Fátima Oliveira no baile de máscaras na Savassi: Quem não foi, perdeu!
Tempo de leitura: 3 minO baile de máscaras “Bem Te Viu, Bem Te Vê”, na Savassi, virou um misto de Piazza de San Marco e Baile do Doge. Fotos: blog Tá lubrinando, de Fátima Oliveira
Fátima Oliveira, no O TEMPO
Médica – [email protected] @oliveirafatima_
Quem não foi, perdeu! O quarteirão do Ronaldo Fraga, emoldurado pelo lirismo do território da Savassi, virou um misto de Piazza de San Marco e Baile do Doge, o mais tradicional baile das máscaras de Veneza. A bióloga Ana Flávia Almeida & Companhia Ilimitada estão de parabéns pela concepção e realização da ideia. Estive lá, com a minha máscara de Colombina e uma peruca bem fashion, branca e lilás, bem veneziana, e me esbaldei de pular Carnaval até o último suspiro da banda Coceira no Bibico, que segurou a animação até 22h. Ficou um gostinho de quero mais… Eu ficaria ali até o sol raiar…
O “Bem Te Viu, Bem Te Vê” foi uma bricolage de baile de máscaras e commedia dell’’arte – “teatro popular improvisado e itinerante, de estrutura familiar, apresentado em praças e ruas, que começou no século XV na Itália e se desenvolveu na França até o século XVIII”. Scaramouche, Briguela, Isabela, Polichinelo, Capitão Matamoros, Pantaleone, Pierrô, Colombina, Arlequim (“Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que também deseja Colombina”) são todos personagens que a commedia dell´arte celebrizou e eternizou…
Pela falta de petiscos e bebidas nas barraquinhas desde as 20h, fica explícito que a organização não esperava aquele mundaréu de gente! Lição para as próximas edições do baile de máscaras “Bem Te Viu, Bem Te Vê”, que caiu no gosto da classe média belo-horizontina. Tudo a ver com a origem do baile de máscaras, que, “introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da commedia dell´arte… O primeiro baile de máscaras de que se tem notícia no Brasil foi realizado no hotel Itália (Largo do Rócio, RJ), em 1840… De um lado, a festa de rua, ao ar livre e popular; do outro, o Carnaval de salão, que agradava, sobretudo, à classe média emergente no país”.
Imagina eu ali no “Bem Te viu, Bem Te Vê” pensando estar anônima! De repente aquela gritaria, em meio a risadas de médicos e residentes do Hospital das Clínicas: “É a Fátima! É a Fátima do PA, não é?”.
Cá com meus botões: essa meninada acha que eu nunca poderia estar aqui, é isso! Pensa que eu só sou trabalho, toureando em pronto-socorro entupido de gente (Padilha, meus sais!). Ufa! Respondi: “Ontem, era!”. Não teve jeito, tive de ficar foliando por ali… Já em casa, fiquei rememorando outros carnavais…
Repito: sou foliã do Carnaval de Sabará, talvez pela semelhança dos carnavais do meu tempo de Maranhão, antes da contaminação da carioquização (escolas de samba) e baianização (ritmo axé) dele:
“É o ar de festa do povo do lugar e os homens vestidos de mulher! No centro histórico, nas três praças da muvuca, quase toda casa vira uma venda de água, refrigerante, cerveja e de alguns `comes´; mulheres idosas nas janelas pulando Carnaval dentro de suas casas, na maior animação; e a criançada fantasiada, subindo e descendo as ruas, acompanhando os blocos, ao som das marchinhas de bandinhas que encantam serpentes… E eu, lá no meio da folia, sinto que todo mundo está ali pelo lúdico da vibração” (“O Carnaval de Sabará é mágico, caseiro e descontraído”, O TEMPO, 21.2.2012).
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E bateu uma saudade imensa dos fofões do Carnaval maranhense, com seus macacões de chita de cores alegres, máscaras horripilantes, gracejando pelas ruas… A origem do fofão remonta à commedia dell´arte, mas não me perguntem como aportou e se fixou em São Luís, que não saberei responder…
Apenas que o fofão é personagem sagrado do Carnaval maranhense, desde que eu me entendo por gente…
Comentários
Hélio Pereira
Este Baile foi uma beleza e retratou os “velhos carnavais”.
Neste e em outros Bailes,ficou claro que os “Foliões” não se pautaram pela midia,que tentou “Turbinar” o uso das Mascaras do novo idolo da Direita Joaquin Barbosa.
