IstoÉ: Máfia dos trens superfaturou em quase R$ 1 bi na gestão Serra

Tempo de leitura: 6 min

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O trem da corrupção. E agora, Serra?

Pedro Marcondes de Moura, Sérgio Pardellas e Alan Rodrigues, em ISTOÉ

A primeira reação da maioria dos políticos que se tornam alvo de denúncias de corrupção é negar enfaticamente sua ligação com os malfeitos. A partir do surgimento de novas evidências, em geral as justificativas vão sendo readaptadas. Quase todos agem assim. O ex-governador de São Paulo, José Serra, cumpriu o primeiro passo da má liturgia política, mas não o segundo.

Mesmo com o escândalo do Metrô de São Paulo chegando cada vez mais próximo dele, Serra mantém as alegações iniciais. O ex-governador tucano diz que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos. Muito menos que teria incentivado o conluio, pois sempre atuava, segundo ele, a favor do menor preço.

Mas Serra não poderá mais entoar por muito tempo esse discurso, sob o risco de ser desmoralizado pelas investigações do Ministério Público. Novos documentos obtidos por ISTOÉ mostram que a máfia que superfaturou contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não só agiu durante o governo Serra como foi incentivada por agentes públicos a montar um cartel.

Conforme a documentação em poder do MP, as irregularidades ocorreram entre 2008 e 2011. No período em que a maior parte dos contratos irregulares foi assinada, Serra era governador (entre 2007 e 2010).

Os superfaturamentos estão relacionados a um controverso projeto de modernização de 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. A reforma dos veículos, com cerca de quatro décadas de operação e considerados “sucata” pelas autoridades que investigam o caso, custam ao erário paulista R$ 2,87 bilhões em valores não corrigidos, um prejuízo de quase R$ 1 bilhão. Para se ter uma ideia, os valores se assemelham aos desembolsados pelo Metrô de Nova York na aquisição de trens novos. E quem vendeu os trens ao Metrô nova-iorquino foi justamente uma das companhias responsáveis pela modernização em São Paulo.

Além do flagrante superfaturamento, o promotor Marcelo Milani, do Patrimônio Público, já confirma a prática de cartel. O conluio, segundo ele, foi incentivado por agentes públicos em pelo menos um dos dez contratos relacionados à modernização. Trata-se do contrato do sistema de sinalização, o CBTC. Em depoimento ao MP, o engenheiro Nelson Branco Marchetti, ex-diretor técnico da divisão de transportes da Siemens, relatou que representantes da multinacional alemã e da concorrente Alstom foram chamados para uma reunião por dirigentes do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos.

Na época, o órgão era comandado por José Luiz Portella, conhecido como Portelinha, braço direito de Serra. Durante o encontro, as companhias foram incentivadas a montar cartel para vencer a disputa pelo contrato do sistema de sinalização dos trens das linhas 1, 2 e 3 do Metrô. Os executivos das empresas ainda sugeriram que o governo licitasse a sinalização linha por linha, o que triplicaria a concorrência. Mas o governo foi enfático ao dizer que gostaria que um consórcio formado por duas empresas vencesse os três certames. A Alstom acabou vencendo sozinha o contrato para o fornecimento do CBTC para as três linhas do Metrô.

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Em outro depoimento prestado à Polícia Federal, Marchetti já havia relatado que as pressões do governo paulista eram constantes. “No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF (empresa espanhola) não possuía. Mesmo assim, o então governador do Estado (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF”, declarou ele sobre o contrato para fornecimento de vagões pela CPTM em que o ex-governador e Portella teriam sugerido que Siemens e CAF se aliassem para vencer a licitação. A prática narrada acima acrescenta novos elementos ao escândalo na área de transporte, que Serra, apesar das constantes negativas, não tem mais como refutar.

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Novos documentos e depoimentos em poder do Ministério Público também reforçam que o esquema criminoso teria o apoio de políticos e funcionários públicos beneficiados pelo recebimento de propina.

Na última semana, outro executivo da Siemens, além de Everton Rheinheinmer, confirmou a existência de pagamento da comissão para agentes públicos de São Paulo. Em depoimento à Polícia Federal, o vice-chefe do setor de compliance da multinacional alemã, Mark Willian Gough, relacionou uma conta em Luxemburgo de Adilson Primo, ex-presidente da companhia no Brasil, no valor de US$ 7 milhões, aos subornos.

À ISTOÉ, um ex-dirigente da MGE, outra empresa envolvida no cartel, também confirmou que representantes da Siemens cobraram de sua companhia o pagamento de propina a autoridades, em troca da obtenção de contratos com o governo paulista. A cobrança teria partido do próprio Rheinheinmer. O dinheiro, segundo o ex-executivo da Siemens, teria como destinatários parlamentares da base aliada ao governo tucano na Assembleia Legislativa.

Ainda de acordo com o ex-dirigente da MGE, Rheinheinmer também teria o procurado para abrir uma conta no banco suiço Credit Suisse, em Zurique. O ex-dirigente da MGE afirma que era para lá que a Siemens mandaria parte do dinheiro desviado. “Fui procurado por Everton da Siemens tanto para pagar propina para a base aliada quanto para abrir a conta na Suíça”, confirmou à ISTOÉ o executivo da MGE.

