Wagner Iglecias: O xadrez venezuelano, polarização crescente

Tempo de leitura: 5 min

por Wagner Iglecias, especial para o Viomundo

A situação política na Venezuela, como se sabe, é bastante complicada. Seguem alguns dados, personagens e variáveis a serem considerados nas especulações sobre o que pode vir a ocorrer no curto prazo naquele país.

Histórico de instabilidade: o chavismo, apesar dos 15 anos no poder, duração que dá uma impressão de grande estabilidade institucional, na verdade enfrentou problemas de ordem política inúmeras vezes. Exemplos foram o Golpe de Estado sofrido em 2002, a greve do setor petroleiro de 2002/2003, as agitações políticas do referendo revogatório de 2004, os protestos estudantis de 2007 e, mais recentemente, o forte questionamento que a oposição fez do resultado da eleição presidencial de abril de 2013, quando Nicolás Maduro venceu o direitista Henrique Capriles por apenas 1,5% de diferença no total de votos.

Polarização crescente: importante lembrar que meses antes, em dezembro de 2012, o mesmo Capriles havia vencido, também por margem bastante estreita (4%), o chavista Elias Jaua na eleição para o governo de Miranda, um dos mais importantes estados do país. E que um pouco antes o próprio Hugo Chávez já havia derrotado Capriles, na eleição presidencial anterior, por pouco mais de 7% dos votos. Margens estreitas, como há um bom tempo não se via nas urnas, mostrando que a sociedade venezuelana tem se polarizado cada vez mais em duas grandes metades.

Deterioração da economia: apesar da grita oposicionista de abril passado, o país vinha passando por uma situação política relativamente estável nos últimos meses. Após a recente vitória eleitoral do governo nas eleições municipais, Maduro chegou a reunir-se com prefeitos e governadores oposicionistas, quase selando um pacto de boa convivência.

Mas o que tem se deteriorado rapidamente é a situação econômica. O descontrole cambial, a escalada inflacionária e a escassez de produtos tem afetado principalmente as classes assalariadas e, desse modo, as próprias bases de sustentação do governo chavista, de cunho popular. Em meio à ofensiva das classes médias oposicionistas, fartas do chavismo há uns bons anos, as classes populares parecem se sentir desmobilizadas para defender o governo em uma conjuntura adversa, ainda que o chavismo esteja preparado para resistir a tentativas clássicas de golpe.

Poucas cartas na manga: e é exatamente a situação econômica ruim que hoje mais dificulta o chavismo em fazer o que tradicionalmente fez nos momentos de crise política nestes 15 anos: pisar no acelerador e aprofundar ainda mais as políticas públicas destinadas às massas. Para ganhar legitimidade, o chavismo fazia uso da renda petroleira que ingressava no país e impulsionava fortes políticas redistributivas, reduzindo a pobreza, o analfabetismo, a fome e a desigualdade social. O povão percebia, nas situações anteriores, que a direita ameaçava um governo que, ao fim e ao cabo, lhe era parceiro. Desta vez, porém, essa margem de manobra está bem mais estreita, dada as dificuldades econômicas que o país e o governo enfrentam. E é por serem sabedores disso que os oposicionistas radicalizam seu discurso e suas ações. Daí porque um radical como Leopoldo López, que esteve com Capriles no golpe de 2002 e que hoje está à sua direita, carregou multidões às ruas nos últimos dias e ganhou protagonismo na cena política do país.

A oposição partidária e a oposição nas ruas: a direita partidária é múltipla, como atestam os quase trinta partidos que compõem a Mesa de la Unidad Democrática, a coligação anti-chavista. E ela está dividida em relação ao que fazer neste momento de crise. A metade anti-chavista da sociedade, porém, parece cada vez menos dividida, e talvez cada vez mais propensa à radicalização, ainda que isso possa implicar em saídas estranhas aos mecanismos estabelecidos na Constituição. Como o referendo revogatório, por exemplo, que é uma espécie de recall previsto pela Carta Magna para a metade dos mandatos eletivos.

