Educação padrão Fifa depende da União, estados e municípios
Por Emílio Carlos Rodriguez Lopez, especial para o Viomundo
O financiamento da educação pública brasileira é crônico. É uma das causas da má qualidade da educação básica, já que reflete nos baixos salários pagos aos professores e na sua sobrecarga de trabalho. Esse diagnóstico é verbalizado por vários educadores e aparece em trabalhos científicos.
Pense e responda:
Quem é responsável pelo atual nível de ensino?
Do ensino fundamental ao superior é tudo responsabilidade do governo federal?
Quem teria de ser responsável pela educação do padrão FIFA tão cobrado pela população?
Quanto gasta cada Estado em relação à riqueza produzida (PIB)?
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, maiores estados do Brasil gastam mais que outros estados?
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Pela Constituição Federal, a União coordena e regula o sistema Nacional de Educação, visando a um padrão mínimo de qualidade. Ela deve se concentrar no ensino superior. Os estados têm como prioridade o ensino médio e fundamental e os municípios, o ensino fundamental e infantil.
A Constituição é clara:
“Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurara universalização do ensino obrigatório”.
Porém, como se conhece pouco a Constituição, é comum a mídia e a população, reforçada por essa mesma mídia, jogarem toda a responsabilidade nas costas do governo federal, não vinculando o baixo nível de educação a estados e municípios.
Nas manifestações de junho do ano passado, isso ficou bastante claro quando os manifestantes foram às ruas querendo “educação padrão FIFA”.
O slogan tão difundido jogou toda a obrigação nas costas do governo federal e ocultou o papel dos estados e municípios.
De outro lado, a Constituição Federal vincula a despesa com Educação à arrecadação de tributos.
Dos R$ 18 bilhões que se espera que a União arrecade em 2014, somente um quarto irá para a Educação. Ou seja, quase R$ 4,5 bilhões.
Já Estados e municípios têm de destinar 25% a 30% dos valores arrecadados com tributos para a Educação.
O gasto público de São Paulo em comparação com outros Estados
Afinal, quanto os Estados e o governo federal gastam com Educação?
O Tesouro Nacional disponibiliza em seu site uma série histórica dos gastos dos Estados da federação, inclusive com educação de 1995 a 2011. Só que, até 2001, os gastos com Educação eram somados com a cultura, dificultando comparações.
Optei então por construir uma série histórica de 2002 a 2011, até porque o IBGE divulgou apenas o PIB dos Estados até 2011.
Os dados do Tesouro Nacional somam gastos com aposentadorias, repasses federais ou oriundos de empréstimos como despesas a serem computadas no cálculo nacional do gasto com educação.
A comparação por Estados é valida por estarem na mesma base de comparação.
Por isso, criei um ranking da despesa com educação desde o ano de 2002 a 2011. O levantamento compara a despesa de cada Estado com educação em relação ao respectivo PIB.
GASTO COM EDUCAÇÃO POR ESTADO EM RELAÇÃO AO SEU PIB
Interessante notar a posição do Estado de São Paulo no ranking. Está em 18º lugar.
Isso não é de agora. Em 2010, ficou em 22º lugar. Em 2008, teve a melhor posição: 17º. Nos demais anos, ficou entre 17º e 19º.
O mais incrível é que Piauí, Amapá, Acre, Sergipe, Rondônia, Roraima, por exemplo, gastam muito mais dos seus respectivos PIBs com Educação do que São Paulo.
Aliás, os gastos dos Estados com Educação vêm caindo.
Em 2002, representavam 2,39% do PIB dos Estados somados. Em 2011, apenas 2,17%.
Essa diferença parece pequena, mas não é. Ela representa R$ 9,1 bilhões em valores correntes no ano de 2011.
O gasto do Estado de São Paulo caiu de 2,27%, aplicado em 2002, para 2,25% da despesa com Educação frente ao PIB estadual de 2011. Este queda representa R$ 2,7 bilhões.
Tem mais. O governo do Estado de São Paulo deveria concentrar esforços no ensino fundamental e médio. Na prática, porém, a situação é pior.
No ensino fundamental, ocupa 19º lugar, uma posição abaixo da despesa geral. Contribui para isto o processo iniciado em 1995, que fechou algumas escolas e municipalizou outras em todo o Estado de São Paulo.