O Ministério Público paulista investiga o superfaturamento na modernização dos 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô paulista há pelo menos um ano e meio. Um dos fatos que chamaram a atenção do promotor Milani foi a falta de competitividade na licitação dos quatro lotes de veículos reformados. Cada um deles foi disputado por um único consórcio, que reunia uma ou mais empresas. Ao final, sagravam-se vencedores com propostas acima dos valores estabelecidos pelo Metrô em consulta de tomada de preço feita com as próprias empresas.

Tamanho disparate nos preços fez com que até dirigentes das companhias oferecessem descontos para a estatal. Um deles foi assinado pelo ex-presidente da Siemens Adilson Primo. As apurações, no entanto, esbarravam em um obstáculo. A iniciativa de reformar veículos com cerca de quatro décadas em operação só existe no Estado de São Paulo. Em outros lugares do mundo, esses veículos seriam aposentados e trocados por novos por questão de segurança dos usuários e desempenho do sistema. Sem parâmetro de comparação de preços, ficava inviável concluir se a decisão tomada pela gestão de José Serra lesava ou não os contribuintes paulistas.

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Após realizar 30 oitivas, porém, o promotor pôde confirmar as irregularidades.

Ao contrário do que se pensava inicialmente, quando o Metrô de São Paulo justificou que a opção pela reforma aconteceu porque ela sairia 60% mais barato do que o valor a ser desembolsado para compra de trens novos, os altos custos da modernização dos trens não apareciam apenas nos quatro contratos de reforma. Em um claro movimento de despiste, o governo paulista fracionou o serviço e acrescentou outros seis contratos à reforma. O serviço foi, oficialmente, orçado em R$ 1,6 bilhão. Só que, na verdade, a modernização dos 98 trens, com 588 vagões, teve um custo de R$ 2,87 bilhões. Sem contar as correções monetárias.

Segundo o Ministério Público, o Metrô de Nova York realizou a compra de 300 vagões, neste ano, por US$ 600 milhões, o equivalente a RS 1,4 bilhão. Pagou proporcionalmente menos pelos veículos novos do que São Paulo está desembolsando na revitalização daquilo que o MP classifica como sucata. Procurado, o Metrô nega problemas com os trens e irregularidades nos contratos.

Em depoimento ao MP em 9 de setembro ao qual ISTOÉ teve acesso, o ex-diretor do Metrô e signatário de contratos da reforma dos trens Sérgio Correa Brasil confirmou que a estatal não previa no orçamento “o chamado truque, bem como a caixa que importariam em 40% do custo final”. No entanto, esses e outros itens, de acordo com seis contratos extras analisados pelo MP, foram licitados e estão sendo trocados. Diante das irregularidades, o promotor Marcelo Milani deu, na terça-feira 3, um prazo de 30 dias para que o presidente do Metrô de São Paulo suspenda os dez contratos de modernização.

Leia também:

Milani: Trens zerados de Nova York custaram menos que os reformados de SP

Siemens suspeita que pode ter pago R$ 14 milhões em propina

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Comentários

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ANDRE

http://www.novojornal.com/politica/noticia/havera-vagas-para-tucanos-na-papuda-09-12-2013.html
Haverá vagas para tucanos na Papuda?
Conta “Neves” somada ao envolvimento do senador Aloysio Nunes e deputado José Aníbal, ambos do PSDB, obriga deslocamento de inquérito para Brasília
Talvez porque seja uma bomba atômica, a grande imprensa pouco noticiou sobre a solicitação de deslocamento do inquérito do Cartel Alstom/Siemens, da Polícia Federal de São Paulo para Brasília. Motivo? Depoimentos prestados por dirigentes das empresas envolvidas no esquema criminoso confirmaram a participação de políticos com mandato federal, detentores de fórum especial, exigindo a condução do inquérito por um ministro do STF.

Inquérito este que, até semana passada, vinha sofrendo pesado ataque da alta direção tucana sob a alegação de que documentos constantes no mesmo haviam sido falsificados. Tais argumentações desnudaram-se, caindo por terra, diante do depoimento do ministro da Justiça José Eduardo Cardoso no Senado Federal e Câmara dos Deputados em Brasília, comprovando que não houvera qualquer falsificação.
Nas duas audiências ocorridas, a ação dos parlamentares do PSDB que antes prometiam comprovar suas teses, transformaram-se em lamentações da “falta de solidariedade”, do ministro da Justiça com a classe política e do vazamento das informações para a imprensa. No caso da audiência ocorrida na Câmara dos Deputados, o líder do PSDB largou a discussão do inquérito partindo para ofensas pessoais sobre a vida privada de uma colega deputada do PC do B.

A resposta do ministro Cardoso foi firme: “Seja quem for que estiver envolvido, as investigações vão continuar”. Menos de 24 horas depois, após o depoimento de um dirigente de uma das empresas que participaram do esquema, a fala do ministro confirmou-se através da solicitação do delegado da Polícia Federal.

Como vem sendo noticiado por Novojornal, encontravam-se paralisadas por ter sido colocadas na “pasta errada”, do arquivo do procurador Rodrigo De Grandis, diversas requisições da promotoria da Suíça para que fossem investigados participantes do esquema montado pela empresa Alstom, que movimentara em paraísos fiscais várias contas, efetuando diversos pagamentos de propinas, em especial a um político denominado “Neves”.

À crítica da pouca vontade de alguns integrantes do Ministério Público Federal e Estadual e dos Ex- Procuradores Gerais da República em investigar e punir os integrantes do PSDB, embora não seja novidade e tão pouco esteja restrito ao Estado de São Paulo, deixou os gabinetes dos Poderes tornando-se conversa permanente entre a população.

