Veridiana Alimonti: Tabela mostra que brasileiro paga bem mais que estrangeiro por telefonia móvel

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

A advogada Veridiana Alimonti, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), concorda que a recente decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de suspender as vendas de novos serviços por operadoras de telefonia móvel enquanto elas não apresentarem planos de investimentos para melhoria dos serviços representa uma mudança significativa. Antes a Anatel optava por aplicar multas. Quando pagas, levava meses. Agora a pressão sob as operadoras aumentou, já que as perdas em vendas serão diárias.

Porém, isso não vai ter impacto direto em outra questão que preocupa os usuários: o preço.

O brasileiro paga uma das maiores tarifas de telefonia móvel do mundo, de acordo com estudo divulgado em 2011, com dados de 2010, da International Telecommunication Union. A ITU comparou uma cesta de serviços e ponderou o valor em relação à renda per capita do país. Dentre os 165 países pesquisados, o Brasil apareceu na posição 125 (na sétima coluna, a partir da esquerda, aparece o valor em dólares da cesta):

Segundo a advogada do IDEC, há problemas que vão muito além dos que levaram à suspensão das vendas de novos serviços, ou seja, os problemas na taxa de conexão das chamadas ou a má qualidade no atendimento dos call centers, que não resolvem as reclamações dos usuários.

Veridiana concorda que a legislação municipal brasileira dificulta a instalação de antenas para expansão da rede.

O Brasil tem hoje menos antenas de telefonia móvel que a Itália, por exemplo, um país muito menor.

Independentemente de as operadoras terem razão sobre as dificuldades burocráticas, isso “demonstra que as empresas sabem que estão operando acima de sua capacidade”.

Em outras palavras, Veridiana acredita que as próprias operadoras deveriam fazer uma expansão racional, sem atropelos que tornem ainda pior um serviço sofrível.

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Além de novos investimentos, a advogada do IDEC acredita que deva haver um esforço conjunto para sanar o problema da instalação de antenas.

Também é preciso reduzir o custo das tarifas de interconexão, ou seja, os preços pagos por quem faz chamadas fora de sua operadora ou de telefone fixo para celular ou vice-versa.

Finalmente, na opinião de Veridiana Alimonti, as operadoras deveriam compartilhar infraestrutura, evitando triplicar ou quadruplicar equipamentos em determinadas regiões.

Com esse conjunto de medidas os preços de hoje poderiam cair.

Muito embora haja mais linhas de telefonia móvel habilitadas que brasileiros, de acordo com Veridiana ainda há muito usuário sem acesso à telefonia móvel, especialmente na zona rural e nas classes D e E: é que muitos usuários habilitam dois ou três chips diferentes, justamente para tirar proveito das vantagens oferecidas por um sistema “exclusivista”.

“Dá uma impressão muito grande de que avançamos muito na democratização do acesso — praticamente o Brasil inteiro tem telefone celular — mas não é verdade”, afirma.

Clique abaixo para ouvir a entrevista:

veridiana

 

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Jotace

Caro Marcelo de Matos,

Pagamos mais caro pelos bens e serviços não é por causa da descoberta, no caso recente segundo você, do capital internacional quanto à
disponibilidade financeira dos países emergentes. A situação se exarcebou sem dúvida, mas o fato é que há tempos incontáveis, já pagávamos mais caro pelo capital e tecnologia oriundos do exterior.Leia a propósito Caio Prado Júnior.O que agrava o fato no momento é a crise neo-liberal, pelo que nações mais fortes, ou supostamente assim consideradas, voltam suas garras para certos países que experimentam uma melhor situação econômica. O que há nestes, particularmente no Brasil, é o flagelo da corrupção que corrompe e macula o cerne da sociedade e envolve os governos, levando-os a proteger, dando-lhes asilo, a saqueadores dos cofres públicos e autores de massacres como é o caso do senador e ex-presidente paraguaio Lino Oviedo e do senador boliviano Rogér Pinto apadrinhados pelos brasilguaios. Finalmente, não me parece proceder sua defesa à produção de agrotóxicos (sem aspas) no Brasil, bem como a tentativa dissimulada de ridicularizar os legítimos defensivos agrícolas e utilizados pela agricultura orgânica. Produzidos no exterior ou no Brasil os agrotóxicos (sem aspas) serão sempre responsáveis pelo atentado à saude animal, inclusive humana, destruição dos solos, contaminação das águas e poluição ambiental ambiental generalizada. Antes de emitir kátios conceitos que atentam contra os princípios éticos que regem a agricultura, sugiro ler um pouco e estudar as obras de sábios como, por exemplo, as de Albert Howard, de H.F. King e de Francis Chaboussou. Os conceitos e conclusões dos trabalhos desses cientistas jamais que puderam ser contestados pelo poderoso lobby dos agrotóxicos. Finalmente, seria recomendável uma visita a trabalhos de agricultura orgânica no país como, por exemplo, os do MST. E jamais esqueça que agrotóxico, o termo que se refere a venenos usados principalmente na agricultura degradante, é uma designação oficial criada por lei.Cordiais saudações do Jotace

Wagner

Estava e Cuba e, acreditem! no meu hotel tinha Tv a cabo com propagandas mexicanas e até americanas!