Esse quadro se repete no ensino médio. Ocupa o 20º lugar. Portanto, duas posições abaixo do gasto geral. Isso demonstra que o governo paulista não vem seguindo a Constituição federal e não prioriza o ensino fundamental e médio.
Já o governo federal vem aumentando a sua participação na despesa constitucional com a Educação (despesa com recursos de impostos definida pelo artigo 212 da Constituição federal). Pulou de 0,8%, em 2002, para 1,13%, em 2011.
Este avanço de 41% em termos percentuais pode ser atribuído, entre outros fatores, ao crescimento econômico do país e ao fim da DRU (Desvinculação da Receita Orçamentária). De 1993, quando foi criada, até 2009, quando foi extinta, a DRU retirou mais de R$ 90 bilhões da Educação.
A aceleração da União contrasta com a redução da despesa dos Estados e do governo paulista. Isso revela que os governadores paulistas estão mais preocupados em enxugar gastos do que promover, de fato, educação de qualidade na sua rede de ensino.
GASTO CONSTITUCIONAL DA UNIÃO COM EDUCAÇÃO EM RELAÇÃO AO PIB NACIONAL
O governo paulista está diminuindo a sua participação na despesa nacional com educação, visto que há um crescimento de apenas 4% da despesa paulista em relação ao PIB Brasil e que chega a 0,58%, o que faz que sua participação geral cair de 13,7% para 11%. Isso ocorre porque a despesa total com educação cresceu 28,8%, ou seja, 7 vezes mais que o crescimento em São Paulo. Além disto, em 2011, o governo federal aplicava o dobro frente ao PIB nacional que o governo paulista.
Desse modo, para que os 10% do PIB sejam aplicados na educação brasileira, o governo paulista precisa dobrar o seu gasto e chegar a algo próximo a 1,2% do PIB Brasil, visto que este esforço envolve o governo federal, os estados e os municípios.
PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NA DESPESA COM EDUCAÇÃO DO BRASIL
O principal legado das políticas neoliberais de redução do tamanho do Estado, iniciada em 1995 na gestão de Rose Neubauer e Mário Covas, se revela na falta de professores.
Essa falta de professores tem como pano de fundo o acordo da dívida da União com o governo paulista em 1997, que, entre metas, previa a redução do número de funcionários e do gasto com pessoal [1]
Ao longo do tempo, essa política do governo paulista fez com que o salário dos professores perdesse valor real, levando-os a buscar emprego em outras áreas.
Claro que recursos não são tudo; gestão é necessária. No caso paulista, o governo investe há duas décadas em mudanças na gestão a partir do ideário neoliberal.
Só que essas políticas não se mostraram eficiente, como aparece nos resultados sentidos diretamente pela população e das dificuldades relatadas pelos educadores. Além do mais, o PPA (plano plurianual) de 2008 a 2011, que concentra as promessas do governador José Serra, mostra que 40% do seu plano em Educação não foram realizados.
Melhorar o salário dos profissionais da Educação também é vital. Isso implica regulamentação da Lei do Piso Nacional e mudança na jornada de trabalho, fazendo com que o professor dê um número menor de aulas e possa dar uma aula melhor preparada.
Por último há a necessidade da regulamentação do gasto da Educação, tal como foi feita com a Saúde. Isso pode aumentar os recursos especialmente para pessoal e ajudar a resolver vários gargalos da Educação paulista, além de fornecer condições para a implantação de uma gestão mais eficiente que garanta a plena execução de propostas apresentadas na campanha e que foram materializadas no Plano Plurianual, visto que no PPA 2008-2011, 40% das ações previstas não foram realizadas.
[1] Ver site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo: informações sobre o acordo da dívida do governo paulista com a União.
Leia também:
Carlos Neder: Em meio à crise da água, Alckmin foge da propaganda da Sabesp
Comentários
Brasileiro
Essa tabela mostra o nível da educação brasileira, com certeza!
A tabela mostra que o Estado de São Paulo é o que mais investe em educação, 30 bilhões, o que corresponde à 1/3 do valor que a União investe, 90 bilhões. O Estado de São Paulo utiliza uma menor porcentagem do seu PIB em relação aos demais, porém o seu PIB é muito superior ao dos demais estados.
Essa tabela é o mais puro exemplo de notícias manipuladas para pegar leitores de “canto de olho”. Prática muito comum no Brasil e adotada tanto pela “direita” e pela “esquerda”.
“Em terra de cego quem tem olho é rei”
Gerson Carneiro
SABE DE NADA, INOCENTE!