Evidente que a alta direção da instituição, principalmente a grande maioria dos integrantes do CNMP- Conselho Nacional do Ministério Público, por questões claramente corporativistas, pouco se importa com o descrédito que a instituição vem sofrendo, abalando sua imagem perante a sociedade civil, a exemplo da impunidade dos apelidados ex-procuradores gerais, “Engavetador Geral da República” a “Prevaricador Geral da República”, do ex-senador, promotor Demóstenes Torres.

Evidente que, após a condenação e prisão de integrantes do PT, sobra pouco espaço perante a opinião pública para a impunidade dos tucanos, prova disto é que, a grande mídia, anteriormente silenciosa em relação ao esquema do Mensalão do PSDB, já passa a cobrar punição para Eduardo Azeredo.

Em um dos despachos que constam do inquérito, o delegado responsável pelo caso cita “provas” de pagamento de propina a “políticos vinculados ao governo do Estado de São Paulo”. No fim de semana a revista “IstoÉ” informou que apenas no Governo Serra o desvio ultrapassou 1 Bilhão de Reais.

Mário SF Alves

“Maria fumaça pelo preço de trem bala”;
“CVRD pelo preço de banana”;
“PetrobraX pelo “direito” à eterna desgovernança”
“E cabeça de brasileiro de verdade pelo preço de um punhado de dólares”;

E assim, vai.

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Só queria saber o que esses tucanos e Cia Ltda, o conhecido PSDB Corporation, ia fazer com tanta grana.

Celso

Uma charge sobre a blindagem que o PIG faz sobre os sempre “supostos” atos de corrupção em governo tucano.

    Mário SF Alves

    Rs, rs, rs, rs. Boa.

    Obs.:

    Em lugar do selo tucanoalha, leia-se: aos amigos do rei, os favores da lei, aos inimigos do rei, o PT¹, no caso, os RIGORES da lei. Por rigores da lei, entenda-se, inclusive, aqueles rigores impostos ao arrepio da lei. Exemplo: prisão arbitrária e incomunicabilidade no regime semiaberto.

    ¹Ah, serve para novos Tiradentes, também.

João-PR

Alguém aí explica porque os paulistas votam nesses caras? Só pode ser a Síndrome de Estocolmo.

Robson

Com os TUCANALHAS é assim: Dossiê contra eles é FAJUTO; Greve em seus governos é ‘POLÍTICA’, nunca é legítima; Corrupção em suas administrações é CARTEL de empresas q roubam o estado e enganam o governador e o povo; livro da PRIVATARIA TUCANA é ‘lixo’ e só, a mídia não pergunta nem investiga nada; ou seja, tudo contra eles é TROLOLÓ PETISTA!!! Logo, DEMOTUCANOS são limpinhos, probos, sérios, honestos, vão direto p/ o “céu”(da boca do leão).

Antonio C.

Serra é o mais preparado. Cozinhando em fogo brando…

abolicionista

É preciso divulgar, divulgar e divulgar. É a primeira coisa a fazer diante de tamanha injustiça. Ah, claro, e voltar a jogar estrume na rede Globo e nos outros representantes do PIG. Seria preciso jogar estrume na Globo todos os dias, a cada segundo. Esse descalabro precisa acabar.

Marcos

PSDB CORJA DE CORRUPTOS – Este o “jeito” Tucano de administrar: 1. Venda o patrimônio público Federal e Estadual à preço de banana (Vale do Rio Doce); ___2. Faça concessões de rodovias em SP com preços de pedágios extorsivos; ____3. Indique Procuradores Federais e Estaduais que engavetem os seus crimes; ____4. Mantenha uma relação simbiótica e criminosa com Imprensa (comprando assinaturas da Revista Veja e sem concorrência) que assim esconderá os seus mal feitos e inventará e divulgará a competência que nunca teve; ____5. Mantenha uma relação simbiótica com o judiciário de modo que na Assembléia Legislativa de SP seja impossível instalar CPI’s para investigar crimes dos Tucanos mesmo diante flagrantes indícios de crimes de corrupção. ____6. Evite a todo custo implantar políticas afirmativas no Estado de SP: a USP até hoje não tem sistema de quotas raciais ou mesmo sociais; ____7. Não distribuir renda com recursos do orçamento estadual: os Tucanos até o hoje não criaram o Bolsa Família Estadual de SP. (Veja até Santa Catarina – antro de conservadores – já criou seu Bolsa Família chamado de Santa Renda.

Marcos

Só os coxinhas acreditam nas mentiras da Globo,Veja e dos jornais financiados pelo PSDB, afinal de contas um coxinha só serve como massa de manobra, são preconceituosos e vazios. Não passam de uns coitados teleguiados pelo PIG, não tem opinião própria, apenas seguem o que o PIG coloca nas suas cabecinhas. São dignos de dó, a vidinha de um teleguiado deve ser muito triste, estão a 12 anos tendo que engolir um governo voltado para tudo aquilo que eles odeiam=pretos, pobres e petistas….Para acabar com o sofrimento dou um conselho-cortem os pulsos porque em 2014 a Dilma vai ser reeleita.

Altemar

Quem matou Manfred e Marísia?

