Raquel Rolnik: Uma faixa exclusiva de ônibus incomoda muita gente…

Tempo de leitura: 3 min

Uma faixa exclusiva de ônibus incomoda muita gente..300 km de faixas incomodam muito mais…

por Raquel Rolnik,  no Yahoo 

Todos os dias, os paulistanos gastam, em média, 2h e 42min para se locomover na cidade. Por mês, são dois dias e seis horas passados no trânsito. Por ano, chegamos a passar, em média, 27 dias presos em congestionamentos.

Não é difícil adivinhar que setor da população puxa essa média pra cima: segundo dados da última pesquisa Origem e Destino, realizada pelo metrô, o tempo gasto pelos usuários de transporte público em seus deslocamentos é 2,13 vezes maior que o de quem usa o transporte individual.

Sob o impulso das manifestações de junho, uma das medidas adotadas em São Paulo para tentar enfrentar o problema do transporte público foi a implementação de faixas exclusivas de ônibus em várias regiões da cidade. Neste final de ano, já são 295 km de faixas exclusivas e um ganho de quase 50% na velocidade média dos ônibus, que subiu de 13,8 km/h para 20,4 km/h.

Mas a medida vem descontentando, principalmente, usuários de automóvel particular, que têm passado mais tempo em congestionamentos desde a instalação das faixas. Sobre o assunto, um dos primeiros que se manifestou contrariamente às faixas foi o Estadão, que em um editorial do mês de outubro acusou a gestão municipal de “má vontade com o transporte individual”.

Recentemente foi a vez de a revista Época São Paulo decretar em manchete de capa que a experiência das faixas “deu errado”. Na matéria, a revista acusa a frota de ônibus paulistana de ter recebido “tratamento VIP” em diversas ruas da cidade.

Quem fala em “má vontade com o transporte individual” e em “tratamento VIP” dado aos ônibus parece desconhecer o fato de que os carros particulares, que transportam apenas 28% dos paulistanos, ocupam cerca de 80% do espaço das vias. Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados, que transportam 68% da população, ocupam somente 8% desse espaço.

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Esses números só confirmam que, na verdade, a “má vontade” de nossos gestores sempre se voltou ao transporte coletivo e quem sempre usufruiu de “tratamento VIP” foram os carros… afinal, o transporte por ônibus em nosso país sempre foi considerado “coisa de pobre” e, como tal, nunca precisou ser eficiente, muito menos confortável.

Em São Paulo, de fato, 74% das viagens motorizadas da população com renda até quatro salários mínimos são feitas por modo coletivo. De imediato, a implementação das faixas exclusivas de ônibus beneficia especialmente essa população, que depende do transporte público e historicamente é a mais afetada pela precariedade do sistema.

Entretanto, apenas criar faixas exclusivas, sem introduzir mudanças substanciais na qualidade, regularidade e distribuição dos ônibus, não vai produzir a mudança desejada de não apenas propiciar conforto para quem já é usuário, mas também atrair novos usuários, que hoje se deslocam em automóveis.

Isso inclui desde medidas básicas, como comunicar aos passageiros quais linhas passam em cada ponto, até a melhoria da distribuição das linhas e sua frequência.

Evidentemente, um plano de melhorias a ser implementado ao longo dos próximos anos é necessário para que este conjunto de aspectos seja atacado. Se este plano existe, onde se encontra? Quando foi lançado e por quem foi debatido antes de ser adotado?

Parte das avaliações negativas com relação ao transporte público tem a ver também com isso: anunciam-se medidas e não se pactua uma intervenção articulada, de longo prazo, em que os usuários consigam saber o que, quando e como será alterado…

Raquel Rolnik é urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada.

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Comentários

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João

Antes de tudo quero salientar que trabalho com educação, e vivi a era Haddad frente ao MEC.

Fato: Ele minou “as mamatas” no Ministério e fechou o cerco.
Ele criou uma base legislativa bastante complexa, mas bem horizontal onde diferentes secretarias interagem entre si.

Ele renovou o sistema de avaliação. E embora o Brasil tenha amargado muitos índices ruins,é importante ressaltar que o governo poderia ter se esquivado de tantas desculpas se simplesmente não tivesse avaliado. Isso é transparência.