No caso de Maduro, previsto para ser realizado três anos após sua eleição, ou seja, em 2016. Ao que parece, porém, muitos anti-chavistas não querem esperar até lá, e menos ainda que o chavismo sem Chávez tenha tempo de se recuperar da perda de seu líder ocorrida ano passado. Nesse contexto, o chamado radical de Leopoldo Lopez (“A Saída”, ou seja, a interrupção imediata do governo Maduro) encontrou na massa muitos ouvidos receptivos. E deu-se assim a troca de liderança: entrou em baixa Capriles, mais moderado, e estão em alta Lopez e seus parceiros Maria Corina Machado, deputada federal de extrema-direita, e Antonio Ledezma, prefeito de parte da região metropolitana de Caracas, tão radicais quanto ele.

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E fica a pergunta: o que será da Venezuela e de suas instituições caso a via defendida por eles prospere? Por outro lado, as divergências internas da oposição partidária não devem ser desprezadas, e eventualmente um maior diálogo entre o governo e os grupos oposicionistas que se opõem a Leopoldo poderiam reconduzir o país a uma situação menos turbulenta que a atual.

As Forças Armadas: diferentemente de 2002, quando a direita marchou pelas ruas de Caracas, arrancou Chávez do Palácio Miraflores e o trancafiou numa ilha, contando para isso com apoio de parte das Forças Armadas, o cenário atual provavelmente não permitiria que isso se repetisse. Pelo fato de que o chavismo hoje tem forte penetração nas forças militares e tem controle do aparato do Estado. A capacidade de reação numa situação dessas seria, assim, muito maior. A tática da extrema-direita parece ser, então, criar um ambiente de contestação permanente nas ruas, de modo a atrapalhar ou mesmo impossibilitar a governança, e não o assalto ao Palácio presidencial de Miraflores, como ocorrido em 2002. A lealdade das Forças Armadas, parte ideológica e parte pragmática, dependerá da capacidade de manutenção da ordem por parte de Maduro.

Mas e se o caos se estabelecer? Talvez a parte pragmática das Forças Armadas poderia tender a apostar numa saída alternativa, uma transição negociada, de modo a evitar a falência do governo. Contudo ressalte-se que a capacidade de manutenção da ordem por parte do governo parece longe de estar esgotada, e a capacidade, por parte da oposição, de manter um permanente estado de mobilização das ruas em algum momento poderá atingir o seu limite. E isso para não dizer, além de tudo, que a capacidade de resistência dos coletivos chavistas situados fora do governo não é desprezível.

Vale ressaltar, por outro lado, que no caso de Caracas as marchas oposicionistas têm ocorrido nos últimos dias em regiões mais populares, mais próximas do centro e em direção ao oeste, onde localizam-se exatamente o Palácio Miraflores e também a enorme favela 23 de Enero, majoritariamente chavista. Talvez por isto dessa vez, ao contrário da política normalmente condescendente com os protestos opositores realizados em anos anteriores em zonas ricas ou de classe media, as forças policiais estão tratando de reprimir e desmobilizar as manifestações em várias regiões da capital e em diversas cidades do país.

Comunidade internacional: no chavismo se diz que lideranças políticas estrangeiras e mesmo outros países teriam interesse na desestabilização da situação política da Venezuela. Papel relevante na estabilização política venezuelana, no entanto, podem jogar a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), para as quais a instabilidade num país-chave como a Venezuela pode constituir-se em fator de turbulências em toda a região. Destaque-se nisto o Brasil, que tem na Venezuela um importante parceiro no Mercosul e um de seus mais importantes parceiros comerciais nas Américas, bem como um dos principais destinatários de seus investimentos públicos e privados no exterior.

Por ora, parece ser isso. Parece. A situação venezuelana hoje é como um cipoal em meio à neblina. De situações incertas de uns tempos pra cá se costuma dizer que pode acontecer de tudo, inclusive nada. No caso da Venezuela, no entanto, essa frase talvez não seja uma alternativa no horizonte.

Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e Professor do Curso de Graduação em Gestão de Políticas Públicas e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP.