Urbano

Na construção desses trens, fizeram-se necessários bicos de acetileno, serras, esmerilhadeiras, fresas…

    Urbano

    Quando se trata de coisa real e sendo da oposição ao Brasil, o staf faz vistas grossas. E isso desde crioncinha…

Francisco

Se Cerra soube ou não soube isso é lá problema (incompetência, melhor dizendo) dele.

O malfeitor não tem nenhuma obrigação funcional de entrar na sala dele e confessar. Ele, por outro lado, tem obrigações funcionais inescapáveis. Não de saber, mas de, desconfiando ou sabendo, mandar apurar.

O fato é que o prefeito petista só precisou de seis meses para identificar esses bilhões sumindo, ou seja, nem precisou levantar o tapete: a sujeira estava à vista, num canto da sala.

Quantas CPIs se tentou iniciar sobre as obras viárias em geral em São Paulo nos últimos anos? Quantas foram consumadas? Quantas CPIs na União foram criadas e levadas a cabo?

O que Cerra tem que responder em juízo (ou seja, PAPUDA) é sobre a O-BRI-GA-ÇÃO dele de levantar o tapete periodicamente, enquanto ele era prefeito.

Dezesseis anos sem auditar… é estranho…

Gerson Carneiro

“São Paulo é a locomotiva do Brasil”

Agora ficou evidente.

Bacellar

1.000.000.000,00R$! Seria o maior escândalo de corrupção da história do Brasil?

    Seabra

    Amigo, claro que não, isso cafezinho…Em Goiás, um bilhão foi desviado da Agência Ambiental em 6 anos!… Demotucanalhice não tem limites, nem fronteiras!

Gerson Carneiro

“São Paulo é a locomotiva do Brasil”

Agora ficou evidente.

Marat

Tento mostrar aos inocentes úteis que o silêncio do PIG é sonoríssimo, porém eles fazem ouvidos moucos. Só ouvem o que o PIG lhes diz, tal qual ovelhas de um modorrento rebanho!

Abdula Al Aziz

Oh Barbosa! Vc tá vendo essa reportagem, Barbosa? Espero que sim. Pois a sociedade, ou seja, o povão vai cobrar bem caro de vcs ai do supremo, viu Barbosinha?

ricardo silveira

Por muito, mas muito menos, todos os petistas e filhos de petistas, vizinhos e parentes de primeiro e segundo graus já estariam na cadeia porque não é possível que não soubessem da roubalheira que se processa a mais de 15 anos nos governos de São Paulo. Mas, não são petistas, são tucanos e, então, a conversa é outra, pois é preciso ficar muito claro o crime, e depois confirmado com a confissão dos eventuais ladrões tucanos, acompanhada de atestado médico que assegure não ter havido qualquer constrangimento para a confissão, para só então ver o que será possível fazer.

Elias

Muitas vezes li e ouvi brasileiros que se envergonham do Brasil. Essa vergonha nunca tive. Porque, para mim, o Brasil é O Povo Brasileiro em sentido pleno e que é também título de importante livro de Darcy Ribeiro. Mas ando meio emputecido com os paulistas. Nasci no bairro do Brás e tive certo orgulho de ser paulistano. Talvez por influência de Mário de Andrade e Oswald de Andrade que, de certo modo, são sutilmente bairristas. Também os dicionários diferenciam paulista de paulistano. Hoje não me preocupo mais com isso. Soa ridículo alguém se considerar paulistano numa cidade que mais parece um país. Então, misturando a cidade com o estado, hoje me considero paulista. Um paulista acanhado. Que anda pelas ruas e se pergunta todos os dias: Que gente é essa que elege um partido anti-povo que governa o Estado de São Paulo há duas décadas? Que Ministério Público é esse que abre inquérito contra Chico e faz vista grossa para Francisco? A máfia dos trens superfaturados vai seguir incólume diante de todas as denúncias publicadas no Brasil e no Exterior? Ah! Dá vontade de gritar: Acorda, Paulista!

    Maria Amélia Silva Silveira

    Ah, se fossem só paulistas… e os goianos? E os mineiros?, E os… muitos dos eleitores se enquadram perfeitamente a um curral eleitoral,porque ou são analfabetos em política(completamente alienados), ou são coxinhas, portanto inimigos figadais do PT, ou são sem caráter mesmo, votam em troca de favores. O “coronelismo” continua forte e firme. E depois ficam aí posando-se de coitadinhos e reclamando dos políticos que eles mesmos elegeram. A maior arma para acabar com esses tais políticos seria o voto consciente, mas…o eleitor ainda não descobriu isso até hoje (será!?).

FrancoAtirador

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02/11/2013
Transcrição da entrevista de José Serra à Folha e ao UOL

José Serra, ex-governador de São Paulo, participou do programa da Folha e do UOL conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues.
A gravação ocorreu em 31 de outubro de 2013 no estúdio do Grupo Folha em Brasília.

FOLHA/UOL: O seu partido está entre dois nomes para presidente da República.
O seu e Aécio Neves, já falamos um pouco aqui.
Mais para Aécio Neves, hoje, a julgar pelo establishment partidário.
Quem é, dos dois, Aécio Neves ou José Serra, que estaria mais à esquerda hoje?
(Risos)
JOSÉ SERRA: Engraçada a pergunta.
Eu acho que categoria esquerda-direita é meio já batido isso.
Hoje não divide muito…
Aí tem, sabe, direita, esquerda, não divide o debate, fica um pouco escolástico.

