Demian Melo: Marco Antonio Villa, o vendedor da ditabranda

Tempo de leitura: 7 min

A historietografia de Marco Antonio Villa: um negacionismo à brasileira

fevereiro 7th, 2014

Demian Melo, em seu blog

Desde que publicou sua biografia do ex-presidente João Goulart,[1] Marco Antonio Villa vem defendendo a tese de que aquele presidente também pretendia “um golpe” em 1964.[2]

Sendo assim os eventos de 31 de março/2 de abril daquele ano seriam uma espécie de “contra-golpe preventivo” – uma tese, aliás, que nada mais é do que o argumento dos verdadeiros golpistas.

Do mesmo modo, o celebrado jornalista Elio Gaspari, em seu livro A ditadura envergonhada defende a mesma “tese”.[3]

A questão é: mas o quê os dois apresentam como prova do suposto “golpismo” de Jango? Simplesmente um memorando do Embaixador Lincoln Gordon, onde este relatou à Washington os supostos intentos de Jango em “conseguir poderes ditatoriais”, além de informações retiradas de um livro comprometido com a ditadura, A história das revoluções brasileiras, de Glauco Carneiro. [4]

A crítica ao trabalho de Gaspari já foi feita de forma eficiente pelo historiador Mario Maestri e o pelo jornalista Mario Augusto Jacobskind,[5] e essa nossa contribuição que segue irá se ater a Villa, que acaba de lançar outro livro.

Ditadura à brasileira é o que podemos definir como negacionismo, termo usado contra aqueles que nos anos 1980 difundiram a ideia de que o “Holocausto foi um mito”, autores classificados por Pierre Vidal-Naquet de “assassinos da memória”.

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A tese básica de Ditadura à brasileira apareceu há alguns anos em um artigo na Folha, que vale contextualizar.

Em 2009, quando um editorial do jornal Folha de São Paulo resolveu amenizar a ditadura brasileira através do termo “ditabranda”,[6] Villa não demorou muito para comparecer nas páginas do mesmo periódico paulistano propondo uma leitura ainda mais amenizadora sobre aquele período: a ideia de que no Brasil só houve mesmo ditadura entre o AI-5 de dezembro de 1968, e 1979. Com a “certeza da impunidade”, escreveu:

“Não é possível chamar de ditadura o período 1964-1968 (até o AI-5), com toda a movimentação político-cultural. Muito menos os anos 1979-1985, com a aprovação da Lei de Anistia e as eleições para os governos estaduais em 1982.”[7]

Em suma, se fosse possível levar a sério essas palavras do autor, as milhares de pessoas nas ruas em 1968 na passeata dos 100 mil contra a Ditadura deveriam ser praticamente taxadas de loucas; tal como seriam insanos os milhões de cidadãos que ocuparam as praças e avenidas do Brasil na campanha pelas Diretas já em 1984.

Mas voltemos a 1964 e pensemos em Gregório Bezerra, líder camponês e comunista, já idoso e arrastado pelas ruas do Recife amarrado a um jipe no dia do golpe; pensemos nos presos políticos, nas lideranças políticas banidas do país e nas denúncias de tortura já nos primeiros dias da ditadura;[8] nos Atos Institucionais e na Constituição de 1967. Poderíamos ficar aqui arrolando uma lista interminável de aspectos daquele regime, que obviamente sofreu uma radicalização a partir do AI-5.

Em breves palavras o filósofo Paulo Arantes sintetizou o espírito dessa operação revisionista:

“Pelas novas lentes revisionistas, a dita cuja só teria sido deflagrada para valer em dezembro de 1968, com o Ato Institucional no5 (AI-5) – retardada, ao que parece, por motivo de “efervescência” cultural tolerada – e encerrada precocemente em agosto de 1979, graças à autoabsolvição dos implicados em toda a cadeia de comando da matança. O que vem por ai? Negacionismo à brasileira? Quem sabe alguma variante local do esquema tortuoso de Ernest Nolte, que desencadeou o debate dos historiadores alemães nos anos 1980 acerca dos campos da morte.[9] Por essa via, a paranoia exterminista da ditadura ainda será reinterpretada como o efeito do pânico preventivo disparado pela marcha apavorante de um Gulag vindo em nossa direção.”[10]

Como intelectual de bolso dos talibãs do neoliberalismo, presença constante como comentarista político – não, certamente, por algum mérito como pesquisador –, da TV Cultura à Globo News, da VEJA à blogosfera direitista, que Villa cumpra esse papel não deve espantar nenhuma pessoa bem informada. Sua Ditadura à brasileira não é um livro que precise ser lido; assim como os intragáveis Guias politicamente incorretos “disso e daquilo” não precisam de qualquer consulta atenta para se saber o tipo de literatura temos pela frente: mera manipulação ideológica.

