer de próstata para pessoas saudáveis são indicadas (sem ao menos mostrar os malefícios destas ações) e medidas mais simples e de qualidade de vida, mas que não geram lucros são deliberadamente esquecidas.
Abraços,
Alexandre Melo – Médico de Família e Comunidade
clemes
Alexandre, é exatamente esse o enfoque do livro que o professor Mílton de Arruda Martins, titular de Clínica da FMUSP, o dr. Mario Ferreira Jr., do Centro de Promoção da Saúde do HC, e eu lançamos semana passa. Não é livro de doenças mas de saúde. Vai na contra excessiva medicalização da saúde dos tempos atuais. Abs
André
Bem, lido os comentários resta a mim agradecer e esclarecer que uma vez adquirido o medidor digital não obtive resultados que indicassem realmente um estado de pré-diabetes. Claro que interpretar por minha conta não é o ideal. Quanto ao PSA, esclareço que foi um conversa sobre variados assuntos e um deles foi o exame convencional quando então perguntei se nada havia ainda que pudesse substitui-lo. A isso foi então sugerido que ao menos realizasse o PSA. Enfim, acho que devo realizar o teste da curva glicêmica e o PSA. No mais, devo confessar que apesar de não obeso , sou sedentário na medida em que não realizo atividades fisicas o suficiente para não me enquadrar como tal. A partir daí devo redobrar os cuidados. Grato às respostas. Aguardo a matéria sobre diabetes.
André
Ah, eu tenho 43. Na época da conversa (não foi uma consulta) eu tinha 40.
Conceição Lemes
André, o check-up de próstata deve incluir o PSA e o toque retal. Como vc não tem antecedentes familiares, os médicos que o defendem recomendam a partir dos 50 anos. Porém, como vc tem alguns sintomas urinários o ideal é que vc consultasse um médico para saber exatamente o que está acontecendo e se livrar desse desconforto. abs
André
Cara Conceição, sugeri a matéria sobre Diabetes por conta do caráter da doença. Pelo que li a respeito ela é assintomática também. Doenças assim são terríveis. pois muitas vezes já até estamos comprometidos quando descobrimos não é? Abs.;
Conceição Lemes
André, isso acontece diabetes, sim. Também com hipertensão. Caminham silenciosas. São doenças que vc pode prevenir com atividade física regular, alimentação saudável, peso adequado, como o Alexandre falou. São medidas fundamentais também pra quem já tem a doença. Às vezes só com essas medidas vc normaliza a glicemia, a pressão arterial e os niveis de gordura no sangue. Daí a importância de se pensar a saúde como um todo. Com hábitos e estilo de vida saudáveis vc ataca ao mesmo tempo uma porção de doenças. Abs
Fernando
Pela primeira vez farei um comentário nesse lado de saúde do Vi o Mundo. Bom, minha história está longe de ser feliz com relação a essa doença. Meu pai, após se aposentar, virou um verdadeiro hipocondríaco, devido a falta do que fazer mesmo. Eu mesmo brincava com ele de que ele chegava no hospital, perguntava qual era a última novidade em exames e que se fosse uma RM do dedo mínimo do pé esquerdo ele iria fazer. Assintomático, ele sempre fez exames de ultrassonografia excretora a cada 6 meses. Infelizmente, em um desses períodos, ele acabou não fazendo, e justamente no seguinte deu um aumento considerável da próstata, isso aos 71 anos de idade. Ele fez a cirurgia "parcial" (que não retira 100% da próstata) e na biópsia do material deu o carcinoma em estágio inicial. Porém, naquele mesmo ano, foi feita uma cintigrafia que já acusava metástase óssea na coluna, região lombar, e em um dos ombros. O oncologista que pediu o exame falou: se surgir alguma coisa, vamos combater. Por enquanto, não faremos nada.