FOLHA/UOL: Ainda assim.
JOSÉ SERRA: Sabe, meio dogmático.

FOLHA/UOL: O sr. está à esquerda ou à direita de Aécio Neves?
JOSÉ SERRA: À direita não estou.

FOLHA/UOL: À esquerda?
JOSÉ SERRA: Depende do ângulo que se olhe.
Eu tenho uma biografia de militância de esquerda longa.
São histórias diferentes, difíceis de comparar.

FOLHA/UOL: Mas se o sr. tivesse que descrever para alguém que não os conhecesse, quem seria mais de esquerda ou direita?

JOSÉ SERRA: Eu não usaria essa categoria, não dá para comparar banana com laranja, digamos.
São formações diferentes, perfis diferentes, personalidades diferentes.
É muito difícil.
Mas acho que ambos somos, para usar um termo genérico, progressistas [!!!SIC!!!].

FOLHA/UOL: José Serra, muito obrigado por sua entrevista à Folha de S. Paulo e ao UOL.
JOSÉ SERRA: Eu que agradeço, muito obrigado por essa oportunidade.

(http://www1.folha.uol.com.br/poder/poderepolitica/2013/11/1365972-leia-a-transcricao-da-entrevista-de-jose-serra-a-folha-e-ao-uol.shtml)
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Parte da Mídia Bandida está tirando degrau por degrau da escada do Serra.

Ele ainda vai acabar pendurado no Pincel do Frias e na Brocha do Azevedo.
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Se bem que o Serra poderá ser Ministro do Planejamento de Aébrio Nébulus.
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claudio

O PSDB virou pau de galinheiro e trouxe junto o STF!

Messias Franca de Macedo

AÇÃO PENAL 4545! (sic)

“O TUCANO José (S)erra et caterva agem como bandoleiRRRRRRRRos de estRRRRRadas!..” Por decano Celso de Mello, direto da Sala do Júri do *”supremoTF”! [pausa para rir] *”supremoTF”: aspas monstruosas e letras submicroscópicas!

DOMÍNIO DO FATO: “o supremo” que “mata no peito” é ÍNFIMO!…

E dá licença que eu preciso espirrar tanto PÓ “cheiroso e ‘cansado'”!…

(“Meu ‘fi’ não há nada ‘mió’ do que o dia que ‘assucede’ o outro!” Minha saudosa e sábia avó)

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Mário SF Alves

“Mesmo com o escândalo do Metrô de São Paulo chegando cada vez mais próximo dele, Serra mantém as alegações iniciais. O ex-governador tucano diz que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos. Muito menos que teria incentivado o conluio, pois sempre atuava, segundo ele, a favor do menor preço.”
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Até que enfim, um governador de SP declara que não apenas delegava funções, mas que, ao invés disso, e surpreendentemente, também atuava. Legal.

Ato falho?

jõao

Manuela D’Ávila depena tucano machista
Por Renato Rovai, em seu blog:
O vídeo abaixo é uma resposta da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) a uma grosseria machista do deputado Duarte Nogueira, ruralista e líder da bancada do PSDB. Na ida do ministro José Eduardo Cardozo à Câmara dos Deputados para tratar do cartel que envolve o governo de São Paulo, Siemens e Alston, o tucano insinuou que Manuela teria referendado a fala de Cardozo porque, segundo ele, “o coração tem razões, que a própria razão desconhece”.
Ou seja, desqualificou a posição da deputada pelo fato de ela ser ex-namorada do ministro. Manuela foi a tribuna e fez um discurso histórico contra o machismo escroto de tipos como Duarte Nogueira. Foi algo semelhante ao troco dado por Dilma ao senador Agripino Maia, quando este disse que se Dilma mentia na ditadura também poderia estar mentido ali na Câmara em seu depoimento.
É um vídeo para ser amplamente divulgado. O mínimo que se pode dizer é que o deputado Duarte Nogueira foi depenado por uma mulher, jovem e corajosa. Para um tipo machista como ele, não deve ser nada fácil. Não deixe de assistir.
http://www.youtube.com/watch?v=ndTuMk4n044#t=252

    FrancoAtirador

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    Íntegra do discurso da Deputada Federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), proferido na tribuna da Câmara, em resposta à estúpida e machista insinuação de Duarte Nogueira, Presidente do PSDB de São Paulo.

    Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), 04/12/2013 –

    “Sr. Presidente Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, hoje à tarde, por um período de praticamente 3 horas, este plenário recebeu uma Comissão Geral para debater a questão da violência contra as mulheres. A violência acontece fundamentalmente, como se diz na camiseta que várias mulheres e alguns homens usam no nosso plenário, pelo machismo. O machismo é construído culturalmente. É uma cultura que se instala no nosso País e em outros tantos a partir de diversas atitudes cotidianas que nós identificamos.

    Hoje eu estava debatendo, como Líder que sou do meu partido, diga-se de passagem, a única Líder mulher da Câmara dos Deputados, uma Câmara com diversos partidos organizados e com baixíssima representação feminina, Líder de um partido que será presidido por uma mulher, o único partido que será presidido por uma mulher… Cito esses fatos não para nos autoproclamar, mas para identificarmos a cultura machista que persiste na política do nosso País, para que possamos ver como o fato que irei relatar não é um fato isolado, mas um fato que perpassa por toda a cultura do Congresso Nacional, para que a gente não valorize o fato isolado que vivi, mas identifique os fatos cotidianos da cultura política machista do nosso País.