Mais produtivo do que esquadrinhar o festival de bobagens escritos dessa vez pelo autor será observar como manipulações dessa natureza não são incomuns. Ao contrário, sempre ganham repercussão na ocasião de efemérides, como a dos 50 anos do golpe de 1964, como foi no bicentenário da Revolução Francesa,[11] ou, pior, nos 80 anos da Revolução Russa (1997), quando, além do Livro negro do comunismo, teve lugar também o filme Anastásia, da Fox*, cuja função precípua era reabilitar o czarismo. Um exemplo recente é bem ilustrativo.

A “historietografia” espanhola

Desde o início dos anos 2000 as livrarias do Estado Espanhol têm sido invadidas por um tipo de literatura muito similar. Capitaneada por um ex-maoísta, Pío Moa,[12] e muito apoio midiático, agora se diz que a Guerra Civil dos anos 1930 foi uma “guerra patriótica contra a invasão vermelha”.[13] Enquanto isso o jornalista César Vidal, em publicações que são best-sellers, defende a tese de que o massacre de Guernica, imortalizado na tela de Picasso, não teria passado de um “mito vermelho”.[14]

Outra peça de propaganda desse revisionismo espanhol está expresso no Diccionario Biográfico Español, feito sob os auspícios da Real Academia de la Historia de España. No verbete dedicado a Franco, por exemplo, deixado a cargo do historiador medievalista Luis Suarez – nada menos que o presidente da Fundación Francisco Franco –, o caudilho aparece como um político “moderado” e “prudente” que encabeçou um “regime autoritário”, não uma “ditadura”, muito menos uma “ditadura fascista”. É evidente que não há consenso na historiografia sobre o enquadramento do franquismo como uma experiência fascista, mas deve-se observar que o propósito desta absolvição não opera a partir de uma rígida elaboração conceitual, mas com flagrante propósito apologético.

Em resposta, En el combate por la historia. La república, la guerra civil, el franquismo (Contradiccionario),[15] editado por Ángel Viñas e que conta com 45 capítulos temáticos e 12 verbetes biográficos escritos por especialistas de três gerações, como veteranos do porte de Paul Preston, Julia Casanova, Julio Aróstegui, Alberto Reig Tapia, além de Josep Fontana.

Com um título que rememora o clássico livro Combats pour l’Histoire (1952) de Lucien Febvre (1878-1956), o propósito do Contradiccionario é o de combater o que os autores denominam de “historietografia”, e também apresentar o resultado da investigação histórica dos últimos 30 anos sobre a evolução da sociedade espanhola no período compreendido entre 1931 até 1975.

Em sua Introdução, Ángel Viñas confessa que relutou algumas vezes antes de aceitar a ideia de organizar uma obra de resposta a essa manipulação neo-franquista da história, mas que acabou convencido por entender o problema ético de fundo que significava a popularização desse tipo de literatura no grande público. Isso por que, ao contrário do que pensam muitos profissionais da Clio, o tipo de atividade que exercem tem profundas implicações nas disputas políticas contemporâneas.

Normalizar um passado ditatorial pode ser uma arma eficiente na construção do consenso em torno ao desmonte do Estado Social – que o Brasil nunca conheceu, diga-se de passagem – e a instituição de um Estado Policial. Não se trata de um debate sobre o passado, mas sobre o aqui e o agora, seja no Sul da Europa dos pacotes de austeridade, seja no país da Copa e dos Megaeventos.

Um negacionismo à brasileira

Definitivamente, Marco Antonio Villa está longe de ser um historiador que a comunidade acadêmica tem levado a sério. Embora esteja vinculado ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos, é só mais um exemplar daqueles escribas da ordem apresentados na TV como “especialistas”, como o sociólogo Demétrio Magnoli e tantos outros ex-esquerdistas que, como Villa, estão sempre à disposição para vocalizar os interesses da oposição de direita ao governo do PT.

