Política resolvida no braço
LUTAR NÃO É CRIME:
SOMOS TODOS PAULO ROBERTO DE ABREU BRUNO CONTRA O ESTADO DE EXCEÇÃO NO RIO DE JANEIRO
enviado por Leonardo Mattos, via Facebook
Na noite de 15 de outubro de 2013, dia do Professor, assistimos estarrecidos a truculenta ação orquestrada e premeditada da polícia militar contra o movimento totalmente pacífico “Ocupa Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro”.
Das 190 pessoas detidas, encontrava-se o servidor da Fiocruz e companheiro de trabalho, Paulo Roberto de Abreu Bruno, que, como os demais, foi arbitrária e injustamente preso em flagrante sob a falsa acusação de diversos delitos, entre eles, o de fazer parte de organização criminosa, nos termos da recente Lei nº 12.850/2013.
Destaca-se o fato que Paulo é um professor e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz e vem estudando os movimentos sociais, testemunhando e participando de todas as manifestações ocorridas desde junho de
2013 no Rio de Janeiro.
Repudiamos o estado de exceção que toma o Estado do Rio de Janeiro.
A brutal violência desencadeada pela Polícia Militar contra os professores em greve no município e Estado do Rio de Janeiro e demais participantes é inaceitável, atenta contra o direito constitucional de livre expressão do pensamento, manifestação e de organização.
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A partir das manifestações de junho de 2013 vem se verificando uma escalada da violência e criminalização estatal sobre todos aqueles que lutam pelos direitos sociais.
Tal violência não é novidade, uma vez que moradores de diversas comunidades já são vítimas dela há décadas. Houve apenas a ampliação do território e da classe social.
Não bastasse a repressão física nas ruas, o uso indiscriminado de armas supostamente não letais, a exemplo de bombas de gás lacrimogênio lançadas em hospitais, bares e estações de metrô, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio, mas não apenas, da Comissão Especial de Investigação contra Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), realizou prisões arbitrárias, forjou provas, quebrou sigilos, exerceu abuso de autoridade e encaminhou processos para aterrorizar, intimidar e paralisar as manifestações populares.
Pretende-se justificar, deste modo, a figura do “inimigo interno” que nos faz lembrar a época da ditadura militar.
Agrava-se o ataque a nossa frágil democracia o fato da mídia empresarial estar realizando uma cobertura parcial, manipuladora e distorcida da realidade, para justificar a criminalização dos movimentos populares, contribuindo para a intimidação da população ao livre direito de manifestação.
Nós, como cidadãos, servidores públicos e educadores temos por missão a formação de pessoal e construção de conhecimento para o SUS e a sociedade. Nossa concepção de saúde inclui a luta e a organização dos trabalhadores e do povo em geral.
Nós, da ENSP, somamos nossa indignação à da maioria absoluta da população contra o terrorismo estatal conduzido por governos cada vez menos permeáveis a negociar reivindicações por direitos sociais e de trabalho.
Neste sentido, convidamos a todos a se juntarem na luta pela libertação dos presos políticos, pela garantia do direito de liberdade de expressão, manifestação e organização e contra o terrorismo do estado.
Lutar não é crime!
SOMOS TODOS PAULO ROBERTO DE ABREU BRUNO CONTRA O ESTADO DE EXCEÇÃO NO RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2013
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Comentários
Urbano
Quer dizer que o sérgio é mais maiador do que o césar? Pessoal, puliça pode ser de onde for, mas é sempre de boston. Certamente as exceções existem, mas ó…
FrancoAtirador
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A maioria sabe que não é um fenômeno exclusivo do Estado do Rio de Janeiro.
Enquanto governadores estaduais estiverem escudados por militares sádicos
aparelhados com ‘bombas de efeito imoral’ contra a própria sociedade civil,
sob o estímulo e a promoção de uma Mídia Bandida Fascista Antinacional
incentivadora de todas as formas de preconceito e de segregação social,
não haverá solução democrática para os problemas sociais do Brasil.
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Eduardo Albuquerque
Está na hora de chamar os profissionais para enfrentar a policia.
As táticas, forma de atuar dos policiais já estão todas registradas.