 Leia também:

Igor Fuser: “Eu nunca vi na Globo, nem nos jornais brasileiros, uma única notícia positiva sobre a Venezuela”

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Comentários

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ricardo

Quase chegou lá. O articulista intuiu que a coisa tem algo a ver com a economia. Só esqueceu de dizer que a situação econômica de um país é, como diria um certo secretário florentino em relação à política, metade fortuna e metade virtù. Se parte do drama da Venezuela vem de uma situação econômica internacional adversa, a outra parte vem da absoluta falta de inteligência na gestão da política econômica. O povo não perdoa quem o empobrece! Outra ponderação ao artigo: não se trata apenas de uma menor margem de manobra para pisar no acelerador das políticas sociais. O problema de Maduro é muito maior, pois já não há como manter os benefícios concedidos ao povo. Uma coisa é deixar de ganhar, outra é começar a perder o supostamente já conquistado. Sim, o articulista está certo em dizer que o chavismo tem o controle do aparelho do estado. No quesito “aparelhamento do estado” eles se saíram bem. Tem representação nas forças armadas? Sim, mas seria preciso acrescentar: por enquanto. Porque os militares não tem nada a ganhar envolvendo-se em uma guerra civil sangrenta contra uma crescente legião de opositores do regime. Outro dado importante: o governo da Venezuela está isolado internacionalmente. Tem, é óbvio, o apoio entusiasmado de Cuba, o que só aumenta o isolamento. Espero que a Dilma resista não siga os impulsos mais primitivos do seu partido e envolva o Brasil nessa canoa furada do governo Maduro. Não pude deixar de observar a profusão dos termos “direitista” e “extrema-direita” no texto, especialmente para referir-se à lideres de oposição. Não notei nenhuma ocorrência dos termos “esquerdista” e “extrema esquerda”. Também não dá para concordar com a suposição que tudo seria diferente se o Chaves estivesse vivo. Talvez demorasse um pouco mais, mas o destino do comandante não seria muito mais alvissareiro do que o destino que terá Maduro.

Vicente

Esse negócio de “coletivos chavistas” é um absurdo. Em um país democrático, não podem vigorar forças paramilitares. Está ficando claro que o governo venezuelano financia esses grupos armados. Lamentável…

Roberto Locatelli

Black blocs daqui picham sede do PT: “Dilma = Maduro”.

lulipe

Populismo, assistencialismo e incompetência, um dia a conta chega e, geralmente, vem com juros exorbitantes….

    abolicionista

    Tipo aconteceu no México, quando ele adotou as políticas neoliberais de enxugar o estado e desrelulamentar a economia?

leandro

Resumindo….”é a economia estúpido”. Nenhum governo se mantém com crise econômica seja aqui ou lá. E a próxima vai ser a Argentina.

Bonifa

De que modo se dá a escassez de produtos na Venezuela? A escassez também detonou o golpe no Chile levando Pinochet ao poder. Mas no Chile, ela aconteceu através de uma greve geral de caminhoneiros que provocou o desabastecimento, ou seja, por uma ação pontual. Quais são os elementos determinantes da escassez na Venezuela, essa que a Globo aponta mostrando as prateleiras vazias de supermercados, a faltar papel higiênico, açúcar e farinha de milho? Ela parece ser algo mais sistêmico, mais complexo, que ocorre em ondas diversas e de baixa velocidade, resultando na falta que, embutida, traz fortes golpes inflacionários rebocados por uma demanda doentia na origem.

FrancoAtirador

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A Rede Globo, nas reportagens não só elogia, como faz apologia do golpista venezuelano.

Nem a BBC de Londres se atreveu a elogiar diretamente o fascista Leopoldo López.

Ninguém me tira da cabeça que a Mídia Galinha BraZileira, comprada e vendida,

está comendo milho do Departamento de Estado dos United States of America.
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CONHEÇA LEOPOLDO LÓPEZ O LÍDER DA EXTREMA-DIREITA VENEZUELANA

Radical ligado ao setor petroleiro que prega o golpe na Venezuela.
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EXTREMA-DIREITA
18/FEB/2014 ÀS 11:42

Redação Pragmatismo Político, com Escrevinhador

“Arrogante e sedento de poder”.

Conheça Leopoldo López, radical ligado ao setor petroleiro
que está tentando o golpe na Venezuela

O perfil é o de um típico mauricinho do Leblon. Ou dos Jardins.
Um coxinha – como se costuma dizer agora. Só que um coxinha perigoso.
Leopoldo López é criticado até por setores da oposição – por ter decidido sozinho chamar os jovens às ruas pra derrubar o governo eleito da Venezuela.

Henrique Capriles, o outro líder da oposição, quer usar as ferramentas legais para derrotar o chavismo. Lopez quer o golpe.
Ele teve prisão decretada. Os EUA pressionam para que não seja detido.

Por que?

Lopez é apontado como homem de confiança, na Venezuela, do ex-presidente colombiano Alvaro Uribe – de extrema-direita.
Ex-prefeito do município de Chacao (2000-2008), López, de 43 anos,
vem de uma das famílias da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e petroleiro.

