Santayana: Qualquer agressão desatinada a Lula desatará crise nacional
Tempo de leitura: 3 minO processo contra Lula e a força do simbolismo
Como Getúlio e Juscelino, cada um deles em seu tempo, Lula é símbolo do povo brasileiro. Acusam-no hoje de ajudar os empresários brasileiros em seus negócios no Exterior. O grave seria se ele estivesse ajudando os empresários estrangeiros em seus negócios no Brasil.
Mauro Santayana, em Carta Maior
O Ministério Público do Distrito Federal – por iniciativa do Procurador Geral da República – decidiu promover investigação contra Lula, denunciado, por Marcos Valério, por ter intermediado suposta “ajuda” ao PT, junto à Portugal Telecom, no valor de 7 milhões de reais.
O publicitário Marcos Valério perdeu tudo, até mesmo o senso da conveniência. É normal que se sinta injustiçado. A sentença que o condenou a 40 anos de prisão foi exagerada: os responsáveis pelo seqüestro, assassinato e esquartejamento de Eliza Salmúdio foram condenados à metade de sua pena.
Assim se explica a denúncia que fez contra o ex-presidente, junto ao Procurador Geral da República, ainda durante o processo contra dirigentes do PT.
O Ministério Público se valeu dessas circunstâncias, para solicitar as investigações da Polícia Federal – mas o aproveitamento político do episódio reclama reflexões mais atentas.
Lula é mais do que um líder comum. Ele, com sua biografia de lutas, e sua personalidade dotada de carisma, passou a ser um símbolo da nação brasileira, queiramos ou não. Faz lembrar o excelente estudo de Giorg Plekhanov sobre o papel do indivíduo na História. São homens como Getúlio, Juscelino e Lula que percebem o rumo do processo, com sua ação movem os fatos e, com eles, adiantam o destino das nações e do mundo.
Há outro ponto de identificação entre Lula e Plekhanov, que Lula provavelmente desconheça, como é quase certo de que desconheça até mesmo a existência desse pensador, um dos maiores filósofos russos. Como menchevique, e parceiro teórico dos socialistas alemães, Plekhanov defendia, como passo indispensável ao socialismo, uma revolução burguesa na Rússia, que libertasse os trabalhadores do campo e industrializasse o país. Sem passar por essa etapa, ele estava convencido, seria impossível uma revolução proletária no país.
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É mais ou menos o que fez Lula, em sua aliança circunstancial com o empresariado brasileiro. Graças a essa visão instintiva do processo histórico, Lula pôde realizar uma política, ainda que tímida, de distribuição de renda, com estímulo à economia. Mediante a retomada do desenvolvimento econômico, com a expansão do mercado interno, podemos prever a formação de uma classe operária numerosa e consciente, capaz de conduzir o processo de libertação.
Não importa se o grande homem público brasileiro vê assim a sua ação política. O importante é que esse é, conforme alguns lúcidos marxistas, começando pelo próprio Marx, o único caminho a seguir.
Como Getúlio e Juscelino, cada um deles em seu tempo, Lula é símbolo do povo brasileiro. Acusam-no hoje de ajudar os empresários brasileiros em seus negócios no Exterior. O grave seria se ele estivesse ajudando os empresários estrangeiros em seus negócios no Brasil.
Lula não é uma figura sagrada, sem erros e sem pecados. É apenas um homem que soube aproveitar as circunstâncias e cavalgá-las, sempre atento à origem de classe e fiel às suas próprias idéias sobre o povo, o Brasil e o mundo.
Mas deixou de ser apenas um cidadão como os outros: ao ocupar o seu momento histórico com obstinação e luta, passou a ser um emblema da nacionalidade. Qualquer agressão desatinada a esse símbolo desatará uma crise nacional de desfecho imprevisível.
Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.
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Comentários
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J Tavannes
Na hora certa Lula vai falar. Convocar o imprensalão golpista para uma coletiva e cobrar deles e da caolha justiça que consultem um oftalmologista urgente, pois não é mais possível continuarem cegos para os desmandos, roubalheiras como as privatarias, os cachoeiras e o mensalão tucanos. Quem viver verá.
Mário SF Alves
Sem a faca de dois gumes denominada culto à personalidade, e, reproduzindo as palavras de conhecido político estadunidense [travado é bem verdade, mas, ainda assim político], diria quantas vezes se fizessem necessárias: Lula é o cara. Ponto.
João Paulo Ferreira de Assis
Pois é, o Sagarana se mete a corretor ortográfico de outrem. Mas esquece que foi a Ditadura de direita que retirou o Latim da grade curricular do Ensino Básico em 1971. E que os alunos que não aprenderam Latim NÃO SÃO obrigados a escrever corretamente. A utilidade do Latim, como língua mãe do Português, era mostrar corretamente prefixos e sufixos, ainda mais nos casos em que os dois têm a mesma pronúncia, por exemplo, extraordinário e estraordinário.
Sagarana
E dai, o que eu tenho a ver com a ditadura de direita?
bira
O que falta é ligar o motor. Nenhum carro se movimenta enquanto não se fizer a ingnição. Falta o primeiro passo. O povo já deveria estar na rua.
Eduardo Guimaraes
Com pouquissimo tempo de governo o ex-presidente Lula fez uma declaração contundente e que jamais seria feita por qualquer governante , nem mesmo pelos ditadores de 64 que possuiam o poder das armas e das masmorras, ” Vamos abrir a Caixa Preta do Judiciário” . FHC e seus intelectuais do terror e os remanescentes da ditadura de 64 , seus apoiadores, tais como Agripino, Acm,Rodrigo Maia,Lorenzoni, Demostenes Torres(Paladino e exemplo vivo do Judiciario sujo), a midia resistente (PIG) e todo o resto ruim do Brasil , cairam sobre o Presidente iniciante , Lula. Foi dificil para ele e seus Ministros.Todavia, dai em diante a civilidade vem se convertendo em coragem para varios jornalistas independentes, politicos sérios, Juizes, advogados , criticos , membros dos tribunais e do STF dignos e de inumeros Cidadãos e Associaçoes . Ai está : A CAIXA PRETA está sendo aberta e prestes a mostrar e ter que derramar sua sujeira! Preocupa-me apenas como será tudo depois que os apoiadores de Lula( o povo) tomarem conhecimento e consciência daquilo que certamente lhes foi ocultado. Seja lá o que for, vamos abrir Lula!
Mário SF Alves
Eduardo, Eduardo, só agora entendo o porque do PiG andar na sua cola. Você é POLÍTICO, meu caro. Com toda a simplicidade e clareza disse aí em breves, suscintas e brilhantes palavras tudo o que o PiG deve ter horror de ler. Parabéns. E mais ainda por dizer o que disse sem nenhum arroubo de esquerdismo radical.
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Não passarão. Ou melhor, nós, passarinhos, eles, um dia, passarão. Com ou sem o velho tucanão.
Mário SF Alves
“O senhor acha que o Estado [Democrático] de Direito no Brasil está enfraquecido? Temos seguramente a democracia mais sólida da América Latina. Me causa estranheza pedido para que não haja enfraquecimento”, rebateu.
Barbosa disse que o STF já tem prestígio por si só e recusou os elogios por ter relatado a Ação Penal 470, o processo do mensalão. “Estou há dez anos nesse Tribunal, foi apenas o processo mais retumbante. Nesse, como em milhares, agi da mesma forma. Só suscitou mais interesse. Não teve nada de extraordinário em relação ao meu modo de agir”.
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Ah! Não? Esqueçam o ociólogo e chamem o Tarantino. Ele explica, tim tim por tim tim.
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E, outra coisa, “milhares” e “só suscitou mais interesse”? Como é que é é? Milhares? Bom, isso até pode ser. Mas, é esse tal de “só suscitou mais interesse” que pega fundo. Então, a seguir o estravagante e sui generis barbosiocínio toda aquela espetacularização da mídia sobre o caso [a bem da verdade, linchamento político], foi normal, comum, corriqueira? É… alguém anda estudando História do Brasil em livros editados nos EEUU.
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E, antes que me esqueça. Fortalecimento do Estado Democrático de Direito, sim, senhor ministro. Aliás, pode trocar a sentença por consolidação da DEMOCRACIA. Vai dar no mesmo, e é tudo o que por hora o MUNDO precisa.
Jean
Sinceramente, estou farto desta demagogia de que o Brasil melhorou com o PT, no meu caso em particular considero que piorou e muito, o salário mínimo continua medíocre como antes, a saúde pública continua um completo caos e abandonada como sempre foi, segurança continua a mesma coisa ruim. Ficam falando da Copa e das Olimpíadas e gastando milhões com estádios, que não trarão nenhum retorno para nós povo brasileiro. Estádios caros e mal feitos, vide o Engenhão no Rio de Janeiro que esta com problemas com apenas 5 anos de uso.
Eu considero todos os políticos, do P|T, do PSDB e de todos os outros partidos como pessoas sujas, que só pensam em si próprios, sem nenhum interesse em fazer nada de bom pelo povo, e quando faz alguma coisa minima fica falando como se tivesse resolvido todos os problemas do mundo.