Militante de sindicato, professores precisam espalhar para a população que modelo, concepção de educação é melhor para o estado e trabalhar para eleger deputados que defendam , lutem por isso.
Resumindo, cada “macaco” no seu galho!
Jose Mario HRP
No Rio estado de exceção.
leprechaun
pra aqueles que acreditam que vivemos num estado democrático de direito (tarso genro e outros petistas) taí a desmistificação
Djijo
Desconfio que o Estado e pessoas preparadas (nada a ver com os professores) estão criando clima ruim para o ano que vem e a copa. Infiltrados e pagos com dinheiro do narcotráfico, via CIA (na internet já há indícios disso), é constante nos países do terceiro mundo. Criam crises para venderem soluções, as neoliberais.
leprechaun
isso é uma posição do PT e ou da Veja? nesse ponto são idênticas
Matheus
Pinochet, Videla e Médici estão orgulhosos de você.
Fred
“…o movimento totalmente pacífico “Ocupa Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro”
Frase que se trai, totalmente contraditória…
Como uma invasão violenta da Câmara, pode ser chamada de “movimento totalmente pacífico”? BANDO DE HIPÓCRITAS!
O protesto de manifestantes contra a capa de O Globo – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] A prisão do professor da Fiocruz e o estado de exceção no RJ […]
edir
Os cariocas estäo com saudade do Cesar Maia !!!
Guanabara
Eu não estou.
Adilson
Pelo impeachment imediato de Sérgio Cabral
Na guerra insana entre professores x policiais, que atraiu jovens com um potencial destrutivo avassalador, entre todos ódios que se comunicam, como bem disse Luiz Eduardo Soares, com a mídia e as redes sociais tensionando os corações das pessoas, o Estado tem agora a obrigação institucional de preservar o bem estar de toda a sociedade.
Em meio ao sequestro geral das consciências e dessa guerra que só faz recrudescer e que, se seguir assim, nos conduzirá ao precipício, esse governador que aí está não tem autoridade moral, competência e desconfio até que sanidade mental suficiente para lhe dar com um quadro tão aterrador.
O Rio de Janeiro precisa de uma intervenção, não militar , mas sim no Palácio Guanabara.
João Luiz Silva Brandão Costa
PSTU, PSOL, BRAKI-BROK, Garotinho, Juventude PR da Garotinha enfim, aonde estás Marineiro?
Guanabara
Cadê o governador? Cadê o prefeito? (nem preciso falar das minúsculas, por favor…)
Julio Silveira
Cuidado Leonardo, o DOPS do governo do estado já pode estar te monitorando.
Lucas
Isso não é tudo:
o Estado de Excessão “soft” está ficando na moda, agora pelas mãos da própria Dilma. Quem precisa de golpe militar quando se tem a democracia liberal e seus mecanismos internos de excessão?
“Exército é convocado para garantir a realização do leilão do pré-sal”
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/10/1358271-exercito-e-convocado-para-garantir-a-realizacao-do-leilao-do-pre-sal.shtml
Guanabara
Esse seu comentário, por mim, viraria matéria no Viomundo. Fiquei enojado com o que li. Lembrou muito a época da privatização da Vale pelo FHC. Suspensão do direito de ir e vir, de se manifestar, talvez até o de reunião. Parece que é assim que funciona: você tem direito a se manifestar, porém, no momemnto em que você precisa exercer esse direito, ele é suspenso devido a national security.
Se essa piada de mau gosto, que é esse leilão, efetivamente acontecer, ela será cobrada, e MUITO, durante a campanha ano que vem. Está nos mesmos moldes do “documento” assinado em cartório por José Serra, em que dizia se comprometer em cumprir todo o mandato de prefeito, e não cumpriu. Foi eleito governador, mesmo assim, por motivos que me indignam como ser pensante e brasileiro e que, pelo visto, darão a Dilma mais 4 anos pra fazer mais o quê? Entregar qual mercado? De aviação parece que é a bola da vez, com o “open skies” com os EEUU.
Enquanto isso, a elite se revolta com o “mais médicos”…
Viva o Brazil!
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