    Veja bem, Deputado Inocêncio Oliveira, estava na condição de Líder do meu partido debatendo o noticiário brasileiro, aquilo que sai em todos os jornais do nosso País há pelo menos 20 ou 30 dias, a corrupção e o cartel no Estado de São Paulo, aquilo a que todos os brasileiros têm assistido no Jornal Nacional, nos jornais de grande circulação. Há formação de cartel? A empresa Siemens, da Suíça, todos estão conspirando contra o PSDB ou há de fato corrupção, e corrupção pesada, no Estado de São Paulo? Questionava eu os Parlamentares tucanos na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, numa audiência com a presença do Ministro da Justiça, quando sou surpreendida, após 15 anos de militância e 10 anos de mandato parlamentar, por uma atitude extremamente machista do Presidente do PSDB de São Paulo, que, insinuando coisas que não são notícias requentadas ou não públicas da minha vida privada, diz que o coração tem razões que a própria razão desconhece, ou seja, tentando desqualificar acusações graves e políticas que fiz na condição de Líder de um partido político com a minha vida privada, atitude machista e leviana que não condiz com aqueles que tentam mudar a vida política e a cultura machista deste País.

    Presidente Inocêncio, eu não falo aqui porque me sinto ofendida, aliás, me sinto ofendida como milhares de mulheres brasileiras que são ofendidas cotidianamente por essa cultura machista, falo porque não podemos tolerar mais que a Câmara dos Deputados, que o Congresso Nacional conviva com essa cultura de quem não sabe debater política, de quem não tem respostas para dar ao povo sobre o verdadeiro esquema de corrupção, porque o Estado de São Paulo tem que responder ao povo, e, por não ter respostas, vai pelo caminho fácil da violência do machismo contra as mulheres, da violência subjetiva, das falas entre linhas.

    Ora, como eu disse na Comissão de Constituição e Justiça, a minha vida privada, embora não seja assunto público, não é promíscua como são promíscuas as relações que estão sendo investigadas no Estado de São Paulo.

    A minha vida privada, como a minha vida pública, é honrada. Quem tem explicações para dar sobre a vida pública são os governantes do Estado de São Paulo. É disso que, como Líder do meu partido, cobro explicações, sim, de quem preside o partido tucano, o Deputado Duarte Nogueira, que, por não ter respostas para dar, vejam só, parte para a baixaria, baixaria com a minha vida privada, porque não sabe o que dizer sobre a situação do seu partido no Estado de São Paulo.”

    PS: O episódio NÃO SERÁ NOTÍCIA NA GRANDE MÍDIA brasileira, que legitima e naturaliza TODOS OS DIAS o machismo e o racismo nas suas expressões mais sutis.

    Publicado por Rogério Tomaz Jr., no Conexão Brasília-Maranhão

    (http://brasiliamaranhao.wordpress.com/2013/12/05/manuela-machismo)
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Tomudjin

Isto comprova que até o “mentirão” do PT sai mais barato aos cofres públicos.

HELBERT FAGUNDES

BOM DIA,

ESSE ROUBOS DO PSDB CONTINUA SEM APURAÇÃO, MAS A PERSEGUIÇÃO A DIRCEU NÃO. QUERO SABER TAMBÉM DOS RESPONSÁVEIS DA COCAÍNA DOS PERRELAS – OU VÃO CONTINUAR A DIZER QUE NÃO SABIA. TÁ TUDO LÁ, SEI LÁ QUANTAS VIAGENS E ELES NÃO SABEM. MINAS GERAIS TÁ MORTA EM TUDO: EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA, QUEM DUVIDAR VEM AQUI VER. PARA QUEM QUER SABER DE MINAS ENTRA NO GOOGLE COM ESSE DADOS: AERCIO NEVES DA CUNHA, PROCESSOS NO TJMG.

Julio Silveira

Esse é um problema sério. A falta de caráter que impera na cultura brasileira. Já estivemos melhores, já tivemos um Getúlio que preferiu o suicídio por muito menos, quando percebeu as manobras criadas para desestabilizá-lo, que se provaram injustas e o levou a entrar para e história também por isso.
Dignidade, honra, ética são coisas politicamente incorretas nos dias de hoje, e vão virando cultura também em boa parte da cidadania, que as vê como sentimentos inapropriados para os dias atuais. Coisa de dinossauros perdidos no tempo e no espaço. Pena, o Brasil caminha para ser terra de ninguém onde os inescrupulosos vão plantando no seu dia a dia uma geração de filhos culturais e produzindo suas más consequências para o país. Não é de se admirar que tantos vivam por aqui olhando pela janela que dá para o mundo exterior.

Luís Carlos

E agora Serra? Tucanato em desespero. Revoada de bicudos com bolsos cheios para todos os lados. E o helocóptero do pó continua lá em MG. Seja pelos trilhos ou pelo ar, a tucanada foi pega com o bico sujo.

FrancoAtirador

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TRENSALÃO TUCANO VAI PARA O STJ E O STF

PRONTO! ACABOU! AGORA, MORREU DE VEZ!

Polícia Federal pede transferência de Inquérito do Cartel do Metrô Paulista para Brasília.

Presença na Investigação Criminal de nomes de políticos com mandatos estaduais e federais motivou pedido.

Por possuírem foro por prerrogativa de função, alguns suspeitos só podem responder a eventual processo nos Tribunais Superiores.