Não entendo como tem gente que fica defendendo este ou aquele politico, imagino que para estas pessoas talvez a situação esteja ótima, vivam no Brasil perfeito que a mídia diz que existe.
Mas eu e com certeza muitos outros brasileiros não fazemos parte deste Brasil perfeito, vivemos em um país com uma enorme diferença social, sem saúde adequada, sem segurança adequada, com um salário miserável que mal dá para comprar comida (da mais barata), e sem perspectivas de melhora.
Paulo Figuiera
Salário mínimo FHC 80 dólares aproximadamente
Salário mínimo PT 330 dólares aproximadamente
Lauro
Só esqueceu que o dólar = Real no governo FHC. Vc é economista?
Mário SF Alves
A propósito, ontem assisti ao Django, filme dirigido por Quentin Tarantino. Uma aula de sociologia. E o que é mais importante: qualquer semelhança com o MOMENTÃO POLITICÃO NACIONALÃO terá sido mera coincidência.
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Quem assistir verá!
jrocha
Nunca o Brasil teve, e jamais terá um Presidente, com o carisma de Inácio Lula da Silva. E ainda bem que o povo, vai esquecendo quem sempre o explorou, mas melhor ainda, porque não esquece o Presidente que mais pão pôs na mesa dos Brasileiros mais necessitados. Não duvido que na existência do Brasil, como Nação Independente! Alguma vez o Brasil teve um Presidente que tanto tivesse feito pelos mais pobres, que se sentiam esquecidos pelos (des)governantes que até à chegada de Inácio Lula da Silva, governaram (ou se governaram) à custa do Brasil. Não há ninguem que não cometa erros. Mas há quem os cometa prepositadamente para prejudicar o seu proprio povo, em proveito proprio e dos seus amigos, e quem cometa erros a tentar dar o melhor ao seu povo mais necessitado como foi o caso de Inácio Lula da Silva. E por isso o seu povo, o povo mais desfavorecido, jamais o esquece. Levantem-lhe uma Estátua para que seja recordado eternamente, como o Presidente dos pobres Brasileiros.
Leonardo
Fora esta briga partidária judicializada e midiática, e com reconhecido maior peso de influência da direita golpista, acho que o texto exagera bastante na tentativa de colocar Lula ao lado de Getúlio Vargas.
Lhes pergunto internautas, aqui foram feitas as reformas burguesas realizadas na mundo a séculos como postulava o filósofo Plekhanov?
Acho muito frágil está aposta de Lula/Dilma em desonerar segmentos da economia a conta gotas e oferta de crédito sem lastro econômico social consistente.
São mais de dez anos de poucos avanços (ruptura/reforma) na sociedade piramidal brasileira, ou não somos um dos países com maior desigualdade social do mundo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ficamos somente atrás do México!
Sem reformas burguesas profundas ficaremos sempre a reboque de partidos negociadores e fisiológicos ajustando-se ao poder já consolidado.
Precisamos de uma ruptura, não precisa inventar nada, somente adaptar a nossa realidade as reformas burguesas realizadas pelos países desenvolvidos! A começar pela reforma da mídia, financiada ou monopolisada pelo atual governo, um dos grandes obstáculos para começarmos a mudar a realidade dos NÚMEROS!
Jose Mario HRP
QUEM TERÁ CORAGEM DE DETER O PRESIDENTE DO STF?
O Troglodota
Joaquim Barbosa representa uma ameaça à democracia brasileira. No Supremo Tribunal Federal, ele já desrespeitou quase todos os seus colegas. Recentemente, chamou um jornalista de palhaço e não se desculpou de forma minimamente decente. Hoje, ironizou membros da magistratura, a quem acusou de agir de forma sorrateira na criação de novos tribunais, e mandou que juízes baixassem o tom de voz ao se dirigir a ele. Detalhe: os novos tribunais foram aprovados por 371 deputados federais. Será que Barbosa se vê acima do Congresso Nacional?
247 – O ex-presidente Lula, o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos e Frei Betto podem colocar na biografia: foram responsáveis pela nomeação, ao Supremo Tribunal Federal, de um ministro, hoje presidente da corte, que é uma ameaça à democracia brasileira e que não reúne mínimas condições de permanecer à frente do cargo que ocupa. Joaquim Barbosa já desrespeitou praticamente todos os seus colegas no STF (leia mais aqui). Recentemente, chamou um jornalista do Estado de S. Paulo, Felipe Recondo, de “palhaço”, e não se desculpou de forma minimamente civilizada. Hoje, ao receber representantes de associações magistrados, os acusou de agir de forma “sorrateira” na aprovação de novos tribunais federais.
Detalhe: a aprovação dos tribunais contou com o voto favorável de 371 deputados federais, que representam a soberania popular, mas, decerto, Barbosa se vê acima de todos os poderes da República. Na reunião com as associações de juízes, enquanto todos estavam sentados, o presidente do STF falava de pé, como se fosse um superior a tratar com seus subordinados. Ao ser repreendido por um juiz que se indignou com a expressão sorrateira, o presidente do STF praticamente mandou que o mesmo se calasse.
É preciso um basta, que, certamente, não virá dos jornais conservadores que o transformaram em herói por sua atuação na Ação Penal 470. Mas, neste exato momento, representantes dos juízes e da advocacia discutem se devem redigir nova nota, ainda mais dura do que a anterior (leia mais aqui), contra o ministro que avilta a democracia brasileira (leia detalhes do caso em reportagem do G1).
Leia, abaixo, noticiário da Agência Brasil sobre mais um ato insano de Joaquim Barbosa:
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Foi em clima de tensão que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, recebeu hoje (8) os dirigentes de entidades de classe da magistratura. É o primeiro encontro desde que Barbosa começou sua gestão, em novembro do ano passado. A audiência ocorreu no gabinete da Presidência do STF e foi marcada por duras críticas aos dirigentes classistas.
Em pelo menos duas vezes, os ânimos se acirraram e Barbosa determinou que os convidados baixassem o tom de voz ou só se dirigissem a ele quando solicitados, além de criticar a presença de pessoas que não foram chamadas. A audiência estava sendo pleiteada há meses para apresentação das demandas corporativas, mas a relação estremecida entre Barbosa e as associações dificultou a aproximação.
Recentemente, Barbosa provocou reação das entidades ao falar, durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que há conluio entre juízes e advogados. O presidente do STF e do CNJ também marcou posição contra a criação de quatro novos tribunais federais no país. O projeto foi aprovado na semana passada pelo Congresso Nacional e teve como grande articuladora a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
Hoje, ao falar do assunto com o presidente da Ajufe e com os dirigentes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Barbosa disse que a expansão da Justiça Federal foi articulada “sorrateiramente”, “na surdina”. Para Barbosa, os senadores foram induzidos a erro, pois nenhum órgão do Estado foi ouvido e não houve estudo sério sobre o impacto financeiro da medida, que segundo ele, é de cerca de R$ 8 bilhões.
“A visão corporativista distorce as coisas. A Justiça Federal está crescendo de forma impensada e irracional”, disse, acrescentando, de forma irônica, que os novos tribunais seriam criados perto de resorts. O ministro fez referência a outro embate recente com as entidades de classe, quando o CNJ proibiu patrocínios privados em eventos promovidos pelas associações. Na maioria das vezes, eles ocorriam em resorts e com sorteio de brindes.
Logo no começo da audiência, os magistrados disseram que traziam propostas para fortalecer o Estado Democrático de Direito, o que provocou reação de Barbosa. “O senhor acha que o Estado [Democrático] de Direito no Brasil está enfraquecido? Temos seguramente a democracia mais sólida da América Latina. Me causa estranheza pedido para que não haja enfraquecimento”, rebateu.
Barbosa disse que o STF já tem prestígio por si só e recusou os elogios por ter relatado a Ação Penal 470, o processo do mensalão. “Estou há dez anos nesse Tribunal, foi apenas o processo mais retumbante. Nesse, como em milhares, agi da mesma forma. Só suscitou mais interesse. Não teve nada de extraordinário em relação ao meu modo de agir”.
Também houve mal estar quando Barbosa citou as investidas das entidades contra o CNJ e quando ele criticou a tática de usar a imprensa para atacá-lo. “Quando tiverem algo a acrescentar, antes de irem à imprensa, dirijam documento à minha assessoria, não vão primeiro à imprensa para criar clima desagradável”, disparou. O ministro ainda disse que as associações “não podem fazer só o que interessa à classe, mas o que interessa a todo o país”.
Os únicos pontos de aparente convergência foram a necessidade de mudanças na legislação penal para evitar impunidade, o fim de critérios subjetivos para promoção de juízes ou nomeação de ministros e desembargadores e abertura de discussão sobre a retomada do adicional por tempo de serviço, medida que pode evitar o abandono precoce da carreira pelos juízes.
Segundo as associações, juízes que podem se aposentar aos 70 anos estão deixando a carreira, em média, aos 56 anos, pois não têm perspectiva de crescimento e preferem se aposentar. Segundo o presidente da AMB, Nelson Calandra, só no ano passado mais de 530 juízes deixaram seus postos, provocando déficit de mão de obra e acúmulo de trabalho.
