Metroviários: Culpa pelo tumulto não é do usuário; é dos trens do propinoduto
Tempo de leitura: 5 minAcima, reprodução de denúncias do site do Sindicato dos Metroviários de São Paulo feitas ANTES do tumulto de ontem. Abaixo, a nota do Sindicato divulgada no início da tarde desta quarta-feira, 5.
MAIS SUFOCO NO METRÔ. TREM DO PROPINODUTO É A CAUSA
Nota oficial do Sindicato dos Metroviários sobre as falhas e acontecimentos ocorridos na terça-feira, dia 4 de fevereiro de 2014
Os metrovários lamentam profundamente o sufoco que passaram os usuários e funcionários na noite de ontem.
Sob condições adversas, nos dedicamos diariamente para garantir o funcionamento do Metrô. No entanto, mais uma vez, um trem “reformado” (a maldita frota K) apresentou problemas de porta causando uma reação em cadeia. Os trens parados dentro dos túneis com o ar condicionado desligado gerou uma situação insuportável.
Os trabalhadores do Metrô já haviam denunciado ao Ministério Público os problemas dos trens reformados pela iniciativa privada. Os “trens do Propinoduto”. Exigimos, também, uma solução técnica para o ar condicionado dos trens para que não desliguem dentro do túnel.
Alertávamos para a possibilidade de situações como esta ocorrerem, mas infelizmente, nada foi feito. Diante do caos de ontem voltaremos a procurar o MP buscando soluções.
Nós entendemos o desespero e a revolta dos usuários. Mas, em momento como os de ontem é necessário seguir as orientações dos funcionários das estações, que tentam minimizar para que não aconteçam consequências mais graves.
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Os metroviários sempre estarão presentes para ajudar. Infelizmente não nos é dada condições suficientes para atuar. O Metrô está saturado e somos poucos para um público de 5 milhões de usuários.
Neste quadro, não ajuda em nada, as declarações do Secretário Jurandir Fernandes, que numa tática diversionista, culpabiliza “grupos organizados” pelo caos. A culpa não é do usuário. Ir por esse caminho é fugir da solução e da responsabilidade com o público.
Os problema são:
1- As falhas dos trens do propinoduto. Não é coincidência que o trem K-07, que abriu falha ontem, é o mesmo que descarrilhou em agosto do ano passado, que ao retornar a operação, falhou por abrir a porta do lado contrário.
Denunciamos que as principais consequências do propinoduto são as péssimas condições dos trens reformados. A empresa privada que ganhou concorrência, a base de propina, oferece um péssimo serviço. Como já havíamos denunciado, essa frota, com apenas 7 trens, somou 696 falhas num período de 30 dias. Sendo mais de 300 somente no K07. Trem citado nessa ocorrência.
2- Poucos trens no horário de pico. Além das falhas durante a operação, como as de ontem. Os trens do propinoduto param para manutenção com mais frequência. O que causa uma redução de carros nos horários de pico.
3- O ar condicionado. Exigimos solução técnica para o ar condicionado que não tem fonte alternativa de energia. Quando a via tem que ser desenergizada, por qualquer problema, o ar condicionado desliga também.
4- CBTC. O investimento vultuoso nesse novo sistema de sinalização de via, funciona mal e com risco para o usuário.
5- Porta plataforma. Em um sistema carregado como o Metrô de São Paulo são necessárias as portas nas plataformas. Elas servem para minimizar as interferências como a queda de objetos na via e em situações como a presente impossibilidade de entrada na via. Até hoje não houve uma explicação plausível sobre o contrato que iniciou a implantação das portas nas plataformas. Aquelas que viraram monumento na estação Vila Matilde.
6- Superlotação por falta de expansão da malha metroferroviária.