Admito que naquela época eu não entendi muito bem essa postura, mas me fez sentido alguns anos depois. Pouco mais de 5 anos depois, meu pai começou a sentir dores constantes na coluna, que nem com morfina passavam. Fez-se nova cintigrafia e a metástase já lhe ocupava o corpo todo. Praticamente todos os ossos do corpo estavam "atacados" (sou leigo em medicinês, rs). Ele começou com a terapia hormonal que aliviou bem os sintomas, mas por apenas uns 4 meses. Em seguida, passou à radioterapia, seguida de quimioterapia. As crises de dores ósseas, sinceramente, foram as piores coisas que presenciei em minha vida. Simplesmente não havia o que fazer. Com a radio e a quimio houve uma grande atenuação dos sintomas, sem dores. Contudo, ele desenvolveu uma úlcera no estômago e precisou sofrer nova cirurgia. Dalí, passou mais 4 meses em uma cama de hospital, com confusão mental (sem saber onde estava, porque estava alí), depressão (quase não falava), alimentação enteral, bacterimias que resultavam em crises agudas de pressão alta, até em uma dessas, após todo esse tempo deitado e contra-indicado de anticoagulantes devido à cirurgia, um coágulo se soltou e lhe causou uma embolia, vindo a falecer na UTI 4 dias depois.
Foi uma coisa horrível, que não desejo a ninguém, mas ninguém mesmo, que passe por algo similar. Não nego que a partir disso, me tornei um grande adepto da cirurgia de próstata. Estou com 32 anos, e nunca fiz os exames, mas pretendo ter uma boa conversa com um médico, uma vez tendo meus filhos, de possivelmente vir a retirar a próstata com antecedência. Quanto à decisão do médico de não fazer nada até que surgisse alguma, é porque vejo que não havia mesmo o que fazer. A metástase já havia começado, tendo sido diagnosticado um câncer agressivo. Nesses 5 anos, meu pai viajou, andava na praia todo dia, fazia a natação dele, sem o "fantasma do câncer" em sua mente.
clemes
Fernando, depois que a doença se espalha, realmente a conduta adotada no caso do seu pai é a recomendada. Ele fazia o PSA e toque retal? Realmente essa reflexão é importante para vc tomar uma decisão consciente. Agora tirar a próstata acho que não é caminho. Vou falar com o dr. Sidney e o dr. Arnaldo sobre isso. Postarei aqui. Abs
Fernando
Olha, não me lembro se o PSA só começou a ser feito após a confirmação da doença, quando iniciaram as dores ou se já era feito antes. Isso já tem mais de 10 anos, e eu era ainda mais leigo na época. Ele fazia esse exame a pedido do urologista, se não me engano, a cada 6 meses. Como ele ia também ao consultório, acredito que era feito exame de toque.
Conceição Lemes
Fernando, conversei com o dr. Arnaldo sobre essa hipótese que vc levantou de tirar preventivamente a próstata para não correr o risco de ter a doença. Isso não é feito nem recomendado. Se é uma questão que te preocupa por que não consultar-se com um bom médico para, a partir dos 40 anos, fazer o acompanhamento anual? É o caminho mais adequado. Pense nisso. Abs
Abdelnur
Conceição,
ha algum tempo vi uma matéria sobre pesquisas sendo realizadas na Unicamp (acho), sobre o implante de partículas radioativas em próstatas diagnosticadas, numa tentativa de combater o tumor de uma maneira menos invasiva. Tens alguma notícia sobre isso?
Abracadabraços
clemes
Abdelnur, buscarei informações. POstarei aqui mesmo. Abs
Conceição Lemes
Abdelnur, conversei com o doutor Sidney Glina sobre o implante de "sementes" radioativas. Chama-se braquiterapia. É um tipo de radioterapia. Não é algo em pesquisa mas um tratamento empregado em alguns casos. No Brasil, é pouco usado. O problema é que depois de fazê-lo não é possível fazer a cirurgia se for necessária. Abs
Abdelnur
Valeu. Muito Obrigado.
alirio
Que a Conceição me desculpe, mas os Médicos só perdem para os advogados em matéria de 'loby'. As Leis, as normas dos Ministérios, os Regulamentos dos convenios de saúde, obedecem as determinações dos Conselhos Regionais de Medicina, exceto quanto as questões que também dependem de aprovação da OAB. (a falta de crase e do circunflexo é culpa do teclado).
Isso tudo é apenas para chamar a atenção quanto a propaganda enganosa. Há um excesso de divulgação quanto a necessidade de exames, quando o correto seria a informação dos homens que poderiam estar em situação de risco.
Voltando ao loby. De repente, quem não fizer o exame de próstata é culpado de omissão, mesmo que não esteja sentindo nada, nenhum sintoma.