Em minha opinião, ele foi um ótimo legislador, por ter criado uma estrutura que de fato é preciso ser reconhecida … mas, como gestor … aí é o Calcanhar de Aquiles dele.

Para São Paulo, como prefeito, a primeira abobrinha que ouvi dele, ainda em eleição, foi … “o problema do trânsito é que os ônibus estão velhos e ninguém quer andar de ônibus velho” … daí para frente, em minha opinião, ficou claro que ele precisaria de uma boa assessoria no assunto.

Ser novo ou velho não faz diferença se ele estiver bem conservado, e a frota não estava tão sucateada assim, o problema é conforto e segurança, pois é uma lata de sardinha quente, pior do que microondas. E com uma suspensão ridícula.

É um erro grave dizer que priorizamos a política pública priorizou o transporte individual, o que aconteceu foi que o transporte coletivo foi ignorado. Governo após governo arrecadou e não entregou nada.

Também não acredito nesse monte de estatística, até que eu saiba como ela é levantada. Todos esses ônibus possuem GPS, se o levantamento for informatizado eu levo a sério, caso contrário ficarei sempre com um pé atrás.

Também não concordo com a afirmação de que ônibus é transporte de pobre e carro de rico. Isso é um baita besteirol. Quem acha o contrário, pegue seu carro e se enfie lá nas quebradas, como por exemplo, Taipas, Jaraguá, parte pobre de Pirituba, Morro Grande, Rio Pequeno (parte pobre) ou então suba uma favela … está forrado de carro. É carro para todo lado. Ali nas quebradinhas onde a polícia tem preguiça de ir, a nova onda do momento é adolescente enchendo o saco com motos. Vão com seus escapamentos barulhentos e sem capacete enchendo o saco de todo mundo. Seus pais, claro, têm carro.

Isso é dado infundado e não sei de onde foi tirado tamanha besteira.

Outro erro grave é dicotomizar “coletivizados X individualizados” … besteira pura. Fazer um discurso de pobre X rico é uma irresponsabilidade cruel dentro de uma cidade onde as pessoas já estão se estapeando por falta de espaço.

Sou a favor de corredores e faixas. De verdade. Mas é uma baita mancada colocar faixa na direita em uma avenida onde há canteiro central largo.

A readequação das linhas também é inevitável, mas é preciso estabelecer regras mais inteligentes. Tirar linhas de bairros mais periféricos no primeiro momento é uma baita burrice, comece pelos bairros mais centrais.

Antes de tudo, quem está nos bairros mais centrais precisa conseguir entrar em alguns ônibus. Estes (é o meu caso), podem ter uma estrutura de conexões maior neste primeiro momento, mas pegar um sujeito em um bairro lá no confim do piripopó e querer que o cara faça um monte de integração é uma baita tolice. Devemos lembrtar de nossa péssima estrutura de metrô.

Precisamos de uma estrutura de BRT, o resto é demagogia.

E por fim, o Haddad está fazendo uma aposta errada. Governos anteriores diminuíram os ônibus das linhas piorando o que já era ruim. O senhor Serra e o senhor Kassab causaram um desastre. Eu sei, vivi, o que é não ter sequer como entrar dentro de um ônibus literalmente. Teve até que entrar um promotor público na história, que passou a cobrar melhor.

Isso é o que fez estourar ainda mais o volume de carros, o que piorou ainda mais a frequência dos ônibus.

Mas a prefeitura não deve acreditar que foi só isso, já fiquei 50 minutos (várias vezes, é praxe) esperando ônibus na Barra Funda sem trânsito nenhum. E neste final de ano, sem nenhum carro na rua, vi um monte de ônibus correndo igual alucinados pelas ruas (justifique a velocidade). Na Lapa mesmo, numa rua de 40km eu tive que ir para 60km por que o ônibus começou a grudar atrás do carro,aí ele podou indo para uns 70kms pela contra-mão … isso SEM TRÂNSITO NENHUM, aconteceu na segunda dia 30/12/2013.