O Ministério Público Federal e a Justiça Federal devem se manifestar sobre o pedido nos próximos dias.
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Apenas por curiosidade:

QUAIS POLÍTICOS TUCANOS SERÃO INVESTIGADOS NO STJ E NO STF?

No STJ são julgados, dentre outros, os Governadores de Estado.

E no STF, os Deputados Federais e os Senadores da República.

Perguntei para os eleitores do PSDB e ninguém sabe de nada.

Alguém de São Paulo ou de Minas Gerais pode sugerir algum nome?
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Marcilio Serrano

Aliás Rodrigo você precisa avisar ao Datena que de Petista não tem nada..que nos programas dele ao invés do 192 SAMU ele passe a chamar o GRAU que pelo visto só deve socorrer acidentados com carteira de filiação do PSDB. Vá correndo atualizar a sua…esqueci você vota na Ivan Valente, portanto em caso de acidente(espero que nunca precise) vai ser socorrido pela SAMU.

Como sempre digo só rindo.

FrancoAtirador

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15 de novembro de 2013 | 22h 34

Suiça condena ex-diretor da CPTM em gestões do PSDB por lavar dinheiro

João Roberto Zaniboni teve bens confiscados pela Justiça daquele país e foi multado, mas punição não foi cobrada por ‘falta de endereço’

Fausto Macedo – O Estado de S. Paulo

São Paulo – A Suíça condenou por lavagem de dinheiro o engenheiro brasileiro João Roberto Zaniboni, ex-executivo da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nos governos do PSDB Mário Covas e Geraldo Alckmin. A Justiça em Genebra aplicou multa a Zaniboni e confiscou “seus bens” naquele país europeu.

A condenação de Zaniboni foi comunicada ao Brasil na semana passada pelo Ministério Público Federal Suíço.

Os procuradores suíços não informaram o valor da sanção imposta ao engenheiro. Nesse ponto do documento, agora de posse do Ministério Público em São Paulo, eles demonstram descontentamento com a falta de colaboração do Brasil. “Por falta de endereço (de João Roberto Zaniboni) esta multa nunca lhe pôde ser entregue.”

Zaniboni exerceu função de confiança nas gestões tucanas – diretor de operações e manutenção da CPTM – entre 1998 e 2003.
Nesse período, de acordo com a investigação do Ministério Público da Suíça, foram realizadas transferências para a conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique e de titularidade de Zaniboni.

A Suíça está convencida de que se trata de “dinheiro de propina” que ele teria recebido a partir da celebração de contrato da CPTM para melhorias de 129 vagões.

A conta Milmar captou US$ 836 mil. Parte desse montante, US$ 255,8 mil, foi repassada pela conta 524373, aberta em nome do engenheiro e consultor Arthur Gomes Teixeira.

Promotores de Justiça de São Paulo atribuem a Teixeira o papel de lobista, elo da multinacional francesa Alstom e de outras companhias com o setor metroferroviário de governos tucanos em São Paulo.

As informações sobre valores na conta de Zaniboni já eram conhecidas das autoridades brasileiras desde fevereiro de 2011, quando a Suíça, em âmbito de investigação de polícia criminal, enviou pedido de cooperação para que fossem efetuadas buscas na residência do engenheiro e seu interrogatório.

O pedido das autoridades suíças não teve andamento.

O procurador da República Rodrigo de Grandis, encarregado do caso Alstom, avaliou, inicialmente, que a execução das medidas pleiteadas por Genebra poderia prejudicar a investigação em curso no Brasil.
Depois, o procurador esclareceu que seu gabinete arquivou a documentação em uma pasta.

Em outubro, a Procuradoria da República em São Paulo encaminhou à Suíça solicitação de dados atualizados sobre a investigação em Genebra. A resposta chegou na semana passada e nela os procuradores suíços comunicam a condenação de Zaniboni. Eles reiteram a necessidade de interrogatório do ex-diretor da CPTM e de Teixeira.

Suborno. O documento é dividido em cinco tópicos. Inicialmente, os suíços relatam que a investigação trata de “suspeita de lavagem de dinheiro qualificada (artigo 305 do Código Penal suíço), bem como de suborno de funcionário público estrangeiro ou conivência com suborno de funcionário público estrangeiro (artigo 322).

Buscas. Os procuradores assinalam que, em carta rogatória datada de 21 de fevereiro de 2011, já haviam solicitado interrogatórios das pessoas investigadas na Suíça, incluindo o pedido de participar dessas audiências e de poder fazer perguntas, além de busca na residência de Zaniboni.

Eles querem o depoimento de Teixeira. “Ainda está em aberto a investigação criminal contra Arthur Teixeira. Por este motivo, insistimos com veemência que seja respeitada a solicitação de realização de interrogatório com Teixeira e voltamos a nos referir aos motivos expostos na carta rogatória de 21 de fevereiro de 2011 para o envio, no contexto da cooperação jurídica internacional, de outros interrogatórios, informações e provas relevantes recolhidas no Brasil.”

“Como os fatos relacionados a Zaniboni também são relevantes para a investigação criminal contra Teixeira (as somas em dinheiro, conforme foi especificado, foram repassadas, pelo menos parcialmente, de Teixeira para Zaniboni), insistimos com veemência que a solicitação de interrogatório de Teixeira, bem como de busca domiciliar – contando que ainda seja indicada, depois de tantas reportagens na imprensa – sejam respeitadas.”