Alguns colegas, sérios pesquisadores por sinal, acreditam que infelizmente trabalhos como o de Villa vendem, e vendem muito. E é muito provável que tenham razão. Tal como literatura de aeroporto, é muito possível que Ditadura à brasileira encontre seu lugar entre os best-sellers na categoria dos livros de não-ficção, o que ironicamente só revela o lado decadente de amplas parcelas semiletradas da classe média brasileira, mais afeitas a churrascarias do que a bibliotecas.[16]

Pois é propriamente o tipo de livro que interessa a gente que adora uma boa justificativa para não ler mais nada.

*Correção do comentarista Daniell Arthur, ao qual muito agradecemos.

PS do Viomundo: Villa vende porque sai na Veja, na Folha, em O Globo, na Globo. A direita promove seus produtos…

NOTAS

[1] VILLA, Marco Antonio. Jango, um perfil (1945-1964). São Paulo: Globo, 2004.

[2] Idem, p.9.

[3] GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p.51.

[4] VILLA, op. cit., p.191. GASPARI, op. cit., p.79.

[5] Cf. MAESTRI, Mário & JAKOBSKIND, Mário Augusto. “A historiografia envergonhada” Revista História & Luta de Classes. Ano 1, nº 1, p. 125-131, 2005. Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/024/24res_gaspari.htm

[6] Editorial do jornal Folha de São Paulo, de 17 de fevereiro de 2009, p.2.

[7] VILLA, M. A. “Ditadura à brasileira.” Folha de São Paulo, 5 de março de 2009, p.3.

[8][8] Tortura como uma prática estrutural do novo regime, já que num país de passado escravista como o Brasil sua origem é imemorial.

[9] Sobre o revisionismo de Nolte, remeto o leitor à nossa contribuição: MELO, Demian Bezerra de. “Revisão e revisionismo historiográfico: as disputas pelo passado e os embates políticos contemporâneos.” Marx e o Marxismo, Niterói, v.1, n.1, p.49-74 jul/dez 2013. Disponível em http://www.marxeomarxismo.uff.br/index.php/MM/article/view/11

[10] ARANTES, Paulo. “1964, o ano que não terminou.” In. TELES, Edson & SAFATLE, Vladimir (orgs.). O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010, p.209.

[11] Para o qual existe o incontornável livro de HOBSBAWM, Eric. Ecos da Marselhesa: dois séculos revêem a Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

[12] Pío Moa pertenceu à organização de extrema-esquerda Grupo de Resistência Antifascista Primero de Octubre (GRAPO), fundada em 1975, o braço armado do maoísta Partido Comunista de España (reconstituído).

[13] MOA, Pío. Los mitos de la Guerra Civil. Madrid: La esfera de los libros, 2003.

[14] VIDAL, César. Paracuellos-Katyn. Un ensayo sobre el genocídio de la izquierda. Madrid: Libros libres, 2005.

[15] VIÑAS, Ángel (ed.). En el combate por la historia. La república, la guerra, el franquismo. Barcelona: Pasado & Presente, 2012.

[16] Classe média essa que adora recomendar aos jovens de periferia que façam seus “rolezinhos” em bibliotecas.

Leia também:

Rodrigo Vianna: A linguagem unificada da direita pró-Washington

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Comentários

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Aparecido Souza

hahahahahahahaha

Paulo Henrique de Lima

Depois os professores dizem que, na História não existe “verdade absoluta”. Isso é mentira! Basta você discordar da “verdade” imposta pelos esquerdistas, logo, você não tem credibilidade. Se você não for uma “acadêmico” que pense como a esquerda quer, esqueça sua carreira. Você será aniquilado por aqueles que se dizem “defensores das liberdades”. A liberdade é somente aos que pensam como a esquerda, aos demais, que discordam, apenas ódio. O mal do Villa é o de não se curvar diante das ideias mirabolantes da esquerda universitário. Pois escrever a história como ela é. Continue, Villa. Nós, filhos dessa terra tupiniquim queremos uma HISTÓRIA séria, sem paixões.

