Ramonet: Fidel Castro está estupendamente bem!

Tempo de leitura: 7 min

O encontro foi registrado pelo fotógrafo Alex Castro, filho de Fidel

Mais duas horas com Fidel

Ignacio Ramonet, em Carta Maior

Fazia um dia de primaveral doçura, submergido por essa luz refulgente e esse ar cristalino tão característicos do mágico dezembro cubano. Chegavam cheiros do oceano próximo e se ouviam as verdes palmeiras embaladas por uma lânguida brisa. Em um desses “paladares” que abundam agora em La Habana, estava eu almoçando com uma amiga. De repente, tocou o telefone. Era meu contato: “A pessoa que desejavas ver, está te esperando em meia hora. Apressa-te”. Deixei tudo, me despedi da amiga e me dirigi ao lugar indicado. Ali me aguardava um discreto veículo cujo chofer guiou de imediato rumo ao oeste da capital.

Eu tinha chegado a Cuba quatro dias antes. Vinha da Feira de Guadalajara (México) onde estive apresentando meu novo livro Hugo Chávez. Mi primera vida – conversaciones con el líder de la revolución bolivariana . Em La Habana, se celebrava com imenso êxito, como cada ano por essas datas, o Festival do Novo Cinema Latino-americano. E seu diretor Iván Giroud teve a gentileza de me convidar para a homenagem que o Festival desejava prestar a seu fundador Alfredo Guevara, um autêntico gênio criador, o maior impulsionador do cinema cubano, falecido em abril de 2013.

Como sempre, quando pouso em La Habana, havia perguntado por Fidel. E, através de vários amigos comuns, havia transmitido minhas saudações. Fazia mais de um ano que não o via. A última vez tinha sido em 10 de fevereiro de 2012 no marco de um grande encontro “pela Paz e a preservação do Meio Ambiente”, organizado à margem da Feira do livro de La Habana, no qual o Comandante da revolução cubana conversou com uma quarentena de intelectuais.

Foram abordados, naquela ocasião, os temas mais diversos, começando pelo “poder midiático e a manipulação das mentes” do qual me tocou falar em um tipo de palestra inaugural. E não me esqueço da pertinente reflexão que Fidel fez ao final de minha exposição: “O problema não está nas mentiras que os meios dominantes dizem. Isso não podemos impedir. O que devemos pensar hoje é como nós dizemos e difundimos a verdade”.

Durante as nove horas que durou essa reunião, o líder cubano impressionou seu seleto auditório. Demostrou que, já com 85 anos de idade, conservava intacta sua vivacidade de espírito e sua curiosidade mental. Intercambiou ideias, propôs temas, formulou projetos, projetando-se para o novo, para a mudança, para o futuro. Sensível sempre às transformações em curso do mundo.

Quão diferente o encontraria agora, dezenove meses depois? Me perguntava a bordo do veículo que me aproximava dele. Fidel havia feito poucas aparições públicas nas últimas semanas e havia difundido menos análises ou reflexões que em anos anteriores .

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Chegamos. Acompanhado de sua sorridente esposa Dalia Soto del Valle, Fidel me esperava na entrada do salão de sua casa, uma peça ampla e luminosa aberta sobre um ensolarado jardim. O abracei com emoção. Aparentava estar em estupenda forma. Com esses olhos brilhantes como estiletes sondando a alma de seu interlocutor. Impaciente já de iniciar o diálogo, como se tratasse, dez anos depois, de prosseguir nossas longas conversações que deram lugar ao livro “Ciem horas com Fidel”.

Ainda não havíamos sentado e já me formulava uma infinidade de perguntas sobre a situação econômica na França e a atitude do governo francês… Durante duas horas e meia, falamos de tudo um pouco, pulando de um tema a outro, como velhos amigos. Obviamente se tratava de um encontro amistoso, não profissional.

Nem gravei nossa conversação, nem tomei nenhuma nota durante o transcurso da conversa . E este relato, além de dar a conhecer algumas reflexões atuais do líder cubano, só aspira responder a curiosidade de tantas pessoas que se perguntam, com boas ou más intenções: como está Fidel Castro?

Já disse: estupendamente bem. Perguntei-lhe por que ainda não havia publicado nada sobre Nelson Mandela, falecido havia já mais de uma semana. “Estou trabalhando nisso, declarou, terminando o rascunho de um artigo. Mandela foi um símbolo da dignidade humana e da liberdade. O conheci muito bem. Um homem de uma qualidade humana excepcional e de uma nobreza de ideias impressionante. É curioso ver como os que ontem amparavam o Apartheid, hoje se declaram admiradores de Mandela. Que cinismo! A gente se pergunta, se ele só tinha amigos, quem então prendeu Mandela? Como o odioso e criminoso Apartheid pode durar tantos anos? Mas Mandela sabia quem eram seus verdadeiros amigos.