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Após confusão, circulação de trens da Linha 3 do Metrô é interrompida
Problema em trem paralisou o serviço em 10 estações às 18h19 desta terça-feira, 4; passageiros abriram portas de 7 composições. Seguranças da companhia chegaram a agredir usuários na Sé e secretário estadual falou em ação de ‘grupos organizados’
04 de fevereiro de 2014 | 19h 54
Bárbara Ferreira Santos, Bruno Ribeiro, Laura Maia de Castro, Mônica Reolom, Rebecca Silva e Victor Vieira – O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – Uma falha nas portas de um dos trens da Linha 3-Vermelha do Metrô paralisou o ramal em dez das 18 estações, das 18h19 até 23h22. Por causa do calor e da superlotação, usuários que esperavam mais de 20 minutos para seguir viagem acionaram os botões de emergência para abertura de portas de sete composições diferentes. Houve tumulto e pânico entre os passageiros. Os trens circularam apenas entre as Estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé.
Na confusão, seguranças do Metrô agrediram passageiros na Estação Sé. Houve tumulto e depredação na plataforma. Reforço policial foi solicitado pela direção da empresa. Milhares de usuários tiveram de caminhar pelos corredores estreitos ao lado dos trilhos. Ao redor das Estações Marechal Deodoro, Santa Cecília, República e Anhangabaú era possível ver passageiros chorando e passando mal. Na Sé, passageiros foram socorridos pelos bombeiros. “Foi muita gente espremida na multidão”, disse um segurança do Metrô.
O auxiliar administrativo Mauro André de Souza Pereira, de 29 anos, tentava voltar para casa do trabalho, quando enfrentou a pane. “Na Marechal Deodoro, o trem ficou parado por uns 40 minutos. Quando saiu, antes de chegar à Estação Santa Cecília, parou de novo. Tudo fechado. Comecei a transpirar, a ter problema de pressão, foi horrível”, contou.
Pereira disse que chegou às 18h à Estação Barra Funda e esperou por 35 minutos para embarcar. Segundo ele, o trem em que estava parou duas vezes até chegar a Santa Cecília. Sem ar-condicionado e com a circulação paralisada, os passageiros quebraram o lacre de emergência e saíram do trem.
Na Estação Anhangabaú, Nataly Castro também relatou a confusão entre os usuários. “Estava tão cheio que já tinham vetado o acesso dos passageiros na linha porque não tinha lugar na plataforma. Não tinha mesmo. Já na Sé, eles diziam que havia um problema na República. Os seguranças tiveram de sair da estação, porque as pessoas estavam agressivas, ficaram nervosas”, afirmou.
A Estação Sé teve a situação mais tensa. Segundo passageiros, seguranças da empresa tentaram restabelecer a operação ao fazer os usuários voltarem para um dos trens parados ali, que vinha do Anhangabaú. Foi quando os passageiros que passavam mal se recusaram e houve briga.
A estação teve placas indicativas e vidros quebrados. Passageiros chutaram as latarias e as janelas do trem. Em meio à briga, mulheres tentavam subir as escadas superlotadas. O acesso às plataformas da Linha 1-Azul teve de ser fechado.
À noite, ao Jornal da Globo, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, acusou a ação de “grupos organizados”. “Havia pessoas gritando palavras de ordem em meio ao tumulto”, disse. Segundo ele, tudo vai ser apurado.
Frota K. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, disse que o trem que provocou a pane é o veículo K-07. A composição faz parte de um lote de trens reformados a partir de 2008 pelo Metrô cujos contratos foram cancelados na segunda-feira, 3, pelo Ministério Público Estadual, que considerou a reforma “danosa” ao Estado, uma vez que os trens vêm apresentando problemas.
O Metrô foi questionado sobre o trem K-07 e não respondeu até 23h30. Em nota, a empresa disse que o problema no primeiro carro foi na Sé e se resolveu em 8 minutos, mas “alguns usuários permaneceram nas passarelas de emergência”.
Linha 4. O caos na Linha 3 foi a segunda falha ontem no sistema. À tarde, uma pane elétrica havia afetado o serviço da Linha 4-Amarela (Luz-Butantã), provocando o fechamento das Estações Luz e República. A ViaQuatro afirmou que houve uma falha elétrica externa.
