VEM PRÁ RUA VOCÊ TAMBÉM
por Wanderley Guilherme dos Santos, na CartaCapital, via Conversa Afiada
O PSDB não chegou à direita pelas próprias pernas. Teve a ajuda do Partido dos Trabalhadores (PT) que se mudou para o centro, distendeu-o, e tornou praticamente inviável a existência de uma coalizão de centro esquerda.
Aécio Neves nunca foi reformista, mas julgá-lo um direitista genético é exercício de ativista dogmático.
O centro distendido sob hegemonia do PT empurrou a oposição para a vizinhança da extrema direita, precipitando a derrota intestina de José Serra, agarrado a um reacionarismo impensável em quem discursou no comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964. À oposição restam bandeiras pragmaticamente vazias, tais como a encenada indignação moral e acenos genéricos de eficiência.
Sem falar no reacionarismo religioso e a defesa de um livre mercadismo de fachada. Como é notório, só com brutal intervenção do Estado um governo de centro-direita será capaz de subverter a legislação petrolífera, os programas Mais-Médicos e Minha Casa, Minha Vida.
Mesmo para fazê-los definhar um governo de centro-direita precisará de boa dose de coação sobre uma burocracia estatal comprometida com o progresso, ademais de extrair enorme boa vontade do Congresso Nacional.
Esse mesmo Congresso, aviltado pela imprensa conservadora e pela esquerda caolha, foi a instituição que aprovou o regime de partilha do pré-sal, ainda no governo Lula, e tem apoiado as principais políticas sociais do governo Dilma Roussef.
Uma política de liberalismo desenfreado só será possível com a transformação do Estado brasileiro em variante do bismarckismo alemão. O avesso do que o eleitorado conservador deseja.
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O centro estendido do PT também trouxe dificuldades para o campo progressista.
A mais óbvia transparece na acusação de reacionarismo a qualquer opinião divergente, autônoma em relação à cadeia de comando dos líderes do centro-baleia, a começar pelas palavras de ordem do Partido dos Trabalhadores.
Embutida na interdição esconde-se menor probabilidade de que deficiências reais de governança sejam proclamadas por aliados. Avanços sociais estão conectados a manifestações de inconformismo, sem automática identificação com a oposição do momento.
Durante os governos Vargas e JK sucederam-se greves e passeatas a favor de políticas nacionalistas e de críticas a medidas específicas. As manifestações não atendiam a nenhuma convocação da direita, do tipo “Vem prá rua você também”, que atualmente apavora a esquerda e o governo. O governo opera com déficit de crítica consistente.
Reflexo do ambiente intoxicado, o sindicalismo operário emudeceu. Limitado a manifestos plenos de estereótipos, copia a genérica pauta direitista – ensino público de qualidade (nunca haverá suficiente, o conhecimento progride), saúde pública, transporte, moradia, segurança.
Eligibilidade para os analfabetos, que é bom, nada; participação dos trabalhadores na administração das grandes corporações, nem pensar.
Não mais do que dois exemplos de uma pauta latente, ausente da cogitação sindical. Os sindicatos não se recuperaram do choque de haver perdido o controle das ruas.
Reescrever ideologicamente a história de junho de 2013 não garante a recuperação de iniciativa crível, seja por decreto, seja por currículo de glórias passadas.
Outra conseqüência da consolidação do centro expandido foi a instauração de um vazio institucional à esquerda, vicariamente ocupada por aglomerado de grupos heterogêneos. A coalizão parlamentar do governo tornou irrelevante o apoio da centro-esquerda.
Sem considerar o PMDB, cuja análise não é simples, a coalizão do PT tem como coligados numéricos o PP/PROS, o PSD, o PR/PTdoB/ PRP, seguidos, até recentemente, pelo PSB, em parte pelo PDT e pelo PCdoB. O total de cadeiras deste último grupo (PSB, PDT e PCdoB) não ultrapassava 56 lugares. Só o PP, o PR e o PROS detêm um conjunto de 89 cadeiras na Câmara dos Deputados.
A cooperação costurada entre os partidos deixou o PT a vários passos de distância de seu parceiro ideológico adjacente, o PSB (24 cadeiras). O rumo do governo é vigiado pelo núcleo duro da centro-direita. Independente dos motivos do governador Eduardo Campos, cujas alianças provocam resistências entre os socialistas, a saída do PSB do governo só surpreende pelo tempo que demorou a acontecer.
Para um partido que busca crescer nas eleições proporcionais pela via ideológica da centro-esquerda, talvez a oportunidade tenha sido perdida. A tentativa de enfiar uma cunha entre o centro expandido do PT e o PSDB sofre das dificuldades diante da coalizão no poder e da incoerência ao aceitar o direitismo do Rede como segundo em comando (e há quem duvide que o Rede seja mesmo o segundo em comando) além das oscilações na conduta do candidato Eduardo Campos.