    Aparecido Souza

    Direitistas são especialistas em falsificação da História. No tocante a História so tem dois tipos de direitistas os que a menosprezam e os que a falsificam. Ja que o seu Villa é tao sério porque voce rebate esse texto argumentando usando como base o Villa? Seu Villa nao passa de um picareta falsificador que defende a tese de ditadura de 10 anos. Direitistas estupravam mulheres entre 64 e 85. Hoje tentam estuprar a História.

Luciano

Lembro que o Villa, no jornal da Cultura, denunciava com veemencia o mensalão.
Um dia, o cientista político Carlos Novaes complementou um comentário de Villa afirmando que, de fato, o mensalão petista deveria ser investigado, julgado e, se for o caso, condenado, mas que isso vale também pros mensalões e práticas de compra de votos feitos por outros partidos, inclusive o PSDB.
Villa, após o comentário de Novaes, ficou em silêncio. Não sei se era intenção do Novaes, mas este escancarou a indignação seletiva de Villa.

valdete lima

Não vou me surpreender se ele um dia ele disser que não houve escravidão. Que os negros africanos vieram para fazer turismo e, ao chegar começaram a cantar ”entrei de gaiato no navio, entrei, entrei pelo cano”. Vejo o Jornal da Cultura mas, no dia que Villa rebate com todo o sarcasmo possível as respostas do Airton Soares, me dá asco. Mas, como sou otimista, acredito que o dia dele chegará como chegou de Lacerda e outros mais.

Gerson Carneiro

Seria o Marco Antônio Villa o herdeiro das teses tresloucadas da Maristela Basso no Jornal da Cultura?

Gerson Carneiro

Um ex aluno do Marco Antônio Villa me garantiu que ele logrou aposentadoria da faculdade de São Carlos no ano passado.

Quando o Villa, de forma irônica e maldosa, questionou as doações para José Genoíno e eu prontamente exibi meu comprovante de depósito fiquei pensando que deveria questionar como o Villa, professor aposentado, consegue bancar a produção industrial dos seus livros.

Mas lembrei que li na Carta Capital que o Marco Antônio Villa é bancado em parte pelo Instituto Millenium.

    Bruno

    Bah! Se é bancado pelo instituto Millenium então tá explicado o porquê de ser tão direitoso.

FrancoAtirador

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IstoÉ | N° Edição: 2309 | 21.Fev.14 – 20:50 | Atualizado em 24.Fev.14 – 19:21

Para juiz federal, a secretaria dirigida por Andrea Matarazzo, durante
o governo de Mário Covas, beneficiou-se de valores indevidos

Por Pedro Marcondes de Moura

Os escândalos envolvendo as sucessivas gestões do PSDB à frente do Estado de São Paulo chegaram à antessala da cúpula tucana.

Na última semana, após acatar a denúncia de corrupção do Ministério Público Federal em estatais de energia durante o governo de Mário Covas, o juiz federal Marcelo Cavali autorizou também a abertura de um novo inquérito para investigar o vereador tucano e serrista de primeira hora, Andrea Matarazzo.

“Pessoas submetidas à sua esfera de comando hierárquico foram tidas como beneficiárias de propinas”, escreveu o magistrado na terça-feira 18.

“Além disso, há ao menos indício de que o próprio partido político ao qual é filiado (o PSDB) e a própria Secretaria de Energia dirigida por ele – conquanto em curto espaço de tempo – tenham sido beneficiários de valores indevidos”, complementou.

A decisão frustrou a tentativa de Matarazzo de encerrar as investigações.

Para a Justiça e o MPF, há sim o que se apurar sobre a conduta do tucano.

Documentos que aguardam apenas uma autorização do Tribunal de Bellinzona, na Suíça, para desembarcar no Brasil podem esclarecer a ligação de Matarazzo com o esquema operado para beneficiar a multinacional francesa Alstom.

A Polícia Federal já havia indiciado o tucano por corrupção passiva.

Para o delegado Milton Fornazari, existem “indícios robustos” de que Matarazzo, então secretário estadual de Energia, se beneficiou do esquema criminoso comandado pela Alstom, que pagou R$ 23,3 milhões para agentes públicos paulistas em troca da obtenção, em 1998, de aditivo em um contrato firmado com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE).

O acordo previa a instalação de equipamentos em subestações de energia.