Henrique Martins
O ilustre pesquisador poderia ter complementado a análise com os dados relativos ao desempenho educacional dos respectivos estados. Não me consta que estdos cmo Amapá, Acre e Roraima sejam estados dotados de modelos educacionais a serem seguidos.
m.a.p
O que dá mais desânimo é a sala dos professores, intoxicados com o ativismo pedagógico neoliberal bancado pelo Banco Mundial, os mestres apostam suas ‘fichas” na capacitação do aluno para a interpretação de textos, o contexto e sua complexidade é absolutamente ignorado.
Artigos com dados atuais como esse são absolutamente banidos das conversas entre os professores e nas reuniões pedagógicas as patéticas ATP.
Nivaldo
Negar que o governo do PT proporcionou avanços significativos na educação é burrice. Com todos estes avanços os pessimistas de plantão ate deixaram de trabalhar para reclamar do governo Federal Fico daqui pensando sera que poderia ver algo pessimista, como seria se o governo ainda tivesse nas mãos daquele povo que não investia na educação. “De proposito”.
Antonio Torres
Pelo visto, o ilustre, trata-se de um professor, e não fica de bom exemplo a maneira como ele escreve um texto, desprezando noções básicas de redação além do uso medíocre de chavões já desgastados. É este o avanço da educação no Brasil! É isto que precisa ser mudado.
Hélio Pereira
O AC e o AP são dois estados que se destacam neste levantamento,mas são dois estados pequenos da Região Norte !
Acho uma vergonha o investimento em educação no Brasil,seja em SP ou no resto do país !
Acho que deveriamos lutar pra que sejam investidos 10% do PIB em educação,como sempre defendeu a UNE !
Ozzy Gasosa
Difícil, com a progressão continuada paulista demotucana, compreenderem e entenderem o que é isso.
Uma geração de “anarfa” desfuncionais.
Os coxinhas reaças estão nesse meio também.
É esse o perigoso legado dos tunganos em São Paulo.
Tomudjin
Ultimamente, São Paulo vem fracionando até água.
Dada
Só uma pergunta….
– Qual a média do Enem do Piauí e do Enem de São Paulo?
Para quem for atrás percebe-se que a educação do Piauí é de excelente qualidade…
Francisco
A União, ao invés de mostrar cenas de plataformas da Petrobras emn câmara lenta, poderia investir todos os seus recursos nessa explicação básica:
Quer ônibus de qualidade?
Quer educação básica de qualidade?
Quer atendimento do SUS de qualidade?
Procure seu prefeito e governador de Estado!
O que cabe ao governo federal de educação é de referencia, os hospitais fedreais (normalmente ligados às forças armadas) são de referencia e os investimentos atuais do governo federal em transportes são ciclópicos…
Mas o PT ainda esta na fase do mimeografo (a alcool, a óleo é muito “pós moderno”). Nem educa e nem ganha…
anac
Alem de ignorante mentiroso.
Educação é obrigação de TODOS, união, estado e municípios.
Os números do PT na educação em outras áreas:
Em 100 anos, o Brasil construiu 140 escolas técnicas (o Fernando Henrique proibiu construir escola técnica – PHA)
Em 11 anos construiu 365.
Ele, que não tem diploma universitário, construiu 14 universidades federais (o FHC, nenhuma !)
Tinha 3 milhões de universitários e agora tem 7 milhões.
Em 11 anos o Brasil criou 22 milhões de empregos, 36 milhões saíram da miséria absoluta e 42 subiram à Classe Média.
O Brasil passou de 1 milhão 700 mil carros por ano a 3 milhões 800 mil: é o quatro mercado mundial e sétimo maior produtor. e 146 extensões.
Vicente
Sabe qual seria um dado ainda mais interessante e justo para fazer comparações? O gasto por matrícula em cada estado.
Vicente
Os estados com menor renda per capita são os que mais investem em educação, proporcionalmente ao respectivo PIB. Isto porque nesses estados uma proporção maior dos estudantes se encontra matriculado no ensino público. Obviamente, isto força os estados mais pobres a destinarem maior parte de seus recursos para a Educação. É natural, portanto, que o Piauí, o Maranhão, o Acre e a Paraíba invistam mais, proporcionalmente, que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina
Vitor
Não! O que os dados mostram é exatamente que os estados mais ricos investem proporcionalmente MENOS em educação. Estados como Piauí, Acre etc possuem mais carências porém menor população. Estados como SP e Minas possuem populações muito maiores e ainda assim investem menos, proporcionalmente, em educação. E não adianta citar que o custo por matrícula em SP e Minas é menor que no Piauí e no Acre porque não é. O que ocorre é que por já existirem mais escolas em estados como SP e Minas é possível esconder a redução das verbas simplesmente distribuindo as carências em todas as escolas. Com menos escolas é muito mais difícil distribuir as carências sem que estas fiquem totalmente aparentes.