O vazio à esquerda tem sido ocupado por grupos inconformados com o estado do mundo, em geral. Desde logo, esse burburinho nada tem a ver com os “precariados” de Guy Standing (The Precariat – London, Bloomsbury, 2011), tese recém importada.
Ao contrário de desempregados, trabalhadores temporários, classe média empobrecida e com miséria à vista, os manifestantes de junho de 2013 eram na maioria jovens de classe média ou empregados com salários acima de 2 salários mínimos (30,3% deles em 20 de junho de 2013, no Rio de Janeiro, segundo a Plus Marketing consultoria) e segmentos em processo de ascensão social.
Outras pesquisas registraram o nível superior de estudos de expressivo número de participantes. Economicamente, o elevado custo do meio utilizado para a mobilização – as redes sociais eletrônicas – exclui os presumidos “precariados” da freqüência a participações.
Vale registrar que, ao contrário da Europa, à intensidade das manifestações seguiu-se a rapidez de sua dissolução em números de manifestações, de participantes e de cidades contagiadas.
Além do equívoco da classificação de “precariados”, é simplismo considerar que uma convocação fascista obteria tamanho sucesso. Houve a infiltração fascistóide posterior, que terminou por se apropriar da liderança dos acontecimentos.
A fragilidade estratégica desses aglomerados, contudo, revelou-se na velocidade com que os grupos de professores, enfermeiras, a maioria de funcionários públicos, foram abandonando as marchas.
Reconhecer as diferenças entre os movimentos de 2013 e os movimentos europeus permite supor que as manifestações não aderiram, aqui, ao precipitado diagnóstico de fracasso da social democracia brasileira. A rejeição atingia todas as formas de participação institucionalizada.
O que havia e há é um vácuo desde que a marcha para o centro levou o governo a esconder sob inegáveis vitórias econômicas a pauta de modernização do pluralismo social brasileiro: aborto assistido, relações homo afetivas, regulamentação do uso de drogas recreativas, pesquisas com seres vivos, temas, entre outros, eliminados por imposição da direita do centro.
A Presidência tornou-se forte parlamentarmente ao preço de se enfraquecer perante a sociedade em mudança.
Algo de novo existe. Trata-se de inédito tipo de intervenção política. Grosso modo, a análise do capitalismo toma por base as classes, as corporações profissionais e cristalizados grupos de interesse.
Entendo que os movimentos recentes são constituídos pelo ajuntamento de atores menos abrangentes do que as classificações preponderantes.
Eles proliferam como pequenas coletividades de exígua tolerância e com exigentes critérios de pertencimento.
Denomino-os, sem ofensa, de “micróbios” (pequena vida), primeiro em razão de seu tamanho, e pelo fato de que não possuem denominador comum. Nem todos são patogênicos ou letais, que os há benéficos ao exercício da democracia.
Nessa ecologia há lugar para micro legendas, como o PSTU e o PSOL, que encontram em tal cenário a rara oportunidade de serem notados.
Comparecem também os grupos nanicos reivindicando direitos (moradores do bairro tal ou qual) ou só comemorando a própria existência, avessos a partidos, sindicatos ou corporações de ofício. São erupções intensas de vida política, mas de curta duração. Eficazes no curto prazo, sem influência em período mais extenso.
Eleições são fenômenos de curto prazo, mas o fenômeno dos “micróbios” não é só eleitoralmente relevante. É uma criação da sociedade contemporânea e, portanto, compatível com a convocatória: “Vem prá rua você também”.
Os democratas deviam adotá-la e voltar às ruas para conquistá-las.
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Comentários
Andre
Texto bem interessante, toca em pontos sensiveis. Realmente o PT colocou a corda no pescoço indo para a ‘centro direita’, não só do PT mas de qualquer possibilidade de esquerda.A juventude que cresceu sob o governo do PT e que nasceu em um mundo com internet mas sem história, acha que todos os males do mundo tem origem na ‘esquerda’ (e o governo do PT como diz o texto é de centro direita). A Juventude ou não está nem ai, ou se define como anarquista ou é mesmo abertamente conservadora, de extrema direita (seja neoliberal, seja nazi-facista)fazendo coro aos ‘arrependidos’ e as viuvas da URSS e do 68. O resultado disso é a supervalorização do espetáculo, do evento, da tática e do grito impotente, a rejeição a qualquer forma de organização – mesmo que democrática – e no final, a manutenção do status quo. Não sou nem um pouco otimista com ‘micróbios’ sua vida é curta e pode causar muito estrago enquanto atuam(estou seguindo a analogia bem relevante do autor, sem ofensa). Podem haver diferenças com os protestos na Europa e no resto do mundo, mas o efeito pode acabar sendo o mesmo: os que se organizam tomam a frente ( o próprio texto indica isso) e os micróbios podem ser engolidos por fagócitos – e não serão fagócitos vermelhos….