Por isso a aposta do Haddad está errada.O governo anterior tirou os ônibus de circulação por debaixo do pano, usando a lenga lenga da frenquência como desculpa para. Quando o Haddad tenta tirar a ferro e fogo os carros da rua, ele pelo jeito não sabe q a estrutura em questão está podre. O que obrigou o sujeito a comprar um carro é o grande motivo que leva o sujeito a não abandonar o carro.

Se o Haddad não acordar em tempo vai custar caro para ele.

Luís CPPrudente

Onde estão os “aguerridos, revolucionários, sonhadores e lutadores” do MPL?

Essa cambada de patricinhos e patricinhas, sem-vergonhas, safados da liderança do MPL não são nada aguerridos, não são revolucionários e nem lutadores. Eles se tornaram instrumentos de manipulação do PIG, são arregimentados para agir conforme o PIG deseja.

Se essa cambada do MPL pensasse em lutar por melhorias no transporte público, defenderiam nas ruas o IPTU do Haddad.

    marcosomag

    As lideranças deste pessoal rezam nos manuais CIA/OTPOR/CANVAS de “revoluções coloridas” apenas em países que contrariam interesses de corporações estadunidenses. Na semana passada, estavam tumultuando a Cidade do México. Sim, o MPL daquí! Com certeza, quem viajou foram as lideranças, muito provavelmente, com treinamento no exterior… E aí, ABIN? Vai perder a oportunidade de esmiuçar as atividades deste pessoal? Suas viagens ao exterior, com quem estiveram, quem financiou tudo? Agora é a hora de desmantelar esta turma, os Black Bloc… Acorda, ABIN! Acorda, Zé Cardoso! Acorda, Dilma!

FrancoAtirador

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Editorial Carta Maior

Tocar fogo em SP: meta do conservadorismo em 2014

Haddad lidera reformas indispensáveis para tirar a cidade do caos.
A velocidade dos ônibus já deu um salto de 45%. Mas o dinheiro grosso barra novos avanços.

Por Saul Leblon

A velocidade dos ônibus em São Paulo registrou um salto de 45% em 2013 (de 14,2 km/h para 20,6 km/h).

Três milhões de pessoas ganharam 38 minutos por dia fora das latas de sardinha, que agora pelo menos andam.

Embora a maioria ainda desperdice mais de duas horas diárias em deslocamentos pela cidade, é quase uma revolução quando se verifica a curva antecedente.

Ninguém pagou mais por isso: as tarifas estão congeladas desde junho sob a pressão de protestos legítimos liderados pelo Movimento Passe Livre.

Financiar a tarifa e modernizar o sistema com 150 kms de corredores exclusivos (as faixas já passam de 290 kms) , seria a tarefa do aumento progressivo do IPTU previsto pelo prefeito Fernando Haddad.

A coerência entre os meios e os fins é irretocável.

1/3 dos moradores mais pobres de SP não pagariam nada de IPTU em 2014; os demais, em média, contribuiriam com um adicional de R$ 15,00 ao mês. Os boletos dos mais ricos, naturalmente, transitariam acima da média.

O matrimônio de interesses expresso na aliança entre Fiesp, PSDB e a toga colérica implodiu esse reajuste.

Como Nero, eles querem ver São Paulo pegar fogo para culpar os adversários (os cristãos, no caso do imperador).

Em meio às labaredas emergiria o palanque conservador como a escada Magirus que os reconduziria com segurança ao Bandeirantes e, quem sabe, ao Planalto.

O dinheiro grosso fornece a gasolina; o tucanato fino de Higienópolis entra com o maçarico.

‘Bum!’, diz a mídia obsequiosa que estampa a foto de Haddad com a legenda: o culpado é o oxigênio.

Depois de subtrair R$ 40 bi por ano do sistema público de saúde, ao extinguir a CPMF, eles não hesitam agora em usar o sofrimento da população como recheio do seu pastel de vento eleitoral.

É o de sempre, ataca Haddad: a coalizão da casa-grande contra a senzala.

Eles retrucam estalando o chicote da mídia.

A rede de ônibus da capital (linha e fretados) transporta 68% das população e ocupa somente 8% das vias urbanas.

A frota de automóveis transporta 28% e ocupa cerca de 80% do espaço das vias.