Edição: Fábio Massalli
Posted 1 hour ago by René Amaral
Julio Silveira
Aprendi a ficar desconfiado quando a grita é grande contra um elemento que afronta as convenções contidas no jogo do poder. Passei a observar que ele, por sua autenticidade, pode passar rapidamente de heroi a marginal, conforme seus posicionamentos atingem aqueles que por convenção de determinados grupos, acordos de cavalheiros, deveriam ser preservados. Sobre esses minha atenção redobra. Para que eu não tenha, mais tarde, que me arrepender por um mal julgamento. Sido induzido por interesses intrinsicos do jogo do poder a firmar posição viciada por interesses alheios aos meus. Hoje mesmo vi a tal agressividade do Ministro Joaquim, que nada mais fez que pedir que se restabelecesse o reconhecimento a sua hierarquia, numa questão que de seu julgamento, para mim pertinente, deveria ter sido mais exposta a sociedade. Isso pode surpreender num país como o nosso, onde impera um sistema onde as autoridades se arvoram no direito de tutelar a cidadania, avaliam-na como imcapaz de julgamentos sobre a propria capacidade de escolha, tomando decisões a revelia do conhecimento popular. Comprovando serem pouco confiaveis e merecidores sequer de reconhecimento. Por isso as vezes, em função da intimidade ou promiscuidade consentida através dos lobyes, nos gabinetes de alguns, que esquecem seus lugares, pode surpreender a autoridade imposta pelo ministro.
Agora mesmo neste post, um exemplo claro de onde se pode chegar quando a autoridade não se impõe no momento devido. Querer demonizar o atual presidente do Supremo, não sei a quem servira, mas estou avaliando que muito provavelmente não será a meu favor e usar a expressão perigo a democracia para tratar de um assunto em que a maioria dos cidadãos sequer teve informação ou intui como funciona, é muita coragem.
Laura
LULA já faz parte de nossa história. Não sei o que pode acontecer neste país caso tentem uma investida séria contra ele !!! Até eu sou capaz de ir às ruas!!!! Que não nos provoquem !!!
Jose Mario HRP
Em primeiríssima mão, 247 divulga a reportagem de capa da próxima edição da revista Retrato do Brasil, de Raimundo Rodrigues Pereira, que chega às bancas no próximo fim de semana; ela demonstra que os empréstimos bancários tomados pelo PT existiram (com os devidos registros) e que foi preciso grande esforço retórico para transformar as “fragilidades e falhas” no processo de controle dos recursos do Fundo de Incentivos Visanet pelo Banco do Brasil num clamoroso “desvio de dinheiro público”; matéria afirma que Justiça no processo faz lembrar “tempos medievais” e que o chamado mensalão faz por merecer o apelido de mentirão; publicação estará nas bancas no próximo fim de semana; leia antes aqui
247 – O acórdão do julgamento do mensalão deve sair nesta semana, mas o mais controverso processo judicial dos últimos anos no Brasil segue com inúmeras questões a serem respondidas. No próximo fim de semana, chega às bancas das principais capitais do País, a R$ 8,00, edição da revista Retrato do Brasil que esmiúça a “construção do mensalão”, e a que você tem acesso em primeira mão no 247.
Leia, em primera mão, “A construção do mensalão”, da revista Retrato do Brasil
Na reportagem de capa, a publicação promete mostrar que “o mensalão foi uma espécie de maldição aspergida pelo ex-deputado Roberto Jefferson sobre um esquema de financiamento eleitoral por meio do qual o partido do presidente Lula e de seu ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, distribuiu, entre 2003 e 2004, cerca de 56 milhões de reais para vários de seus filiados, para o marqueteiro de muitas de suas campanhas, Duda Mendonça, e para vários partidos da chamada base aliada”.
Entre os questionamentos apresentados pela revista está o fato de que os empréstimos do Banco Rural ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e aos dirigentes da empresa SMP&B, que levaram ex-executivos do banco e da agência à condenação, “estavam perfeitamente contabilizados exatamente para confirmar sua existência e para cobrar do PT que os pagasse”, como destacam depoimentos dos ex-executivos do banco. “Eram empréstimos, efetivamente. Esperávamos que o PT os pagasse. Se era dinheiro para corrupção, porque fazer e depois entregar à polícia essa contabilidade minuciosa?”, questiona Ramon Hollerbach, ex-sócio da SMP&B, na reportagem.
Destacando que a Justiça no processo faz lembrar “tempos medievais”, a publicação comandada por Raimundo Rodrigues Pereira detalha ainda o caso Visanet, que, no processo, teria provado a existência de dinheiro público no suposto esquema. “Um dos segredos da Visanet nos lugares em que opera é colocar a serviço da venda de seus cartões – e, portanto, do aumento de seu faturamento – bancos rivais entre si, cada um interessado em emitir mais cartões que o outro, disputando cada espaço do mercado”, explica o texto, que exemplifica: “se havia, como de fato houve nesse período, um congresso de magistrados em Salvador e o BB queria fazer uma promoção no local, isso não deveria estar escrito num plano a ser discutido dentro da Visanet, onde estava o Bradesco, por exemplo, com mais ações que o BB na empresa e igualmente ávido para vender cartões Visa aos juízes, pessoas de alto poder aquisitivo”.
Visanet
A estratégia empresarial explica, segundo a revista, porque “as relações entre Visanet, bancos e agências de publicidade tinham de ser mais frouxas, para que o negócio funcionasse melhor”. “Os negócios foram feitos assim e o truque funcionou, especialmente para o BB, que se tornou, nos anos da gestão Pizzolato, líder no faturamento de cartões de crédito entre os bancos associados à Visanet”, conta a Retrato do Brasil. “Os auditores foram procurar documentos onde esses documentos não estavam. Notas fiscais, faturas e recibos da agência DNA e de fornecedores que teriam feito para ela as ações de incentivo autorizadas pelo BB foram buscados no próprio BB, onde não estavam. Como quem procura acha, os auditores encontraram ‘fragilidades e falhas’: descobriram que, nos dois períodos até então (…), as ações com dinheiro do FIV [Fundo de Incentivos Visanet] alocado para o BB, com falta absoluta ou parcial de documentos nos arquivos do próprio BB, chegavam quase à metade dos recursos despendidos”, lembra o texto.
“Ao procurarem os mesmos documentos na Visanet, os auditores os encontraram. Evidentemente, a grande mídia – cujos colunistas mais raivosos chamam os petistas de petralhas – divulgou apenas que os auditores tinham achado, nos arquivos do BB, ‘fragilidades e falhas’ que mostravam indícios de que os serviços da DNA para o BB poderiam não ter sido realizados. A transformação das ‘fragilidades e falhas’ no processo de controle dos recursos do Fundo de Incentivos Visanet pelo Banco do Brasil num clamoroso ‘desvio de dinheiro público’ não se deu por força de afirmações contidas nos frios relatórios da auditoria feita pelo banco nesse fundo. Essa metamorfose ocorreu após a denúncia do escândalo na Câmara dos Deputados, um local no qual o PT sofrera uma grande derrota no início de 2005, com a perda da presidência da Casa, cargo em que estava seu deputado João Paulo Cunha, um ex-metalúrgico, como o presidente Lula”, conta a revista.
Leia mais em a “A construção do mensalão”, da revista Retrato do Brasil
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Sagarana
O Ministério Público do Distrito Federal – POR INICIATIVA DA PROCURADORIA NO DISTRITO FEDERAL – decidiu promover investigação contra Lula, denunciado, por Marcos Valério, por ter intermediado suposta “ajuda” ao PT, junto à Portugal Telecom, no valor de 7 milhões de reais.
Não custa lembrar, a bem da verdade, que a PGR remeteu o processo ao MPF-MG que se declarou incopetente para analisá-lo e dar prosseguimento à apuração de eventuais delitos pelo fato de não terem ocorrido em área sob sua jurisdição. Assim sendo, o MPF-MG remeteu o referido processo à autoridade competente, ou seja, o MPDF. Simples assim. Um pouquinho mais de atenção com os fatos Dr. Santayana.
FrancoAtirador
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Atualmente algumas instituições só funcionam contra o PT.
Será que é porque o Brasil é mesmo o País dos Petralhas?
Ou será que é porque o MP e o PJ são o Viveiro dos Tucanalhas?
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Sagarana
PJ é Poder Judiciário? Se for, cabe lembrar ao atirador que a imensa maioria dos Ministros da Corte Máxima foram indicados por governos petistas. Será que nem isso eles sabem fazer?
Augusto Pinheiro
Tomara que eu esteja engandao, mas tenho cá minhas dpúvidas quanto a isso. O povo tem memória curta.
anderson
STF poderá ser julgado pela Corte Internacional de Direitos Humanos
Especialista em Direito Penal afirma que alguns pontos do julgamento da Ação Penal 470 não foram respeitados pelos ministros do Supremo, colocando em perigo o estado democrático de direito.
Hélmiton Prateado, via Diário da Manhã
O advogado Pedro Paulo Guerra de Medeiros diz que o julgamento da Ação Penal 470, popularmente chamada de “mensalão”, está sendo uma sucessão de problemas causados pelos ministros e que deverá ser a origem de um constrangimento para o Brasil. “É praticamente certo que esse julgamento será levado a organismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, pela forma arbitrária como está se processando esse julgamento”, explicou.