Quando saiu da prisão, uma das primeiras coisas que fez foi vir visitar-nos. Nem sequer era ainda presidente da África do Sul! Porque ele não ignorava que sem a proeza das forças cubanas, que romperam a coluna vertebral da elite do exército racista sul-africano na batalha de Cuito Cuanavale [1988] e favoreceram, assim, a independência da Namíbia, o regime do Apartheid não teria caído e ele teria morrido na prisão. E isso que os sul-africanos possuíam várias bombas nucleares, e estavam dispostos a utilizá-las!”

Falamos depois de nosso amigo comum Hugo Chávez. Senti que ainda estava sob a dor da terrível perda. Evocou o Comandante bolivariano quase com lágrimas nos olhos. Me disse que havia lido, “em dois dias”, o livro Hugo Chávez. Mi primera vida. “Agora tens que escrever a segunda parte. Todos queremos ler. Deves isso a Hugo”, completou. Aí interveio Dalia para comentar que esse dia [13 de dezembro], por insólita coincidência, fazia 19 anos do primeiro encontro dos dois Comandantes cubano e venezuelano. Houve um silêncio. Como se essa circunstância lhe conferisse naquele momento uma indefinível solenidade à nossa visita.

Meditando para si mesmo, Fidel se pôs então a lembrar daquele primeiro encontro com Chávez no dia 13 de dezembro de 1994. “Foi uma pura casualidade”, relembrou. “Soube que Eusebio Leal tinha convidado ele para dar uma conferência sobre Bolívar. E quis conhecê-lo. Fui esperá-lo ao pé do avião. Coisa que surpreendeu muita gente, incluindo o próprio Chávez. Mas eu estava impaciente por vê-lo. Nós passamos a noite conversando.” “Ele me contou, eu disse, que sentiu que você estava fazendo ele passar por um exame…” Fidel se larga a rir:

“É verdade! Queria saber tudo dele. E me deixou impressionado… Por sua cultura, sua sagacidade, sua inteligência política, sua visão bolivariana, sua gentileza, seu humor… Ele tinha tudo!  Me dei conta que estava em frente a um gigante da talha dos melhores dirigentes da história da América Latina. Sua morte é uma tragédia para nosso continente e uma profunda desdita pessoal para mim, que perdi o melhor amigo…”

“Você vislumbrou, naquela conversa, que Chávez seria o que foi, ou seja, o fundador da revolução bolivariana?” “Ele partia com uma desvantagem: era militar e havia se sublevado contra um presidente socialdemocrata que, na verdade, era um ultraliberal… Em um contexto latino-americano com tanto gorila militar no poder, muita gente de esquerda desconfiava de Chávez. Era normal.

Quando eu conversei com ele, há dezenove anos agora, entendi imediatamente que Chávez reivindicava a grande tradição dos militares de esquerda na América Latina. Começando por Lázaro Cárdenas [1895-1970], o general-presidente mexicano que fez a maior reforma agrária e nacionalizou o petróleo em 1938… ”

Fidel fez um amplo desenvolvimento sobre os “militares de esquerda” na América Latina e insistiu sobre a importância, para o comandante bolivariano, do estudo do modelo constituído pelo general peruano Juan Velasco Alvarado. “Chávez o conheceu em 1974, em uma viagem que fez ao Peru sendo ainda cadete. Eu também me encontrei com Velasco uns anos antes, em dezembro de 1971, regressando de minha visita ao Chile da Unidade Popular e de Salvador Allende. Velasco fez reformas importantes, mas cometeu erros. Chávez analisou esses erros e soube evitá-los”.

Entre as muitas qualidades do Comandante venezuelano, Fidel sublinhou uma em particular: “Soube formar toda uma geração de jovens dirigentes; a seu lado adquiriram uma sólida formação política, o que se revelou fundamental depois do falecimento de Chávez, para a continuidade da revolução bolivariana. Aí está, em particular, Nicolás Maduro com sua firmeza e sua lucidez que lhe permitiram ganhar brilhantemente as eleições de 8 de dezembro. Uma vitória capital que o afiança em sua liderança e dá estabilidade ao processo. Mas em torno de Maduro há outras pessoalidades de grande valor como Elías Jaua, Diosdado Cabello, Rafael Ramírez, Jorge Rodríguez… Todos eles formados, às vezes desde muito jovens, por Chávez”.

Nesse momento, se somou à reunião seu filho Alex Castro, fotógrafo, autor de vários livros excepcionais . Se pôs a tirar algumas imagens “para recordação” e se eclipsou depois discretamente.

