Samuel Pinheiro Guimarães: Desindustrialização e desnacionalização

Tempo de leitura: 5 min

O Brasil corre o risco de uma especialização regressiva na produção agropecuária e de minérios, acompanhada de uma contração do setor industrial e de atrofia de sua capacidade tecnológica de desenvolvimento, e de vir, assim, a se tornar uma mera plataforma de produção e de exportação das megaempresas multinacionais. A desindustrialização e a desnacionalização têm graves consequências para o Brasil e para a integração sulamericana. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.

 Samuel Pinheiro Guimarães, especial para Carta Maior

1. A desindustrialização e a desnacionalização têm forte impacto sobre o desenvolvimento econômico e social brasileiro em geral e sobre temas como emprego e salários, violência urbana, tráfico e consumo de drogas e saúde da população.

2. A desindustrialização e a desnacionalização têm graves consequências para a integração sul-americana, a partir de sua base necessária que é o Mercosul, para a posição do Brasil no mundo e, em consequência, para sua política externa.

3. Um país com uma indústria atrasada e não-integrada é um país fraco econômica e politicamente; um país com sua economia desnacionalizada é um país com menor capacidade de fazer política econômica e de fazer política externa.

4. Algumas causas da desindustrialização são uma política cambial e monetária que resulta, na prática, na valorização do real que estimula as importações e prejudica as exportações; uma política comercial que não combate com firmeza o dumping de produtos importados, o baixíssimo preço e o subfaturamento das importações; a ausência de políticas firmes de conteúdo nacional em áreas estratégicas como motores. A questão da competitividade (sistema de transportes, educação, tributos, etc) como causa da desindustrialização é complexa, suas soluções são de longo prazo e, ainda que importantes, não evitariam o perigo que se corre, que é atual, urgente.

5. A crise internacional e as relações comerciais com a China têm profundo impacto sobre a desindustrialização da economia brasileira. De um lado, a concorrência dos produtos chineses de baixíssimo preço afeta não só as unidades produtivas instaladas como a possibilidade de instalação de novas unidades. De outro lado, a forte demanda chinesa por produtos primários torna os investimentos a agricultura e na mineração mais lucrativos e, ademais, sujeitos a menor competição quando comparados à indústria. A crise nas economias européia e americana afeta as exportações brasileiras para a Europa (e, portanto, a lucratividade das empresas) enquanto se reduz o comércio intra-firma de manufaturados com os Estados Unidos, que corresponde a parte importante da pauta de exportação.

6. A desindustrialização da economia pode ser aferida pela redução do valor relativo da produção da indústria como um todo ou de setores industriais específicos ou pelo aumento do percentual das importações no valor total do consumo interno de um bem industrial ou da indústria em seu conjunto.

7. Os argumentos que procuram demonstrar a existência de um processo de desindustrialização através dos índices de redução da participação dos produtos industriais na pauta de exportações ou de déficit comercial por setores não são suficientes. A redução da participação percentual dos produtos industriais na pauta pode resultar ou de aumento de preços internacionais dos produtos primários ou do aumento do seu volume exportado, sem que haja redução do valor ou do volume das exportações industriais que podem, inclusive, ter aumentado.

8. As causas da desnacionalização são a ausência de políticas de preferência pelo capital nacional, diferindo da situação dos países desenvolvidos e dos outros Brics que possuem políticas, principalmente em áreas de tecnologia sensível, que têm como beneficiárias exclusivas empresas de capital nacional; de uma política firme de compras governamentais (e.g. na área de computadores); de preferência ao capital nacional nos financiamentos com recursos públicos, recursos inclusive dos trabalhadores, como é o do BNDES.

Apoie o VIOMUNDO

9. A desnacionalização da economia ocorre quando se verifica uma participação percentual crescente de empresas estrangeiras na produção de determinado bem ou serviço específico, ou do setor industrial e de serviços como um todo ou na produção de outros setores, tais como na agricultura e na mineração.

10. 85% da população brasileira é urbana. Nas cidades, o emprego é necessariamente na indústria ou em serviços. Nas cidades não há agricultura, nem pecuária, nem mineração e, portanto, não há emprego nesses setores que possa ser urbano. Os próprios empregos nos serviços urbanos são profundamente vinculados à atividade industrial.

11. O desenvolvimento brasileiro significa o aproveitamento cada vez mais eficiente de seus recursos naturais, de sua mão-de-obra e de seu capital, o que depende da expansão e da integração física de seu mercado interno. A desindustrialização e a desnacionalização da economia tornam difícil este aproveitamento eficiente e, portanto, o desenvolvimento do país. Em situações de desindustrialização ou desnacionalização, o desenvolvimento, medido em termos de aumento do PIB, pode até ocorrer, mas a uma taxa inferior à que seria necessária para superar a situação de subdesenvolvimento e de pobreza em que ainda vivemos.