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Comentários
Glória
O usuário médio do metrô é:
mora na favela da Serra e anda a pé uns quilômetros, depois pega uma van,
e vai até Tucuruvi, vai até o trabalho, fica em pé o dia todo, transpira, fede, e volta com a mesma roupa, e pensa no filho que saiu da escola e está só, em casa, etc etc etc
E tem de ter equilíbrio aos 50 graus de temperatura – pela segunda vez no dia. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, façam me o favor.
edir
Passageiro faz vídeo e desmente a versäo do Alckmin.
http://www.youtube.com/watch?v=7KcId9pfKkk#t=46
Rodrigo
Antes de tudo, não sou contra o Mais Médicos.
Mas sou contra atropelar nossas próprias regras para consegui-los (isto é meio maquiavélico – os fins justificam os meios ? ). Mesmo assim entendo que ter os Cubanos é melhor do que não ter nada. Tenho certeza disto.
Tirando a polêmica de lado, o que mais me preocupa é a liberdade.
Sobre o caso da Cubana que entrará com pedido de asilo no país.
E agora ?
Se ela é livre, porque ela não recebe os R$10.000,00 que são de DIREITO dela.
Se ela é livre, porque ela não pode viajar em seus períodos de folga para conhecer nosso país ? (afinal nem só de obrigações vive a pessoa)
Somos defensores da liberdade ou não ?
Ou só nos alinhamos com outro eixo ?
A contratação dos Cubanos me lembrou e muito o que muitas corporações Americanas fazem na Ásia.
Acordem, o ESTADO não passa de uma EMPRESA que como qualquer outra VISA DIMINUIR SEUS CUSTOS E AUMENTAR SEU LUCRO!
J Fernando
Ela não tem liberdade para viajar no metrô de SP, que vive dando pane. Se a pegarem no trem quando ocorrer pane, será acusada de sabotagem, terrorismo a serviço de Fidel Castro e a Revolução Cubana…
(o post é sobre metrô)
Rogerio
Pane no Metro, assaltos em massa, incendios, destruição de bens publicos… alguem tem de chamar a tropa de choque para tirar os vandalos que invadiram o Palacio dos Bandeirantes há 20 anos, antes que destruam o que sobrou de São Paulo…
FabioT
até quando a população vai engolir a desculpa de sabotagem no metro? há anos é sempre a mesma coisa, alias por onde anda aquela molecada do MPL ?
Marcio Ramos
… bendita culpa!
Mahat
… bendita culpa!!!
augusto2
Nao se sabe ainda se a prisao de Pizzolato na Italia é boa ou ruim para o JBarbosao e sua trupe na midia e na tucanagem.
Vai dar para avaliar isso pela reaçao deles num segundo momento após a noticia.
O Pizzo bem que poderia pedir agora de volta o passaporte verdadeiro dele, italiano que entregou para o vampiro ano passando , meses antes de fugir.
o vampiro tem que entregar , tem não?
ricardo silveira
Será que depois de 20 anos de PSDB os paulistas vão acordar?
normando
Pior, desses 20 anos do tucanato em SP, tirando 6 anos de Covas e 4 anos de Serra, os restantes 10 anos foram de Alkmin, que não quer largar o osso de jeito nenhum, pois já é candidato à reeleição. Pelamor…
Aline C. Pavia
Somando Montoro e Fleury são 30 anos de LIXO governando o estado. Por isso está parado na década de 70.
abolicionista
Ou você tem o poder, ou você não tem. Por falar nisso, onde anda o ministro das comunicações?
Apavorado por Vírus e Bactérias
O sonso do secretário de estado dos transportes metropolitanos deu a entender, no Jornal? da Bobo que grupos organizados estavam tumultuando o tumulto gerado pela incompetência e pela corrupção do governinho do estado de SP que faz parar o superlotado, capenga e horrível metro de SP a todo instante. Não seja otário secretário. Não nos trate como trouxas. Pense antes de falar. Parece que sua língua é burra e mais rápida que seu cérebro.
Urbano
Tem-se que ser muito burro ou muito troncho para querer defender durante quase vinte anos uma trupe dessa…
FrancoAtirador
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Conceição/Azenha.
Não está disponível a Caixa de Comentários
no post do apagão do trem da Folha SP.
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Conceição Lemes
FrancoAtirador, aqui está tudo ok. Tente mudar o navegador pra ver o que acontece. Se persistir, por favor, nos avise. abs
FrancoAtirador
Conceição.
