A política sem rumo de Obama e uma superpotência evanescente
27/5/2010, Dilip Hiro*, Tom Dispatch – traduzido por Caia Fittipaldi
Façam a política que fizerem, todos os políticos dos quais mais se deva desconfiar do que confiar apresentam, todos, um traço comum: todos são indiferentes ao dano que causam, em muitos casos, ao mundo. George W. Bush é bom exemplo; Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, outro exemplo. No que tenha a ver com política externa, vemos acontecer a mesma coisa hoje, na Casa Branca de Obama.
O padrão-Obama de governar é claro: escolha alguém, no ‘mundo exterior’, e pressione. Ameace. Diga que você fará e acontecerá se ele não se curvar aos desejos de Washington. Quando ‘o inimigo’ não se render e, pior, se responder e falar grosso, retroceda correndo, trate de supercompensar o fracasso com vitórias em alguma outra área e entre em modo ‘reparar danos’.
Em seu pouco mais de um ano de governo, Barack Obama já deu vários exemplos de como governar à sua moda. O presidente dos EUA absolutamente é incapaz de avaliar o peso das cartas de um ou outro dos adversários que escolha atormentar, nem sabe avaliar a determinação de jogar aplicadamente com as cartas que cada um tenha.
Obama tende à retirada, ao primeiro sinal de resistência; o que mostra que não é homem nem de coragem nem de convicções, dois ingredientes cuja presença ou ausência definem os políticos profissionais e os estadistas. Insistindo numa política externa sem rumo, rateando sempre que tem de enfrentar desejos diferentes dos seus, Obama, sem querer, ajuda a dar razão aos que dizem que os EUA já não são nem superpotência nem poder emergente: são poder evanescente – e que a evanescência da ex-única-superpotência é irreversível.
Dentre os que se recusaram a ceder ante a tática linha-dura das ameaças iniciais de Obama (e ante o impacto do poder dos EUA) estão hoje, não só os presidentes de China (megapotência, das grandes) e do Brasil, potência mediana, mas também os líderes israelenses, poder apenas local e visceralmente dependente de Washington para a própria sobrevivência, e até o Afeganistão, estado-cliente. Até aí, ainda sem mencionar a junta militar de Honduras, entidade desimportante, mas que enfrentou as ordens de Obama como se fosse o Politburo da ex-URSS.
Em Honduras, Obama rateou
Quando derrubaram o governo civil e eleito do presidente Manuel Zelaya em junho de 2009, os generais hondurenhos passaram a fazer jus à vergonhosa distinção de serem os primeiros autores de golpe na América Central, da era pós-Guerra Fria. Por que o golpe? O fator decisivo foi o presidente Zelaya ter optado por um Referendum (só consultivo, que nada decidiria), para que a população se manifestasse sobre alterações a serem introduzidas na Constituição. As alterações, se houvesse, seriam feitas pelo Parlamento, votadas, aprovadas ou rejeitadas.
Ao denunciar o golpe como “terrível precedente” na região, e exigir a volta ao Estado de Direito em Honduras, o presidente Obama começou por dizer e repetir que “não queremos voltar àqueles dias negros do passado. Somos e estamos do lado da democracia.”
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Para dar peso às palavras, Obama precisaria ter retirado seu embaixador de Tegucigalpa (como fizeram Bolívia, Brasil, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela) e suspenso imediatamente a ajuda dos EUA, da qual Honduras depende. Nada disso. Em vez dessas atitudes, o que se viu foi a secretária de Estado Hillary Clinton, que declarou que o governo Obama não classificaria formalmente o golpe como golpe… “por hora” – e mesmo depois de a ONU, a OEA e a União Europeia já o terem feito.
Dado que os EUA recuaram, os generais golpistas encheram-se de coragem. Com eles, encorajaram-se também os seus apoiadores no Congresso. O governo imposto de Roberto Micheletti, testa-de-ferro dos militares golpistas contratou uma renomada empresa de “Relações Públicas” em Washington, e puseram-se a trabalhar.
Bastou isso, para enfraquecer toda a “decisão” democrática do presidente dos EUA, homem de belos discursos, mas sem qualquer convicção política no que tenha a ver com política exterior. Foi quando a secretária de Estado Clinton pos-se a tagarelar sobre reconciliar o presidente deposto e o governo golpista de Micheletti, tratando-os ambos os grupos, um governo legítimo e um governo ilegítimo, como se fossem irmãos gêmeos.
Os generais hondurenhos logo viram que a tática de fingir que Washington não pia estava dando bons resultados; e empinaram o peito. Só quando Clinton disse e repetiu que o Departamento de Estado não reconheceria o resultado da eleição presidencial de novembro, porque haveria dúvidas quanto à transparência e lisura das eleições, os generais aceitaram conversar, um mês antes das eleições. Concordariam com a volta de Zelaya ao palácio, para levar o mandato até o término.
Foi quando o senador Republicano linha-dura de direita Jim DeMint, fanático apoiador dos generais hondurenhos, entrou em ação. O governo Obama só receberia aprovação para seus indicados para postos-chave na América Latina, se a secretária Clinton reconhecesse o resultado das eleições, e pouco importava o que fosse feito de Zelaya. Clinton capitulou.
Como resultado, Obama passou a ser o segundo presidente – o outro foi o presidente do Panamá – dos 34 países-membros da OEA, a apoiar a nova “eleição” presidencial em Honduras. O que talvez pareça negociação rotineira na política doméstica do Capitólio foi vista na comunidade internacional que interessa como humilhante retirada do governo Obama, ao ser desafiado por um punhado de generais hondurenhos. Vários políticos e grupos políticos, é claro, tomaram nota.
Retirada ainda mais dramática, seria imposta a Obama, quando trançou chifres com o primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu.
O esperto Netanyahu levou a melhor
Ao assumir Obama, a Casa Branca anunciou com muita fanfarra que começaria imediatamente a cuidar da difícil questão Israel-palestinos. Examinando então o ‘Mapa do Caminho’ de 2003, de uma paz apoiada pela ONU, por EUA, Rússia e União Europeia, descobriram que Israel, um dia, prometera cessar completamente a construção nas colônias exclusivas para judeus, eufemisticamente chamadas pela Casa Branca e sua mídia, de “assentamentos”.
Na primeira reunião com Netanyahu em meados de maio de 2009, Obama exigiu a suspensão imediata de qualquer construção nas colônias na Cisjordânia e na parte ocupada de Jerusalém Leste, onde já vivem cerca de meio milhão de judeus. Disse que ali estaria o principal obstáculo ao estabelecimento de um Estado palestino independente. Netanyahu rugiu – e jogou a carta iraniana: que o programa nuclear iraniano seria ameaça existencial a Israel.
Obama caiu como patinho na armadilha de Netanhyahu. Em conferência conjunta de imprensa, Obama aproximou as duas questões: as conversações de paz entre israelenses e palestinos e a ameaça que o Irã representaria para a sobrevivência de Israel. Em seguida, para deleite de Netanyahu, Obama deu prazo – “até o final do ano” – a Teerã, para responder aos seus acenos diplomáticos. Assim, o astuto primeiro-ministro de Israel levou o presidente dos EUA a apertar o nó que, dali em diante, manteria atadas uma à outra as duas questões, as quais antes, sempre existiram desconectadas uma da outra. E Netanhyahu sequer precisou oferecer alguma coisa em troca do serviço que Obama prestou-lhe.