Se você ver o preço do carro lá fora e aqui, você tem vontade de bater a cabeça na parede.

Com 20.000 doláres vc compra um carro que só falta voar.

Aqui com 60.000,00 você não compra um carro com câmbio automático. Lá eles nem sabem dirigir com câmbio mecânico.

Por isso que as montadoras aqui seguem tendo lucros estratosféricos há meio século…

LEANDRO

Meu Deus, que novidade. Também pagamos mais impostos que o estrangeiro e recebemos serviços públicos africanos.

    AlvaroTadeu

    Leandro, você diz que pagamos impostos escorchantes e temos serviços públicos africanos. A saúde pública brasileira é MIL vezes melhor do que a saúde pública dos EUA. Lá, se você for atropelado e não tiver plano de saúde, vai morrer na rua. O atendimento não é obrigatório. Ensino superior nos EUA, só a peso de ouro. Universidades de primeira linha, como Harvard e Yale cobram mais de US$ 50 mil, só de anuidade, fora outras despesas (alojamentos, refeições, material didático). Além do mais, informe qual empresa brasileira que você conhece que não sonega impostos. Duvido que você conheça uma única. Até a padaria da esquina da minha rua sonega impostos. Você pede nota fiscal, eles dão uma notinha SEM VALOR FISCAL,onde está escrito que sonegar é crime…

    LEANDRO

    Tá bom. Então compare a carga tributária daqui e a dos EUA. A sonegação é grande e mesmo assim o governo arrecada +- 35% do pib. E depois disso, me diz qual o índice de criminalidade daqui e de lá, qual a mortalidade, qual a renda média, e principalmente o IDH daqui e o deles.

Pitagoras

Estamos na rabeira, junto com os países africanos.
Operadoras privadas estrangeiras ou nacionais, fazem a festa, já que o Estado lavou as mãos (muito sujas por sinal).
Brasil, o paraíso da impunidade.Não é a tôa que bandido de filme de cauboi ou policial norte-americano quando está para ser pego exclama: “Let’s go to Rio”

Pitagoras

1º) Se a telefonia móvel em Brazuka é a mais cara e a a pior do mundo é culpa, em grande parte, desta tal de agência reguladora, caricatura daquelas do Tio Sam, e que não regula nada, não fiscaliza nada, somente passa a mão na cabeça das concessionárias (públicas de serviço essencial, diga-se de passagem, provavelmenete porque quem bota ali seus dirigentes é que tem maior poder econômico, as concessionárias multi-bilionárias.
2º) O consumidor brasileiro, fascinado com tudo que é badalhoca tecnológica, desinformado, alienado, resignado com tudo que é desmando e abuso, é também responsável pela sua própria desgraça. Não há nem um arremedo de reação por parte desta maioria de bocós.
3º) Agora vem a tal da anatel com medidas “ôba-ôba” para tentar justificar tudo que fez de mal e toda sua omissão desde os tempos de fhc, o execrável, autor-mór de toda a privataria.
4º) De seu lado, as concessionárias vêm botar a culpa nas prefeituras que começam a editar normas para disciplinar a proliferação caótica e nociva dessas torres horrorosas que descaracterizam as cidades, poluem a paisagem, desrespeitam o plano diretor das cidades, em geral já pouco respeitados e ainda colocam em risco a saúde e a integridade das pessoas e de seus bens.
Esses problemas, como se não fossem suficientes, são multiplicados por 6 ou 7 operadoras que seduzem os incautos a alugar por prazos longos pequenos pedaços de seu próprio terreno para ali plantar mais uma monstruosidade em troca de gordo aluguel.
As cidades brasileiras, notáveis pela falta de planejamento, conservação de seus patrimônios, depredação crescente, feiúra mesmo, agora estão a sofrer com a monocultura de torres horripilantes.
Porque a tal da anatel não edita norma que faça com que as concessionárias compartilhem suas torres, em prol do bem comum?
E dizer que este mesmo número excessivo de concessionárias de celular era para estimular a concorrência…onde, cara pálida?
Enquanto isso o fixo está relegado ao lixo, sem nenhuma concorrência. A mina de ouro está no celular: pouco pessoal para manter as malditas torres, tudo terceirizado (para pagar o mínimo em pessoal), tarifas escorchantes, serviço ruim face à superlotação das bandas, afinal o negócio é captar mais e mais assinantes e investir o mínimo.
De minha parte não uso celular, é a minha micro-insurgência e penso que esse e outros serviços públicos essenciais deveriam voltar à exploração direta pelo Estado.
ENCAMPAÇÃO JÁ!