Entre os indícios da participação de Matarazzo, para os investigadores, consta um documento em que um diretor da Alstom detalha os destinos do suborno. O dinheiro teria como um dos alvos “a Secretaria de Energia”.

Em outro papel recolhido na matriz na Alstom em poder de autoridades suíças e francesas, a divisão da propina novamente aparece.

Dessa vez, a “SE” (identificada como Secretaria de Energia) aparece como beneficiária de 3% do suborno.

Íntegra em:

(http://www.istoe.com.br/reportagens/349177_AS+PEGADAS+DE+MATARAZZO+)

Péricles

O Aírton Soares tem estômago de avestruz.

Mário SF Alves

Será que o documento a seguir ajudaria a refrescar a VILLÁRICA memória, proporcionado algum mea culpa que pudesse salvar o DEPROMA UNIVERSITÁRIO concedido ao Villa?

    Mário SF Alves

    Este, a seguir, é o que devia ter sido postado primeiro:

    Mário SF Alves

    É… mas não podia ter sido diferente… índios… comunistas de nascença… o que iam fazer com tanta terra? E os valentes generais da revolução iam ficar como? E os demais civis colaboradores, “políticos” do amém e do sim sinhô, os interventores, todos homens de benz? Terra pra índio? Pra quê? Ah, esbulhem logo essa reserva!

FrancoAtirador

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VILLANIAS DE MARCO ANTONIO

O estoriador Marco Antonio Villa nada mais faz do que escrever panfletos de direita opinando sobre a história recente do Brasil, com base nas manchetes e matérias publicadas à época nos jornais O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo e Folha de S.Paulo.

Não fosse a Mídia Empresarial FamiGliar Fascista ceder espaços generosos para promoção desse apologista tucano e ninguém tomaria conhecimento dessa nulidade literária, a não ser os coitados dos estudantes dos cursos do Departamento de História da Universidade Federal de São Carlos, onde ele é professor.

Aliás, chega a ser contraditório o Villa ser funcionário público federal, portanto remunerado com dinheiro público, e ao mesmo tempo elogiar o desmantelamento do Estado promovido por Fernando Henrique Cardoso no reinado neoliberal do PSDB, no final da década de 1990.

Marco Antonio Villa deveria mesmo ‘lecionar’ na UniBunda, a universidade da Abril Educação, a quem cabe remunerá-lo, se é que já não o faz.
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Mário SF Alves

Getúlio Vargas foi um Estadista, ponto, é verdade. Cometeu a sandice de entregar a Olga Benário¹, grávida, mulher do REVOLUCIONÁRIO COMUNISTA Luis Carlos Prestes, ao Hitler, na Alemanha NAZISTA.
_____________________________
Qual seria mesmo a(in)versão de um Villa sobre este fato?

Vai lá, Villa, se avexe não, fio, (re)CONTEXTUALIZE. Ou melhor, descontextualize mais este. Ameniza-o. Abranda-o. Vai lá. Não lhe será difícil. Até porque, sob as asas da prepotência midiática tudo lhe é possível. Vai lá, Pinóquio. Só não esqueça que a mentira tem pernas curtas. E, um aviso, antes tenha o cuidado de verificar se a História já não está devidamente documentada e exposta no YouTube. E, outra coisa, cuidado com essa coisa aí dos seus patrões de transformar bolinhas de papel em ataque terrorista, hein.

____________________________________________________
¹Olga Benário:

Olga was born in Munich as Olga Gutmann Benário, to a Jewish family.[1] Her father, Leo Benário, was a Social-Democrat lawyer, and her mother, Eugenie (Gutmann), was a member of Bavarian high-society. In 1923, aged fifteen, she joined the Communist Youth International and in 1928 helped organize her lover and comrade Otto Braun’s escape from Moabit prison.[2] She went to Czechoslovakia and from there, reunited with Braun, to Moscow, where Benário attended the Lenin-School of the Comintern and then worked as an instructor of the Communist Youth International, in the Soviet Union and in France and Great Britain, where she participated in coordinating anti-fascist activities. She parted from Otto Braun in 1931.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Olga_Ben%C3%A1rio_Prestes

maria nadiê rodrigues

Dá-me nojo ver que hoje a tv Cultura rebaixou de nível. Tem um Roda Viva com entrevistados de carta marcada para só mostrarem um lado; não convidam pessoas, nenhuma mesmo, que possa fazer contrapontos; tem que ser contra o governo, e pronto. Quanto ao jornal da noite, sempre dois comentaristas. No dia do “historiador”, Villa, tem a seu lado um que foi parlamentar pelo PT. Este tenta mostrar suas impressões sobre o julgamento do ano, por exemplo, sem descambar para partidarismo, enquanto Villa, tem tanta rejeição a ele, que chega a ficar de cabeça baixa pra não encará-lo. E só abre a boca pra demonstrar que seu voto é dos tucanos.