Pedro Paulo é especialista em Direito Penal, conselheiro da OAB/GO e professor universitário. Em entrevista ao DM, ele detalha os principais pontos de discórdia sobre o julgamento e o que deverá ser objeto de questionamento em uma corte internacional para rever as possíveis condenações.
“Alguns pontos não respeitados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal estão colocando em grave perigo o estado democrático de direito, situação que não podemos permitir, pois a democracia é um valor muito caro para a sociedade brasileira. O direito a uma revisão do julgamento e o princípio do juiz natural são alguns desses quesitos que estão sendo afrontados pelos eminentes componentes do STF”, frisa.
Para o advogado, a forma deste processamento está se assemelhando a um tribunal de exceção ou mesmo aos julgamentos da inquisição, o que tira o caráter democrático da mais alta Corte do País. “Precisamos impedir violações, sob pena de criarmos um monstro incontrolável que se voltará contra nós no futuro.”
Diário da Manhã – O julgamento do “mensalão” é passível de ser revisto?
Pedro Paulo Medeiros – Sim, por certo que deverá ser. Esse julgamento, assim como qualquer ato de poder público do Estado brasileiro, pode ser submetido à Corte Interamericana de Direitos Humanos se existir alguma nuance a caracterizar que esse ato afronta a Convenção Americana de Direitos Humanos. Essa convenção é um tratado internacional de direitos humanos, da qual o Brasil é signatário. De forma soberana, o Brasil aderiu a esse tratado e se comprometeu a cumpri-lo. Dessa forma, algumas premissas são de cumprimento obrigatório e estão sendo violadas nesse julgamento.
DM – De forma mais direta, quais são essas violações?
Pedro Paulo Medeiros – Neste caso concreto, o Supremo Tribunal Federal está julgando e condenando acusados. Nós, advogados, entendemos que está afrontando a Convenção Americana em alguns pontos bem claros. O primeiro é que está se dando um julgamento parcial, pois o mesmo juiz que colheu as provas na fase de inquérito, ministro Joaquim Barbosa, é o mesmo juiz que está agora julgando. Isso é muito próximo do que víamos na inquisição, até porque também não está estabelecido o contraditório. Outro ponto crucial nesse julgamento é a inexistência de um duplo grau de jurisdição. Esse princípio reza que o cidadão tenha sempre o direito de recorrer a uma instância acima quanto à sua eventual condenação. Como já estão sendo julgados pelo mais alto Tribunal do País, esses acusados não terão direito à revisão de seu caso, como se os ministros do STF fossem infalíveis e seus atos sejam de forma dogmática irrecorríveis.
DM – Esta convenção prevê possibilidade de recurso?
Pedro Paulo Medeiros – Justamente nesse ponto, está havendo a mais grave agressão. A Convenção Americana de Direitos Humanos estabelece que em casos de julgamentos criminais o indivíduo terá sempre direito de recorrer a alguma instância superior, o que não existe no Brasil. Em resumo, os acusados que forem condenados no STF têm o direito previsto na convenção de recurso de revisão para seus casos e não há previsão no ordenamento brasileiro para isso. Dois casos semelhantes já foram levados à Corte, e neles a Corte admitiu que houve violações e determinou que fossem corrigidas as distorções. No caso Las Palmeras, a Corte Interamericana mandou processar novamente um determinado réu (na Colômbia), porque o juiz do processo era o mesmo que o tinha investigado anteriormente. Uma mesma pessoa não pode ocupar esses dois polos, ou seja, não pode ser investigador e julgador no mesmo processo, sob pena de repetirmos a inquisição e o regime militar autoritário que há pouco nos cerceava os direitos mais simples. No caso Barreto Leiva contra Venezuela, se depreende precedente indicativo de que o julgamento da Ação Penal 470 no STF poderá ser revisado para se conferir o duplo grau de jurisdição para todos os réus, incluindo-se os que gozam de foro especial por prerrogativa de função. Além da violação ao princípio do juiz natural, que é um direito previsto na convenção americana de o cidadão não ser julgado por juiz que não tenha competência expressa para fazê-lo.
DM – Caso a Corte Americana julgue contra o STF, qual é o resultado prático?
Pedro Paulo Medeiros – A Corte prolata uma decisão para o Brasil para que o Supremo cumpra o que foi pactuado na convenção. O Brasil tem de cumprir de bom grado, corrigindo as distorções, ou sofrerá sanções internacionais, como embargos, e estará dando uma demonstração para a comunidade internacional de que não cumpre normas que ele mesmo prega: respeito e cumprimento. Não se pode conceber que o Brasil tenha esta postura, principalmente quando quer ser ator de primeira grandeza no cenário internacional, inclusive postulando um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
DM – Há opiniões sobre a falta de contraditório no processo. Isso procede?
Pedro Paulo Medeiros – Sim, esse é um dos argumentos dos defensores. Basta prestar atenção nos votos dos ministros que condenam os envolvidos. Eles estão aceitando indícios como provas e elementos colhidos fora do processo, como dados da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios ou mesmo durante o inquérito. Está patente que esses elementos não passaram pelo contraditório e pela ampla defesa. É regra no direito brasileiro que, remonta a toda a doutrina jurídica, que só se pode utilizar elementos colhidos em juízo, com a presença de advogados, de membros do Ministério Público e com a garantia do amplo direito de defesa e do magno contraditório, como está preconizado na Constituição Federal e que a democracia brasileira ainda mantém como soberana. São preceitos inabaláveis, que também estão contidos na Convenção Americana de Direitos Humanos e que, portanto, devem ser levados à apreciação da Corte Interamericana.
DM – O Supremo está fugindo a sua tradição e fazendo um julgamento mais político que jurídico?
Pedro Paulo Medeiros – Acredito que o Supremo está transpondo sua jurisprudência de décadas, que era absolutamente libertária, constitucional e garantista. Estão fazendo um julgamento diferente do que foi feito em décadas, muito mais duro, julgando por indícios, sem provas juntadas aos autos e atropelando preceitos constitucionais. Espero que seja o único e que isso não se repita, mas de que isso vai virar um precedente muito perigoso, não temos dúvida.
DM – Qual o efeito posterior a isso?
Pedro Paulo Medeiros – Qualquer juiz de primeira instância se sentirá avalizado para tomar decisões idênticas, desrespeitando garantias constitucionais e praticando inquisições à vontade. Nos rincões, com pessoas simples, advogados simples vão sofrer horrores nas mãos de inquisidores com o poder da caneta para sentenciar. Juízes vão se sentir muito à vontade para julgar na base do “ouvi dizer”. Imagine só que terror não será uma situação assim! O Supremo está criando um paradigma perigosíssimo ao julgar por indícios e condenar. As pessoas estão achando muito bom isso agora, porque o STF está julgando o rico, bonito e famoso distante, o bem situado. O dia em que isso começar a acontecer na casa delas, verão o monstro que criaram e que se tornou incontrolável. Na época do regime militar, da ditadura dos militares, eles prendiam as pessoas, torturavam e as deixavam incomunicáveis, e achavam que estavam agindo dentro da legalidade e da legitimidade, com toda a naturalidade possível, dentro da mais perfeita justiça. Tinham seus fundamentos para prender sem fundamento, para julgar por “ouvir dizer” e para condenar sem provas, tudo muito próximo do que está sendo feito nesse processo do “mensalão”. Terminantemente, as provas produzidas perante o Supremo Tribunal Federal sob o contraditório não comprovam as acusações.
anderson
entrevista que mostrara que o vexame do stf sera internacional:
STF poderá ser julgado pela Corte Internacional de Direitos Humanos
Especialista em Direito Penal afirma que alguns pontos do julgamento da Ação Penal 470 não foram respeitados pelos ministros do Supremo, colocando em perigo o estado democrático de direito.
Hélmiton Prateado, via Diário da Manhã
O advogado Pedro Paulo Guerra de Medeiros diz que o julgamento da Ação Penal 470, popularmente chamada de “mensalão”, está sendo uma sucessão de problemas causados pelos ministros e que deverá ser a origem de um constrangimento para o Brasil. “É praticamente certo que esse julgamento será levado a organismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, pela forma arbitrária como está se processando esse julgamento”, explicou.
Pedro Paulo é especialista em Direito Penal, conselheiro da OAB/GO e professor universitário. Em entrevista ao DM, ele detalha os principais pontos de discórdia sobre o julgamento e o que deverá ser objeto de questionamento em uma corte internacional para rever as possíveis condenações.
“Alguns pontos não respeitados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal estão colocando em grave perigo o estado democrático de direito, situação que não podemos permitir, pois a democracia é um valor muito caro para a sociedade brasileira. O direito a uma revisão do julgamento e o princípio do juiz natural são alguns desses quesitos que estão sendo afrontados pelos eminentes componentes do STF”, frisa.
Para o advogado, a forma deste processamento está se assemelhando a um tribunal de exceção ou mesmo aos julgamentos da inquisição, o que tira o caráter democrático da mais alta Corte do País. “Precisamos impedir violações, sob pena de criarmos um monstro incontrolável que se voltará contra nós no futuro.”
Diário da Manhã – O julgamento do “mensalão” é passível de ser revisto?