Flavio Lima
Tese bem problemática essa do professor. Sei não, não me convenceu nem um pouco.
O PT empurrar tucano pra direita, como se o desgoverno do fhc tivesse sido de esquerda.
Ta bem falho esse raciocínio, ou o professor não foi muito claro.
Mauro Assis
Flávio,
O que o professor diz, e com razão, é que como o PT adotou as práticas de do PSDB: bolsa isso e aquilo, austeridade fiscal (nos mandatos do Lula, pelo menos), metas de inflação, lei de responsabilidade fiscal, pagamento integral da dívida externa e outras, só restou ao PSDB “endireitar”, porque senão o discurso seria o mesmo e aí não haveria diferença, e quem quer obter o poder tem que propor diferente.
O PSDB ainda ajudou muito: ao tentar esconder o FHC, deixou que o Lula assumisse o discurso do “nunca dantes”, porque as ações do mandarinato do Fernando Henrique ficaram sem dono. O Lula, esperto que só ele, foi lá e tomou posse.
Jose C. Filho
O comentário mais hilário que leio nos últimos tempos: “Leio tudo que me aparece, inclusive o filósofo Joãozinho Trinta…Acorda amigão, se Joãozinho Trinta foi filósofo minha avó foi Cleópatra.
Mário SF Alves
“Uma política de liberalismo desenfreado só será possível com a transformação do Estado brasileiro em variante do bismarckismo alemão. O avesso do que o eleitorado conservador deseja.”
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Ou seja: o retorno às trevosas bases feagaceanas só será possível com a joaquinização do Estado brasileiro em variante hitlerista.
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Tá. Antes que reclamem, admito: não tenho a mínima ideia do que seja o tal “bismarckismo alemão”. No entanto, entendo perfeitamente o raciocínio.
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E seja como for, só o bismarckismo alemão salva o regime pro EUA que nós, aqui, licenciosamente, vez por outra, chamamos de regime Casa-Grande-Brasil-Eterna-Senzala; ou, o que dá no mesmo, “naZional-capitalismo subdesenvolvimentista-neoliberal.”
Lafaiete de Souza Spínola
Desde 2010, publico esse tópico. Claro, hoje, em 2014, o tema estendeu-se, porém
a essência é a mesma.
Resumindo: As estruturas partidárias, no mundo, estão a caminho de grandes mudanças!
Necessitamos de partidos sem donos, com programas para serem cumpridos, sem ambição do poder só pelo poder. Partidos que, obrigatoriamente, seus quadros sejam substituídos por outros, democraticamente, dentro de prazo determinado, em todos os níveis. Se você acha que isso é utopia, então é um dos interessados no status quo ou é daqueles que ficam esperando o salvador da pátria. Lembre-se, quando os caciques declaram que estão negociando com o outro partido, isso significa, quase sempre, estar fazendo acordo com os caciques do outro clube fechado. Partidos, de verdade, não têm donos nem herdeiros. Precisamos encontrar o caminho da dignidade. Você ainda não parou para pensar nisso?
Movimentos desorganizados, só pela internet, em longo prazo, não levam a lugar nenhum, sempre surgirão grupos para tirar proveito. Só um partido, democrático, como descrito, poderá conduzir o país, por caminho mais seguro, a um destino melhor; com educação, com saúde pública, sem crime organizado, sem corrupção, sem lavagem de dinheiro.
Financiamento público exclusivo para as eleições, possibilitando a independência financeira dos partidos, inibindo a nefasta troca de favores. Mandato único para todos os níveis passa a ser, apenas, uma conseqüência. O mundo está a caminho de grandes transformações. Só, assim, com ampla participação, teremos um país mais justo, um mundo menos conturbado.
Mauro Assis
Financiamento público exclusivo das campanhas acaba com a mais importante das possibilidades da democracia: a alternância de poder.
Mário SF Alves
Mauro Assis:
“Financiamento público exclusivo das campanhas acaba com a mais importante das possibilidades da democracia: a alternância de poder.”
Mauro Silva, escreveu:
“Esse é o judiciário golpista brasileiro: adversários dos ricos são condenados e presos sem crime provado.
Bons exemplos: Marta Suplicy e Tarso Genro: ‘condenados’; Gilberto Kassab: absolvido; Valfrido Mares Guias: processo extinto … prescrito
… preto, pobre prostituta e petista: presos.