A informação é da urbanista Raquel Rolnik, em artigo reproduzido no Viomundo.

A rigor, portanto, a mobilidade melhorou para a maioria dos habitantes da cidade, com uma redistribuição pontual do uso do espaço viário.

Mas a emissão conservadora atiça o fim de ano da classe média com bordão do caos no trânsito –por culpa do privilégio concedido aos ônibus.

Na edição de sábado (21/12), o jornal Folha de SP estampa a manchete capciosa em seis colunas, no caderno Cotidiano:
‘Trânsito piora, e ônibus anda mais rápido’.

No manual de redação dos Frias , trânsito é sinônimo de transporte individual.

Há um traço comum entre esse entendimento do que seja interesse coletivo e individual e o belicismo conservador contra o programa ‘Mais Médicos’.

O programa subverteu a lógica protelatória e alocou médicos estrangeiros, cubanos em sua maioria, ali onde os profissionais locais não querem trabalhar: periferias conflagradas e socavões distantes.

Produz-se assim uma mudança instantânea na vida de 16 milhões de brasileiros até então desassistidos.

Quantos não morreriam à espera do longo amanhecer incremental preconizado pelo conservadorismo?

A dimensão estrutural desse antagonismo perpassa a luta pelo desenvolvimento brasileiro desde Getúlio.

Reformas de base ou a delegação do futuro da economia e do destino da sociedade aos mercados?

Em 1964 o pelourinho midiático, a Fiesp e o tucanismo, na versão udenista, resolveram a pendência da forma sabida.

Meio século depois, São Paulo reproduz em ponto pequeno a mesma confluência de interesses que se reivindica o direito consuetudinário de tocar fogo no canavial e estalar o açoite para fazer a moenda girar.

Primeiro, a garapa; resto a gente conversa depois.

Com a tigrada guardada nas senzalas.

Ou imobilizada em ônibus-jaula.

A gestão Haddad precisa modular o timming de suas ações para discuti-las antes com a população.

Tem agora um inédito conselho de participação popular para isso.

Mas é indiscutível que o prefeito lidera hoje um conjunto de reformas imperativas, as reformas de base da São Paulo do século XXI.

Sem elas a cidade afundará no destino que lhe reservou a elite brasileira branca e plutocrática: ser um exemplo de viabilidade de uma das mais iníquas versões do capitalismo no planeta.

Esse é o embate dos dias que correm na metrópole.

Diante dele, o silêncio de quem liderou os protestos de junho chega a ser desconcertante.

Mas não é inédito.

Há inúmeros antecedentes gravados na história com os predicados de cada época.
E nenhum deles é inocência.

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Tocar-fogo-em-SP-meta-do-conservadorismo-em-2014/29865)
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Guanabara

Com relação aos “editoriais” dos órgãos de imprensa supracitados (mas sem nome aos bois, porque ninguém quer assumir um papelão desses), faltou dizer no início “sob o patrocínio das grandes montadoras multinacionais de veículos…”, rs.

Claudio

Não é o corredor de ônibus o problema e sim o modo sem planejamento como está sendo feito!

    Tiago

    Perfeito, amigo. Uma “solução” totalmente atabalhoada por parte da Prefeitura, que está sem rumo nenhum no que diz respeito ao transporte público. As mudanças nas linhas de ônibus da cidade foram um sinal evidente que a prefeitura não tem idéia do que fazer.

    A prioridade deve ser a construção/ampliação/modernização de corredores, como os construídos na gestão Marta. E ações simples como melhoria da sinalização nos pontos, adequação das linhas, teriam impacto muito mais profundo.

    Também sou contrário à qualquer priorização de ciclovias nesse momento. Transporte de massa é ônibus, não bicicleta.

    É triste que alguns colegas desse espaço acusem as pessoas que andam de carro de “playboys”. Ora, a explosão da compra de carros nos anos recentes não foi uma das “transformações” dos governos do PT?

    Não é pecado nenhum um trabalhador, que comprou um carro com seu salário, queira andar nele. Não faz dele um “playboy”. E ações simples também melhorariam o trânsito para os carros, como modernização da CET e manutenção das centenas de semáforos quebrados em grandes avenidas. O que a gestão Haddad tem feito nesse sentido?