    tiao

    Este a quem voce se refere é Airton Soares,um cara digno e muito ético.Só não sei o que ele faz naquele programa.

Gilson

A inveja ainda vai levar esse doente para o Juliano Moreira.

    Mardones

    Se fosse mais jovem, Villa poderia estudar direito e tentar uma vaga no STF.

emerson57

a mídia pig (porca imprensa golpista)gera esse tipo de “artistas”.
e através deles sobrevive. e engana o povo.
mas,
quem financia o pig?
eu NÃO! (ao menos Não diretamente).

ricardo

Peraí, se eu entendi bem, o resenhista não leu o livro e advoga que os outros também não leiam. Resenhista que não lê o objeto da resenha. Acho que entramos naquele território daquela comparação feita pelo prefeito de São Paulo entre Stalin e Hitler. O primeiro lia os livros dos condenados antes de os fuzilar. Pois é prefeito, os intelectuais de esquerda já não são os mesmos!

Bernardino

SAUDADES de grandes historiadores como; Nelson WERNECK Sodre e Helio DILVA entre outros.Agora temos de aturar esse PULHA,passional,asqueroso etc

No jornaleco da CULTURA que hoje nao passa de um COMITÊ TUCANO,esse sujeito é tao fanatico que lhe falta a Respiraçao quando comenta de tao passional que é o Cretino e mais metido a citar a constituiçao como se constitucionalista fosse.Lá ele faz dupla na bancada com o Airton Soares que é mais ou menos,porem muito fraoo pra rechaçar tal PULHA!

Daí a NEcessidade de um CANAL ESTATAL de grande penetraçao pra neutralizar os PORCOS DA DIREITONA.O governo petista deve isso a todos nós que almejamos uma imprensa independente e soberana!!!

Regina Braga

A direita precisa de quem alimente os seus ideais…Foram tão bons em fazer isso,que ainda, acreditamos que vivemos uma democracia.Uma ditadura tão branda que a síndrome de Estocolmo explica…Somente no ano de 2013, a Câmara Municipal, da minha cidade, trocou o nome do Médice por outro!E estamos com os demotucanos no poder a quantos anos?!

lukas

Não existe historiador isento. Existe historiador com o qual você concorda.

    abolicionista

    E existe a história da carochinha, que a gente conta para as criancinhas.

    Lucinda

    Existem historiadores, ministro, jornalistas, etc…, úteis para se manter a dominação de classe, são competentes e vendem um discurso cínico, que perpetua a falta de crítica aos poderosos, estes sempre tão “educados”, “cultos”, e “cheirosos”, com tantas qualidades certamente que são bem intencionados, não cometem crimes, e quem os critica são invejosos, e não merecem atenção, afinal a história sempre será falseada.

Romanelli

A forma como fazemos política, em conchavos, unindo cão e gato, com marqueteiros, promessas desmedidas, intenções ESCONDIDAS, sem compromisso, plano, ou mesmo desatentos a metas, tudo de forma impune, desproporcional e ainda em VOTO obrigatório e secreto..

Não se iluda ..a isso, essa coisa que chamamos de democracia representativa, uma formada por partidos fisiológicos, sem alma nem idéias, em verdade meu caro, se trata de uma eterna tentativa de se dar o PASSA MOLEQUE, de se valer os interesses inconfessáveis dos espertos, uma eterna tentativa desonesta de se dar o GOLPE na massa inerte.

Do que vi, vi com JANIO e sua renuncia, com JANGO, que em minoria comportava-se como maioria fosse, com o explícito regime militar, com Collor e seu confisco, THC e a venda INOMINÁVEL da CVRD, e pq não dizer, com LULA e a DILMA que, se esquecendo de suas prioridades históricas (saúde, educação, habitação pra pobre e justiça), fizeram conchavos com fisiológicos e CORRUPTOS condenados, e assumidos, pra poderem se manter no poder.