A definição acima está em reportagem produzida não por algum jornal chavista, mas pelo site da britânica BBC.

Confira a seguir:

por Claudia Jardim, na BBC Brasil
[a reportagem é de 14/02, portanto antes da prisão do bandoleiro fascista]

Popular, carismático, imprevisível, arrogante e sedento de poder.

Essas são algumas das características que analistas e líderes políticos costumam usar para definir Leopoldo López, o mais novo inimigo público do governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Referência da ala radical da oposição venezuelana, López está sendo procurado pela Justiça venezuelana. A polícia chegou a fazer buscas em sua casa neste domingo, mas ele não estava lá.

O opositor não é visto em público desde quarta-feira, quando milhares de estudantes saíram às ruas, liderados por ele, para exigir uma mudança de governo.

No entanto, ele divulgou um vídeo neste domingo, dizendo ser inocente e desafiando as autoridades a prendê-lo durante uma marcha que ele convocou para a terça-feira.

“Não tenho nada que temer, não cometi nenhum delito, sou um venezuelano comprometido com nosso país, como nosso povo. Se há alguma decisão legal de me prender, estarei pronto para assumir essa perseguição e essa decisão infame por parte do estado”, disse.

Ele é acusado de ser o autor intelectual da onda de protestos violentos que tomou a capital do país nos últimos dias.

As marchas se tornaram mais violentas na quarta-feira, quando três homens foram mortos durante um protesto contra o governo.

Maduro acusa López de incitar a violência, enquanto a oposição afirma que os homens foram assassinados por milícias pró-governo.

“López ordenou que todos esses jovens violentos, treinados por ele, destruíssem metade de Caracas e então resolveu se esconder”, disse o presidente. “Se entregue, seu covarde!”

‘Golpe’

López se converteu na mais nova dor de cabeça do ex-candidato presidencial e governador Henrique Capriles – líder do setor moderado da coalizão opositora – desde que decidiu colocar em prática o plano chamado “A saída”.

Apoiado pelo movimento estudantil, o plano consiste em intensificar a onda de protestos no país até levar o presidente à renúncia.

“Ainda acreditam que devemos esperar até 2019 (fim do mandato de Maduro) para sair deste regime?”, questionou López, em seu perfil no Twitter, ao convocar os protestos.

Essa declaração foi interpretada pelo governo como um chamado a um golpe de Estado.

A escalada de violência que tem marcado o tom dos protestos nos últimos dias preocupa aos “moderados” da oposição.

Um dos membros da Mesa de Unidade Democrática (MUD) afirmou à BBC Brasil que o setor moderado da oposição tentou dissuadir López de sua “aventura” com os estudantes.

Ambições pessoais

Conservador, vinculado aos partidos de direita da região, López é visto como um “maverick” – jargão político para definir quem desobedece as linhas do partido – na avaliação do analista político Carlos Romero, professor da Universidade Central da Venezuela.

“López tem um estilo muito personalista, pouco institucional. Ele está sempre em permanente busca de protagonismo”, afirmou Romero.

A seu ver, a polêmica decisão de levar a população às ruas para promover uma mudança de governo é uma manobra que tem como objetivo “ambições pessoais”, mas que pode levar à crise toda a coalizão opositora.

“Leopoldo é um dirigente que neste momento está promovendo danos importantes à oposição democrática”, afirmou.

Sua habilidade em promover rupturas entre aliados políticos também foi destacada com preocupação por um conselheiro político da embaixada dos Estados Unidos em Caracas.

Em documento desclassificado de 2009 vazado pelo Wikileaks, Robin D. Meyer, qualificou a López como uma “figura divisora da oposição, arrogante, vingativo e sedento de poder”, diz o documento que tinha como enunciado “O problema Leopoldo”.

A historiadora Margarita López Maya caracteriza a López como um político “audaz, ambicioso e carismático”.

Em sua opinião, ele é capaz de capitalizar os anseios da juventude que não vê saídas, se não o protesto, como mecanismo de pressão para debilitar o chavismo.

“Levá-lo prisão seria convertê-lo em um mártir e ele seria catapultá-lo a uma candidatura presidencial”, avaliou a historiadora.

Entre os jovens que estão protestando nas ruas, López é visto como um ícone da rebelião anti-chavista e um potencial presidenciável.

