As organizações de jornalistas e de defesa de direitos humanos abaixo assinadas, preocupadas com a garantia da liberdade de imprensa e da liberdade de manifestação e expressão, vêm a público manifestar:
• O repúdio às graves violações a direitos de liberdade de imprensa e de manifestação e expressão em virtude da violência policial ocorrida nos recentes protestos pela redução da tarifa de transporte, que só em São Paulo resultou em mais de vinte jornalistas feridos (na foto, Giuliana Vallone, repórter da Folha de S. Paulo, atingida por uma bala de borracha) e dois jornalistas presos. Entendemos que a violência se deveu não apenas a abusos individuais, mas foi incentivada por declarações de autoridades públicas e inclusive de editoriais de opinião dos próprios órgãos da imprensa em defesa da forte repressão à manifestação;
• A preocupação com aumento dos casos de ameaças a jornalistas por parte de integrantes da Polícia Militar, agravada pelo medo que impede os profissionais em dar encaminhamento às denúncias;
• O repúdio a todas as tentativas de dificultar e impedir o trabalho de cobertura jornalística dos eventos, inclusive aquelas promovidas pelos próprios manifestantes.
Nesse sentido, reivindicamos as seguintes ações:
Identificação e responsabilização dos responsáveis por todas as agressões ocorridas nas recentes manifestações;
Garantia da liberdade de manifestação, com revisão das doutrinas, manuais e procedimentos para uso de armas menos letais;
Criação de Grupo de Trabalho em âmbito estadual em São Paulo para adoção de medidas específicas de proteção à liberdade de imprensa, com sugestão de participação da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar, Sindicato dos Jornalistas e organizações da sociedade civil;
As organizações também consideram fundamental o acompanhamento do Grupo de Trabalho sobre proteção a jornalistas da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e a denúncia dos casosàs relatorias de liberdade de expressão da OEA e da ONU.
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Salientamos, por fim, que a violência contra jornalistas e comunicadores atenta não apenas contra os profissionais e veículos envolvidos, mas contra o direito de toda a sociedade a ser informada, configurando-se, na prática, como uma forma de censura.
São Paulo, 20 de junho de 2013
Aprendiz, Conectas, Artigo 19, Repórteres Sem Fronteiras, Intervozes, Instituto Vladimir Herzog, Sindicato dos Jornalistas, FNDC e outras organizações
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Comentários
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marco
Atenção jornalistas de todas as tendências!Não querem o contraditório?Acham que estão acima das colocações do cidadão comum?Continuam se achando acima dos demais?Se acham gozando do Salvo Conduto Ideológico?Mas não!Não descerão ao nível da Vilania Alarve,que certamente nem sabem o que é e se souberem,não descerão ao nível baixo dos,Provocadores,não é assim?Se tiverem um pouco de dignidade,pra não serem confundidos com a canalha,critiquem seus colegas papagaios de seus respectivos patrões,que so reproduzem o que os chefes ordenam.
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Ted Tarantula
os alvos prioritários dos tais vândalos eram principalmente: jornalistas, políticos e bancos…e eles sabiam direitinho pq escolheram esses..
Valmir Gôngora
Há que se acrescentar: “identificar e responsabilizar aqueles que incentivaram, em meios de comunicação, as atitudes violentas”
Marco
Faz-se necessário ressaltar também,ao meu comentário,que jornalistas,não tem salvo conduto ideológico!
Marco
Eu também sou visceralmente contra qualquer brutalidade contra cidadãos de um modo geral.Contudo,sempre que assisto ou assisti manifestações massivas,deparo com muitos óbices por parte de jornalistas,reclamando de brutalidade contra si.Concordo inteiramente que o façam,já que sempre,em tese,estão ali,para informar.Contudo,como a atividade jornalistica se caracteriza regra geral,em emitir opinião aos fatos,renunciando ao substantivo e utilizando adjetivos,quem garantw ao cidadão comum,contraditar,por exemplo,as emissoras e jornais,sabidamente de direita,e cujos funcionários,sempre se apresentam como seres acima de ideologias,posto que este ¨defeito ¨sómente é encontrado em seres inferiores,ou seja o povo,como explicar pra o cidadão,as posturas cúmplices de pessoas que ora se colocam como vítimas e ao mesmo tempo,fingem ignorar o fato,de monologarem com o cidadão comum,sem oferecer-lhes a oportunidade do contraditório? Exemplos:Estadão,Folha,Globo,Datenas,Musa dos Globais,O Biltre,e todos os outros,cuja missão profissional,parece ser editar nas suas redações,invisíveis pra o cidadão comum,ao tacão de seus chefetes que por sua vez,usam o cérebro,pra reproduzir o que querem seus patrões!O povão em geral,particularmente o mais pobre,sofre diuturnamente abusos policiais e sempre que aparecem na ¨média¨são caracterizados como marginais.O que pensam disso os ¨Jornalistas ¨.Mas por favor,não monologuem!
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