Tentei CG, MF e IE, e mudei de Maq.
Só disponibiliza comentários via FB.
(http://www.viomundo.com.br/politica/o-apagao-de-dilma-e-a-falha-do-metro-causada-pelos-passageiros.html)
Conceição Lemes
Entrei pelo teu link e está normal. Vou falar com o Leandro Guedes. abs
FrancoAtirador
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Bem, Conceição.
Como não consegui publicar o comentário
lá naquele ótimo post de autoria do Azenha
postarei por aqui mesmo…
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BLACKOUT, POR CAUSAS NATURAIS,
OU LOCKOUT CONTRA O GOVERNO,
PARA LEVAR DILMA A NOCAUTE?
04 de fevereiro de 2014 | 7h 44
JOÃO VILLAVERDE E ANNE WARTH – Agencia Estado
Governo renovará contrato com distribuidoras de energia
Algumas das distribuidoras da Eletrobrás
estão entre as piores no ranking de avaliação
de prestação de serviço da Aneel.
O governo federal deve anunciar nas próximas semanas a renovação das concessões de distribuição de energia elétrica, cujos contratos vencem entre 2015 e 2017.
São cerca de 40 empresas, universo que contempla Cemig, Copel, e as sete companhias federalizadas, controladas pela Eletrobrás, como as empresas de distribuição de energia do Piauí, de Goiás e do Acre, por exemplo.
A medida faz parte da engenharia jurídica que permitiu o desconto na conta de luz, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012.
Segundo afirmou na segunda-feira, 3, ao jornal O Estado de S. Paulo uma fonte qualificada [SIC] do setor elétrico no governo, a renovação desses contratos de concessão “pode sair a qualquer momento”.
O caminho ficou aberto após a conclusão, na semana passada, da complexa operação montada entre a Eletrobrás e o governo de Goiás para federalização da Companhia Energética de Goiás.
Agora, com a transição para o controle federal concluída, o governo pode anunciar a renovação.
Os novos contratos apresentarão regras mais rígidas para prestação de serviço.
Formuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e acompanhadas de perto pelo Palácio do Planalto, as medidas vão exigir das distribuidoras uma “dramática” melhora na qualidade do serviço prestado, com redução nos índices de interrupção de energia, e aprimoramento no atendimento aos clientes.
Esses indicadores hoje são acompanhados pela Aneel mensalmente, mas há pouca margem de atuação do órgão regulador na fiscalização.
Hoje, a Aneel pode apenas multar as empresas.
A ideia é tornar a fiscalização mais rigorosa prevendo obrigações adicionais nos novos contratos.
Isso permitiria à agência reguladora atuar na empresas antes de a situação deteriorar, a ponto de exigir uma multa.
Algumas das distribuidoras da Eletrobrás estão entre as piores no ranking de avaliação de prestação de serviço da Aneel.
Essa é uma das razões pela qual o governo vem adiando há dois anos a definição das regras que estarão nos contratos de renovação das concessões.
A chance de algumas concessões não serem renovadas, por decisão dos atuais controladores diante das novas regras, é considerada “remota” em Brasília. Mas, caso isso ocorra, o governo fará uma nova licitação.
Essas empresas, que vendem energia diretamente para o consumidor, estão sob forte pressão neste início de ano.
Como antecipou o Estado em dezembro, as distribuidoras pedem uma injeção bilionária do Tesouro para evitar um repasse aos clientes na forma de aumentos da tarifa, decorrentes de altas de custos – as distribuidoras vêm pagando mais caro para adquirir energia no mercado diante da escassez de chuvas e alto consumo.
No ano passado, o governo decidiu bancar os gastos com a compra de energia de usinas térmicas, mais cara que a das hidrelétricas.
Essa despesa, paga pelo Tesouro, será ressarcida pelos consumidores nos próximos anos, de forma diluída.
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que o governo estuda repetir neste ano o auxílio de caixa às distribuidoras.
Questionado sobre os gastos do Tesouro com o sistema elétrico, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, demonstrou que não tem preocupação com o tema uma vez que o Orçamento já prevê R$ 9 bilhões para isso.