Pedro Paulo Medeiros – Sim, por certo que deverá ser. Esse julgamento, assim como qualquer ato de poder público do Estado brasileiro, pode ser submetido à Corte Interamericana de Direitos Humanos se existir alguma nuance a caracterizar que esse ato afronta a Convenção Americana de Direitos Humanos. Essa convenção é um tratado internacional de direitos humanos, da qual o Brasil é signatário. De forma soberana, o Brasil aderiu a esse tratado e se comprometeu a cumpri-lo. Dessa forma, algumas premissas são de cumprimento obrigatório e estão sendo violadas nesse julgamento.
DM – De forma mais direta, quais são essas violações?
Pedro Paulo Medeiros – Neste caso concreto, o Supremo Tribunal Federal está julgando e condenando acusados. Nós, advogados, entendemos que está afrontando a Convenção Americana em alguns pontos bem claros. O primeiro é que está se dando um julgamento parcial, pois o mesmo juiz que colheu as provas na fase de inquérito, ministro Joaquim Barbosa, é o mesmo juiz que está agora julgando. Isso é muito próximo do que víamos na inquisição, até porque também não está estabelecido o contraditório. Outro ponto crucial nesse julgamento é a inexistência de um duplo grau de jurisdição. Esse princípio reza que o cidadão tenha sempre o direito de recorrer a uma instância acima quanto à sua eventual condenação. Como já estão sendo julgados pelo mais alto Tribunal do País, esses acusados não terão direito à revisão de seu caso, como se os ministros do STF fossem infalíveis e seus atos sejam de forma dogmática irrecorríveis.
DM – Esta convenção prevê possibilidade de recurso?
Pedro Paulo Medeiros – Justamente nesse ponto, está havendo a mais grave agressão. A Convenção Americana de Direitos Humanos estabelece que em casos de julgamentos criminais o indivíduo terá sempre direito de recorrer a alguma instância superior, o que não existe no Brasil. Em resumo, os acusados que forem condenados no STF têm o direito previsto na convenção de recurso de revisão para seus casos e não há previsão no ordenamento brasileiro para isso. Dois casos semelhantes já foram levados à Corte, e neles a Corte admitiu que houve violações e determinou que fossem corrigidas as distorções. No caso Las Palmeras, a Corte Interamericana mandou processar novamente um determinado réu (na Colômbia), porque o juiz do processo era o mesmo que o tinha investigado anteriormente. Uma mesma pessoa não pode ocupar esses dois polos, ou seja, não pode ser investigador e julgador no mesmo processo, sob pena de repetirmos a inquisição e o regime militar autoritário que há pouco nos cerceava os direitos mais simples. No caso Barreto Leiva contra Venezuela, se depreende precedente indicativo de que o julgamento da Ação Penal 470 no STF poderá ser revisado para se conferir o duplo grau de jurisdição para todos os réus, incluindo-se os que gozam de foro especial por prerrogativa de função. Além da violação ao princípio do juiz natural, que é um direito previsto na convenção americana de o cidadão não ser julgado por juiz que não tenha competência expressa para fazê-lo.
DM – Caso a Corte Americana julgue contra o STF, qual é o resultado prático?
Pedro Paulo Medeiros – A Corte prolata uma decisão para o Brasil para que o Supremo cumpra o que foi pactuado na convenção. O Brasil tem de cumprir de bom grado, corrigindo as distorções, ou sofrerá sanções internacionais, como embargos, e estará dando uma demonstração para a comunidade internacional de que não cumpre normas que ele mesmo prega: respeito e cumprimento. Não se pode conceber que o Brasil tenha esta postura, principalmente quando quer ser ator de primeira grandeza no cenário internacional, inclusive postulando um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
DM – Há opiniões sobre a falta de contraditório no processo. Isso procede?
Pedro Paulo Medeiros – Sim, esse é um dos argumentos dos defensores. Basta prestar atenção nos votos dos ministros que condenam os envolvidos. Eles estão aceitando indícios como provas e elementos colhidos fora do processo, como dados da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios ou mesmo durante o inquérito. Está patente que esses elementos não passaram pelo contraditório e pela ampla defesa. É regra no direito brasileiro que, remonta a toda a doutrina jurídica, que só se pode utilizar elementos colhidos em juízo, com a presença de advogados, de membros do Ministério Público e com a garantia do amplo direito de defesa e do magno contraditório, como está preconizado na Constituição Federal e que a democracia brasileira ainda mantém como soberana. São preceitos inabaláveis, que também estão contidos na Convenção Americana de Direitos Humanos e que, portanto, devem ser levados à apreciação da Corte Interamericana.
DM – O Supremo está fugindo a sua tradição e fazendo um julgamento mais político que jurídico?
Pedro Paulo Medeiros – Acredito que o Supremo está transpondo sua jurisprudência de décadas, que era absolutamente libertária, constitucional e garantista. Estão fazendo um julgamento diferente do que foi feito em décadas, muito mais duro, julgando por indícios, sem provas juntadas aos autos e atropelando preceitos constitucionais. Espero que seja o único e que isso não se repita, mas de que isso vai virar um precedente muito perigoso, não temos dúvida.
DM – Qual o efeito posterior a isso?
Pedro Paulo Medeiros – Qualquer juiz de primeira instância se sentirá avalizado para tomar decisões idênticas, desrespeitando garantias constitucionais e praticando inquisições à vontade. Nos rincões, com pessoas simples, advogados simples vão sofrer horrores nas mãos de inquisidores com o poder da caneta para sentenciar. Juízes vão se sentir muito à vontade para julgar na base do “ouvi dizer”. Imagine só que terror não será uma situação assim! O Supremo está criando um paradigma perigosíssimo ao julgar por indícios e condenar. As pessoas estão achando muito bom isso agora, porque o STF está julgando o rico, bonito e famoso distante, o bem situado. O dia em que isso começar a acontecer na casa delas, verão o monstro que criaram e que se tornou incontrolável. Na época do regime militar, da ditadura dos militares, eles prendiam as pessoas, torturavam e as deixavam incomunicáveis, e achavam que estavam agindo dentro da legalidade e da legitimidade, com toda a naturalidade possível, dentro da mais perfeita justiça. Tinham seus fundamentos para prender sem fundamento, para julgar por “ouvir dizer” e para condenar sem provas, tudo muito próximo do que está sendo feito nesse processo do “mensalão”. Terminantemente, as provas produzidas perante o Supremo Tribunal Federal sob o contraditório não comprovam as acusações.
Francisco
“Só me dirija a palavra quando eu lhe pedir.”
Joaquim Barbosa.
PS. Debata democraticamente com esse cara!
sil
mexeu com Lula,mexeu comigo!
Messias Franca de Macedo
AINDA SOBRE O ‘NEOMONSTRO’! “NUMDISSE”?!…
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QUEM TERÁ CORAGEM DE DETER O PRESIDENTE DO STF?
Joaquim Barbosa representa uma ameaça à democracia brasileira. No Supremo Tribunal Federal, ele já desrespeitou quase todos os seus colegas. Recentemente, chamou um jornalista de palhaço e não se desculpou de forma minimamente decente. Hoje, ironizou membros da magistratura, a quem acusou de agir de forma sorrateira na criação de novos tribunais, e mandou que juízes baixassem o tom de voz ao se dirigir a ele. Detalhe: os novos tribunais foram aprovados por 371 deputados federais. Será que Barbosa se vê acima do Congresso Nacional? (Neste momento, membros da magistratura discutem a redação de uma nota duríssima contra o presidente do STF)
Brasil 247 – O ex-presidente Lula, o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos e Frei Betto podem colocar na biografia: foram responsáveis pela nomeação, ao Supremo Tribunal Federal, de um ministro, hoje presidente da corte, que é uma ameaça à democracia brasileira e que não reúne mínimas condições de permanecer à frente do cargo que ocupa. Joaquim Barbosa já desrespeitou praticamente todos os seus colegas no STF (leia mais aqui). Recentemente, chamou um jornalista do Estado de S. Paulo, Felipe Recondo, de “palhaço”, e não se desculpou de forma minimamente civilizada. Hoje, ao receber representantes de associações magistrados, os acusou de agir de forma “sorrateira” na aprovação de novos tribunais federais.
(…)
FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/98351/Quem-ter%C3%A1-coragem-de-deter-o-presidente-do-STF.htm
… República da [eterna] OPOSIÇÃO AO BRASIL… AUTORITÁRIA, ABESTADA, indecorosa, AÉTICA, traidora, despudorada, fascista, aloprada, alienada, histriônica, impunemente terrorista, MENTEcapta, néscia, golpista de meia-tigela, antinacionalista, corrupta… ‘O cheiro dos cavalos ao do povo!’ (“elite estúpida que despreza as próprias ignorâncias”, lembrando o enunciado lapidar do eminente escritor uruguaio Eduardo Galeano)
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Messias Franca de Macedo
O PIG &$ O RESTANTE DA DIREITONA OPOSIÇÃO AO BRASIL FORJARAM O MONSTRO QUE EXISTE EM JOAQUIM BARBOSA!
