da Folha de S. Paulo, via Observatório da Imprensa, sugestão de Helen Baldi
“O Brasil está liderando o mundo com seu Marco Civil da Internet, então para mim é uma honra estar aqui neste momento histórico, apoiando quem está fazendo isso.”
Foi assim que o inglês Tim Berners-Lee, 57, o criador da World Wide Web, manifestou seu apoio ao projeto de lei brasileiro que pretende ser a “Constituição da internet”.
O projeto prevê a neutralidade da rede (pacotes de serviço iguais a todos os clientes e mesma velocidade de acesso a todos os sites), a privacidade a seus usuários e a liberdade de expressão online.
Berners-Lee falou com a mídia brasileira na conferência internacional WWW 2013, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, promovido pela primeira vez no Brasil, no Rio, nesta semana [passada].
“Muitos países estão fazendo esforços em prol da neutralidade da rede, mas o Brasil lidera com o Marco Civil, porque ele olha a questão pelo ângulo correto, que é o dos direitos civis”, disse o físico britânico, que deu entrevista ao lado do deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto de lei.
A proposta foi colocada em consulta pública e recebeu mais de 2.300 colaborações.
Agora, aguarda votação no Congresso Nacional. “Acreditamos que o Marco Civil pode ser uma referência não só em termos de legislação de internet, mas de processo legislativo com participação popular”, disse Molon.
“Hoje em dia, a internet precisa de uma lei para garantir que ela possa continuar sendo o que foi até aqui: aberta, democrática, descentralizada, livre de barreiras e propensa à inovação”, afirmou.
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O Marco Civil tem o apoio do governo e de diversos setores empresariais, mas enfrenta resistência das empresas de telecomunicação. As teles se opõem à neutralidade da rede, que impede a cobrança de tarifa diferenciada dependendo do pacote oferecido ou da velocidade de transmissão de dados – o que pode facilitar o acesso a determinados sites.
“O projeto está pronto para ser votado, mas encontra resistência dos setores que não se sentem contemplados. Ou se decide a favor do internauta, de sua privacidade e da neutralidade da rede ou a favor dos que fornecem as conexões”, disse o deputado.
O criador da WWW instou a imprensa a participar da campanha a favor do Marco Civil.
“O mundo depende da independência do jornalismo assim como da internet. É preciso explicar às pessoas por que isso é importante e pressionar o Congresso a votar, agindo na direção certa”, disse Berners-Lee.
Ele elogiou o Comitê Gestor da Internet brasileiro, criado pelo governo para coordenar as iniciativas de serviços de internet no país: “É um grupo independente, que recebe input de diversas áreas, do governo, dos empresários e dos usuários.”
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Comentários
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Urbano
Tem que ser regulamentada e bem e decente como qualquer outra atividade humana. Agora, vedar a informação para todos é puro fascismo. A informação, de onde vier e de onde sair, é de todos para todos. Nenhum gênio, em toda a história da humanidade, aprendeu por si mesmo; teve a informação de todos os outros, dos lugares mais longínquos, durante milhares ou milhões de anos. O mundo em que vivemos é uma mera caricatura do mundo real. E para me antecipar, eu digo que só fui louco até quando cheguei a conhecer isso… Então, busquem e busquem o máximo de conhecimento existente na Internet ou em qualquer outro meio, pois os donos do mundo se arrependeram não de tê-la criado, mas de coloca-la à disposição de todos, principalmente do povão.
Urbano
Ah! Quando foi para se locupletarem com a nossa riqueza, como fazem há séculos e mesmo nos dias atuais, não houve pirataria, mas na hora de pegarmos as rebarbas de toda a riqueza que nos foi usurpada aí é pirataria. Aqui ó…
Francisco
O cara parece ser legal, mas… ingênuo.
Pedir para a imprensa brasileira divulgar demandas populares…
Enfim, é torcer, né?
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