Também falamos com Fidel do Irã e do acordo provisório alcançado em Genebra, no último dia 24 de novembro, um tema que o Comandante cubano conhece muito bem e que desenvolveu em detalhe para concluir dizendo: “O Irã tem direito a sua energia nuclear civil”. Para em seguida advertir do perigo nuclear que corre o mundo pela proliferação e pela existência de um excessivo número de bombas atômicas em mãos de várias potências que “têm o poder de destruir várias vezes nosso planeta”.

Preocupa-o, há muito tempo, a mudança climática e me falou do risco que representa a respeito o relançamento, em várias regiões do mundo, da exploração do carvão com suas nefastas consequências em termos de emissão de gases de efeito estufa: “Cada dia, me revelou, morrem umas cem pessoas em acidentes de minas de carvão. Uma hecatombe pior que no século XIX…”

Continua interessando-se por questões de agronomia e botânica. Me mostrou uns frascos cheios de sementes: “São de amoreira, me disse, uma árvore muito generosa da qual se pode tirar infinitos proveitos e cujas folhas servem de alimento para o bicho da seda… Estou esperando, dentro de um momento, um professor, especialista em amoreiras, para falar deste assunto”.

“Vejo que você não para de estudar”, lhe disse. “Os dirigentes políticos, me respondeu Fidel, quando estão ativos carecem de tempo. Nem sequer podem ler um livro. Uma tragédia. Mas eu, agora que já não estou na política ativa, me dou conta de que tampouco tenho tempo. Porque o interesse por um problema te leva a interessar-te por outros temas relacionados. E assim vais acumulando leituras, contatos e, de repente, te dás conta que te falta o tempo para saber um pouco mais de tantas coisas que gostaria de saber… »

As duas horas e meia passaram voando. Começava a cair a tarde sem crepúsculo em La Habana e o Comandante ainda tinha outros encontros previstos. Me despedi com carinho dele e de Dalia. Particularmente feliz por ter constatado que Fidel continua tendo seu espetacular entusiasmo intelectual.

 Leia também:

Altamiro Borges: Mandela e os racistas da Veja

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Comentários

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FrancoAtirador

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Cuba encerra 2013 com menor taxa de mortalidade infantil da história

Ilha caribenha se mantém como um dos melhores países do mundo neste índice,
à frente de Brasil e Estados Unidos, por exemplo

Opera Mundi

Cuba terminou 2013 com uma taxa de mortalidade infantil de 4,2 por cada mil nascidos vivos, o número mais baixo da história da Ilha.

Segundo números oficiais, oito das 15 províncias cubanas atingiram indicadores ainda menores que a taxa nacional de 4,2, em 2013.

De acordo com a ONU, a média mundial de mortalidade infantil no ano passado era de 48 para cada mil nascidos.

No Brasil, em 2012, esse índice era de 12,9.

A dos Estados Unidos, por sua vez, era de 7 mortes para cada mil nascimentos.

Leia o último informe completo da ONU em:

(http://www.unicef.org/publications/files/APR_Progress_Report_2013_9_Sept_2013.pdf)

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/33258/cuba+encerra+2013+com+menor+taxa+de+mortalidade+infantil+da+historia.shtml
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Leia também:

50 verdades sobre Fidel Castro

(http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/33239/50+verdades+sobre+fidel+castro.shtml)
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julio ibrahym

viva a liberdade e a democracia cubana e a liberdade de expressão, vocês são livres para mentir para si mesmos e idolatrar ditadores latinso falidos em sua ideologia fracassada

Urbano

Redizer é preciso:
FIDEL, o homem que botou o império na roda.

    Mauro Assis

    Urbano, será que botou mesmo? Que diferença faz cuba na vida americana?

    Luís Carlos

    Mauro
    Parece fazer muita pois o império não deixa a pequena ilha em paz. Continua com embrago, permanece com lei aopiando e incentivando dissiddentes cubanos que entrem nos EUA diferentemente do que faz com demais nacionalidades como a mexicana, que prende e deporta para México. Mantém guerra de informações pela mídia, negando informações sobre Cuba e somente noticiando o que supõem ser ruim sobre Cuba. Realmente, para os EUA, parece que Cuba ainda faz muita diferença.

    Mauro Assis

    Luiz,

    Faz nenhuma. Ao contrário do que vc escreve, Cuba não entra no noticiário americano a não ser em pé de página faz tempo… e se o embargo e outras leis discriminatórias não caíram porque são um entulho pelo qual ninguém relevante se interessa pelo assunto. Nas últimas campanhas eleitorais então ninguém nem tocou no assunto.

    Cuba teve muita relevância na política externa americana durante a Guerra Fria, quando andou até hospedando ogivas nucleares russas. Depois do fim do comunismo, tornou-se absolutamente irrelevante.