Mauro da Silva Noffs
E o pior de tudo é que o Alckmin assina aquela revista da marginal,dando droga para as crianças!Gasta pouco e gasta mal!
Celso
Não quero eximir as responsabilidades de cada ente da federação em relação aos investimentos em educação, mas para colocar uma lupa sobre esses dados de forma justa talvez fosse necessário visualizar o investimento per capita em educação já que os estados comparados tem densidade demográfica bem diferente. Melhor ainda.Comparar esse dado com a média per capita de gasto em educação que as famílias fazem com ensino particular.
José Renato
E quando o Piauí vai ter uma USP e UNICAMP(as melhores universidades do pais)?
Rui
òtimo que SP tenha Usp ( que o Alckimin e a Opus Dei estao acabando, com gasto com pessoal na faixa de 105% do orçamento apos saida do reitor da opus dei)e a Unicamp, mas o Piaui tem um PIB e uma população inferior a 20% a de SP. Estes dados so mostram que o rico estado nâo se importa com o ensino básico e médio e nem com o superior e a pesquisa pela atual situação da usp. Dentro da sua realidade bem mais difícil, o Piauí prioriza mais a educação. Quem sabe se SP não investisse o mesmo não tivesse uma educação padrão Fifa
anac
A USP se o senhor não sabe já deixou na jestão tucana de fazer parte das 100 melhores universidades do mundo. Mais uma jestão tucana e ela corre o risco de ir para a ultima colocação das universidades no Brasil e a do Piaui ultrapassa.
Bárbara de Pindorama
Se São Paulo é uns 30% ou mais do PIB nacional por que gasta só 10% do pib educacional?
lukas
Cumã?
Bárbara de Pindorama
Li na pressa, mas daria para fazer outro ranking comparando o número de pessoas atendidas em cada estado.
Bárbara de Pindorama
Tudo é parte do mesmo acordo de elites.
Não se investe em educação/Minstros de esquerda que podem mudar a educação e obrigar estados não os obrigam/Datenas com seu bang-bang tapioca atiçam os ignorantes/Os comandantes de cada setor exploram seus comandados em troca de propinas e favores/ O escravo não tem a quem recorrer/Pois gasta seu tempo de luta num transporte senzala(ver que a Estação das Trevas do Metrô foi loteada para camelôs, não tem banheiro, não tem saída de emergência, não tem elevador, ou não tem placa pois ninguém sabe onde ficam esses equipamentos.
Mardones
Os coxinhas preferem as mentiras do PIG. Há muita coisa para o PT em nível local e nacional em diversas áreas.
É preciso deixar isso claro. Mas parece que o partido vai bater na tecla do crescimento econômico, superávit, controle da inflação e o blá, blá, blá neoliberal.
Já existe conquista suficiente para PT marcar de uma vez o que fez de diferente do PSDB. O que fez igual deve ser motivo de crítica e revisão.
Lukas
1)Agora entendi porque a educação do Amapá é de primeiro mundo.
2) Quer dizer que SP gasta com educação mais que o RS e o DF, governados pelo PT? Isto o articulista não achou interessante.
3)Por que a comparação com o Piauí?
Bárbara de Pindorama
Porque Piauí é o mais pobre dos pibs
Bárbara de Pindorama
desculpe, DE MENOR RENDA PER-CAPITA
mari
o Estado do Piaui não é o estado que tem o menor PIB, é o 5º.
Julio Silveira
Com certeza esta informação, que credito como verdadeira, venha com a finalidade de dar instrumentos a fraca comunicação federal. Mas tem finalidade dubla, já que também serve para abrir os olhos de toda a cidadania, mostrando que na politica há pouca diferenciação entre os diversos políticos e partidos. Mostra outro exemplo negativo vindo aqui do RS, onde temos um governador pimpão que curte pregar moral de cuecas. Que lutou e luta contra os professores, até na justiça, para não pagar o piso nacional instituído por ele mesmo quando Ministro. As vezes paro a refletir até que ponto o problema não é justamente esse de nossa fraca cultura educacional, que produz com tanta prodigalidade esse tipo de gente, esse tipo de politico. Será que existe um amanhã para o Brasil com o que temos produzido para nos representar?
