Carta Maior: O dia em que Roberto Marinho, Murdoch e Merval viraram parceiros

Tempo de leitura: 2 min

Encontro ocorreu em setembro de 1995 e selou a ofensiva de Rupert Murdoch, dono da News Corporation e envolvido em escândalos no Reino Unido, sobre o mercado de tevê por assinatura no Brasil.

da Redação de Carta Maior

São Paulo – Os grandes conglomerados de mídia estão mais conectados do que se pode imaginar. E a histórica fotografia acima é um exemplo do qual não se deve esquecer.

A News Corporation, do empresário Rupert Murdoch, e a Globopar, holding das Organizações Globo, tornaram-se parceiros em 1995 para explorar o serviço de tevê via satélite no Brasil, através da Net Sat, operação então ligada à NET, que pertencia à Globo.

A proposta era introduzir tecnologia digital e o “pay-per-view” no país, além de facilitar a internacionalização da programação da tevê Globo nos Estados Unidos.

O acordo foi selado durante viagem de Murdoch ao Rio de Janeiro, quando ele visitou Roberto Marinho e outros altos executivos globais, como Merval Pereira, então diretor de redação do jornal O Globo.

O apetite de Murdoch pelo Brasil cresceu ainda mais em 2004, quando ele tornou-se majoritário na Sky, ao comprar parte das ações da Globo na empresa. Em seguida, trabalhou pela fusão da Sky com a Directv, então concorrentes. A Directv, com sede nos Estados Unidos, já pertencia a ele.

Em 2006, Murdoch vendeu sua participação na Directv ao grupo norte-americano Liberty Media, do empresário John Malone. Com isso, o empresário se afastou das operações de tevê no Brasil, reduzindo seus negócios aos canais Fox, distribuídos por várias operadoras.

Também as Organizações Globo se distanciaram das operações de tevê a cabo e satélite, se concentrando na produção de conteúdos. Isso ganhou força a partir de 2004, com a venda de parte da Net para o empresário mexicano Carlos Slim, dono da Embratel.

A legislação também se enrijeceu. A lei 12.485/2012, por exemplo, impede que empresas de radiodifusão tenham direta ou indiretamente mais de 50% do capital de empresas de telecomunicações. Hoje, a Globo mantém posição minoritária na Net e na Sky.

Foto: Jornal O Globo, 16/09/1995, imagem scaneada

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Comentários

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tiagoPT

Os três demonios!!

Willian

Em 1984 de George Orwell, o Estado promove de tempos em tempos sessões de dois minutos ódio, onde fotos do inimigo são projetas para que a população grite, urre e despeje todo seu ódio contra o inimigo.

Fabio Passos

Dois poderosos… e um lacaio.
E nenhum deles presta.

Pitagoras

e a lei de Mídia, socorro Christina Kirschner!

FrancoAtirador

.
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A Globo se promiscui com o que há de pior no Império das TeleComunicações.
.
.
E o Merval, na foto, hein?

Era o Aprendiz de Feiticeiro!

E continua sendo…
.
.
O Aprendiz de Feiticeiro de Goethe

No final do século XVIII, Goethe (1749-1832) se inspirou num conto
da tradição oral para criar o seu poema O Aprendiz de Feiticeiro,
a história de um discípulo atrapalhado que se envolve em confusões ao tentar, sozinho, fazer mágicas que mal aprendera com o mestre.

“Hat der alte Hexenmeister
Sich doch einmal wegbegeben!
Und nun sollen seine Geister
Auch nach meinem Willen leben.

O velho feiticeiro
finalmente desapareceu!
E agora seu espírito deve
Viver de acordo com a minha Vontade.”

Cansado das atividades domésticas, o aprendiz utiliza-se da magia,
que ele ainda não domina por completo, para encantar sua vassoura.
Esta trabalha ininterruptamente trazendo cada vez mais água para casa
até causar uma inundação.

”Und sie laufen! Nass und nässer
wirds im Saal und auf den Stufen:
welch entsetzliches Gewässer!

E elas correm! Molhadas e cada vez mais molhadas
transformam-se nos aposentos e nas escadas:
que terrível enxurrada!”

Desesperado, o aprendiz resolve destruir a vassoura com um machado,
e parte-a ao meio.
Logo, cada metade se transforma em uma nova vassoura,
trazendo o dobro de água para casa.

“Herr und Meister, hör mich rufen!
Ach, da kommt der Meister!
Herr, die Not ist groß!
Die ich rief, die Geister,
werd ich nun nicht los.

Senhor e Mestre! Ouve-me chamando por ti!
Ah, ai vem meu mestre!
Senhor, o perigo é grande!
Os espíritos que invoquei
Agora não consigo me livrar deles.”

(http://german.about.com/library/blgzauberl.htm)

Um século depois, a obra inspirou o compositor francês Paul Dukas (1865- 1935)
a criar aquela que é considerada a sua obra-prima,
o poema sinfônico que tem o mesmo título.

(http://www.youtube.com/watch?v=RApMg0Pl3wY)
.
.
A versão brasileira do feiticeiro de Goethe

Edição infanto-juvenil
Poema: O Aprendiz de Feiticeiro
Autor: Johann Wolfgang von Goethe
Tradução: Mônica Rodrigues da Costa

A história do aprendiz que se apodera da vassoura do mestre
e arrisca feitiços que não sabe reverter.

Nesta edição bilíngüe, ‘O Aprendiz de Feiticeiro’
ganhou a ilustração de Nelson Cruz,
que captou o espírito de certo modo “sobrenatural”
que percorre o texto de Goethe.

No poema, escrito em 1797, vemos um prenúncio
de questões trabalhadas em seu clássico Fausto.

“O meu mestre feiticeiro
Um dia quis se ausentar.
Seus espíritos tomei
E fiquei em seu lugar.
Vi suas magias.
Vou fazer igual.
Farei maravilhas
Com força mental!”

(http://www2.uol.com.br/entrelivros/noticias/a_versao_brasileira_do_feiticeiro_de_goethe.html)


O Aprendiz Merval criando bolinhas mágicas de papel

Marat

Ratos de esgoto!!!

sérgio

Merval desde sempre um áulico do poder, o “imortal” ganhou até cadeira na ABL.

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