##############
Durante um tenso encontro com representantes das três principais associações de magistrados do país, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, afirmou que a criação dos quatro novos Tribunais Regionais Federais foi aprovada de forma “sorrateira” e na “surdina” e apostou que suas sedes serão construídas em “resorts e grandes praias”.
Durante a reunião, Barbosa chegou a pedir que o vice-presidente de uma das entidades abaixasse o tom de voz e só falasse quando autorizado.
(…)
CACHOEIRA: “grande” MÉRDIA NATIVA!
##############
… [Em breve] Chegará a hora de o PIG querer desmaterializar o monstro! Viu estropícios!…
… República da [eterna] OPOSIÇÃO AO BRASIL… ABESTADA, indecorosa, AÉTICA, traidora, despudorada, fascista, aloprada, alienada, histriônica, impunemente terrorista, MENTEcapta, néscia, golpista de meia-tigela, antinacionalista, corrupta… ‘O cheiro dos cavalos ao do povo!’ (“elite estúpida que despreza as próprias ignorâncias”, lembrando o enunciado lapidar do eminente escritor uruguaio Eduardo Galeano)
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Willian
Aposto que não acontece nada. Genoíno, João Paulo e José Dirceu estão indo para a cadeia e o povo está caladinho. Com Lula seria a mesma coisa. O povo não está nem aí!
Mário SF Alves
Irresponsabilidade política tem limite, heim, Willian. Ainda bem que você não é estadista. Se fosse… ah, se fosse, o Hitler te adoraria.
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Agora falando sério. Então, se entendi bem, você discorda do enunciado? Assim, a seu ver não haveria uma crise social sem precedentes ao tentarem fazer com o Lula o que tentaram [e fizeram] com o Genoino e com o Dirceu?
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Ah, sim, não haveria problema algum em detonar a maior crise política da História do Brasil, pois não ocorreria nada de mais, a não ser simplérrimo fato de, assim, apressar-se-ia uma revolução à francesa no Brasil. É isso? Então, tá.
Willian
Exato, Mário você entendeu certo. Se Lula for indiciado, julgado e condenado não acontece nada. Apenas o “povo” dos sindicatos e dos movimentos sociais se manifestará (se tiver clima). O povo que pega ônibus e trabalha das 08:00 às 18:00 não está nem aí.
Saçuober
Deus nos ajude, que resolvamos no voto, mas se obrigado for, defenderemos o Lula.
vitor oliveira
Olha, que Lula tem uma importância ímpar na história do brasil é verdade. Fora a militância anterior, seu governo superou os demais de forma acachapante, e colocou o Brasil no mapa do mundo. Não creio, contudo, que seja saudável defender a tese de que alguém possa estar acima das leis. A luta que se fará por Lula, se for o caso, será fundamentada na disputa de poder que tem de um lado a mídia e setores políticos conservadores, preconceituosos e entreguistas, e de outro, os desenvolvimentistas que optaram pelo brasil e pelo povo brasileiro. Com o julgamento da AP 470 (mensalão), ficou muito claro que o STF, a PGR e a velha mídia vão voando no pescoço. É contra esse catado e o que eles representam que a luta se dará.
ricardo silveira
Acho real a possibilidade de desencadear “uma crise nacional de desfecho imprevisível” se essa campanha da Casa Grande para enlamear Lula prosperar, só não concordo com a certeza de que Lula desconheça Plekhanov. Se fosse o FHC dizendo isso seria compreensível.
niveo campos e souza
tucanos? NUNCA MAIS NO PODER!
Niveo Campos e Souza
Messias Franca de Macedo
[MAIS] FACADAS NO CORAÇÃO DA MILITÂNCIA! ENTENDA
Na mesma reportagem da revista Retrato do Brasil, uma foto e a legenda
17 x 4: MENSALÃO RECONHECIDO
POR GOLEADA, DIZ O PFL
“Na fotografia, ACMalvadeza Neto, Jutahy Magalhães Junior, o tal do Lorenzente do DEMo do RS &$ outras figuras execráveis do cenário político [anti!]nacional… Também na foto, o ex-carlista César Borges, eufórico, “batendo palminhas/sorriso largo! Sim, o atual ministro dos Transportes do ‘PT da governança’! Haja dor!…
Março de 2006, oposicionistas carregam em triunfo o
deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o relator da CPMI
dos Correios, após a aprovação, por 17 votos a 4, do seu
relatório. O texto teria mostrado, diz a legenda da foto,
publicada no site do PFL, “o que todo o País comprovou
em 11 meses de depoimentos e investigações”: “o PT, braço
político-eleitoral do Governo Lula, comprou com dinheiro
público a adesão de deputados para formar a tristemente
famosa “base governista”. O nome “mensalão” para essas
propinas milionárias é apenas uma marca de fantasia, um
apelido convencional, para o fato comprovado de que o
Governo Lula e o PT praticaram atos de corrupção”
República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Francisco
Não entendi nada…
Sagarana
Ora, ora, perante a lei somos todos iguais, ou não? Será que Lula não é uma pessoa comum? Será que estamos em uma República?
Abel
Pergunte isso para o “Príncipe dos Sociólogos” – esse nunca se considerou “comum”. Claro, eu não compartilho da opinião dele…
Fabio Passos
A pior “elite” do mundo sabe que leva uma sova na democracia… é claro que vão recorrer ao golpe.
É a natureza da casa-grande.
Mário SF Alves
E, detalhe, democracia esta moldada por essa mesma elite. E o que é mais “interessante”, é jogo jogado por regras impostas por ela, pela pior elite do mundo, e ainda assim prevalesce o resultado: povo 7,5 x pior elite do mundo 0.
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É… ela, a pior elite do mundo, têm razão de endoidar a cabeção.
Messias Franca de Macedo
A NOVIDADE DA POLÍTICA: ‘Eduardo [Caminhando em] Campos [Minados] ENTENDA A LEITURA DO MATUTO ‘BANANIENSE’!
… E na campanha presidencial (2014), como o ‘Eduardinho Plano B do PIG Campos’ irá justificar a prática de empregar parentes de primeiríssimo (sic) grau em seu governo de Pernambuco?! E a traição ao Lula?!… A traição ao Lula, não pelo fato do Eduardo Campos tornar-se um dissidente e do desejo de alçar voos(!) ao lado dos tucanos &$ outras aves de rapina (idem sic)! A traição se materializa pelo fato de o ‘Eduardinho Por Agora do PIG’ aliar-se aos mais ferrenhos, covardes e sórdidos detratores do Lula… Algo impensável, “insonhável” para o egrégio Miguel Arraes! É verdade: os netos não são iguais aos avós!…
… Mãos na consciência e olhos na coerência, senhor ‘Eduardo Ingrato Campos’, mais um ambicioso na política, o que, convenhamos, não significa nenhuma novidade!…
República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Mário SF Alves
“… o ‘Eduardinho Por Agora do PIG’ aliar-se aos mais ferrenhos, covardes e sórdidos detratores do Lula… Algo impensável, “insonhável” para o egrégio Miguel Arraes! É verdade: os netos não são iguais aos avós!…”
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Então. É a prova mais cabal degenerecência genética, prezado Messias.
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Se bem que tal degeneração, salvo engano, pode ocorrer, por exemplo, na monocultura do Eucalipto. Ou seja, degenerescência genética devido à hibridação inter-específica.
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Será que “en los netos” fenômeno igual índole se verifica?
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Ah, a política brasileira, seus subterrâneos PiG e outros mais barbosonicamente ditos democráticos, como ainda nos soa estranha.
Francisco
Apenas um modesto lembrete de um modesto historiador totalmente despretencioso:
Se, a despeito do estado democratico de direito e do poder exercito pelo voto, a esquerda não puder exercer plenamente seus privilégios de cidadão (eleito), estará demonstrado, por A + B, que a ordem burguesa não permite a livre expressão do poder popular, oriunda do voto universal.
Ou seja: labutar dentro das regras burguesas terá sido didaticamente demonstrado, que é inútil. Não por algum tresloucado líder de esquerda, mas pelo sistema.
Até o momento, tem sido alijado um blogueirosinho aqui, um deputadozinho acolá.
Se tocar em Lula, o entendimento será rápido e massivo: sem eliminar fisicamente os Romanov, não se faz revolução. E tudo o que Lula que (e sejamos francos, o PT também) é evolução.
Lula não é dono do povo. O povo é seu próprio dono. Para processos históricos racionais é bom que o povo tenha (e se reconheça, pelo menos em parte) em um líder racional. Lula tem sido racional e cordato até à nausea.
Sem líder, o povo pode rapidamente evoluir para a massa. E a massa, para turba. Quem lidera a turba? Quem a contem?
Há que meditar…
A direita, se tocar em Lula, pode vir a desejar o “vermelhismo cor-de-rosa” do PT antes desta história toda terminar…
nona fernandes
Penso que todo mundo está se precipitando nas preocupações com o que poderá acontecer, se a Polícia Federal aceitar investigar o ex-presidente. Não devemos nos esquecer, que essa provável investigação será sobre a mesma denúncia que vem sendo feita a ele, se não me engano, desde 2005. A denúncia já esteve em Brasília, depois foi para São Paulo, para Minas Gerais,e finalmente voltou para Brasília. Será que se existissem alguns indícios contundentes sobre ela, estaria mudando tanto de mãos em mãos? Acho que o principal objetivo é deixar Lula sempre na mídia, sendo acusado de qualqeur coisa, pois as pessoas desinformadas e alienadas só prestam um pouco mais de atenção nas denúncias. Depois nem querem saber no que deram tais denúncias, apesar de ficarem no subconsciente com o envolvimento de Lula, em corrupção. Isso, em relação aos anti-petistas e anti-lulistas. Porquee os lulistas aguerridos que nem nós, cada vez mais amaremos o nosso líder mor. Para mim, Lula está acima de qualqeur coisa.