Gosto muito de estudar medicina, assim como a física e a cosmologia, entre outras Ciencias.
Minha mãe mandou: 'vai ser feliz na vida'! Com um abraço forte, no dia de aniversário. Então, virei um filósofo.
Mas isso não se diz, pois seria logo comparado ao Sócrates, Aristóteles, Platão e aos outros, posteriores, que se denominaram santos.
Conceição, como poderei adquirir o livro? Agora, estou precisando de tr~es.
Um forte abraço.
clemes
Alirio, por isso que é fundamental fazer um jornalismo responsável e ético. No caso de saúde, baseado em evidências científicas, mesmo. O caso do check-up de próstata normalmente a mídia só mostra um lado. Mas o outro lado é tão importante quanto. Existe uma excessiva medicalização da saúde hoje em dia. Assim como as pessoas acham que legal é fazer um penca de exames. Só que não é bem assim. Quanto ao livro, vc mora onde? Abração
alirio
Belo Horizonte, MG.
Rua Álvaro Alvim, 146.
CEP 30.775.190.
Procurei em uma livraria (Leitura) e não estava cadastrado.
Se for possível adquirir por cartão de crédito, será otimo.
Um amigo ilustre gosta de colecionar livros com dedicatórias. Gostaria de presenteá-lo com seu 'chamegão'.
Nosso contato sempre começa por 'Saúde e Paz!', o qual, o desejo, transfiro a voce.
clemes
Alirio, vou contatar a editora. Depois, te falo. Abração e obrigada.
Conceição Lemes
Alirio, os livros estão indo agora para as livrarias. Vc pode adquirir no site da própria editora. O link é este: http://www.manole.com.br/loja/produto-183996-4793…
Quanto ao jamegão, não dei como poderíamos torná-lo viável, pois eu não lido com a venda nem fico em BH. Se tiver alguma sugestão, será um prazer assinar o livro pro seu amigo. Abs
Conceição Lemes
Alirio, os livros estão indo agora para as livrarias. Vc pode adquirir na própria editora: http://www.manole.com.br/loja/produto-183996-4793….
Quanto ao jamegão, não dei como poderíamos torná-lo viável. Se tiver alguma sugestão, será um prazer assinar o livro pro seu amigo. Abs
alirio
Belo Horizonte, MG.
Vamos aguardar. Vou verificar os Correios.
Obrigado pela atenção.
Milton Hayek
Meu pai fez e chagou em casa todo macambúzio.Depois teve de retirar a próstata.
dukrai
A minha cardiologista e clínica me mandou fazer o exame de próstata. Estou lendo os prós e contras e estou tendendo a não fazer.
As informações abaixo são contundentes.
"O estudo europeu envolveu 180 mil homens por 10 anos. Verificou que para evitar uma morte foram necessários 1.400 PSA e 50 tratamentos, dos quais 20 ou 30 ficaram impotentes. Para os epidemiologistas, é número muito alto de diagnósticos e de disfunção erétil para salvar uma vida."
clemes
Dukrai, as informações são atualizadíssimas. E o estágio do debate é este, mesmo, tanto aqui quanto nos EUA ou na Europa. Na Inglaterra, por exemplo, o rastreamento em homens saudáveis não é recomendado. Mas a questao é polêmica. por isso é fundamental que vc discuta bem com o seu médico. Abs
dukrai
obrigado, Conceição.
Jairo_Beraldo
Fazer sempre depois dos 40 anos. Seja macho, faça o toque retal. PSA é incógnita e inseguro. É doído… mas deve ser bem mais doído ficar perambulando por aí como um canceroso prostático. Eu faço de 2/2 anos toque e intercalado PSA.
monge scéptico
Eis ai um problema que deve ser tratado com a maior seriedade e, cujos métodos de diagnóstico, ainda são imprecisos.
Do meu ponto de vista, acho horrível o método do "toque". Entretanto, se não aparecer algo melhor, é esse.
A respeito de viver e morrer, tenho, particularmente, visão pessoal, cuja discussão, infelismente não posso discutir senão
comigo mesmo. Chegando o momento, vamos sim todos, fazer os exames; é o com o que temos no momento. No futuro(?)
Isso vai melhorar!!.
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