12. O desenvolvimento eficiente dos recursos do solo e do subsolo, através da melhor organização da agropecuária e da mineração, depende da utilização crescente de máquinas, equipamentos e veículos que são, necessariamente, ou produzidos pela indústria no país ou importados. Nenhuma colheitadeira é produzida numa fazenda, nenhuma máquina perfuradora é produzida em uma mina.

13. O desenvolvimento industrial eficiente significa a integração da cadeia produtiva, o que significa produzir no país todos os componentes ou insumos de um produto final, sempre que haja escala atual ou potencial para isto, ou pelo menos a maior parte dos componentes e, em especial, os mais estratégicos. Digo potencial, pois quando a Embraer foi criada, por exemplo, não havia escala nacional para a produção de aviões.

14. O desenvolvimento eficiente da mão-de-obra significa o aumento da capacidade produtiva do trabalho em relação à mesma unidade de capital. O aumento da produtividade do trabalho em decorrência da utilização de unidades de capital, de equipamentos, mais eficientes significa aumento da produtividade do capital e não do trabalho. O aumento de produtividade do trabalho se verifica pela capacitação técnica da mão de obra, a qual, com a mesma unidade de capital com as mesmas características técnicas, passa a produzir mais.

15. A desindustrialização significa a redução da possibilidade de aumento da produtividade da mão de obra em geral. Primeiro, porque a indústria é a atividade de maior produtividade, onde a produtividade mais cresce e de onde nasce a maioria das inovações que irão aumentar a produtividade nos outros setores. Em segundo lugar, porque a desindustrialização reduz a integração das cadeias produtivas e assim as possibilidades de aprendizado que decorrem da instalação e da operação de novas unidades de produção para preencher “lacunas” nas cadeias produtivas.

16. A desindustrialização corresponde também à perda de emprego potencial, já que o emprego utilizado para produzir os bens importados pelo Brasil ocorre em outro país, o emprego é gerado em outro país.

17. Tendo em vista o grande estoque de mão-de-obra desempregada e subempregada que existe no Brasil e sua residência nas cidades, a menor expansão do emprego decorrente da desindustrialização da economia contribui para maiores índices de criminalidade, de tráfico e consumo de drogas, de incidência de doenças e para maiores despesas do Estado com segurança e saúde.

18. A desnacionalização tem consequências importantes para o desenvolvimento tecnológico, para o grau de concorrência no mercado brasileiro e para o balanço de pagamentos do país.

19. O impacto da desnacionalização sobre o desenvolvimento e a capacidade tecnológica, que significa a capacidade de transformar conhecimento em patentes e em investimentos produtivos, decorre do fato de que as empresas estrangeiras que adquirem empresas brasileiras são, em geral, megaempresas multinacionais. Estas megaempresas já têm centros de pesquisa no exterior, em especial nos países de sua sede, o que leva muitas vezes ao fechamento dos laboratórios de pesquisa que existiam nas empresas por elas adquiridas no Brasil.

20. As empresas que desnacionalizam empresas brasileiras são, em geral, megaempresas multinacionais com muito maior capacidade financeira e, portanto, têm maior capacidade de concorrer no mercado, de adquirir concorrentes e de oligopolizar ou monopolizar mercados. Este “controle” do mercado resulta em lucros maiores e lucros maiores de empresas multinacionais significa remessas maiores para o exterior e redução da formação de capital no Brasil, isto é, da expansão da capacidade produtiva no Brasil, do desenvolvimento eficiente do capital.

21. A desnacionalização leva à desindustrialização. Muitas vezes as empresas multinacionais adquirem empresas no Brasil e integram a produção desta empresa na cadeia produtiva geral da empresa o que pode dificultar a instalação de empresas supridoras no território brasileiro ou mesmo levar ao desaparecimento das que existiam antes da aquisição.

22. O Brasil corre o risco simultâneo de uma especialização regressiva na produção agropecuária e de minérios, acompanhada de uma contração do setor industrial e de atrofia de sua capacidade tecnológica de desenvolvimento, e de vir, assim, a se tornar uma mera plataforma de produção e de exportação das megaempresas multinacionais, inerme objeto de suas estratégias globais.