Depois, Netanyahu introduziria nova diferença entre a expansão das colônias exclusivas para judeus já existentes e a construção de novas colônias; e a nada se comprometeu, em relação às já existentes. Ainda mais, separou completamente a Cisjordânia e Jerusalém Leste, a qual, como jamais parou de repetir, seria parte integral e inseparável e “capital eterna de Israel” e, portanto, não sujeita a qualquer restrição que se definisse sobre construção nas novas (e também nas velhas) colônias exclusivas para judeus.
No mesmo estilo cenográfico de todo o governo Obama, Clinton respondeu com o que parecia ser firmeza: “Não haverá exceções no congelamento dos assentamentos”. Logo depois, se viu que não passavam de palavras ocas, que nada mudaram na questão real.
Quando Netanyahu rejeitou publicamente as exigências de Obama, de que pusesse fim a construções nas colônias na Cisjordânia, Obama subiu o cacife: sugeriu que a intransigência dos israelenses aumentaria os riscos para a segurança dos EUA.
Dia 15/10, depois de muito vai-e-vem de coxias entre os dois governos, Netanyahu anunciou que dera por encerrada a discussão com Washington sobre “os assentamentos”. Em seguida, em reunião posterior com Clinton, disse que reduziria algumas construções em algumas colônias. A jogada valeu-lhe agradecimentos efusivos da secretária Clinton, que apresentou o gesto como “concessão sem precedentes”, sinal evidente de que, sim, sim, seria possível retomar sem condições as conversações de paz entre palestinos e israelenses.
Os palestinos enfureceram-se com os EUA virarem-lhe tão acintosamente as costas. “Supus que os EUA fossem contrários à expansão das colônias ilegais”, disse um furioso porta-voz do governo palestino, Ghassan Khatib. “Precisamos de negociações para acabar com a ocupação, não de novas colônias para aprofundar a ocupação.”
Em dezembro, Netanyahu aceitou uma moratória de dez meses na construção nas colônias, mas só depois de o Estado ter autorizado a construção de mais 3.000 apartamentos na Cisjordânia ocupada. Firmes na posição assumida, os palestinos rejeitaram qualquer simulacro de conversações de paz, até que a construção de novos prédios nas colônias exclusivas para judeus venha a ser realmente paralisada.
Dia 9/3/2010, exatamente quando o vice-presidente Joe Biden chegava a Jerusalém, como parte da campanha de Washington para iniciar o “processo de paz”, as autoridades do governo de Israel divulgaram a aprovação para que se construam mais 1.600 novas casas exclusivas para judeus em Jerusalém Leste. Movimento violento e arrogante, aprofundou o desafio à autoridade de Obama e enfureceu Biden (além de Obama).
Com sua proposta de reforma da Saúde em disputa por aprovação na Câmara de Deputados, dia 24 de março, quando recebeu Netanyahu em Washington, Obama estava numa roda viva. Ao que se sabe, apresentou três condições para dar por encerrada a crise com Biden: estender o congelamento de novas construções nas colônias, para até depois de setembro de 2010; fim de qualquer novo projeto de construção em colônias em Jerusalém Leste; e retirada dos soldados de Israel para trás das linhas existentes antes da Segunda Intifada. E Obama deixou Netanyahu em reunião com assessores na Casa Branca, para só voltarem a reunir-se quando “houver alguma novidade”. Mais uma vez, como no caso dos golpistas de Honduras, a fala de Obama não passou disso: fala.
O objetivo de toda essa atividade foi conseguir que os palestinos voltassem à mesa das conversações de paz com Israel, conversações muito justificadamente suspensas pelos palestinos quando Israel atacou a Faixa de Gaza em dezembro de 2008. Netanyahu aceitaria novas conversações, desde que “sem qualquer precondição” imposta pelos palestinos.
Ao final, Netanyahu obteve praticamente tudo que queria: nem teve de aceitar precondições do governo Obama, nem teve de aceitar precondições dos palestinos. Em resumo, Obama curvou-se aos desejos de Netanyahu. O cachorro sacudiu o rabo.
Os infelizes representantes da Autoridade Palestina entenderam a mensagem. Depois de alguns protestos apenas rituais, aceitaram participar de “conversações indiretas” com o governo Netanyahu, com George Mitchell, enviado de Washington ao Oriente Médio, levando as conversas de um lado ao outro. ‘Isso’, chamado “conversações indiretas”, começou dia 9/5/2010. Ao longo dos próximos quatro meses, a dura missão de Mitchell será tentar diminuir as diferenças (cada dia maiores) entre o que Israel e os palestinos entendem por “Estado palestino” – sendo que, agora, os dois lados sabem que o governo Obama meterá o rabo entre as pernas e não pressionará Israel, aconteça o que acontecer.
Escaramuças com a China e, de repente, aquecimento
Os problemas de Obama com a República Popular da China começaram em novembro de 2009 quando, para grande desapontamento de Obama, o governo chinês não lhe deu tratamento de Alteza Real em sua primeira visita à China.
As relações Washington-Pequim esfriaram ainda mais quando o governo Obama autorizou venda no valor de 6,4 bilhões de dólares de armamento avançado a Taiwan, inclusive mísseis antimísseis, e Obama recebeu o Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, na Casa Branca (embora num salão secundário). A República Popular da China considera Taiwan província separatista e o Tibete como parte da República chinesa, o que faz do Dalai Lama chefe de grupo separatista, aos olhos de Pequim.
Altos funcionários dos EUA qualificaram seus movimentos como “um troco” que Obama estaria dando à China, a qual estaria apostando mais alto do que podia. Com esses movimentos, prosseguiu, incansável, a pressão para que Pequim valorizasse sua moeda, o yuan. O governo de Obama serviu-se de uma lei que exige que o Departamento do Tesouro notifique, duas vezes ao ano, casos de país que manipule a taxa de câmbio entre sua moeda e o dólar americano em busca de ganhos extra no comércio internacional. A data para o próximo relatório desse tipo – antessala para possíveis sanções –, 15 de abril, foi repetida ad nauseam por funcionários do Tesouro e do governo dos EUA.
Em meados de abril, Obama estava preparando um encontro sobre segurança nuclear internacional em Washington. Queria reunir o maior número possível de presidentes. No mínimo, queria reunir os líderes dos quatro países nucleares com poder de veto no Conselho de Segurança – Grã-Bretanha, França, Rússia e China.
Era o que esperava o presidente chinês Hu Jintao, sobre cuja cabeça pendia a espada obamiana, que ameaçava denunciar a China pelo crime de manipular a moeda contra o dólar. Hu declarou que não compareceria à reunião ‘nuclear’ de Obama. Obama piscou. Adiou a data para divulgação do parecer do Departamento do Tesouro, sine die. Em troca, Hu viajou a Washington e encontrou-se com Obama no Salão Oval, na Casa Branca.
Pequim – o coletivo de dirigentes muito realistas e muito experientes – não foi surpreendida por tensões montantes entre China e EUA. A atitude deles apareceu manifesta em editorial do China Daily, pouco depois da posse de Obama. “Os líderes dos EUA jamais se mostraram contidos, ao falar das suas ambições nacionais”, lia-se lá. “Para eles, está-lhes garantida a glória por direito divino, independente do que pensem os demais países.” E o editorial previa que “Obama, que defenderá os interesses dos EUA, acabará inevitavelmente em confronto com os interesses dos demais países.” Exatamente o que se vê acontecer hoje, repetidas vezes.
