Comitês de bacias hidrográficas do Brasil repudiam o novo Código Florestal

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Moção de Repúdio contra o Código Florestal para a Assembléia do XIV ENCOB — CBH Piracicaba- MG

Nós, representantes de Comitês de Bacia de todo o país, manifestamos repúdio ao teor do novo Código Florestal, recém aprovado pelo governo federal, cedendo a pressões políticas de apenas um setor usuário de recursos hídricos, o agronegócio, desrespeitando claramente o princípio de Usos Múltiplos, bem como  o conhecimento científico de especialistas do país, chancelados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC e Academia Brasileira de Ciências – ABC, além de intensas  manifestações da sociedade civil de forma oficial, bem como nas ruas e redes sociais, com entrega ao executivo nacional de cerca de 3 milhões de assinaturas contra tal alteração tendenciosa.

Portanto, o executivo decidiu sem quaisquer bases técnicas e sem a aprovação de número significativo do restante da sociedade brasileira, favorecendo, repetimos, apenas um setor da sociedade, setor este de expressivo poder econômico e político que legislou em causa própria. Conclamamos que uma nova proposta de lei legítima científica e socialmente seja levada a discussão para que realmente a gestão de recursos hídricos não seja dissociada da gestão ambiental, em prol da conservação da qualidade e quantidade de água de nosso país.

Lusifith Chafith Felipe

Presidente do CBH Piracicaba – MG

 PS do Viomundo: A moção foi aprovada em 9 de novembro na Assembléia Geral Anual dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Brasil. O repúdio dos colegiados tripartite, responsáveis pela gestão de recursos hídricos do País pela aplicação da Política Nacional de Recursos Hídricos, é um fato bastante relevante.

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Comentários

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Débora Calheiros: Enfim, uma esperança para o Código Florestal « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Comitês de bacias hidrográficas do Brasil repudiam o novo Código Florestal […]

Mardones Ferreira

Valeu a intenção, mas o governo pensa no resultado imediato do agronegócio e seu efeito da balança comercial. Para o governo, vale mais um setor predador e gerador de saldos positivos do que qualquer outra coisa.

Bem-vindos à vida real, nua e crua: discurso ambientalista, democrático, etc e etc, mas a prática é capitalista selvagem na veia.

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