Leia também:

Gabriel Palma: “Um ato de vandalismo econômico sem igual”

Paulo Kliass: Brasil, importador de café moído

Brasil perde indústria antes de controlar tecnologia estratégica

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Marcelo de Matos

(parte 2) Quando exportamos carne para países árabes, EUA, Rússia ou para onde quer que seja, se o produto não estiver dentro das normas as compras são suspensas. Não controlamos, porém, a qualidade dos teclados chineses que entram no país. Montanhas deles são descartadas virando lixo eletrônico, geralmente inaproveitável. Ah, eu falei da bicama. Estou pagando R$ 480,00 em 12 vezes. Comprei no Walmart que, após 60 dias não entregou o produto. Resolvi cancelar a venda. Aí eles creditaram R$ 480,00 no meu cartão de crédito e vou continuar pagando as parcelas. Comprei a mesma bicama no Extra, mas, fiquei decepcionado com a má qualidade do produto. Madeira muito fraca, pregos que precisei rebater. Se vocês virem uma bicama boiando no Tietê deve ser a minha. A Foxconn, aquela fábrica de tablets Apple da ilha de Formosa, instalada em Jundiaí, queria usar tecnologia ultrapassada. Aí o governo chiou. Por que não chia sempre? . No Brasil temos a equação: falta de controle de qualidade = Russomanno no governo. Até quando?

    Marcelo de Matos

    ET.: gostaria de comentar as vendas com seguro que andam fazendo. Quando comprei meu Fiat a vendedora acabou me convencendo a fazer um seguro da Usebens para ter mais um ano de garantia para motor e câmbio. Acabei concordando e estou pagando 12 parcelas de R$ 191. Pensando bem é errado: as fábricas é que tinham de dar a garantia necessária. Quando comprei a bicama o vendedor do Extra insistiu para que eu fizesse seguro. Disse que ele estava louco – nunca fiz seguro de cama. Estou arrependido: estão vendendo produtos tão ruins que é melhor fazer o seguro. Se quebrar, ao menos podemos ser indenizados.

Marcelo de Matos

(parte 1) Samuel Pinheiro Guimarães – não vou falar como defensor da indústria genuinamente nacional, já que a quase totalidade dos países aderiu à globalização. Prefiro falar como simples consumidor: não me importa quem produz, mas, se produz com qualidade. O consumidor é explorado com os juros altos, a compra em tantos pagamentos “sem juros” (se paga à vista não tem desconto), a falta de controle de qualidade que é um escândalo. O Datafolha indica hoje empate técnico entre Serra e Russomanno. Sabe por que Russomanno tem tanto prestígio? Certo que parte desse prestígio vem do fato de ser apresentador de TV, mas, também porque defende o consumidor. As duas últimas compras que fiz pela internet foram um computador e uma bicama. O computador é fabricado pela SpaceBr, uma fábrica instalada no sul de Minas Gerais. As letras do teclado da marca chinesa Multilaser já estão desbotadas. Há falta de escrúpulos por parte dos industriais que não exercem controle de qualidade.

    Marcelo de Matos

    ET: o mais hilário nessa compra foi a questão dos arquivos com extensão PPS, dos e-mails, que não abriam. O sistema operacional e o Office são da Microsoft. Essa empresa disse que o fabricante e que estava obrigado a dar suporte. Aí eu liguei para o fabricante e ele me indicou um forum de internautas para resolver o problema. Insisti com a Microsoft e eles me indicaram outro forum, que seria melhor. Acabei encontrando a solução por acaso, em um terceiro forum, na internet. Ainda assim a solução é parcial: preciso transferir os arquivos do e-mail para o Visualizador do Power Point e depois abrir esse programa para ler os e-mails.

assalariado.

Não da para começar esta discussão se de cara não percebermos que o modo capitalista de produção esta globalizado. Portanto, todos querem exportar para criarem empregos em suas nações. Desindustrialização e desnacionalização, nada mais é do que a corda puxando a caçamba. É o capitalismo em seu processo histórico e natural de definhamento, enquanto modo de produção social. Seja com empresas transnacionais comprando o resto que falta das ‘nossas’ empresas, seja na forma de importação de produtos e serviços de nossos colonizadores imperiais, que se da através das empresas ‘nacionais’ e multinacionais, dos vários segmentos comerciais, de importação.

Quando cheguei no paragrafo 20, lembrei- me do velho barbudo -(Karl MARX)-, e resolvi traze-lo para a discussão, e assim, procurarmos entender melhor este ótimo texto do Sr. Samuel Pinheiro. Então pergunto: em que estágio o capitalismo imperialista (agora globalizado), se encontra?