“Se ele for preso, o movimento estudantil irá às ruas defender sua liberdade.

Compartilhamos com ele a visão de que é preciso mudar esse governo. Vamos continuar nas ruas até a renúncia do presidente”, afirmou à BBC Brasil o dirigente estudantil Daniel Alvarez.

Carreira

Ex-prefeito do munícipio de Chacao (2000-2008), López, de 43 anos, vem de uma das familias da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e petroleiro.

Como prefeito, participou ativamente dos protestos que culminaram no golpe de Estado que derrocou brevemente o governo Chávez.

Desde então, não pode se desvincular do rotulo de “golpista”, atribuído pelo governo e seus seguidores.

Em 2008, uma acusação de mau uso de recursos públicos, como prefeito de Chacao, fez com que o político fosse inabilitado politicamente pela justiça da Venezuela.

Essa decisão do tribunal, impediu que líder opositor se projetasse como potencial candidato presidencial.

Formado em Harvard, sua carreira política começou no partido Primeira Justiça, o mesmo de Capriles.

Um racha interno o levou a abandonar o grupo.

Ele então se filiou ao partido conservador Um Novo Tempo, onde permaneceu pouco tempo, até fundar seu atual partido Voluntad Popular.

(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140216_venezuela_lopez_mdb_cj.shtml)
(http://www.rodrigovianna.com.br/vasto-mundo/quem-e-o-lider-radical-que-prega-o-golpe-na-venezuela.html)
(http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/02/conheca-leopoldo-lopez-o-lider-que-prega-o-golpe-na-venezuela.html)
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FrancoAtirador

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Depois de tudo o que Julian Assange, por meio do WikiLeaks,

e Edward Snowden, através do Guardian e outros veículos,

trouxeram a público sobre as práticas dos United States,

cuja diplomacia no mundo inteiro encontra-se envolvida

em tramas de golpes e espionagens políticas e industriais,

ainda há autoridades do alto escalão do governo federal

que continuam acreditando no Papai Noel que vem do Norte

trazendo atraentes presentes, tipo ‘democracia e liberdade’,

dentro de um enorme saco, que na verdade está cheio de ossos.
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Sidnei

Os radicais venezuelanos devem ter aprendido com os brasileiros: nada de deixar sangrar até morrer; vamos aproveitar a insatisfação de agora e cometer o golpe imediatamente.
Tal comportamento nada mais é do que a prova da consciência de que o chavismo tem condições de se livrar da situação adversa.
E vai!

Alemao

Quando Maduro cair, irão culpá-lo de inabilidade política. Irão afirmar que se Chavez estivesse vivo a economia não teria ido para o buraco, e irão continuar a afirmar que as tentativas socialistas históricas não funcionaram porque foram mal implementadas. Irão continuar a chamar forte intervenção estatal na economia de capitalismo de estado e a pregar o verdadeiro socialismo, como se esse sistema de proteção de campeões nacionais refletisse o o verdadeiro capitalismo. Não adianta, a ideologia é mais forte do que a razão.

O que me parece mais assustador é constatar que alguns realmente acreditam que a falta de produtos nas prateleiras se dá por planejamento dos empresários gananciosos. Um grande paradoxo não? Como alguém ganancioso deixa de realizar a única operação que lhe rende dinheiro???

    Aloisio

    Simples, se eu sou um mega empresário e posso ganhar sem investir, recebendo em dolar de uma potencia interessada em derrubar o governo, para mim ´e muito confortável. Não me diga que é teoria da conspiração, pois existe um notório no Chile de Allende, onde os americanos pagavam para os caminhoneiros ficarem parados e causar desabastecimento. Além disso, existe o cambio negro, o ágio.

    museusp batista neto

    A saída inteligente criada pelo conspirador é essa tática de acusar o observador atento de aderente lunático da “teoria da conspiração”! Como se os vazamentos do Snowden e de Julian Assange fossem também delírios ilusórios de esquerdopatas drogados. Quem tem a grande midia ao seu lado constrói a “verdade” que lhe seja mais conveniente.

    Dinho

    É óbvio que tem paises interessados na desestabilização do chavismo na Venezuela, e para isso vão jogar pesado. Cabe ao povo venezuelano, especialmente os mais sofridos, discernir os fatos politicos e ficar do lado certo, a despeito da ajuda midiatica ao golpismo.

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