Esse realismo contrasta vivamente com o estado de espírito da Casa Branca, onde se crê, simploriamente, que alguns poucos discursos enunciados em capitais por todo o mundo, por um eloquente novo presidente, bastariam para restaurar o prestígio dos EUA que as políticas de George W. Bush deixou em ruínas. O que o presidente e sua entourage parecem não ver, contudo, apareceu em pesquisa do importante Pew Research Center. Mostrava-se ali que, depois da campanha pública da diplomacia de Obama, enquanto a imagem dos EUA realmente melhorara consideravelmente na Europa, México e Brasil, a melhora foi menos significativa na Índia e na China; foi apenas marginal no Oriente Médio árabe; e igual a zero na Rússia, Paquistão e Turquia .
Paralisado num modo autocongratulatório, a equipe de Obama não deu atenção à ampla gama de opções de jogo que ainda há em mãos de outras potências, para retaliar contra a pressão dos EUA. Por exemplo, não previram que Pequim ameaça impor sanções contra grandes empresas norte-americanas fornecedoras de armas a Taiwan; tampouco previram a dura resistência da República Popular da China, que não considerou, até agora, sequer a possibilidade de desvalorizar o yuan.
Há quem atribua o comportamento dos chineses a um crescente nacionalismo e ao medo, nos líderes, de que, se cederem a pressão de “estrangeiros”, abalarão a própria imagem “interna”. Mas a verdadeira razão pela qual os chineses resistem tem mais a ver com as durezas da economia, do que com qualquer preocupação com emoções populares. Nos dias iniciais da Grande Recessão de 2008-09, simbolizada pelo colapso do gigantesco banco de investimentos Lehman Brothers, a China logo farejou movimentos tectônicos em andamento no próprio equilíbrio do poder econômico internacional – com desgaste importante à, até então, “única superpotência”.
Enquanto se contraíam as economias de EUA e Europa, Pequim rapidamente adotou políticas que visavam a estimular a demanda interna e os investimentos em infraestrutura. Daí nasceu crescimento impressionante: 9% no PIB em 2009, com 12% já previstos para 2010. Com isso, até os analistas do Goldman Sachs já preveem que a China será a primeira potência econômica mundial, já a partir de 2050.
Pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, não são os EUA que arrancam o resto do mundo das garras do crescimento negativo: é a China. Os EUA emergiram da carnificina financeira como a nação mais endividada do planeta, sendo a China o principal credor, com impressionantes – e sem precedentes – reservas de $2,4 trilhões em moeda estrangeira.
Suas ricas corporações endinheiradas estão comprando empresas e recursos naturais futuros da Austrália ao Peru, do Canadá ao Afeganistão onde, ano passado, o Congjiang Copper (cobre) Group, corporação chinesa, ofereceu $3,4 bilhões – um bilhão de dólares a mais que a mais alta proposta das metalúrgicas ocidentais – para assegurar-se o direito de minerar cobre de um dos mais ricos depósitos do planeta.
Karzai, o Perigo, torna-se Karzai, o Indispensável
Ao assumir a presidência, Obama não fez segredo do desagrado que lhe inspirava o presidente afegão, Hamid Karzai. Para dispensar-se de enfrentar a viciosa corrupção que contamina todo o governo afegão, altos funcionários e militares dos EUA inventaram a ideia de negociar diretamente com os governadores das províncias e distritos afegãos. Na eleição presidencial de agosto de 2009, escolheram apoiar Abdullah Abdullah, principal e importante adversário de Karzai, como todos sabiam.
Quando Karzai manipulou pesadamente as eleições para garantir a reeleição, e fez-se de surdo aos clamores de Washington para que ‘limpasse’ o governo, Obama decidiu servir-se do porrete para disciplinar mais esse regime-cliente. Em gesto dramático, embarcou para viagem de 26 horas – de Washington a Cabul –, no último fim-de-semana de março, para dar lições pessoais a Karzai sobre sua (de Karzai) incompetência para governar e combater a corrupção. Karzai, sem alternativas, deixou que Obama falasse e nada disse.
Quando, porém, Karzai soube, pelos jornais, que um militar norte-americano não identificado havia sugerido que seu meio irmão mais jovem, Ahmed Wali, principal representante do governo Karzai na província de Candahar, no sul, deveria ter seu nome incluído na lista do Pentágono de barões da droga a serem assassinados ou presos, a paciência de Karzai esgotou-se, de vez.
O presidente afegão indignado respondeu com declarações de que os EUA obravam deliberadamente para intensificar e aprofundar a guerra no Afeganistão, para conseguir permanecer na região; não para pacificá-la, mas para controlá-la. Disse também que, se Washington insistisse nessa tática suja, aliar-se-ia aos Talibã. (Karzai, de fato, foi importante arrecadador de fundos para financiar os Talibã, depois que capturaram Cabul, em setembro de 1996.)
Obama reagiu como sempre, em iguais circunstâncias: se desafiado, retrocede. De porreteador maluco, transformou-se instantaneamente em distribuidor de cenouras durante a visita de Karzai a Washington no início de maio (a qual, em março, a equipe de Obama ameaçava adiar indefinidamente).
O ponto alto do movimento de bajular Karzai – digno de ser incluído em versão contemporânea de Alice no País das Maravilhas – foi um jantar oferecido a ele pelo vice-presidente Joe Biden, em sua mansão. Karzai, além de sentir-se vingado, deve ter rido muito. Em fevereiro, Biden protagonizara movimento de ofensa operística, ao levantar-se e sair de jantar com Karzai no palácio presidencial, depois de Karzai ter desmentido que seu governo fosse corrupto e dito que, mesmo que houvesse corrupção, o grande corruptor jamais foram nem ele nem sua família.
Apesar do tratamento “tapete vermelho”, e das táticas de “ofensiva de charme” e “poder soft”, Karzai foi cristalmente objetivo e claro na entrevista coletiva; ao lado de Obama, declarou que “o Irã é nação amiga do Afeganistão, nossa nação-irmã”.
Sentimentos semelhantes foram pouco depois expressos também por outro presidente – no Brasil.
O presidente Lula do Brasil e Obama
Desde que assumiu a presidência no Brasil, em 2003, Luiz Inacio Lula da Silva, sempre que necessário, trilhou caminho diferente do prescrito por Washington. Na Rodada de Doha, a questão foi o comércio mundial. E o mesmo se tem visto nas questões de aquecimento global e das sanções contra Cuba.
Em dezembro de 2008, o presidente do Brasil presidiu reunião de 31 países latino-americanos e do Caribe, excluídos os EUA, num centro turístico em território brasileiro, Sauípe. Mês seguinte, em vez de ir ao Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, da Silva compareceu ao 8º Fórum Social Mundial em Belém, cidade à beira do rio Amazonas.
Criticou o modo como Obama desconsiderara a via democrática em Honduras e, apesar do desagrado manifesto do governo Obama e da oposição no Brasil, convidou o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad a visitar Brasília em novembro de 2009 para conversações sobre o programa nuclear iraniano – primeiro movimento importante da diplomacia brasileira sob seu governo. (Uma semana adiante, da Silva recebera calorosamente o presidente Shimon Peres de Israel, em Brasília.) Seis semanas depois, da Silva estava em Teerã – e fez história, para desconsolo patético de Washington.