JC Tavares
Acho que Lula, pra completar o bem que fez ao Brasil, ainda lhe falta desmascarar o imprensalão golpista, dizendo diretamente em horário nobre ou mesmo no horário político, o porque essa meia duzia de famílias que detém 80% das concessões de comunicação no Brasil tentam desconstruir todos os que fazem algo por seu povo. Tenho certeza que no momento oportuno Dilma não irá abandonar Lula, e virá sim em horário nobre,ela pode, e não vacilará. Vai ser o grito de independência contemporâneo do Brasil. Só então poderemos comemorar a democracia plena e um futuro promissor para toda uma geração.
Gerson Carneiro
E o chefe do Chalita, niguém vai cobrar responsabilidade?
Quantos Chalitas agem atualmente no seio do governo tucano do Estado de São Paulo?
É surreal isso. O Chalita posava ao lado do Pe. Marcelo de Mello, com olhar angelical (até publicaram juntos um livro de troca de confidências), e era tido nas propagandas do PSDB como quase santo quando era secretário do Geraldo Alckmin.
Hoje chovem denúncias contra o Chalita de há oito anos, exatamente quando era o xodó tucano, e o Geraldo Alckmin e o PSDB seguem incólumes, como se Chalita não fosso cria tucana.
Como é incrível a indústria seletiva de propaganda de crimes e criminosos.
Zanchetta
Mais ou menos o que o PT está fazendo com o Eduardo Campos hoje em dia
Mário SF Alves
O PT, caro Zanchetta, ao que tudo indica, não está nem aí. Claro, se a coisa andar na direção imposta pelo PiG, algum cargo em algum ministério e em alguma secretaria vai dançar.
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Mas… quer saber, quem se incomoda mesmo somos nós. Nós, os que estamos assistindo ao jogo pelo lado de fora. Somos nós os que tememos pelo desfecho de mais essa armação engendrada pelo PiG, representante maior e gêmeo univitelino da pior elite do mundo.
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Ou será que o PiG não tem nadinha a ver com isso?
Gerson Carneiro
Sim, somos nós que estamos nas calçadas
Sim, somos nós que estamos nas prisões
Nos alagados
Sim, somos nós os marginais
Sim, somos nós brutalizados
Os favelados dos porões do inferno
O inferno é aqui
Sim, somos nós os sem direitos
Sim, somos nós os imperfeitos, somos os negros
Sim, somos nós filhos de Jah
Sim, somos nós perseguidos
Os habitantes dos porões do inferno
O inferno é aqui
Somos Nós – Edson Gomes
H.92
Vão armar outro Mentirão?!
assalariado.
As esquerdas, no Brasil, sempre foram, e são, anti dialéticas. Em vez de analisarem a história aos olhos de MARX, analisam aos olhos de Josef Stalin. Sim, estou falando dos erros históricos cometidos e, ainda o são nos dias atuais, no culto a personalidade que se esborrachou no século 20, como ideologia ‘de esquerda’. Quer queiram ou não, a luta de classes é, sempre foi, sempre será, o combustivel que alimentou e alimenta as revoluções através da história.
Cadê as ferramentas politico partidárias de transformação das esquerdas? Quando se cria um mito, matam -se as idéias, logo, os valores ideologicos a que esse idolo se reportaria, como politização e avanço na consciencia politica da massas, vão direto para o lixo da história. Por exemplo: O Hugo Chavez queriam embalsama -lo, em detrimento de continuar a pregação das idéias, esse é o combustível. Ou seja, mataria -se as idéias socialistas, com todas as letras e nasceria o mito. Ainda bem que voltaram atrás.
O que sobrou ideologicamente de Getúlio Vargas? Embora na minha opinião nunca passou de um nacionalista de direita, que tentou atualizar o modo arcaico do produção capitalista ‘brasileiro’. O que sobrou politicamente de João Goulart? Escondem das massas, desde sempre, o que está em jogo no poder central, e tem medo de falar que são dotados por ideologia anti capitalista, logo supõe -se, temos vergonha de nos declararmos socialistas e de esquerda.
Pior de tudo é, esses mesmos acharem que a burguesia acha que, os envergonhados da nação, se passarão despercebidos como neutros ideologicos e, por tabela, serem bem recebidos na casa grande donde os donos do capital se dissimulam nas entranhas de suas instituições, e seus salões juridicos do Estado burgues. Agem como inocentes históricos, parece que nunca vão aprender com a história passada recente. Ah, nossas esquerdas.
Saudações inocentes.
Julio Silveira
Os esquerdistas brasileiros existem, eles são os idealistas, os sonhadores, e ao sonhar abrem a guarda, o que é percebido pelos arrivistas como de facil manipuação, e se tornam assim presas fáceis. No Brasil o sonho da esquerda sempre tropeçou em arrivistas, falsos esquerdistas que ao atingirem seus objetivos esquecem o passado, e quase irremediavelmente costumam compor com a ordem antiga estabelecida. Por isso nossa esquerda precisa de herois, é carente deles. E nessa carência instala no imaginário popular elementos que em sã consciência de forma alguma poderiam ser definidos como tal, como elementos de esquerda, tenho dito isso a tempos. Citas o Getulio, que foi um cidadão que trouxe muitos beneficios a cidadania, principalmente mais humilde, foi o pai dos pobres, mas tambem foi um tirano, namorou o nazismo e o facismo e por questões estratégicas(pressão internacional)recuou, e deixou sequelas na esquerda, como já é de conhecimento publico, tendo ido contra o unico historicamente verdadeiro lider esquerdista que já viveu no Brasil, o Luiz Carlos Prestes, um idealista que abdicou de tudo por um ideal. Que para realizar um sonho, se transformou num comunista, coisa que nunca teve pretenção, mais por circuntancias e ocasião. O Jango, outro lembrado por você, um homem no máximo intuitivo, intuia o que deveria fazer algo para emancipar o país, fazê-lo avançar em igualdade e qualidade de vida, mas nunca abdicou de ser o latifundiário que foi. Mesmo o Brizola, outro idolo da esquerda, uma verdadeira contradição socialista, que mantinha no exterior grandes propriedades, enquanto aqui propunha repartir o que não lhe pertecia. Mesmo o nosso Lula, já se declarou divorciado da esquerda, publicamente declarando não sê-lo. A falta de sinceridade nas lideranças “esquerdistas” brasileiras, que os esquerdistas escolhem, é o que tem enfraquecido a mensagem ideológica, torna a esquerda fragil na assunção de sua identidade e fragiliza suas argumentações até perante seus adversários. Muita gente acredita que no Brasil temos ou tivemos lideranças de esquerda, tivemos, mas as verdadeiras nunca chegaram ao poder e se repararem bem, na história da esquerda brasileira, essas lideranças mais ideológicas e idealistas foram sendo alijadas da possibilidade de assumir o poder, principalmente por seus congeneres adversários, para que podessem, logo que conquistassem o poder, se apresentar sem as verdades inconveniente, a um povo carente, que acredita em santos, carente de crença, acostumado a comprar os santos de pau oco que lhes vendem como santos. E vêm milagres em cada gesto desses nossos santos de direita e de “esquerda” mas que no decorrer se verificam tão parecidos na hora de promover a fé sómente neles mesmos.
Mário SF Alves
Julio,
Com o devido respeito. Entendo que o problema é de outra ordem. É inegável a importância do referêncial teórico da esquerda. Inegável. Mas, referencial por referencial a direita também tem o dela. E mais, a direita tal como a conhecemos aqui, tem e sempre teve o monopólio da imagem e da palavra. Ou, dito de outra forma, a direita, além do referencial teórico, tem e sempre teve o poder de IMPOR sua ideologia. Aliás, a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante; seja ela, a classe dominante que for, de esquerda ou de direita.
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O problema da esquerda no Brasil, e agora eu me refiro à esquerda dita radical, ou comunista, é a mais absoluta impotência frente ao poder de fogo da direita. Você lembrou e homenageou o Prestes. Assim, você deve saber o desfecho da Coluna Prestes, assim como o do episódio dos Dezoito do Forte, apelidado pela direita de Intentona Comunista. Sim, são fatos históricos. Sim, fizeram História, e nada mais.
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No Brasil, meu caro, no país da pior elite do mundo, onde, até o vir-a-ser dos governos Lula e Dilma, imperava o mais sórdido e singular capitalismo subdesenvolvimentista “nacional”; no Brasil que sob o tacão da ditadura militar foi transformado em vil, apressado [e hoje fracassado] laboratório de experimentação neoliberal; onde a democracia é democracia a ferro e fogo, verbo e verba, restrita aos interesses dessa mesma elite; esquerdistas somos todos nós os esquerdizados, empetralhados no calor da luta pela consolidação da democracia neste mesmo Brasil. E é esse a meu ver a outra ordem do problema. Basta isso, basta a luta pela consolidação da democracia e imediatamente seremos – honrosamente – rotulados de esquerdistas.