Colaborou Laís Alegretti.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(http://migre.me/hJuWW)
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04/02/2014 [depois do Blackout]
Mídia Bandida Local e Internacional
Apagão [Blackout] atinge até 6 mi de pessoas; governo descarta racionamento…
Apagão [Blackout] ocorreu um dia após o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmar que o governo não enxergava nenhum risco de desabastecimento de energia”.
(http://migre.me/hJwa4), (http://migre.me/hJtXG) e (http://migre.me/hJvbE).
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ESCLARECIMENTOS DO ONS
04/02/2014
O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou que é RARO ocorrer SIMULTANEAMENTE dois curtos circuitos duas linhas de transmissão no Sistema Interligado Nacional (SIN) (http://migre.me/hJuKh) e (http://migre.me/hJuLJ).
Observem-se com atenção os itens 1 e 2 da Nota do ONS, abaixo:
NOTA COMPLEMENTAR À IMPRENSA – 04/02/2014
SUMÁRIO DE PERTURBAÇÃO NO SIN
DATA: 04/02/2014
HORA: 14h03min (Horário de Brasília)
REGIÃO/EMPRESAS AFETADAS: Eletrobras Eletronorte, INTESA, TAESA, FURNAS,
TRACTBEL, ENERPEIXE, LAJEADO, CEMIG-GT, CTEEP, CESP, ELETROSUL,
Agentes Distribuidores e consumidores industriais
da região Sudeste-Centro-Oeste/Sul.
Descrição da Ocorrência
1. Às 14h03min do dia 04/02/2014, ocorreu um curto-circuito monofásico envolvendo a fase A da linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C3 [!!!], de propriedade do agente de transmissão Intesa, cujo controlador é o FIP Brasil [!!!], sendo a falha eliminada pela atuação correta das proteções da linha.
2. Em seguida, ocorreu um curto-circuito bifásico-terra envolvendo as fases A e B da linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C2 [!!!], de propriedade do agente de transmissão Taesa, cujo controlador é a Cemig [!!!], sendo a falha eliminada pela atuação correta das proteções da linha.
3. Após a configuração da perda dupla entre Miracema e Colinas e considerando que o somatório dos fluxos nos três circuitos deste trecho, imediatamente antes dos distúrbios, era de 3.400 MW, foi acionada a lógica de perda dupla do Esquema de Controle de Emergência – ECE da interligação, comandando o desligamento do circuito remanescente, de propriedade da Eletronorte.
4. Com a abertura da interligação Norte/Sudeste no trecho Miracema-Colinas, atuou o Esquema de Controle de Emergência – ECE dessa interligação, desligando a LT 500 kV Serra da Mesa 2 – Rio das Éguas, separando fisicamente os sistemas Norte e Nordeste do restante do restante do SIN.
5. Com a separação das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul da região Norte/Nordeste, que antes da perturbação exportava energia, verificou-se déficit nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, com consequente queda na frequência elétrica, conforme apresentado na curva inferior na figura a seguir.
6. A perda dessa interligação resultou em desequilíbrio geração x carga nas regiões SE-CO e Sul, acarretando a atuação correta do 1º estágio do Esquema Regional de Alívio de Carga – ERAC nessas regiões, desligando cerca de 5.000 MW de cargas.
7. Às 14:41h, a interligação foi restabelecida, dando-se início ao processo de recomposição das cargas, cuja conclusão se deu às 15:30h.
8. A reunião para a análise desta ocorrência – RAP será realizada no Escritório Central do ONS nesta quinta-feira, 06/02/2014 às 14h.
(http://www.ons.org.br/download/sala_imprensa/notacomplementaraimprensa_04022014.pdf)
(http://www.ons.org.br/home)
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Traduzindo:
Resumidamente, o Sistema Interligado Nacional (SIN) opera basicamente com dois troncos principais de transmissão da energia elétrica produzida nas diversas Usinas Hidro e Termoelétricas espalhadas pelas Regiões do Brasil:
1) Norte/Nordeste, que produz para abastecer prioritariamente os municípios destas duas Regiões; e
2) Sudeste/Centro-Oeste/Sul, que, da mesma forma, com a energia aí produzida, prioriza o abastecimento dos municípios destas outras três Regiões do País.