Atuando em conjunto com o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, da Silva reviveu uma proposta de acordo nuclear de outubro de 2009 e, contra todas as expectativas, conseguiu definir um acordo nuclear com Ahmadinejad.
Surpreendido, de fato aturdido, com o sucesso de Brasil e Turquia, e com a pouca importância que haviam dado à ‘desaprovação’ de Washington, o governo Obama desconsiderou toda a própria política até ali e passou a exigir que o Irã cancelasse seu programa de enriquecimento de combustível nuclear. E pôs-se freneticamente a tentar impor ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução para mais sanções contra o Irã, como se o acordo costurado por Brasil e Turquia não existisse.
A dificuldade para ver a realidade é miopia, para dizer o mínimo. A incapacidade para avaliar, do presidente dos EUA e de sua secretária de Estado, ignora todos os movimentos relevantes que agitam o mundo (real), hoje. A influência das potências ‘medianas’ no cenário mundial está aumentando. Todos os governos, no mundo, sentem – com razão – que não precisam render-se ‘preventivamente’ às exigências de Washington. Nada mais estimulante, hoje, do que esse movimento.
Esse é o caminho pelo qual essas potências ‘medianas’ (ditas “emergentes”, mas, de fato, já plenamente “emergidas”), começam a conseguir reunir-se e atuar nas questões internacionais, tomando iniciativas diplomáticas com boa chance de serem bem-sucedidas.
Hoje, em todo o mundo, do Afeganistão a Honduras, do Brasil à China, líderes globais, dos maiores aos menores, pressentem que o governo Obama mais late que morde. É evidência de que, por mais que os EUA ainda sejam potência mundial, já não são nem a única nem a determinante. Esse desgraçado “século dos EUA” está irreversivelmente a caminho do fim.
* Sobre o autor, em http://en.wikipedia.org/wiki/Dilip_Hiro
O artigo original, em inglês, pode ser lido em:
http://www.tomdispatch.com/post/175254/tomgram:_dilip_hiro,_obama’s_flip-flop_leadership_style/
Comentários
Humberto
Sou fan dessas analises de politica internacional que voce publica no seu blog, Azenha. Muito grato, e continue garimpando e nos brindando com essas preciosidades. Um servico publico inestimavel. Abracos.
Dilip Hiro: Acabou o século americano (ou: “O lobo mau não é mais lobo…”) « Paralelo XIV
[…] ler a matéria diretamente na fonte, clique aqui. Ou para ler o artigo original, em inglês, clique […]
Dilip Hiro: Acabou o século americano « Projeto ORBIS – Observ@tório de Relações Internacionais
[…] Tradução Pescada de http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/dilip-hiro-acabou-o-seculo-americano.html […]
Julio Silveira
O Ubaldo está seguindo o modelito que seu simbolo politico o Serragio adota, fazer contraponto, ser contraditório, contestar mesmo se for a coerência, seu obejtivo primordial é aparecer, ser notado, e nesse aspecto está conseguindo.
Se o ignoraem ele desaparece, por que o que os move não é influir positivamente e com inteligência, o que eles querem mesmo e ser vedete.
francisco.latorre
bom demais esse século vinte um.
ver o império cair.. não tem preço.
..
Urbano
A música de alcova da hilária clitonis é aquela das mais famosas da chucha, a 'hilariê'.
EFE
Confesso: um dia, na minha juventude, já fui muito embicilizado. Achava que tudo que os americanos faziam era para o bem do mundo e da humanidade. Comia pelas mãos do PIG. rs rs rs rs rs rs rs
Lucas Cardoso
O artigo presume que o governo dos EUA tem boas intenções. Engano que analistas já deveriam ter parado de cometer, após todos esses anos.
Obama não acabou com o golpe de Honduras e a colonização israelense porque não quis. Assim como seus predecessores, apóia qualquer poder pró-americano, dane-se as leis internacionais e a ética.
A diplomacia estadunidense falhou com o Irã porque quis falhar. Não aceitou o acordo feito pelo Brasil, e constantemente ameaça a guerra. A hostilidade é evidente.
Obama não é um mal político. Conseguiu virar presidente dos EUA apesar de ser negro. Sua diplomacia não é sem rumo. O rumo dela é claro, mas não é bom.
Urbano
Por enquanto só o século, mas eles fatalmente chegarão lá.
Marat
É difícil levar a sério um país cuja secretária de estado é Hilária Clinton…
alex
"Obama reagiu como sempre, em iguais circunstâncias: se desafiado, retrocede. De porreteador maluco, transformou-se instantaneamente em distribuidor de cenouras durante a visita de Karzai a Washington no início de maio"…tive uma crise de riso incontrolável ao ler essa passagem, emblemática da tibieza da política externa estadunidense, que agora diz abdicar da "guerra ao terror", porém mantendo-os dissimuladamente, mesmo porque no momento com o capitalismo indo pro beleléu, há de se salvar as instituições financeiras (aquela história dos esperatlhões que fizeram um roubo parecer uma crise), muito embora fossem outros os tempos uma guerrazinha viria a calhar para as megacorporações…
Ana Maria
Azenha,
ouvi notícia na Band sobre o comboio de navios que tenta levar ajuda humanitária ao Palestinos. Gostaria de saber mais.
Jeanette
Achei algo, mas está em francês… http://www.humanite.fr/2010-05-27_International_H…
"Coalizão pela liberdade de Gaza"
…."Cinco ONGs fretaram oito navios transportando 5.000 toneladas de equipamentos de construção, geradores, equipamentos médicos, …, com centenas de personalidades e parlamentares europeus e americanos, vai tentar quebrar o bloqueio imposto a Gaza por Israel. Chamado de "Coalizão da liberdade de Gaza, a flotilha de barcos provenientes da Turquia, Irlanda, Grécia e Grã-Bretanha,"…..
Jeanette
Neste blog também tem notícia: http://tsavkko.blogspot.com/2010/05/urgente-frota…
O índio
Cliquem em http://gazafreedommarch.org/cms/en/home.aspx (ou copiem e cortem-colem no Google) e pode-se acompanhar ao vivo, na hora, transmitido de um dos navios. O planeta está indo com eles!
Maria Dirce
Azenha, a folha de São Paulo on line, junto com a Data folha, publicou agora a pouco que Dilma perde as eleições pq o voto é obrigatório, e se nâo fosse, Serra seria eleito.Confesso que não entendi essa contradição do eleitor.se for a eleição expontânea o povo vota sorrindo no serra, se for obrigatória Dilma perde, ou seja o seu eleitor não vota.Como disse, a Data folha caminha pra comédia pra seriedade ja era.
Roberto
entendi exatamente ao contrário
Marcelo Ramos
Artigo ótimo, muito lúcido. Infelizmente, confesso que fiquei iludido, no primeiro momento, por Obama. Mas a ilusão acabou rápido, quando do envio de mais tropas ao Afeganistão, o que trouxe para Obama o Premio Nobel…. da Paz (sic). Infelizmente, a tibieza e falta de convicção de Obama em confrontar os Republicanos e o Pentágono está levando à insegurança no mundo. Fim melancólico.