    Demagogia pura e muito gogó, apenas isso.

    E antes que algum petista fanático me encha o saco, só vou trabalhar de ônibus ou bicicleta, e nunca dirigi um carro na vida (nem tenho carta de motorista).

    Obrigado.

    Ricardo JC

    Os dados apresentados na matéria te desdizem!!! O tempo médio de viagem diminuiu 45%…isso é expressivo. Dizer que foi atabalhoado não contribui em nada e, sem dados que comprovem isto, parece somente uma reclamação de quem não gosta do prefeito. Outras medidas podem e devem ser tomadas? É claro, mas que a instalação dos corredores foi bem sucedida e atingiu seus objetivos, é inegável!!

Marcos Ferreira

É difícil mudar a cultura de uma população composta da mais conservadora e reacionária do país onde a oligarquia dominante controla e imprensa e manipula a opinião da maioria em prol da minoria, eles querem agir na contramão do que outras cidades fizeram a exemplo de Bogota e a Cidade do México.

Rodrigo

Vai ser dificil mudar a geraçao atual onde consideram o transporte de onibus “coisa de pobre”. A soluçao mais viavel é investir na reeducaçao da cultura paulistana para as futuras geraçoes.

Jose Mario HRP

O grupo Bandeirantes, mais que canalha, faz uma campanha porca e desbragada contra o PT……
Isso pode ser um lance muito perigoso, e quem sabe auto destrutivo.

marcio ramos

… aqui perto de casa tem faixa pra onibus,a avenida chamada de rua tem duas pistas apertadas uma é do onibus, ninguem respeita é claro, e dai que tem faixa? que horas o busão passa? nao sei, ninguem sabe e demora pra caramba…

… tem mais carro que transporte publico, culpa de quem? das montadoras? tem credito pra comprar carro, quem vende carro? e que carro vc compra com seu credito? e o transporte publico? quem compra o transporte publico, quem ganha com o transporte publico? entendeu agora como o LULA “ganhou” das montadores naquelas greves do ABC?????

… tem credito pra financiar casa propria? e quem compra casa propria compra de quem? as construroras fazem o que querem com a cidade e com a politica urbana e com o financiamento de campanhas… de quem é a terra urbana, e de quem é a terra no campo? e onde entra o governo do PT nessa historia? reforma agraria? reforma urbana? vc que vota, diz ae…

… no Viaduto do Chá, o povo acampa em frente a Prefeitura porque a prefeitura cortou agua e luz de predio abandonado e ocupado, a agua ja voltou, a luz ainda não… alguem foi ver quem é aquele povo que esta ali? o que eles querem? quem sao eles? vc que vota diz ae…

Ligue os pontos… vc que vota e que estudou…

… o Estado é legal pra caramba, este governo ae é muito popular realmente, o povo gosta, a “elite” adora, a “midia” se divide em partidos midiaticos e o blablabla vai longe…

… se a luta é de classes, quem luta pela classe menos favorecida? pensa bem ae… o PT? a Roussef? o frei Beto? o SESC? a USP? a Universidade Palmares? a Universal? a Record? o movimento de moradia? eu? voce? a midia de esquerda com redação na Vila Madalena? o Papai Noel? o Barão de Itararé?…

Pensa ae na real, sem nhennhennhen… bem se for dificil a resposta leia Antonio Gramsci ou Keynes, Kant ou Espinosa,Celso Furtado ou Holanda, se não resolver faça curso com o povo do MST ou…

A Rolnik manda bem, e dai que tem faixa pra busão? e o resto?

Pensa ae vc que vota, ano que vem o voto é seu, faça bom uso e nada de manifestação violenta, o sistema treme e não é bom o sistema com medo…

    Luís Carlos

    “Diz ae” você Márcio… Do alto de sua leitura e conhecimento erudito para todos nós simples massa de manobra… …”diz ae” quem é a melhor opção para votar ano que vem, já que nada serve e tudo está ruim.

Francisco

“(…) os carros particulares, que transportam apenas 28% dos paulistanos, ocupam cerca de 80% do espaço das vias. Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados, que transportam 68% da população, ocupam somente 8% desse espaço (ROLNIK, Yahoo).”.