Precisa dizer mais alguma coisa além de que já passou da hora da faxina na magistratura brasileira?
A Roma que assassinou os irmãos Graco é aqui!”
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Alternância de poder, Mauro??? Mediante a manutenção financiamento empresarial/corporativo de campanhas?
Ou do jeito que o Mauro Silva escreveu?
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Mauros e Mauros. E viva a diversidade cultural, étnica e ética.
Mário SF Alves
E… estética.
Mauro Assis
Mário,
Entre o modelo de hoje e o financiamento exclusivo tem um mundo de possibilidades.
Primeiro: o problema do financiamento é o caixa 2. Vc acha que ele vai acabar ou aumentar com o financiamento exclusivamente público?
Uma proposta minha:
– Pessoa jurídica não doa, até pq não vota.
– Pessoa física pode doar a quem quiser, dentro de um determinado limite, digamos R$ 1000,00, devidamente declarado no imposto de renda.
– Financiamento público menor do que é hoje.
– Pau no caixa 2, claro.
Mauro Assis
PS: o financiamento exclusivamente público detona com da democracia porque fatalmente ele será distribuido entre os partidos com base no tamanho da bancada. Ou seja: favorece aquele que está no poder, o que ferra a possibilidade de alternância.
Não é à toa que essa pauta nunca foi apresentada pela ptzada qdo tinham 8 deputados, mas agora que tem 80…
Mauro Assis
O sindicalismo não emudeceu “devido ao ambiente intoxicado”. Simplesmente os sindicalistas foram comprados com dinheiro do FAT.
E temas como “aborto assistido, relações homo afetivas, regulamentação do uso de drogas recreativas, pesquisas com seres vivos” só fazem parte da pauta da esquerda que julgou que o PT algum dia foi ou será um partido de esquerda. Ademais, não são temas que interessem a ninguém mais.
O povão quer tênis de marca, beijar na boca e ser feliz…
Lucas G.
o arauto do povo!
Mauro Assis
Lucas, eu apenas converso com as pessoas e leio tudo o que me aparece.
E também estudo os filósofos, como o Joãosinho Trinta, que postulou há tempos que pobre gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual.
Mário SF Alves
Esquenta não Lucas G., Joãozinho Trinta filósofo só no BraZil com z. Joãozinho Trinta filósofo só no país do sui generis capitalismo subdesenvolvimentista naZional.
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E, parece, já tem joãozinhos nadando de braçada na ânsia de serem usados para resgatar, fundamentar e fazer prosperar o feagaceano capitalismo subdesenvolvimentista naZional-neoliberal.
Que seja assim.
ricardo silveira
A simplificação da política não ajuda a entendê-la, mas o que não se sabe de Aécio? Acaso o senador defende alguma posição relevante que os brasileiros devam perder tempo em considerar?
Mário SF Alves
Tá no texto:
“Aécio Neves nunca foi reformista, mas julgá-lo um direitista genético é exercício de ativista dogmático.”
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Ora, em se tratando de Brasil, país por excelência “fadado” ao capitalismo subdesenvolvimentista, quem nunca foi reformista, o quê é?
Conservador, lógico. Direitista, portanto. Pode até não ser genético, mas que é direitista, claro que é.
E vamos conversar?
Só falta definir o tema e as regras da conversa.
Ah! Primeiro expliquem-nos como é que em Minas funciona isso:
“Os advogados do jornalista Marco Aurélio Carone, diretor proprietário do Novo Jornal, estão sendo impedidos de ter acesso ao processo de prisão do seu cliente.
Hernandes Purificação de Alecrim e Bruno Moreira Silva estão há mais de três horas na Segunda Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas, tentando ter acesso ao processo.
“O escrivão da Vara Criminal alega que faltam alguns trâmites internos para que o processo possa ser disponibilizado”, acaba de nos dizer o advogado Bruno Moreira Silva.
Muito estranha essa explicação do escrivão do TJ/MG.
Afinal, tempo é que não faltou. Na sexta-feira, 17, a Justiça mineira decretou a prisão preventiva de Carone. Na própria sexta, foi expedido à autoridade policial o pedido de prisão preventiva. Na segunda-feira, 20, às 6 da manhã, ela foi cumprida.
Amanhã, às 10h, os advogados do jornalista Marco Aurélio Carone se reúnem com os deputados do Bloco Minas Sem Censura, na Assembleia Legislativa de Minas.
O objetivo é tentar marcar uma data para a audiência pública que irá debater a prisão do jornalista e listar possíveis convidados para a audiência.” Conceição Lemes.
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Trâmites internos… sei.
O nome disso é despotismo. Aos amigos do rei, nada avesso a reformismos, os benefícios da lei, aos inimigos da dito rei os rigores da lei.
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