Marx escreveu que:

” A evolução do modo de produção capitalista mostra que, nela sempre tem havido uma CONCENTRAÇÃO DE CAPITAIS, isto é, grande crescimento do capital de algumas empresas. E a concentração tem sido sempre acompanhada de CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAIS, que é a redução do numero de empresas. Esta centralização acontece ou quando varias empresas se juntam em uma só (fusão), ou quando engolem outra (absorção), …”

Ou seja, desindustrialização e desnacionalização não é um acontecimento a margem do modo de produção capitalista, é sim, um processo lógico de desenvolvimento e acumulo de riqueza expropriada pela burguesia capitalista, sobre o todo social. E é, ao mesmo tempo, o seu definhamento natural neste tipo de relação social de sociedade. Não há nada de sobrenatural nesta ciência exata, esta é a sua matemática existencial e final, na sua logica teoria econômica e social de exploração, e de contradições.

Vamos, rumo ao socialismo!

    Fabio Passos

    É como Marx previu.
    A diferença entre Coreia / China / India e nós é que eles construíram mega-corporações nacionais com capacidade de competir e influir no capitalismo oligopolizado. O Brasil aceitou(escolheu!) a posição de colonia subdesenvolvida. Vamos sofrer muito mais com a espoliação capitalista até o mundo superar a barbárie.

    assalariado.

    Caro Fabio, você tem razão, seja no caso da China ou do Brasil. Oligopólio é sinônimo de CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAIS, que é a redução do números de empresas. Neste modelo econômico, quando você pensa que esta crescendo, é aí que você esta regredindo. Sim, são as contradições do modo de produção capitalista. Ou seja, é o mesmo que desindustrialização logo, suas as consequências são, …

    Abraços Fraternos.

    Jorge Moraes

    Apoiadíssimo, assalariado!

    Eventuais reparos, como: “Vamos, rumo ao socialismo” foi mais no sentido de convocação ou de “inevitabilidade histórica”? Na primeira hipótese, mais uma vez, concordo contigo, malgrado saber que por ora não muitos nos seguiriam; na segunda, tenho reservas.

    Volto a “eventuais reparos, como” para finalizar com “… são de somenos importância diante do texto como um todo”.

    Saudações!

    assalariado.

    Caro Jorge, as duas hipóteses caminham de mãos dadas. O sistema não vai cair de podre e nem vai jogar a toalha. Ou seja, teremos que dar um empurrãozinho histórico.

    Abraços Fraternos.

Pedro

Se continuarmos nesta toada logo chegaremos as maquiladoras Mexicanas.Aí o artigo do professor Samuel poderá fazer eco entre as elites empresariais e os sindicatos de greve que se servem desse país.

Marcelo de Matos

Desnacionalização e desindustrialização são temas costumeiramente usados com objetivo de crítica a políticas governamentais. Esses fenômenos aparecem juntos, andam de mãos dadas? No caso brasileiro, ao menos, minha intuição indica que está havendo desnacionalização, especialmente desde os tempos do ministro Roberto Campos, passando por Fernando Collor. Desindustrialização não parece ser o caso. O que vemos é a instalação de uma infinidade de indústrias de ponta, nas áreas automobilística, eletrônica, etc. Há alguns problemas, como a Foxconn, que quer utilizar tecnologia superada na produção de tablets e o governo não concorda. Problemas também com a transferência de tecnologia, mas, o que está sendo feito corresponde ao script. Quem foi que disse que há planejamento para implantação de indústrias genuinamente nacionais? A tal desnacionalização ocorre em escala mundial. A francesa Renault e a japonesa Nissan são sócias. Na Rússia só há montadoras transnacionais. Nem a China escapa da globalização: está produzindo carros em parceria com a Fiat.

    Fabio Passos

    As montadoras chinesas usaram as tradicionais transnacionais para acessar tecnologia e know how. Agora ganham mercados das tradicionais transnacionais mundo afora.

    O Brasil optou por assistir as transnacionais como únicas donas de nosso mercado.
    Poderiamos seguir o exemplo de sucesso da Coreia, China e India e fomentar uma indústria automobilistica nacional.
    Precisa apenas de decisão política.

    A divisão de nosso mercado, ao contrário das mentiras neoliberais, é questão de soberania.

    E isto não vale apenas p/ indústria automobilistica.

    Ronaldo Curitiba

    O problema dos governos recentes (com os “anteriores” a causa é outra e não vou nem comentar) com a desnacionalização é que têm cabeça de sindicalista – se o povo está comendo e, melhor ainda, se está empregado então está tudo bem. Lembram do Lula dizendo que todos têm o direito de ter sua geladeirinha? E a cabecinha do Pimentel? Se está sendo produzido no Brasil é o que interessa.