Zaniboni é alvo de investigações do Ministério Público em São Paulo e da Polícia Federal. No último dia 7, a Justiça decretou o bloqueio de R$ 56,45 milhões de investigados do caso Alstom. O embargo alcança R$ 9,7 milhões de Teixeira e R$ 2,97 milhões de Zaniboni.

O sequestro engloba contas de investimento, ações, títulos do Tesouro, fundo de previdência, créditos imobiliários dos investigados. A ordem alcança empresas de consultoria – dos ativos da Constech estão bloqueados R$ 19,4 milhões, da Procint o mesmo valor e da Focco Engenharia R$ 2,09 milhões.
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29 de novembro de 2013

Ex-diretor da CPTM recebeu R$ 33 mi de SP por consultorias

Condenado na Suíça e indiciado no Brasil por corrupção, João Roberto Zaniboni atuou até agosto em empresa que presta serviços à gestão tucana

Fernando Gallo, Ricardo Chapola e Fausto Macedo – O Estado de S.Paulo

Condenado na Suíça por lavagem de dinheiro e indiciado no Brasil sob suspeita de corrupção, formação de cartel, crime financeiro e também lavagem de dinheiro, o ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) João Roberto Zaniboni prestou serviços de consultoria por meia década ao governo tucano de São Paulo, o mesmo que é suspeito de lesar quando era seu funcionário.

Nos últimos quatro anos, Zaniboni, um dos principais personagens do caso do cartel, recebeu R$ 32,9 milhões, junto com seus sócios, dos cofres paulistas.

A Focco Tecnologia, pela qual o ex-diretor da CPTM prestou os serviços de consultoria, está com as contas bloqueadas pela Justiça justamente por causa das suspeitas de envolvimento de Zaniboni com o cartel, que passou a ser investigado no Brasil em 2008.
Zaniboni foi diretor de Operações da estatal de trens paulista entre 1999 e 2003, durante dos governos dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin.

Zaniboni virou sócio da Focco em julho de 2008 e já fechou seus primeiros contratos com o governo estadual [na gestão de José Serra (PSDB)] em 2009.

Hoje, a empresa tem contratos com CPTM, Metrô, Secretaria de Transportes Metropolitanos, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

Zaniboni deixou formalmente a sociedade em agosto deste ano, após ver seu nome envolvido no escândalo do cartel de trens.

São ao menos oito acordos da Focco com o governo paulista.

Em alguns deles, ela participa de consórcios. Os serviços são de apoio à supervisão de obras.

Ela atua, por exemplo, em reformas e modernização de linhas da CPTM e na construção do monotrilho que liga o Morumbi ao Jabaquara, passando pelo aeroporto de Congonhas, na zona sul.

Os valores pagos pelos cofres estaduais à empresa foram retirados do site da Secretaria da Fazenda de São Paulo. No portal não constam dados de 2009.

Sediada na Rua Estados Unidos, nos Jardins, região central de São Paulo, a Focco tem 120 funcionários, a maior parte de engenheiros, segundo Luiz Fernando Pacheco, advogado de Zaniboni. Pacheco sustenta que todos os serviços ao governo do Estado foram prestados.

A gestão Alckmin também diz que o contratos respeitam a lei. O governo informou ainda que a Corregedoria-Geral de Administração vai checar, “por amostragem, a efetiva execução dos serviços contratados”.

Até o momento, as investigações que envolvem Zaniboni e sua ex-empresa identificaram indícios de crimes que teriam ocorrido quando ele era diretor da CPTM. Os investigadores, no Brasil e na Suíça, buscam saber se o esquema permaneceu para além do período de suspeita de ação do cartel, entre 1998 e 2008.

Frentes. Para condená-lo semanas atrás, o Ministério Público da Suíça identificou depósitos de US$ 836 mil, entre 1999 e 2002, em uma conta sua no banco Credit Suisse em Zurique. Segundo os investigadores do país europeu, uma parte desse dinheiro foi paga por lobistas do esquema, suspeitos de serem os pagadores de propina do cartel, entre eles o consultor Arthur Teixeira.

O sócio de Zaniboni na Focco, Ademir Venâncio de Araújo, foi ex-diretor de obras da CPTM. Ele também foi indiciado pela Polícia Federal pelos mesmos crimes. Eles são suspeitos de atuarem junto com Oliver Hossepian, ex-presidente da estatal de trens, como “intermediários” da propina, utilizando as contas da Focco.

Marcilio Serrano

o Rodrigo “PSDBoy” Leme não vai comentar??? Esqueci ele vota no Ivan Valente.

    Julio Silveira

    Isso não é coisa de paulistas ainda que por serem os mais ricos esperássemos os mais cultos, mas principalmente os mais politizados, mas isso é coisa de brasileiro. Basta lembrar, o malvadeza só saiu da politica quando morreu mas deixou seus herdeiros, o Sarney tá ai desde sempre pelo sufrágio. O Collor… e se procurar, em cada estado, inclusive no Paraná, terá os seus que claramente deveriam ser inelegíveis, para quem tem alguma consciência politica, mas que a cada eleição estão aí renovando seu votos e dando sua contribuição para a desordem cultural brasileira.

Mariano

Com esse escândalo envolvendo o Serra, o Neves vai assumir a liderança da corrida presidencial pelo partido da impunidade. O Neves a que eu me refiro é o namorado da Branca de Neve, aquele do “codigo Neves”.

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