No “Baile da Politica oficial” Marina Silva “lançou sua Rede”,mas pelo jeito a “Pescaria” foi muito fraca,pois “Peixe experto” não cai fácil nesta “Rede” furada!
Nossa Direita só faz barulho,ameaça dar um Tiro de Canhão,mas só da “pum”.
Eduardo Raio X
Queridos amigos de leitura de blog sujo as mascaras de Joaquim Barbosa apareceu mais nos bailes ou melhor dizendo festim da elite racista, preconceituosa, excludente e separatista, estava zampeando o controle remoto da TV e passei pelo canal da rede TV e vi quando aquele apresentador elitizado Amaury Junior deu destaque para os convivas dos bailes(festim)muitos com a mascara do JB, uma pequena observação, se alguém lembrar bem, o Pelé entre outros pouquíssimos convidados negros(a) sendo globais e cantores já foi nesses bailes, e olha que não foi como uma unanimidade de aceitação, já que ali impera a hipocrisia, cinismo e leviandade, agora que foi cômico foi, assistir tantas mascaras de uma “celebridade” ser colocada na alturas dos heróis no templo das adorações dos que são responsáveis pelos descasos, indiferenças, menosprezo e toda sorte de preconceito contra o Brasil e seu povo. Em nossa realidade fica patente uma verdade tudo termina como é o caso do carnaval na quarta de cinzas, para o JB e colegas um dia a festa vai acabar, porque o rei MOMO manda vestir as mascaras e depois tira-las e a do STF não demora!
Gerson Carneiro
Não fui porque não fui convidado. Se eu tivesse amigos(as) em Belo Horizonte…
FrancoAtirador
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“A contaminação da ‘carioquização’ (escolas de samba) e ‘baianização’ (ritmo axé)” no Carnaval.
Mais um exemplo da ‘padronização global’, através dos aparatos de propaganda e marketing,
descaracterizando o folclore regional do Brasil e, portanto, corrompendo no interior a Cultura Popular Brasileira.
Esta é uma das piores formas de corrupção: primeiro, despersonaliza; depois, automatiza; e, finalmente, desumaniza o humano,
transformando-o num andróide (ou numa ginóide) a serviço do lucro das corporações econômicas.
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FrancoAtirador
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Liesa negou punição à São Clemente por causa de logotipo da Globo
O contestado enredo da São Clemente no Carnaval do Rio de Janeiro,
sobre as telenovelas, não sofreu punição pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).
A escola foi a julgamento a partir de um pedido da Inocentes de Belford Roxo, sua concorrente direta e que terminou rebaixada para o grupo de acesso.
Muitos críticos reclamaram que a São Clemente abordou somente as telenovelas da Rede Globo, deixando de lado as produções de outras emissoras brasileiras.
A principal acusação da Inocentes era que a escola de Botafogo [a São Clemente] exibiu o logotipo da emissora nas imagens, o que poderia ser caracterizado como merchandising.
Do portal Portogente, com informações do site do Jornal do Brasil.
(http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=77125)
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Ironicamente a manchete do jornal RJTV – 1ª edição – da TV GLOBO do Rio
foi a seguinte: “Belford Roxo sofre com o lixo espalhado pelas ruas.”
http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/v/belford-roxo-sofre-com-o-lixo-espalhado-pelas-ruas/2229493/
Alberto
Cara Fátima Oliveira, fiquei encantado com o Baile de Máscaras, uma opção decente para Belo Horizonte
Marcio H Silva
Será que apareceu alguma máscara do Joaquim Barbosa?
Fátima Oliveira
Não havia nenhuma máscara de Joaquim Barbosa, apesar de a grande imprensa ter forçado a barra para ela ser o hit do Carnaval Apostou e perdeu. Não vi nenhuma máscara dele no Baile de Máscaras e nem nas ruas de Beagá.
Luís Carlos
Barbosa foi fracasso no STF como relator da ação 470 e foi fracasso de público e popularidade no carnaval. O silêncio da grande mídia comprova. Fosse o contrário, a grande mídia estaria divulgando e seus jagunços opiniáticos estariam tecendo louvações a Barbosa.
Manuel Henrique
Por falar em máscaras, cadê as milhares de máscaras de Joaquim Barbosa que a mídia tanto pré-alardeou como o sucesso do Carnaval 2013 e, na hora H, ninguém viu? Nem o pig, sempre atento, conseguiu fotogtafar. Quem mentiu para o leitor: a imprensa, o fabricante das máscaras ou ambos? E quem acreditou na notícia vai ficar de otário?
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