Talvez, dos melhorzinhos, Itamar, pela fraqueza, e Sarney, pelo momento de extrema crise, foram os que mais se comportaram republicanamente no cargo.

..e não se iluda, esta situação de CINISMO e surpresinhas só muda o dia que a democracia PARTICIPATIVA estiver entre nós, acompanhada de regras que PUNAM o descomprometimento de promessas, metas e compromissos, com voto aberto e facultativo,dando pouco chance político pra malandro e cínico.

    Mário SF Alves

    “…e não se iluda, esta situação de CINISMO e surpresinhas só muda o dia que a democracia PARTICIPATIVA estiver entre nós, acompanhada de regras que PUNAM o descomprometimento de promessas, metas e compromissos, com voto aberto e facultativo,dando pouco chance político pra malandro e cínico.”

    ______________________________
    Tá. E como você entende que essa democracia virá?
    Ou, ainda, você acredita mesmo que a pior elite do mundo, ou seja, que o eterno regime Casa Grande-Brasil-Eterna-Senzala tem algum interesse em democracias? Foi por interesse dela q

    Mário SF Alves

    Continuando… foi por interesse dela que se instituiu as regras do jogo político que se joga hoje. E só a ingenuidade política nos impediria de saber que tais regras já não são mais úteis a ela. Que tais regras apenas são úteis quando o jogo está sob o comando dela, vencido por ela.
    _________________________
    Mas, afinal, por que a pior elite do mundo, sócia dos SPYstates num negócio chamado BraZil, ainda teme tanto a democracia? Ora, não foi a democracia que um dia existiu nos EUA que os permitiram chegar aonde chegaram?
    __________________________________
    Perguntinha besta, hein?

    Romanelli

    ei ei, não complica, ninguém falou que seria fácil, porém impossível não é, ainda mais com as tecnologias digitais disponíveis, coisa difícil de se pensar na época dos GREGOS.

    Primeiro há que se ter coerência, se exigir somente autoridade pública com PREPARO, HONESTIDADE e compromisso, com METAS transparentes de partidos e candidatos.

    Ademais, ninguém, ao menos eu, escolheu uma ideologia, mas sim princípios.

    Inclusive, te digo, a julgarmos pelas PROMESSAS sociais NUNCA perseguidas pela esquerda que ascendeu no BRASIL recente (na saúdem educação, habitação, infra por ex), desculpe, mas eu na a isento como vc que só se preocupou com os EUA.

    Agora, concordo, falar pra nossa ELITE (inclusive a de sindicalistas) estes que estão acostumados a governar sem dar satisfação, com todo tipo de beija mão, pra eles largarem o OSSO espontaneamente e passarem a deixar o POVO decidir (na forma de plebiscito, referendo, ou mesmo diretamente) – o que não deveria ser feito do dia pra noite -, sem que pra tanto haja uma verdadeira revolução sangrenta, sem duvida que isso é talvez, das missões, a mais difícil de alcançarmos..

    ..por outro lado, há alguns séculos que já conseguimos o voto né não? e com tantas formas hoje pra nos comunicarmos, convenhamos, e pela falência e escancaro destes modelos tiriricas que nos ofertaram, estes que sempre prometem pro filhos dos filhos as soluções, duma coisa eu sei, do jeito que esta, não da pra continuar, né mesmo ?

    abrá

JOACIL CAMBUIM

O que impressiona é que muita gente ainda leve a série esse (Villa) representante da direita, que se diz “historiador”. Várias vezes ele fingiu acreditar nas farsas criadas pelo min. Gilmar Mendes.

Luiz Moreira

O Vila deveria ter sido preso em 65, num quartel da PE, e receber choques elétricos, pau de arara, afogamento no Guaíba, e outras coisas do gênero. Um sem vergonha deste tipo sabe de tudo isto e vem MENTIR. Isto não é pessoa. Isto, na gíria do sul, é um GUAIPECA SARNENTO.

    Luís Carlos

    Sarnento sim. Guaipeca não porque os cachorrinhos não merecem ser comparados com esse sujeito.

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