    djalma

    apoio totalmente seu raciocinio , do começo ao fim.

leprechaun

O brasileiro paga tudo mais caro que todo mundo (desde países mais pobres até os mais ricos): telefonia móvel, energia elétrica, água, alimentação, transporte, combustível, tv por assinatura, cinema, saúde, educação, medicamentos, etc, etc….um misto de passividade, tolerância extrema e alienação popular com ganância extrema dos empresários e passividade dos governos

silvano

Eu queria conhecer algo que os tucanalhas\demonios fizeram em prol do povo. Tudo que eles fizeram foi para beneficiar as empresas e depois receber por fora. Estes canalhas nunca pensaram no Pais ou no povo. Tudo que eles poderam doar para seus amigos eles doaram e o povo pagou e paga a conta. Nunca vetei nem votarei nesta corja.

Zemedeiros

Uma boa parte da culpa jà è do governo atual, jà se vão quase dez anos que o pt està no poder e o problema sò se agrava, onde està a agencia reguladora?, a atual medida talvez ainda seja tìmida, vamos aguardar as providencias exigidas pela Anatel. Lembro-me de um comentarista da globo, querendo explicar, que o numero reclamacões sò cresceu porque o numero de telefone tambem cresceu,jà pensou como são bons esses formadores de opinião da globo?, oleo de peroba nêles

    Pitagoras

    Taí, bem lembrado. Lulinha, paz e amor, rugiu contra as reguladoras logo ao assumir. Ficou nisso,depois nem um miau…

Rudá

O mais engraçado de tudo. É que ontem assistindo ao jornal passional, a informação dada é que daqui a 15 ou 20 dias as maravilhosas empresas de telefonia podem voltar a vender os chips caso apresentem um plano de investimentos (claro que vão aprovar qualquer titica) e que agora as empresas vão ter que fazer valer as regras de o telefone ter que funcionar perfeitamente, sem cair a ligação, ter sinal e etc….

Mas só agora???? Antes eles podiam passar a mão na nossa bunda e ponto.
Pobre povo brasileiro….

Abs
Rudá
Blog Observatório 74

    Pitagoras

    Que tal instituir “Um dia sem celular por semana”? Com uma redução geral de cerca de 14% no faturamento o povo dobraria esse oligopólio privado asqueroso.
    Já estou no meu “sete dias por semana sem celular” e tá bom demais…

    leprechaun

    porque não instituirmos a campanha “toda uma vida sem celular” contando que 60% da chamadas terminam em não posso atender, um monte de gente passa um tempão usando a internet no celular pra ver facebook e outras bobagens, e se vc for ver realmente o uso útil que vc faz do aparelho é o mínimo possível e nem faria falta na sua vida? pq não acordamos de uma vez por todas para o fato de que essas porcarias são necessidades inventadas em nossas vidas que não temos pq aceitá-las?

Marcelo de Matos

O UOL informa que “Operadora liberada tem mais queixas que suspensa pela Anatel”. “A distorção mais extrema foi a registrada no Amapá, onde a companhia suspensa, a Oi, teve 8,3 reclamações por 100 mil consumidores”. “Se o índice de 8,3 fosse fixado como nota de corte, a punição da Anatel seria mais ampla: a TIM seria suspensa em 25 Estados, a Vivo em 14, a Claro em 20 e a Oi em 26”. Ou seja: estão todas cobrando caro e prestando péssimos serviços. Alegam que a culpa é das prefeituras que dificultam a instalação de antenas. Na verdade, elas instalam antenas onde querem, sem esperar que a autorização seja dada pela prefeitura.

    Pitagoras

    Verdade, e com a cumplicidade de particulares igualmente gananciosos para faturar um troquinho…

Sérgio

E toma reme$$a de lucro$ para as matrize$ no exterior…
Até quando, Brasil?

    Pitagoras

    Até quando nascer um Fidel, um Chávez tupiniquim.

Marcelo de Matos

Onde ficam as matrizes das operadoras de celular instaladas no país? Uso meu aparelhinho com parcimônia ou, na verdade, quase não uso. Ouço falar em Tim da Itália, Vivo da Espanha, Portugal Telecom, Claro do México. É claro que a situação econômica desses países não é das melhores. Temos de fazer a nossa parte, pagando mais caro por sua tecnologia. Afinal, não somos a sexta economia do mundo? Reclamar por quê?