Rui
O problema é que em SP tucanos estão ininterruptamente no poder há 20 anos, e no RS Germana governa há 3 apos o estado ter sido saqueado e pilhado pela quadrilha do PSDB
anac
20 anos em que produziram só desgraça para SP: SECADÃO, CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO METRÔ e outros órgãos, transporte um CAOS, USP saiu da listas das 100 melhores do mundo, educação continuada produziu analfabetos, criminosos comandando do presídios o governo, etc.
Fernando
Então prepare-se, pois parece que depois da tucana Yeda Crusius, uma nova bruxa vem aí: Ana Amélia Lemos
Trabalhou como colunista e comentarista do Grupo RBS em Brasília. Ana Amélia é membro do Partido Progressista, o mesmo do Maluf. É atualmente senadora pelo Rio Grande do Sul.
Grupo RBS é o pig gaúcho, então o que se pode esperar dela.
Julio Siveira
Aos amigos que me auxiliaram na desesperança, acredito que hajam alternativas melhores, inclusive dentro do PT. O que ocorre, na minha opinião é que as melhores alternativas não passam no crivo político dos dirigentes partidários, sempre propensos e afeitos aos políticos mais palataveis. Justamente àqueles grupos que fazem de fato oposição a cidadania oposição de interesses, que vira política, por isso, apesar da maioria cidadania eleger, quem costuma ganhar as eleições são os detentores do capital, a cidadania leva o crédito, mas perde a política.
Fernando
Justiça seja feita:
O mais incrível é que Piauí, Amapá, Acre, Sergipe, Rondônia, Roraima, por exemplo, gastam muito mais dos seus respectivos PIBs com Educação do que São Paulo, Minas, Goiás, e Pará, todos governados pelo PSDB, e Rio Grande do Sul e Distrito Federal, governados pelo PT, e Rio de Janeiro do PMDB, e Santa Catarina do PSD de Kassab.
Então os estados mais pobres estão proporcionalmente gastando mais com Educação que os estados mais ricos.
Todos sabem que todos os governos tucanos em SP foram um desastre, e o atual parece ser o mais desastroso, mas a verdade é que o eleitor, a sociedade, e em todas as classes sociais não dá muita importância a Educação, apesar das tais passeatas com grande concentração de pessoas de classe média.
Quem teria de ser responsável pela educação do padrão FIFA tão cobrado pela população?
Eu sinceramente não acredito na honestidade desta cobrança, para mim é uma invenção da mídia que tentou dar um propósito e direcionar as passeatas.
O que chateia de verdade os coxinhas é ter que pagar impostos, além, é claro, dos aumentos abusivos dos planos de saúde e das mensalidades escolares.
Eles acreditam que pagam muitos impostos, o que é questionável, por conta dos programas sociais do governo, por quem sentem um verdadeiro ódio. E sentem roubados pelos gastos da Copa, lamentando por que toda aquela grana não vai para o seu bolso, quem sabe para gastar tudo em Miami ou na Disneylândia.
As pessoa não qerem saber de Educação e Cultura, querem é consumir.
A Educação para elas é uma coisa utilitarista, apredender a fazer coisas para ganhar dinheiro, tão somente.
Os pobres, por serem pobres, não entendem a importancia da Educação. E a classe média só importa com a seu bem estar, enquanto ela puder pagar por sua Educação e sua Saúde, o resto que se dane.
E mais visível para a população investimentos em habitação ou transporte, por exemplo, e isso acaba influenciando o processo político-eleitoral, pois os resultados dos investimentos em Educação são de longo prazo.
O investimento em Educação é basicamente investimento em Recursos Humanos, Capital Humano, então como ficam as poderosas empreiteiras na briga pelos recursos públicos, e o capital financeiro e os barões da mídia que pregam a redução do gasto público, partindo do principio deles de que o salário dos professores não é investimento, é gasto, algo que deve ser combatido na visão deles.
Fernando
Completando.
Com a tendência à desindustrialização no nosso país, mesmo com boas iniciativas do Lula e da Dilma, como a política de compras da Petrobras, reativando a Construção Naval, a Educação vai ficar ainda mais fragilizada com a dependência cada vez maior do setor primário e de produtos industrializados importados.