Milton Hayek
Yoani Sánchez (ou como promover uma dissidente cubana)
A blogueira é a bola da vez da estratégia de Washington de forjar uma oposição interna em Cuba. Seu multimilionário blog não é resultado de iniciativa espontânea de uma cidadã que resolveu abrir o coração, como a mídia hegemônica costuma apresentá-lo. A execução do programa que financia essa política intervencionista foi provisoriamente suspensa pelo Senado estadunidense, sobretudo por causa da prisão, em Cuba, de um enviado de Washington que tinha a tarefa de tratar da distribuição do dinheiro. O artigo é de Hideyo Saito.
Hideyo Saito
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos…
O Brasileiro
Apesar da ansiedade do mundo para que os EUA mudassem sua política externa, as pessoas têm que ter paciência com Obama, que recebeu um país desgovernado e quebrado.
As "rateadas" de Obama acontecem pelas divergências entre o que ele gostaria e o que é possível. E entre ser "um Chavez ou um Lula", ele escolheu ser um Lula. Ou seja, não se muda as coisas da noite para o dia.
Só que, sem apoio interno, Obama não terá força política para fazer mudanças na política externa, e os Democratas sabem disso. O Lula "botou as asinhas de fora" em questões internacionais polêmicas, mas quando sua popularidade se encontra em níveis recordes! Dai a prioridade dada a Obama para as questões internas.
O mundo tem que torçer é para o governo Obama dar certo, e ai então o mundo poderá contar com os EUA para ser um lugar melhor!
Vantuil
O que OBAMA está apresentando, como nova relação a política externa, ao meu ver é muito parecido ao que fez D.Pedro I, as margens do ipiranga " Independência ou morte". Já que a vaca tá mesmo indo pro brejo; vamos cuidar pra não ficar tão feio na foto.
Geysa Guimarães
Afinal, quem é o Imperador: Obama ou Netanyahu? Pelo sacudir de rabo, quem senta nesse assento é o dono do assentamento.
Milton Hayek
http://www.tijolaco.com/?p=16191
“Funcionários fantasmas” dos EUA dão entrevista em “off”
O jornal O Estado de S. Paulo publica hoje uma matéria que deveria ir para um programa humorístico, se não fosse o retrato da tragédia que ocorre com o jornalismo brasileiro. É o primeiro caso de entrevista coletiva em “off the records” no mundo!
A matéria diz, literalmente, que “Washington convocou uma entrevista para “esclarecer” pontos sobre o acordo (entre Brasil, Turquia e Irã) e desmentiu Amorim”. Você pode ler matéria de cabo a rabo que não vai saber quem deu a entrevista. Os entrevistados são descritos assim: “três altos funcionários do governo que participaram da entrevista”, “os americanos afirmaram”, “os americanos disseram”…
E o que foi dito na “entrevista” pelos funcionários-sem-nome? Que a carta de Obama para Lula “não continha instruções para negociação.” Deveria? O presidente de um país soberano recebe “instruções” de um governo estrangeiro. É “menino de recados” de outro país? O Brasil seguiu o roteiro de Obama porque achou que isso poderia ajudar a trazer a paz, mas agora o roteiro é desmentido pelo próprio autor.
Noutra matéria sem fonte definida, o portal IG diz que uma autoridade americana disse que o Brasil deveria ter submetido o rasculho do acordo aos EUA, antes de assinar.Quem sabe deveria perguntar: “assim tá bom, tio”?
O sabujismo da mídia brasileira em relação aos Estados Unidos e sua ânsia em criar uma crise diplomática entre eles e o Brasil é tão grande que produziu esta pérola: a primeira entrevista coletiva em off da história do jornalismo.
Carlos
“três altos funcionários do governo que participaram da entrevista”, “os americanos afirmaram”, “os americanos disseram”…
Parece coisa do Paulo Francis e suas "fontes"…
Italo
Como Já disseram a sra. Clinton é um Serra de saias
Ana Lúcia
O tom do autor do artigo é de alguém que culpa OBAMA pela queda dos EUA.
Acusa-o também de fraco por não retaliar e impor sua força aos "teimosos".
Ora, esqueceram de avisar a esses outros? Lembra aquela história de Garrincha com Feola.
O autor claramente acha que os EUA deviam prender e arrebentar. O seu erro estaria aí.
Mas, será que Obama no seu “aperta-solta para respirar”, não está somente jogando prá platéia interna mas que na realidade seu projeto é outro?
A força de um grande Império está, também, nas suas armas.Mas a sobrevivência interna depende, entre outras coisas, da capacidade de alimentar as pessoas e manter a paz social. Será possível agora, aos EUA, fazer tudo isso ao mesmo tempo?
Uma coisa fica clara, a Dra. Clinton não está preparada para exercer a sua atual função.
A diplomacia americana sempre se baseou na força.
Quando essa força declina, faz-se necessária muita habilidade para continuar surfando em águas turvas.
Talvez seja a hora de Obama repensar os seus compromissos de campanha e colocar um profissional experiente no seu lugar.
Leider_Lincoln
Essa é para quem ainda acredita na pujança do "gigante" do norte: http://www.worst-city.com/images/Slums-of-Detroit…
Uma fotinha de Detroit.
José Eduardo Camargo
Em minha modesta opinião, Obama deve se livrar da sra. Clinton o quanto antes. Acredito que ela é a pedra "neocon" no sapato do presidente. Uma agente infiltrada dos reacionários republicanos na Casa Branca de Obama. Mas se não for ela a causa da presente disfuncionalidade da política externa americana, então é Obama o elo fraco do governo que ele deveria presidir. Uma pena, porque eu tinha muita fé nesse rapaz!
Mateus
E por isso que eu gosto de acessar esse site. Sempre tem textos bons para se ler.
Ricardo Medeiros
Azenha, como sempre, mostrando o contraponto perante a midia tupiniquim !
Fabio_Passos
Celso Amorim… analisando o destempero da hillary clinton:
“Acho que tem muita gente decepcionada porque [o acordo com o Irã] produziu resultados. Porque a expectativa deles era de que não produzisse. Como eles estão insistindo em continuar na mesma linha, eles estão nervosos, nós estamos calmos”
"Calma Hillary, calma…" http://www.tijolaco.com/?p=16184
A bruxa está inconformada com a aula de diplomacia que recebeu do Brasil e da Turquia.
A bruxa quer guerra…
ana cruz
Lula desarmou Israel e os USA, que já tinham decidido pela GUERRA.
Vamos ver se eles tem a coragem de provocar outro 11 de setembro para convencerem os incautos estadunidenses.
dukrai
como disse uma professora minha na UFMG, eu quero botar certeza na cabeça de quem tem dúvidas e dúvidas na cabeça de quem tem certeza; os EUA são os maiores produtores de tecnologia e de 30% das patentes do mundo (confirmem por favor, dado de oreia), portanto o que me preocupa é o desmonte do sistema das universidades californianas por conta da crise fiscal.
A China, segundo o Vampiro Brazileiro, e eu concordo, ainda está na fase da produção de camisinhas furadas com cheiro de penas de galinha.