    Enquanto resolvemos o problema da população o problema da inserção da nação vai piorando.

    Escolhi comentar aqui sobre a fabricação de motocicletas porque é um assunto sobre o qual penso há muito tempo. Não entendo como um país que produziu mais de 2 milhões de motos em 2011 não tem a sua indústria própia.

    Fabricamos aviões competitivos, foguetes, urânio, etc., e não temos condições de projetar e produzir uma mísera moto 125 cc?

    Outro dia, passeando no litoral baiano, vi um cidadão bem simples circulando com uma bicleta motorizada meio tabajara. Ao ser interpelado informou que montou a sua criação a partir de peças de bicicleta e de um motor usado de cortador de grama, pelo qual pagou R$100,00. E da FEI/PEI não sai nada? Em Manaus não há massa crítica para uma iniciativa desta?

    Se eu fosse governador de São Paulo (rs), o maior mercado do país, abriria licitação para construção de uma fábrica de motos com doação de tudo e incentivos totais.

    Design não seria problema, porque os motoboys estão comprando cada chinesinha mais feia do que a outra . . .

    Samuel Pinheiro Guimarães, por favor, pelo amor de Deus, não desista, continue tentando abrir a cabeça dos petistas. Peça ao Mino uma reportagem de capa na Carta Capital sobre este assunto. Utilize o seu prestígio na Carta Maior.

    Sucesso na sua campanha, e viva o Brasil,

    Ronaldo

    Fabio Passos

    Ronaldo, o trabalhador brasileiro é internacionalmente reconhecido por sua grande criatividade. Temos um potencial fabuloso desperdiçado. Em um capitalismo oligopolizado de mega-corporações transnacionais é necessário amplo apoio estatal para viabilizar empreendimentos nacionais capazes de competir. Infelizmente estamos fazendo o contrário. O Estado continua definhando e perdendo a capacidade de influir de forma soberana na gestão econômica e na definição e perseguição de nossos objetivos estratégicos. Permanecemos a deriva. Do jeito que está não escapamos do subdesenvolvimento.

Mariac

O Brasil precisa de inventar o governo, pois até agora só vi governos estrangeiros aqui ou obediência cega.

Julio Silveira

Cada dia que passa mais acredito que o Brasil realmente fez sua opção pelos pobres, e por ter uma grande, crescente, maioria pobre. Os que tiveram a oportunidade de ficarem ricos ao chegarem a essa condição passam a trabalhar pela exclusividade nas suas posições sociais, apoiando politicas que impedeçam um crescimento na distribuição das riquezas. Querem apenas cuidar para que a pobreza não seja tão humilhante que os obrigue a aparecer mau na foto de um mundo tomado de criticos especialistas em recriminar o vizinho, baseados em conquistas morais duvidosas.

    assalariado.

    Julio, quem te falou que o modo de produção capitalista, mais conhecido como capitalismo, veio para distribuir riquezas?

    Você não me engana com este papo de pega bobo. Pelo seu discurso, aqui no viomundo, já percebi que você não vive na condição de explorado, você é o próprio explorador. Capitalismo e seus valores não são recicláveis e nem aceita reforma, destrói- se!

    Abraços.

    Julio Silveira

    Não fica brabo não meu caro, mas pessoas como você são os manipulados perfeitos. Lá vem você falando em sistema, e não quer enxergar que teus idolos aderiram ao sistema, o sitema que tu demonstra achar ser o demonio. Os unicos que parecia acreditar de fato no sistema foram seus criadores literarios, mesmo assim jamais viram-no ser implantado eficazmente. Veja amigo, minha descrença na implantação do socialismo não deriva de contrariedade com o sistema em si, que pelo contrario acredito traria o chamado paraiso para terra, mas depois de uma certa idade não me permito sonhos juvenis, que a realidade se incumbe de mostrar ser irreal, utopia. Veja, essa minha incredulidade vem principalmente de grupos como o seu, que costumam dizer quando chegam ao poder que devemos ser pragmaticos, fazer concessões colocando a mão na m. Voce me desculpe, mas parece ser um analfabeto literário, desses que não sabendo interpretar a sutileza da mensagem que transmito, talvez por contrariar suas arraigadas crenças, apega-se a mensagem massivamente investida em sua cabeça. Age como seus opostos os que acreditam na solução vinda do sistema capitalista. O que sempre quiz te passar é que pode ser socialista ou pode ser a capitalista, eu vejo apenas oportunistas e oportunidades em qualquer delas.

Deixe seu comentário

Leia também