A Educação será considerada ainda menos útil do que é hoje, numa sociedade dominada por uma elite capitalista extrativista-ruralista e por comerciantes obtusos.
Fernando
O capital financeiro e os barões da mídia pregam a redução do gasto público dos outros.
Para o capital financeiro o Superávit primário com os recursos dos impostos para pagar juros, tudo bem.
Bilhões de gastos em publicidade governamental com os barões da mídia, tudo bem também. E quase todos fazem isso na União, nos Estados, e nos Municípios.
lr
É muito difícil entender como essa tabela pode efetivamente estar de acordo com a realidade prática na Educação pública, principalmente relacionada a ganhos salariais de professores em cada estado.No DF por exemplo, os professores tem os 2/3 da jornada e acabaram de ganhar um aumento para R$ 5,2 mil por mês de salário, o DF na sua tabela está bem abaixo que são Paulo nos gastos gerais,por outro lado acho que a grana gasta nos estádios poderia sim ajudar na melhoria da educação do país, ajudando inclusive com repasse de impostos para a situação precária que se encontra a educação nos estados, isso não tira, de forma nenhuma o histórico e irresponsabilidades da área estadual na situação atual.Luiz Ramos
Vicente
Sim, os estados mais pobres comprometem maior parte de seus recursos com educação do que os estados ricos justamente porque a rede pública de ensino daqueles atende a um número proporcionalmente maior de estudantes.
Fernando
Se o que você está dizendo é que nos estados mais pobres a proporção de estudantes na rede privada é menor, faz sentido, porém fica ainda mais aflito, por que com a classe C indo em massa para rede privada, deixando para as classe D e E a escola pública, aí que elas serão abandonadas de vez, particularmente por governos tucanos.
Quanto mais pobre for o perfil dos estudantes da escola pública, menor será a força política da escola pública, por conta do menor nível de mobilização política e social dos mais pobres.
A Educação pública enfraquecida, restrita aos guetos, periferias, e zonais rurais, e não que eles mão mereçam a melhor educação pelo contrário.
Urbano
Aí o eduardo moita vai ao delírio, quando olha pra baixo e vê o desmantelo do Sul maravilha… Vai ver que foi essa informação que o incentivou a se candidatar.
Ulisses
16º lugar? Isto é motivo de comemoração?
Urbano
Obviamente que não, Ulisses; você não entendeu o âmago da ideia… Na verdade, nem se trata do Sul Maravilha em si, embora o grosso que trabalhou todo o tempo contra o Brasil seja de lá. O meu alvo de verdade são os atuais candidatos da oposição à Presidência, principalmente o eduardo moita, que sequer consegue ser um demo potiguar.
DeathDoor
O aumento do gasto da União não se deve grandemente a criação de tantas novas universidades e escolas técnicas?
Mardones
Sem dúvida, ter criado universidades federais e escolas técnicas contribuiu para o aumento do investimento em educação por parte do governo federal. O que é ótimo!
anac
Vejam como Lula alem de competente e sábio é generoso, ao contrario de fhc, não obstante tenham lhe negado (a Lula) educação formal de qualidade, ele pautou seu governo em proporcionar ao brasileiros a educação criando inúmeras escolas técnica e universidades. E ainda dizem que ele é contra a educação. Só pensa assim os movido pela má-fé ignorantes coxinhas odientos e preconceituosos movido pela maldade.
anac
Em 100 anos, o Brasil construiu 140 escolas técnicas (o Fernando Henrique proibiu construir escola técnica – PHA)
Em 11 anos construiu 365.
Ele, que não tem diploma universitário, construiu 14 universidades federais (o FHC, nenhuma !)
Tinha 3 milhões de universitários e agora tem 7 milhões.
Em 11 anos o Brasil criou 22 milhões de empregos, 36 milhões saíram da miséria absoluta e 42 subiram à Classe Média.
O Brasil passou de 1 milhão 700 mil carros por ano a 3 milhões 800 mil: é o quatro mercado mundial e sétimo maior produtor. e 146 extensões.
Fernando
Aqui em Realengo no Rio de Janeiro, onde moro, Lula entregou para a população uma unidade da Escola Técnica Federal de Química e uma unidade do Colégio Pedro II, em áreas desocupadas pelo Exército por muitos anos.
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