Antônio Carlos
O problema é que aChina não está no tempo de camisinha furado. As forças armadas americnaos começou a ficar preocupado com a China depois que ela testou um foguete que consegue destuir satélite em pleonolespaço. Em caso de conflito esses foguetes inutilizaria grande parte do poder de fogo de algumas armas americanos, tais cmo: os Drones (aviões controlados por controle remotoas), os aviões invisiveis atacam orientados por satélities e até mesmo aqueles nisséis utilizadas na guerra do irauqe atingem o alvo com precisão guidos e disparados coma ajuda dos atélites. Acreditar que a China está a desejar em termos de tecnologia (principalmente militar0 é subestimar uma civiliação milenar!!
dukrai
Bonifa e Antônio Carlos , vocês estão certos, a questão é financeira, os EUA comprometeram o seu crescimento ao privilegiar Wall Street, um buraco negro econômico que aspira a energia econômica do sistema produtivo.
A par do sistema financeiro parasitário, o orçamento militar "americano" paquidérmico suga o restante da energia do sistema produtivo, representando 50% dos gastos militares mundiais, para um PIB dos EUA de 20% do planeta.
A estratégia chinesa, pelo que vc descreve, trata de neutralizar o sistema de ataque "americano" a partir de tecnologia militar, poupando-se dos custos financeiros e políticos de ocupação imperialista exercida pelos EUA.
A produção do conhecimento e da tecnologia é a última fronteira do capitalismo e onde os EUA levam enorme vantagem em relação à China, se não for afetada pela crise econômica, o que já está ocorrendo. Num cenário mais favorável aos EUA, a China pode despontar como uma potência econômica, contraposta por uma potência tecnológica "americana".
Bonifa
O problema já não é na produção, em crise já há tempos. O problema lá é financeiro, ou seja, o fundo do poço.
Jairo_Beraldo
"eu quero botar certeza na cabeça de quem tem dúvidas e dúvidas na cabeça de quem tem certeza". Em MG temos excelentes professores…aqui em GO ainda deixa muito a desejar! Em tempos de governo tucano a reitora da UFG, deixou a PM invadir o campus, que culminou no assassinato de um manifestante. Ato ilegal, pois somente a PF e o exercito podem ser chamados para colocar "ordem" no local. Mas ficou por isso mesmo, e a tal, é secretaria de educação estadual aqui.
Eduardo Lima
Que o Obama está totalmente perdido, isso todos ja perceberam, mas o problema é que se ele não for reeleito quem vem é a republicana Sara Palin, e aí ela nem dará idéia para a ONU, vai atacar quem ela quiser, igual ao Bush. É o perigo que se corre quando o país que possui o maior arsenal do mundo está em colapso.
francisco.latorre
panorâmico..
fim de império.
todos tiram sua lasca.
..
Fui3252
Essa hegemonia falsa americana realmente estar chegaando ao fim, os americanos não metem mais medo a nenhum pais que se imponhas suas vontades. Aqui no Brasil foi preciso um homem, bruto, ignorante e "analfabeto" , tudo isso para a direita, por que para a maioria do povo Brasileiro esse cara é o maior estadista de todos os tempos e eu concordo, esse homem teve a coragem e o peito de bater de frente com esses imperialistas fracassados.
Fernando Frota
Ninguém pode culpar o Obama. Foi eleito para administrar o país durante sua inexorável queda. Em sua exuberância, um político com as características de Obama jamais seria eleito. Os EUA estão diante de duas terríveis escolhas: Promover guerra enorme sem motivo não-econômico ou administrar uma espécie de caos interno, em outras palavras, a destruição de grande parte de suas empresas e uma completa reestruturação de seu sistema produtivo e financeiro. Com tudo o que isso acarretará: desemprego, precariedade de serviços básicos, enfim, a pobreza expandida e altamente protagonista. A alternativa da guerra não é boa, também. Não fará renascer os áureos tempos americanos. E uma outra alternativa, manter unido o bloco ocidental para levar adiante uma guerra de conquista, parece que não existe mais. A Alemanha reuniu a Europa, juntamente com a França, fazendo seu bloco independente de resistência à crise através da administração da depressão, se preciso for. Novos atores entram em cena com enorme potencial. Sim, parece que estamos assistindo a uma completa revolução na relação entre as nações do mundo.
Maria Dirce
Fernando
Penso que seria muito melhor para Obama e seu futuro político ou não , que renunciasse e deixasse estourar, Obama esta sendo uma figura ridicularizada pelos americanos, todos ja perceberam que não tem poder nenhum de decisão um fantoche na mão da direita.se ele quiser preservar a sua honra dignidade e sua família , deveria renunciar e voltar a advocacia mas com dignidade.
Carlos
Quem é o vice?
Leider_Lincoln
Ou então virar homem.
Ubaldo
Me parece ilógico que os economicamente menos favorecidos e menos desenvolvidos ditem a nova ordem mundial.
Essa utopia faz parte do mundo petista e dos nanicos brasileiros responsáveis pela nossa política externa.
antonio
você é um pobre coitado SERRISTA atemorizado com a iminente derrota… LULA faz gol de placa na diplomacia internacional segundo a bíblia da política internacional – a foreign policy – dÊ uma lida nela depois se ainda tiver algum veneno venha destilar novamente, mas com algum dado mais concreto que não essa raivosidade tucanabesta…
Ubaldo
Antonio,
Todos os trunfos da Dilma já foram mostrados. O grande vice Temer, o filme do Lula, o Programa do Partido, os marqueteiros americanos. Daqui para frente ela vai ter que enfrentar os debates, a TV e sua falta de carisma e péssima comunicação. Assim não é prudente você cantar vitória antecipada. Lembre-se que no Chile a aceitação da então presidente era maior que a do Lula aqui e o candidato dela perdeu. Lembre-se também que o fato do Lula ter uma alta aceitação não quer dizer que todos votariam nele. Imaginem em sua indicação. Considere ainda que a história de vida da Dilma vai fatalmente vir à tona e que sua inflexibilidade e noviciado em eleições pode pesar muito negativamente, sem contar que sendo mulher há uma dificuldade adicional pelo machismo brasileiro (de homens e de mulheres machistas) que não votam em mulheres.
Tome sua canja que não faz mal a ninguém.
ana cruz
Necessárias as intervenções estúpidas de Ubaldo. Se assim fosse, como Ubaldo diz, manda quem pode e obedece quem tem juizo, os escravos não teriam se libertados dos grilhões da escravatura, a revolução francesa não teria ocorrido, o vietnã não tinha vencido os USA, Roma não tinha caido, etc. E mais Jesus Cristo, não tinha vencido pela morte, os poderosos de então, Pilatos e Caifás.
Vai estudar historia seu Ubaldo. A Historia faz jus aos corajosos e não aos covardes, frouxos, sabujos, puxa sacos dos poderosos.
Carlos
Beleza de resposta, Ana!
nicolas 365
pensei lembrar isso ao Ubaldo, nem precisei.
Ana cru z falou tudo !
ubaldo, vota na Dilma . abre uma empresa de exportaçao que vai ganhar dinehro.!
mARTINHO
é isso aí ubaldo, torce
torcida é isso mesmo…
mas eu acho q vc tem algo de melhor q torcer
ana cruz
Ubaldo tá desesperado. Dilma ultrapassou Serra, que foi segurado pela Foolha morta, que teve que cair na real…. A Marina ta no encalço de Serra e já, já passa o vampiro. Do tucano vampiro não sobrará nem pena fervida mal cheirosa.
Jouber
Faz-me rir, Ubaldo!
Continue subestimando a capacidade da Dilma para o debate. No final, estará tão surpreendido quanto Obama. EUA e direita brasileira estão muito parecidos: sem rumo e sem discurso.