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A ilusão da esquerda no Brasil foi e ainda é o eterno VÍCIO [lei do menor esforço?] de fazer tabula rasa e comparar como se iguais fossem realidades tão díspares quanto o são a da Rússia, Venezuela, Cuba e Brasil. Talvez estejamos mais próximos da China, quem sabe. Mas, tabula rasa a direita também faz, e como faz. Faz o tempo todo. A diferença é que a direita insiste em comparar o Brasil com os EUA e demais ditos civilizados. É o vício, amigo, é o “vício”.
JOTACE
EMBLEMA DA NACIONALIDADE?
Leio, sem perder um sequer, os admiráveis artigos do Mauro Santayana. Mais do que isso, gosto de remetê-los a amigos no Brasil ou fora dele. Deliciam-me pelas qualidades descritivas, a precisão semântica, o belíssimo estilo literário, que ornamentam todos o patriotismo e cultura incontestes do grande jornalista. Em consciência, desconfio da acusação ora feita ao ex-Presidente, usada evidentemente com o propósito de retirar do cenário político a pessoa prestigiosa, popular, que ele o é. Mas, em que pese toda a minha admiração pelo trabalho do brilhante jornalista, discordo dele quando exagera na defesa do corretísimo trabalho que desenvolveu o ex-Presidente a ajudar, como de fato aconteceu, os empresários brasileiros em seus negócios no exterior. Pois no meu entender, não cabia dizer que “o grave seria se ele estivesse ajudando os empresários estrangeiros em seus negócios no Brasil”. Mais do que o fez ? E as privatizações, concessões e terceirizações que, no governo de Dilma continuam a pleno vapor para um igualmente enorme e irreparável prejuízo do povo brasileiro?
rodrigo frateschi
O Lula é negro nos seus cabelos encaracolados, é índio nas orelhas dos caiapós e branco na pele branca dos imigrantes europeus, afora disso, tornou-se trabalhador operário sindicalista, representando o meio urbano, é skaitista e estudante. É também trabalhador rural imigrante e é também até aquela velhinha que reza pra sua foto no altar do santo que mantém na sua casinha no interior ou no sertão, é o setor produtivo e independente do Brasil que correu o mundo e fez os BRICS, é o G20 e é o Mercosul, é 8 mil veículos de imprensa alternativos, é soberania, é rincão, sertão e favela. É polícia federal independente e equipada, exército em defesa do Brasil e tropa nacional, é tropa de paz da ONU e 65 ministérios da fome zero pelo mundo todo, é desemprego de 4,4 % no Brasil enquanto no resto do “mundo desenvolvido” chega a 25%. O PIG e seus representantes perderam a dimensão do Brasil há muito tempo. Há muito só olham para seu curralzinho de ignorância. Não mexam com o Lula, pois o povo não tá achando nada bonita essa manipulação como já mostrou nas urnas e vai encrespar. Não é um lacaio de bicheiro e prevaricador à se aposentar que vai nos botar medo.
Tania Maria Machado
É ISSO AÍ RODRIGO. MEXER COM O LULA É MEXER COM O POVO, SE PRECISAR ESTOU NAS RUAS. BRASIL VIRA LATAS NUNCA MAIS.
Vlad
Essa de trabalhador forçou a amizade.
Menas, cumpanhero…menas.
Maria Amélia Martins Branco
Os tempos são outros, estão mesmo, cutucando onça com vara curta.
sílvia macedo
Santayana em um dos seus melhores textos. Lula, artista político em favor do povo brasileiro.
Aguiar de Souza
Messias,
Assisti à entrevista e fiquei emocionada com a reiterada proclamação da sua inocência e sua determinação em prová-la, desmascarando esse “mentirão” midiático que só convence aos de má fé. Difícil foi aguentar a ênfase do Kenedy Alencar no dito “mensalão”, mesmo depois do nobre deputado mostrar que investigações provaram que ele não existiu.
Nádia
É verdade Aguiar, Kennedy chegou a ser ridículo fazendo aquele papel. Genoíno deixou bem claro, todo mundo entendeu que não houve mensalão, e o Kennedy parecia um retardado repetindo a palavra mensalão a todo momento, mesmo Genoíno dizendo que era inocente, ele vinha com aquele papo de como PT explicaria a falta de ética. É um bobo da corte mesmo esse talzinho de kennedy alencar minúsculo mesmo. Até a cara dele é de bobo.
Ronaldo Silva
Se o Lula entrar na luta, estou dentro. Se necessário for pegaremos em armas novamente.
Sylvia Tigre de Hollanda Cavalcanti
Parabéns,Mauro Santayana,por um dos melhores textos já escritos sobre Lula,
símbolo maior que a soma de Getúlio e Juscelino,mesmo reconhecendo-é claro-
seus respectivos valores.
Marta Santos
Parece que ele está bem enrrascado dessa vez.
Dizer que não sabia não engana mais ninguém.
Abel
Time de ladrão só ganha no tapetão ;)
J.Carlos
MEXEU COM LULA, MEXEU COMIGO!
Abel
+1
Paskyn
Com todo o reconhecimento que o ex-presidente merece, ele ainda é um cidadão. Não está acima das leis e seus atos não são isentos de escrutínio. Se as alegações de que ele infringiu regras se mostrarem falsas, tanto melhor para a biografia dele. Revelar-se-á o caráter de seus detratores. Não devemos temer que a biografia do Lula seja manchada. Devemos temer a possibilidade de o Poder Judiciário não cumprir seu papel.
Mário SF Alves
E qual é mesmo o papel?
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Papel no sentido de atribuição ou papel no sentido teatral?
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Admitamos que seja papel no estrito significado de atribuição. Mas, ainda assim, que papel seria esse a ser desempenhado num Estado cujo motor ideologicamente caquético e antidemocrático é hoje paradoxalmente turbinado pela arrogante, arbitrária e desumana ideologia neoliberal? Refiro-me a ideologia do estado mínimo [ínfimo] pro povo e máximo pros de sempre.
renato
Não é só o fato de atacarem aquele que representa a maioria.
do povo brasileiro, a muito não tínhamos uma referência politica
do gabarito, de Lula. E ainda por cima VIVO. (Graças a Deus).
Estávamos cansados dos nossos heróis mortos.
Aqueles das Redações e livros de história.
O fato verdadeiro é que acredito PIAMENTE que meu Presidente
não fez nada de errado.Se o fizesse teria que pagar como qualquer
cidadão neste país, conforme as leis deste país. Se não funcionam é
outra estória.Ou se funciona só para quem tem muito poder financeiro
ou grandes corporações, que se escondem atras destas leis.
Mexer com Lula é como coçar bicho de pé.
O arame não vai ser liso, vai ser farpado.
Para os terroristas de plantão, os mercenários, este é um fato que
eles vão explorar, para levar o POVO as ruas.
Há que ter muito cuidado, aqueles que cuidam da Segurança Nacional.
Muito cuidado nesta hora.
Messias Franca de Macedo
SALVE GENOINO!
http://www.redetv.com.br/jornalismo/enoticia/
ou
http://www.youtube.com/watch?v=SZuuc3jxaQs
BRASIL NAÇÃO – em homenagem ao ínclito, honesto, competente e impávido brasileiro Jose Genoino
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Francisco Antonio da Silva
A tucanalhada está desesperada.
Pérsio
Concordo. Eles estão cutucando onça com vara curta. Tem gente que dá a vida por Lula. Duvidam!
Willian
Tenho sugestões de pessoas que poderiam fazer isto.
Abel
Deixe eu ver se adivinho… você é o primeiro da lista?!
Sagarana
Ai que meda!!!
Pedro Macambira
Lula é mito. Mito não se destrói, não se mata, não se prende, não se vence. É por isso que a turba do PIG-PSDB não consegue arranhar a imagem dele.
Elvio Rocha
Nenhuma dúvida sobre esta quase profecia do Santayana. A PGR, o PIG estão de brincadeira. Mas sairão chamuscados, fedendo a capotão queimado se insistirem em crucificar Lula. Calar pelo menos 100 milhões de brasileiros que conhcem o valor de Lula não é tarefa fácil. Terão uma surpresa se se atreverem. E certamente cairão do pedestal em que se colocam hoje.
Urbano
Nem pensem em repetir 1954 ou 1964 que não vai dar. Tem-se dito!
João Cesar
Um dos piores (senão o pior!) texto que já li em defesa de Lula! A situação está mesmo muito complicada para o PT! Lamentável!
João Luiz
Leitor da veja tem um padrão.
Adoram essa palavra. “Lamentável”.
Outra que sempre usam: “(…) nos BRINDA com uma reportagem (…)”.
Todos muito bem adestrados.
Curupaco!
Nádia
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK…BOOOOOOOOAAAAAAAAAA…
Sagarana
“estraordinario”!
Bertold
Dificil discordar disso, estão cutucando a onça com vara curta.
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