    Urbano

    É… não deve fazer mesmo, não. Fidel continua vivo apesar de mais de quarenta tentativas para assassiná-lo; o bloqueio contra Cuba já é cinquentão; as tentativas que tenham havidas de invasão no passado foram todas frustradas; as de invadir hoje ficam no ai se eu pudesse; fez o que fez com outros países de todo o mundo, e Cuba ali ao alcance da mão, não deu nem dá; tiveram por algum tempo as bases russas esfregadas nas ventas; enfim, o ódio escapando e apitando e sem poder fazer zorra nenhuma. Realmente nada disso representa para os donos do mundo.

Luís Carlos

Sugiro que continues assistindo o “noticiário esportivo” e o “mercado da bola”. Deve ser útil esse lixo de “jornalismo esportivo” que, provavelmente assista diariamente.

Marco

O Fidel está sim. Cuba é que não está.

Alguém viu o carro popular lá sendo comercializado por 600 mil ?

Tenho dó dos cubanos.

Ai alguem diz, bla bla bla, a medicina lá é preventiva, bla bla bla.

    Luís Carlos

    Pra quem acredita que Cuba se resume ao noticiário do PIG? MS Cuba é uma nação muito maior do que as informações tendenciosas e as sonegadas pela grande mídia sobre ela. Cuba e seu povo resistiram ao massacre covarde dos EUA, mesmo sendo uma pequena ilha, contra o poderio bélico, econômico e de mercenários do grande império estadunidense. Aliás, fala do em carros, como está Detroit nos EUA? Antigamente ela era símbolo do “american way of life”. Hoje está quebrada. Pediu concordata. Isso é a realidade de uma cidade que foi falida pela ganância de empresas automobilísticas. Grande modelo de desenvolvimento, miséria, desemprego, violência e concordata. Essa é Detroit.

    lukas

    Alguem de Detroit fugiu pra Cuba?

    Luís Carlos

    Sobre a população de Detroit que era mais de 1,5 milhões em meados da década de 80, agora caiu para menos da metade. Quem sabe algum deles tenha ido procurar emprego em Cuba, já que em Detroit, com mais de 16% de taxa de desemprego não tem. Os dados são de matéria do insuspeito jornal Estado de São Paulo.

Mário SF Alves

Eis aí expressa toda a lucidez de um verdadeiro líder:

“O problema não está nas mentiras que os meios dominantes dizem. Isso não podemos impedir. O que devemos pensar hoje é como nós dizemos e difundimos a verdade”. Fidel Castro.

_____________________________________

A Verdade é gêmea univitelina da Justiça. Faltou uma, sucumbe a outra.

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Fidel versus EUA: Eterno Davi. Eternos Golias.

Um Davi que jamais falou em destino manifesto. Um Davi que jamais falou em Cuba como a nação escolhida por Deus.

    renato

    Grande Síntese!

Luís Carlos

http://www.democracynow.org

No endereço acima, do Democracy Now, pode ser assistido vídeo de entrevista sobre como Cuba ajudou a acabar com o apartheid na África do Sul. Vídeo está em inglês e conta a história que a grande mídia brasileira e de todo mundo escondem.

Marat

É importante um país ter um avançado sistema de medicina. As pessoas, ao ficar idosas mantêm-se lúcidas. Grande Fidel. Este está e sempre estará entre os grandes lutadores que muito fizeram pela humanidade, assim como Che, Ho Chi Minh, Allende, Jango etc.

Julia Rossi

Valente, corajoso e coerente! Oxalá não seja o último!
Minhas sinceras e comovidas homenagens.

Luís Carlos

Fidel e Cuba salvaram África do Sul do Apardtheid, sobre o qual os EUA ficaram em obsequioso silêncio. Fidel e Cuba enviam médicos para o mundo enquanto o império estadunidense envia armas e saqueadores.
Vida longa a Fidel e ao povo cubano que não se dobra ao poder econômico assassino.

Mauro Bento

Com esta notícia, eu também me sinto melhor.

lin

Que privilégio mas ele não falou da suposta esquerda brasileira.

Antônio

Mas como é que pode? Só a Folha já matou Fidel Castro umas 4 vezes e esse comunista de uma figa insiste em desmoralizar o meu jornal predileto?! Assim não dá!

Pelo andar da carruagem, octavinho vai terminar morrendo primeiro.

Quá, quá, quá, qua! Amém.

    Marat

    Prezado Antônio, a Folha disputa com a CIA, para ver quem fracassa mais!

Fabio Passos

Viva Fidel Castro!
O grande estadista das Américas!

Herói de todos os povos que lutam por liberdade e justiça!

    Marat

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