OBS:
Tomara que a história de vida da Dilma venha à tona, pois vai emocionar muita gente que não a conhece.
Espanta-me, do mesmo modo, as afirmações de que Dilma não estaria capacitada para o debate. Quem conheçe a trajetória política da Dilma, como nós gaúchos, sabe da sua eloquência. Digo mais: bastará um ou dois debates para colocar o pijama e as pantufas no Serra gozar sua aposentadoria .
Para piorar ainda mais para a direita, Dilma está sentada à esquerda de Lula.
Ubaldo
Jouber,
A história de vida da Dilma não vai emocionar ninguém. Veja o exemplo do filme do Lula e que trajetória diferente. A causa que a Dilma abraçava, derrubar a ditadura militar para implantar uma ditadura comunista aos moldes cubanos foi um grande engano. Nunca teve apoio popular e foi um movimento completamente fracassado. Fracassado porque deixou muitas mortes e sofrimento ao povo. Nada, nada, pode justificar matar inocentes em assaltos a bancos e empresas para arrecadar dinheiro para adquirir armamentos para a guerrilha. Os fins, que no caso eram nada nobres, nunca pode justificar os meios. Para mim e talvez para você também, não planejaria assaltos armados nem bombardearia qualquer instalação que colocassem em risco a vida do povo.
A Dilma já admitiu e admite que seus tempos de luta armada foi um engano. Será que seu projeto atual (se é que ela tem) também não é mais um engano?
Carlos
"Para mim e talvez para você também, não planejaria assaltos armados nem bombardearia qualquer instalação que colocassem em risco a vida do povo."
Desta água não beberias?
Nem aos 18 ou 19 ou 20 anos?
André
Ubaldo, não se esqueça, tanto Dilma quanto Serra lutavam pela mesma coisa na dituadura, só que Dilma teve mais coragem… Se nada, nada justificava as mortes de inocentes, que o próprio mentor dos aspirantes a neocoms diz serem 119 (portanto possívelmente superestimado), a maior parte de militares, os mortos pela "ditabranda" ou "revolução redentora" (como for de seu agrado) passam de 400, na maior parte jovens e adolescentes.
O que deixou grande sofrimento no povo foi o golpe de 1964 que interrompeu nossa democracia (dando azo até mesmo as "guerrilhas"), interrompeu nosso crescimento, o amadurecimento de nossa sociedade civil.
Ubaldo
André,
Você está enganado. Dilma combateu a ditadura militar e lutou para implantar uma ditadura comunista aos moldes cubanos. Essa causa foi um terrível engano e custou muito a todos nós. Serra não participou dessa luta armada.
Leider_Lincoln
Ubaldo, nos responda: quem o Serra apoiará no segundo turno, se chegar a haver um? E você fala em historia da vida de Dilma, vamos lembrar a história da vida do Serra? Que tal começarmos pelo prêmio fajuto? Talvez pelos programas de governo que ele diz serem seus mas são de outrem? Dos famosos diplomas que ninguém nunca viu? Os oito magníficos anos que ele passou sendo ministro de FHC, do qual o povo brasileiro em ótima memória?
As realizações em São Paulo, onde ladrões roubam delegacias, PCC toca o terror, polícia mata inocentes na frente de suas mães, policiais se infiltram em movimentos sociais e sindicais e entregam reféns para criminosos perigosos ou espera a vítima ser assassinada para salvar a vida do criminoso? Ou o que virá a tona serão os ótimos números da educação paulista? Os pedágios? O salários dos professores, policiais e delegados? Talvez o metrô e seus buracos? Ou os pilares de viadutos do Rodoanel? O Jardim Romano?
Diga-nos Ubaldo: o que você acha que mostraremos do Serra? E o que vocês ainda não mostraram da Dilma?
Que é assassina, prostituta, ladra de bancos, terrorista, incompetente, ditadora, titere, megera? O que adiantou? E o que o povo dirá quando for lembrado e mostrado a maneira como Serra trata as mulheres, como repórteres, por exemplo? Os eleitores vão vibrar, não vão?
Ubaldo, você é um Jênio! Vou ver se mando um e-mail para o Graeff, pedindo para aumentar seu salário. Você merece.
Jairo_Beraldo
Que segundo turno, Leider…onde vai ter segundo turno, são em alguns estados!
Antônio Carlos
O engraçado que o Serra parece uma biruta e os que o defendem também são birutas. Quando começar os debates o José não poderá ser escondido pela imprensa em caos como: declaração sobre gripe suína (ummdesastre), professor de matemática ue não sabe percentagem, tem até vídeo dele, feito o ano pasado, falando como seria a economia esse ano (o economista errou todas) e sem falar de como ele trata das questões diplomaticas (paece mais um pitbull). Essas coisas não terá como ser escondidas em um debate frente a frente e ao vivo.
Bonifa
O problema é quem irá atacar a Dilma, Ubaldo. Geralmente o trabalho sujo era feito pelo DEM enquanto os tucanos ficavam lubrificando suas lindas penas. Mas hoje, até o próprio pau-de-galinheiro está tapando o nariz e correndo para longe do DEM. E o PPS, outro truculento, não tem força nem para segurar um cabo de vassoura. O próprio PSDB irá arregaçar as mangas e tentar sujar a Dilma? Ele que tente. Só resta mesmo a força auxiliar: O PIG e a "Justissa".
Leider_Lincoln
Isso, Ubaldo: chame nosso país de nanico! Ganhará muitos votos com isso. Afinal, só 5/6 da população é patriota e detesta os que falam mal do país, não é mesmo?
Em relação a nossa política externa, os grandes jornais do mundo, o próprio Obama, o Putin, o Jintao, o Sarkozy, a ONU, que já premiou o Lula 3 vezes apenas nos últimos dois anos, devem estar todos errados e você, Ubaldo, o certo, não é mesmo?
JÊNIOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!
Pessoal: votem no candidato do Ubaldo, se vocês querem ver uma mente tão brilhante como a dele ganhar algum cargo na administração pública! O vandidato dele é o José Chirico Serra, do PSDB de São Paulo, número 45. Ainda não conseguiram arrumar ninguém para vice, mas será gente boa: sondaram já o Arruda, a Yeda Crusius, o Efrain Moraes, o Sérgio Guerra et alii. Tutti buona gente, ma…
Roberto Dias
Subestimar a capacidade da Dilma é que vai fazer o Serra e seus seguidores perderem esta eleição, sem contar que o Serra é péssimo como candidato. O seu xoque de jestão enterrou sum paulo e agora quer enterrar o Brasil tambem.
Celso
A rapinagem,humilhações e agressões impostas pelo governo americano ,ao longo de mais de um século, às nacões
mais pobres ou fracas já está recebendo a Lei do Retorno. "Aqui se faz aqui se paga"
Werner_Piana
Nunca antes tinha ouvido falar no autor deste excelente, ponderado e claro artigo sobre a "biruta de aeroporto" que tem sido a política externa do governo Obama. Muito bom.
Aguardemos o anúncio das próximas guerras patrocinadas pelo complexo industrial militar/industria financeira dos malfadados EEUU… tomara que o Brasil esteja fora delas.
Leider_Lincoln
E o Serra ainda na década de 1990, não saiu da primeira Era Clinton. Ôh, dó!