Marcelo de Matos

Por que será que pagamos mais caro pela telefonia móvel, os automóveis, os financiamentos e otras cositas más? Em minha ignorância acredito que é porque o capital internacional descobriu que os chamados países emergentes têm mais gordura para queimar. Pagamos muito caro pelo capital e a tecnologia, mas, estranhamente, o país não se preocupa muito com isso. Quase não há planos para desenvolver tecnologia própria. O governo empenhou-se em criar uma operadora de celular nacional, o que causou uma onda avassaladora de protestos em setores da blogosfera. A operadora está operando – agora vamos ver se a concorrência fará com que os preços diminuam. Em outros setores, como o de defensivos agrícolas, dependemos basicamente das importações. Criticamos os “agrotóxicos”, mas, continuamos a engordar os cofres das transnacionais adquirindo-os a peso de ouro.

Fernando

Nossa! Não sabia que também o serviço de telefonia móvel é um dos mais cartos do mundo! Eu quero é novidade, meu amigo…

lulipe

Descobriu a pólvora!!Paga também mais caro, imóveis, veículos, viagens, vestuário etc etc etc…Eu quero é novidade!!!

Verdade

As tais das agencias reguladoras lotadas, loteadas e abarrotadas de companheiros, servem paravque?? Dar emprego??

Era so fazer a coisa certa, que tudo bem. Mas o negocio é a maldita estatal, ineficiente corrupta e ruim. Ahh que saudades delas todas. Maldito FHC

    Zéck

    é exatamente o contrário do que você tá dizendo. A privatização é que provocou este descalabro. Acho que o que falta é punição.

    Pitagoras

    Como de resto em todos os serviços públicos essenciais gentilmente doados para o particular fazer a farra. Reguladoras como aneel, anatel, anc, ans, antt, etc, são meros cabides de emprego dessas mesmas concessionárias, e fantoches nas mãos daqueles que deveriam ser fiscalizados.São uma caricatura daquelas norte-americanas que ao menos de vez em quando dão uma paulada nos exploradores do povo.
    Estamos mais é roubados. Saúde, energia, transporte, comunicações passaram a ser meras mercadorias. O cidadão que se lixe.

Francisco

Resumo da ópera: se uma estatal tivesse as antenas para uso comum, uma estatal para oferecer o serviço ao consumidor final e, além disso, trocentas outras empesas privadas também oferecendo o serviço, não teriamos problemas. Ao contrário da União Soviética, o que não podemos é ter SÓ empresas privadas…

Uma hora alguém vai ter que se dar conta de que o desenvolvimento do capitalismo não é identico nos diferentes países e culturas. É aceitar e trabalhar com isso (e não CONTRA isso).

O suporte (antenas de telefonia móvel, fibras óticas para banda larga…) na mão de uma estatal e uma ou duas, no máximo, empresas estatais para competir – e regular – e mais quantos milhares de privadas se desejar. Para todo tipo de serviço que houver!

A existência de estatais estratégicas (como a Caixa e o Banco do Brasil ou Petrobras), são necessárias num país em que todo mundo vem para se dar bem. É a pátria dos monopólios! Monopólios privados!!! Sem estatais, e só pela “mão invisivel” do mercado, quando os juros brasileiros baixariam?

    Supimpa

    Não precisa de estatal para isto.

    Só uma agência reguladora que funcione.

    José Sena

    Prezado Supimpa,

    Acho que você nunca ouviu falar em um fenômeno mundial chamado de “Captura do agente regulador”, onde uma agência reguladora é “capturada” pelos interesses do mercado.

    Nelson

    Meu caro Supimpa.

    Com as privatizações, o grande capital afastou a possibilidade de o povo – através de suas organizações – influenciar diretamente na gestão das empresas públicas/estatais. Sim, porque, uma vez que estas empresas pertenciam à sociedade, o povo tinha o direito, mais que isso, o dever, de influir na gestão das mesmas.

    Uma vez tirado o povo fora da jogada, o grande capital deu um jeito de afastar também o governo. Vai que assume um governo que queira realmente trabalhar para o conjunto da população e colocar as coisas nos seus devidos lugares. Era preciso evitar isso. Então, inventaram as tais agências reguladoras, que são nada mais nada menos que “raposas cuidando do galinheiro”.

    Assim, o governo que não queira seguir esse roteiro pré-programado pelo grande capital precisará ter muita força política para mudar o rumo e fazer aquilo deve fazer um governo: governar realmente para o bem de todos.

    Então, Supimpa, é preciso que seja pública/estatal, sim, e que o povo se disponha a, organizado, influir decisivamente na gestão dessas empresas.

    Chacal

    Nelson

    a “sociedade” influenciava onde na (falta de) qualidade das estatais como e TELERJ aqui no Rio?

    seu discurso é muito bom, pena q totalmente falso…

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