Quem é bom de conta, calcule ai: não é mais ou menos essa a desproporção do acesso à renda na pirâmide social brasileira?

Pois é, amigo, essa luta não é de “ônibus X carro”, ou “sustentável” x “poluidor”, essa luta é de classes…

    arnaldo alves

    Inventar a roda não dá, mais limitar e delimitar os espaços urbanos, com vistas e estancar o estrago já feito.Podemos, em nome da coletividade e da saúde pública. O problemas é que a mobilidade, deslocamentos, na maioria das vezes, não vêm entrelaçada com outras políticas públicas. O ministério das Cidades introduz uma lógica e o da ciência e tecnologia, industria e Ministério dos transportes/planejamento e gestão, outra diversa,senão antagônica. Não se trata de ter quem tem carro como inimigo, mais intervir, para voltar a roda ou retardar esse bomba relógio, que é supremacia do carro, do asfalto, como conceito individual e liberal burguês. Outros modais para tentar amenizar esses efeito: Trêm, metrô,VLT,hídrico,à pé,bicicleta e ônibus. Cidades para Gentes,pessoas e não para o embeleze e deleite dos arquitetos,planejadores e urbanistas.

Luiz Marcelo

Um detalhe no uso dessas faixas exclusivas: elas são exclusivas para o transporte público, mas proibidas aos ônibus fretados. Ou seja, se de um lado favorecem o usuário das linhas públicas, por outro lado contribuem para que os usuários desses fretados, os quais bem ou mal são uma alternativa ao transporte individual, migrem para o transporte individual.

Fabio Passos

A prioridade deve ser o transporte público. Sempre.
Parabéns ao Haddad que está mostrando o respeito devido a maioria da população.

Luís Carlos

Corredores de ônibus existem em Porto Alegre há aproximadamente 25 anos. SP está atrasada e ainda tem reclamação de burgueses conservadores e ultrapassados querendo manter a balbúrdia do trânsito de SP como se funcionasse bem como está, caótico e extremamente engarrafado.

José Ricardo romero

Não conheço os estudos mas tenho certeza de que grande parte dos deslocamentos dos automóveis poderiam ser minimizados por uma atitude de economia e racionalidade. Cada cidadão sabe como pode diminuir o número e a extensão dos deslocamentos colocando o carro menos vezes na rua para andar distâncias menores. Também os carros são muito grandes para uma média (essa eu me lembro) de menos de duas pessoas por veículo. Veículos grandes ocupam muito espaço, gastam muita energia e poluem muito mais, sem trazer mais conforto e eficiência no deslocamento. Pode-se começar pelo uso da internete para se comunicar, fazer compras e até trabalhar. Cada vez mais se pode ficar em casa e fazer um monte de coisas que hoje são feitas com deslocamentos motorizados. De quebra, se gasta menos tempo nos afazeres obrigatórios, com maior eficiência (tudo fica registrado e os serviços são de confiança) e as pessoas podem ter mais tempo livre para passear, para andar. A representação da potência do motorista é o acelerador, mas sua realidade é o breque.

Urbano

Ficaram com três ou quatro faixas e estão reclamando de quê? Querem que o povão se locomova a pé; só pode ser. Nem para reclamar essa gente consegue montar sinapses lúcidos…

    Ricardo JC

    Perfeito!! Nossa elite é a mais escrota do mundo. Para eles, melhor seria que não houvesse corredor algum…e nem ônibus!!! Que a população pobre se ferrasse, acordando as 3 da manhã para chegar no trabalho as 7, a pé!!!

Vixe

O congestionamento vai diminuir na medida em que as pessoas deixarem o carro em casa e usarem mais o transporte coletivo.
Se melhorarem a oferta de ônibus nas linhas, aliado com os corredores, certamente quem tem carro acabará migrando para o transporte coletivo.
O problema é quebrar a má vontade das cooperativas e empresas de ônibus que insistem em rodar com poucos carros e abarrotados de gente, em nome do lucro.
Quanto às reporcagens do Partido da Mídia Golpista, nem as levem em conta.
Só servem para meia dúzia de acéfalos acreditarem que seja verdade.

    lukas

    Genial sua percepção! Acrescento dizendo que se TODOS deixarem os carros em casa os engarrafamentos não só diminuem, mas simplesmente acabam!