Jairo_Beraldo
…Para tanto, precisamos renovar mentalidades. Para renová-las é necessário oferecer oportunidade de crescimento econômico com justiça social aos milhões de homens e mulheres que vivem nas margens da Humanidade, humilhados e ofendidos, sem esperança.São absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilizações no mundo que conduziria, inexoravelmente, a conflitos. Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas, ditas preventivas.O Brasil aposta no entendimento que faz calar as armas, investe na esperança que supera o medo, faz da democracia política, econômica e social sua única e melhor arma.”(tijolaço)…Para bom entendedor, meia palavra basta!
Bonifa
O Brasil está apresentando ao mundo a alternativa da paz, coisa até então desconhecida para o mundo. E não está sozinho.
Jairo_Beraldo
“Aprendemos com nossa própria história que a tolerância e a igualdade de oportunidades são fundamentais para um ambiente de concórdia e de paz. Ela nos ensinou que a exclusão, o preconceito e a pobreza alimentam cenários de tensão e de conflito, fomentam situações de dominação e de injustiça, que impedem povos e nações de construírem um futuro digno e pacífico.Não haverá encontro fraternal de civilizações enquanto não forem enfrentadas as raízes profundas dos conflitos, enquanto houver fome e desemprego, mas também enquanto persistir a intolerância étnica, religiosa, cultural e ideológica.A promoção de uma cultura de paz deve ser um dos pilares centrais deste Fórum….(cont.)
Tweets that mention Dilip Hiro: Acabou o século americano | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com
[…] This post was mentioned on Twitter by Adir Tavares, Oz .. Oz . said: A política sem rumo de Obama e uma superpotência evanescente – por Dilip Hiro: http://tinyurl.com/33deg25 (via @VIOMUNDO) […]
Fabio_Passos
Rage Against the Machine
"Hadda Been Playing On The Jukebox" – Allen Ginsberg http://www.youtube.com/watch?v=4dqOJC1__TM
"
Sicarios
Asesinos de todo el mundo
(…)
Multinacionales capitalistas
Fuerte escuadrones armados
Agencias de detectives privados para los ricos
Y sus ejércitos y sus militares y la fuerza aérea con aviones bombardeando
Tuvo que ser el capitalismo
El vórtice de esta rabia
(…)
La fuerza bruta llena de dinero
La fuerza bruta, en todo el mundo, llena de dinero
La fuerza bruta, en todo el mundo, llena de dinero
"
Juliano José
A entrevista da Professora Cristina é iteressante, mas ficou claro que ela não disse o que realmente queria, principalmente em alguma perguntas-afirmações repetidas pelo PIG.
Fabio
Artigo muito bem escrito e de ótima qualidade.
Parabéns.
Elton
Os EUA estão nas mãos dos agiotas (literalmente). Há muito, gastam o que não têm. A Inglaterra – Império Britânico – também entrou nessa enrascada quando ainda era a "dona do mundo". Será coincidência o caminho trilhado pela ex-colônia britânica?
Jairo_Beraldo
Esse caminho tomará o Brasil, se Serra ou qualquer um da direita vencer em outubro.
Bonifa
Serra é um escravo do passado.
Fabio_Passos
Ora… que vá pro inferno!
"One Day As A Lion – Ocean View" http://www.youtube.com/watch?v=VFjkhDXTDeU
"
Oceans of tears rise, rise a flame to tear them down
Ocean of past crimes now fill our hearts to tear them down
"
klaus
Estão achando o barítono ruim, esperem pra ver o tenor.
sergio
eua estão em dacadência e sabem disso.
Irani
Não acredito muito de que eles estejam enganados, não. A política externa americana é eminentemente estratégica e com alcance a longo prazo. A questão principal é segurança energética, isto já foi mostrado no relatório de ontem, pois passou a fazer parte de segurança nacional. Os EUA têm deficiência energética e está no Oriente Médio com propósitos claros de ter acesso ao petróleo. São consumidores de 25% do petróleo mundial e está estrategicamente dominando aquele espaço porque está vendo o crescimento da China e sabe que ela em algum momento irá ultrapassá-lo. O dragão ainda não tem poder militar suficiente, pois o domíno é terrestre. A águia tem o domínio marítimo, terrestre e aéreo; a China precisa avançar nos dois últimos.
Se eles marcarem território antes, a China terá de aceitá-los, pois eles sabem que a China não aceitará a presença americana na Ásia, como aceita hoje, quando ela estiver militar e economicamente superior a eles. Isto assusta os americanos.
Bonifa
Para quê energia? As fábricas agora estão na Ásia. Muita energia para quase nada de útil.
Carlos
Os EUA consomem em torno de 20 millhões de barris de petróleo por dia , 10 vezes mais que o Brasil.
Ceiça Araújo
Agradeço a você, Azenha, pela divulgação de excelente e esclarecedor artigo. Já avisei aos meus alunos onde encontrar informações de qualidade.
Parabéns.
Irani
Azenha,
Esta entrevista da professora Cristina Peccequilo na Jovem Pan está atualizadíssima.
http://www.youtube.com/watch?v=mHy9_csdjN4&fe…
Guanabara
Outra coisa: EUA nunca precisaram tanto de $$ de fora como agora. Acabaram de ampliar a validade dos vistos do Brasil para lá e facilitando a obtenção dos próprios, mesmo com Brasil "batendo de frente" a suas "resoluções". Se fossem tempos de pujança econômica por lá…….
Bonifa
Pensei a mesma coisa que você quando li a notícia. Sinal de que é verdade.
Leider_Lincoln
Mas segundo o jênio Ubaldo é nos EUA, esta pujante economia, que devemos nos segurar…
Ubaldo
Leider,
Por que será que os EUA pagam juros de aproximadamente 1% ao ano pela sua enorme dívida pública e o Brasil paga de 9,15% até 13,5% pela sua também enorme dívida?
Elementar, meu caro Leider.
Credibilidade e certeza que eles não vão quebrar e que os credores vão receber.
Aliás, por falar em credibilidade, para que serve a credibilidade do Lula junto a comunidade internacional se pagamos esses juros pornográficos?
Leider_Lincoln
Ubaldo já parou para pensar que seja talvez por que ELES EMITEM o dólar? Claro que os credores receberão: basta que o FED mande imprimir o papel e voilá. A questão é: por quanto tempo o mundo aceitará o dólar estadunidense? A China já deu a entender que não será para sempre, os produtores de petróleo idem. E você fala em credibilidade. Ótimo. Me responda: é crível acreditar no candidato de um partido e de um governo que aumentou estes mesmos juros para 46.5% ? 46.5% não eram pornográficos não?
Aliás, houve um único dia dos 8 anos do governo, do qual Serra era ministro em que os juros foram iguais ou menores do que 13.5%, Ubaldo? E eu me lembro bem que, em seus primeiros posts, que a única coisa do governo Lula que funcionava era o BACEN,sob inspiração direta do governo tucano.
Qual é a credibilidade do Serra, Ubaldo? Nos diz?
Ubaldo
Leider,
Você é um brincalhão. Veja de novo o que você falou: "Ubaldo já parou para pensar que seja talvez por que ELES EMITEM o dólar?"
Mas o Brasil emite o Real, Leider. A Faculdade de Economia que você cursou não deve ser reconhecida pelo MEC. Assim esperamos. Você me dá pena!
André
Será que foi a mesma faculdade de economia que o Serra fêz? Deve ser…
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