Ocorre que esses dois troncos são interligados (daí o nome do Sistema) e, dependendo da demanda por energia de uma dessas duas zonas que, grosso modo, correspondem à Metade Norte e à Metade Sul do Brasil, o SIN pode redirecionar a transmissão de uma para outra.
É precisamente o que está acontecendo agora.
Devido às altas temperaturas nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o consumo de energia elétrica na Metade Sul aumentou, enquanto que, por causa da seca, diminuiu o volume dos reservatórios de água das Usinas Hidrelétricas instaladas.
Daí que, com a insuficiência de produção de energia elétrica para atender o excesso de demanda no Sudeste/Centro-Oeste/Sul, o SIN redirecionou a transmissão da energia excedente produzida no Norte/Nordeste, fundamentalmente pela Usina de Tucuruí, no estado do Pará (Subsistema Norte), para a Metade Sul.
Concomitantemente, para evitar que ocorram falhas na transmissão causadas por intempéries, acidentes ou quaisquer outras causas eventuais, existe no Sistema um dispositivo lógico automatizado de segurança da interligação chamado Esquema de Controle de Emergência (ECE) que está instalado em vários pontos estratégicos do SIN (Miracema-Colinas e Serra da Mesa-Rio das Éguas, por exemplo) e que consiste, simplificadamente, no corte ou desligamento do circuito de transmissão da linha afetada e na imediata substituição por um outro circuito de uma linha de transmissão alternativa de freqüência elétrica normal, não atingida, com o objetivo de manter o mesmo fluxo de energia elétrica dos circuitos.
Assim, via de regra, em caso de falha em um circuito de uma linha de transmissão do SIN, existe um outro capaz de suportar o fluxo de energia que foi interrompido em um determinado ponto.
Acontece que, quando se tem três únicos circuitos com fluxo de energia muito alto (3.400 MW, por exemplo) e quando dois dos três são atingidos, ao mesmo tempo, configura-se a perda dupla.
Neste caso, o sistema está programado para automaticamente interromper totalmente o fluxo de energia, isolando o ponto de pane, para evitar a sobrecarga do todo e a perda total por período prolongado.
Além disso, em situações de extremo risco do Sistema Interligado, o ONS pode determinar às operadoras, por precaução, que antecipadamente cortem o fornecimento de energia elétrica, até que seja solucionado o problema na origem do distúrbio.
O fenômeno raro, a que se referiu o Presidente do ONS,
Apavorado com a cara-de-pau humana.
Nenhuma noticia sobre o apagão na região central?
Apavorado com a cara-de-pau humana.
Uma pergunta: isso tem a ver com o apagão elétrico?
Aline C. Pavia
Não foi apagão, foi curto-circuito e desarme do sistema e durou cerca de 30 minutos. Boa noite.
Elias
Esse secretário vai apurar uma coisa só. Cidadãos mais calmos, que não entraram em pânico, tentaram ajudar as pessoas desesperadas, pessoas que passavam mal diante daquela situação dantesca. A palavra de ordem era “não pisem nos trilhos, pessoal”, “caminhem pelas laterais” “…”.
Que cabeça pode pensar em “grupos organizados” num local onde houve uma ocorrência inesperada?
Dá pra imaginar o que eles tramam nos gabinetes.
“O que vou dizer à imprensa?”
“Ah! Mete a culpa nos vândalos, arruaceiros. Que tal: ‘grupos organizados’?”
“Humm, boa essa”.
Luís Carlos
O movimento “não vai ter metrô” já vem de longe. Décadas. E pelo jeito, vai continuar sem ser incomodado, nem por autoridades, nem por povo indignado com gastos e corrupção.
Luís Carlos
Seis jornalistas do Estadão para fazer essa matéria? E deu só nesse texto? Vai fechar.
Luís Carlos
O único “grupo organizado” que tem é o que está roubando dinheiro há dua décadas com essas obras eternas do metrô de SP e com reformas dos vagões. E bem organizado com apoio da grande mídia.
Luiz
Isso é somente um ensaio, caso uma crise de energia de grandes proporções venha abater sobre nossas cidades.
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