Mauricio Lourenco

Os carros particulares,
que transportam apenas 28% dos paulistanos,
ocupam cerca de 80% do espaço das vias.
Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados,
que transportam 68% da população,
ocupam somente 8% desse espaço.”
Pronto! Matou a Charada! Incontestável!
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Copiei!!!!!!!

Edmar Roberto Prandini

A implementação de uma medida corajosa como essa dos corredores exclusivos para ônibus é bastante difícil, não há dúvidas. Se um plano de melhorias pode ser pensado, que o seja, mas sem que se faça deste uma das munições de críticas à disposição da mídia e da oposição conservadora.

O sucesso dos corredores e de outras medidas que a gestão Haddad vem adotando depende também de que aqueles que possuem conhecimento de causa apostem suas fichas nas iniciativas, ainda que elas contenham algumas falhas e que possam ser melhoradas. Dependem, primeiramente, de que sejam defendidas e apoiadas, para que se tornem irreversíveis.

Jose Saguy Tenorio

Manchete de O Globo: “O Fim do Mundo em 2013 foi cancelado no Brasil, pois o país não tem estrutura para receber um evento desse porte” kkkkkk

José Silva

Priorizar o transporte coletivo sempre deve ser a meta do gestor público, mas penso que é necessário melhorar o conforto do usuário para que mais pessoas busquem utilizar o serviço. Estou esperançoso que o prefeito implementará essa busca por mais qualidade, pois se não o fizer só vai sobrar as críticas. O momento na minha opinião é de esperar para ver no que vai dar e colaborar com o que for possível!!!

assalariado.

Chineses apresentam projeto de ônibus que passa por cima de carro.

Aqui: http://qga.com.br/mundo/2013/10/chineses-projetam-onibus-que-anda-por-cima-dos-carros

E aqui: http://www.youtube.com/watch?v=C6eqkt_qf_Q#t=17

Abraços.

Mauricio Bernardi

Alguns ajustes serão necessários, mas, não se pode ficar planejando a mudança a vida inteira. Põe-se em prática a medida e, ao longo do processo, será possível ver o que é preciso mudar. Aqui na Avenida Sumaré, de manhã e no fim da tarde, há grande fluxo de ônibus fretados. Esses coletivos não usam a faixa exclusiva e penso que deveriam usá-la; quanto aos táxis, a solução é inversa. Por fim, os ônibus biarticulados não parecem ser uma boa solução por aqui. Em certos horários passam quase vazios. Ônibus menores, em maior número nos horários de pico, parecem ser a solução ideal.

Luís Carlos

A burguesada sempre contra mjdanças que melhorem as condições de vida da coletividade. Para o povão serve o “transporte de gado” e para os burgueses mimados e sonegadores sempre os privilégios. Nossa grande mídia? Nenhum espanto, sempre fizeram essa papel rastejante e abjeto de defender quem os paga e os lê contra interesses da população trabalhadora.

Zanchetta

Está ficando engraçado… para alcançar os 300 km prometidos, ele já está colocando faixa de ônibus com 1 só quarteirão. Na Domingos de Morais, tem 1 quarteirão com a incrível situação de ter faixa de ônibus nos 2 lados da rua e só das 6hs às 9hs, e depois vira zona azul…

Isso em plena épocas de festas e compras! Depois fica bravo que chamam ele de burro.

FrancoAtirador

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“Os carros particulares,
que transportam apenas 28% dos paulistanos,
ocupam cerca de 80% do espaço das vias.
Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados,
que transportam 68% da população,
ocupam somente 8% desse espaço.”

Pronto! Matou a Charada! Incontestável!
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    Alex

    Sim, incontestável, e como já disse pra um colega de trabalho que é contra Haddadd, quer andar de carro, pegue mais trânsito. Não quer andar de transporte público, pegue mais trânsito. A maioria tem de ser privilegiada. E como consolo pros playboys, só uma palavra: F….-SE.

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