Beto Almeida e Chico Sant’Anna: Uma regulamentação a favor do povo

Tempo de leitura: 6 min

por  Beto Almeida e Chico Sant’Anna

Nós somos os cantores do rádio

Nossas canções cruzando o espaço azul

Vão reunindo, num grande abraço

Corações de norte a sul…”

Braguinha

O líder do PT na Câmara Federal, deputado Jilmar Tato tomou uma atitude corajosa de bloquear a votação do projeto que flexibiliza o horário de transmissão da Voz do Brasil, Cavalo de Tróia que traz consigo o sonho  neoliberal de extinguir o programa o proporcionar uma hora a mais de rádio-baixaria, alienante e de um jornalismo precário, comandado pela ditadura do mercado.

Os argumentos do líder petista são corretos:  o objetivo é acabar com o programa. Tentaram por via judicial, mas não tiveram êxito. Milhões de brasileiros o escutam assiduamente,  para a grande maioria dos municípios brasileiros, sem a presença de jornalismo, nem impresso  nem de rádio ou TV local, é a Voz do Brasil a única oportunidade de ter acesso a informações relevantes que decidem na vida do cidadão. Ou seja, as decisões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Tato tem razão, sobretudo se considerarmos que o rádio comercial não oferece pluralidade informativa alguma, submetido que está aos poderes  e interesses econômicos , além de sonegar ou deformar, não informa sobre os atos dos poderes públicos, já que parte de um fanatismo editorial anti-estado.

O grande empresariado de mídia,  maior interessado  no suculento horário a ser vendido, lança inúmeros preconceitos contra o programa radiofônico, hoje o mais antigo do mundo em veiculação. Entre eles o de tentar criticar, injustamente, criticar sua inutilidade.  Certamente não escutam a veiculação já que a Voz do Brasil presta inúmeras informações importantes à sociedade brasileira, em sua maioria sem qualquer acesso à leitura de jornais que, como sabemos, registram credibilidade e circulação decadentes. Alguns exemplos: informações sobre o Fundeb, fazendo com que a população de cada município saiba que os recursos já estão em mãos do prefeito, possibilitando a cobrança cidadã de sua aplicação.

 A missão pública do rádio

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A Voz do Brasil veicula também, e amplamente,  as informações sobre os recursos de cada programa do Ministério da Saúde, possibilitando controle e participação dos conselhos locais. Igualmente, informações sobre os projetos ligados ao Ministério da Pesca chegam, diariamente, ao litoral e às populações ribeirinhas pelo rádio, alcançando as embarcações onde estiverem.  Há ainda a divulgação sistemática, pela Voz do Brasil, de informações sobre programas como o Pronaf, o PAA, ou sobre o Pronera, todos destinados à famílias que vivem no campo, nos assentamentos ou em grotões isolados, alcançados , em horário adequado, pelo sinal do rádio. O camponês também se informa sobre os preços mínimos. Basta que se consulte aos parlamentares da região amazônica que divulgam o preço da borracha da tribuna porque sabem que a Voz do Brasil será captada pelos seringueiros. Tem ou não utilidade social? Cumpre ou não a missão pública do rádio?

Que o programa pode ser aperfeiçoado, não há a menor dúvida. Mas, certamente não serão os editorialistas do Estadão ou da Fundação Milenium os maiores interessados neste aperfeiçoamento democrático do rádio, num país onde , recorde-se, é praticamente proibida da leitura de jornais. Aliás, sobre o Estadão, vale recordar que o inesquecível Monteiro Lobato, levou aos proprietários do jornalão a proposta de que aderisse e veiculasse uma nobre campanha para combater o analfabetismo. A resposta de um de seus proprietários é lapidar e deve ser para sempre lembrada: “ô Lobato, mas se  todos aprenderem a ler e a escrever, quem é que vai pegar na enxada?” Não surpreende que argumentem agora contra o papel social desenvolvido pela Voz do Brasil.

Aperfeiçoar, não flexibilizar

O aperfeiçoamento da Voz do Brasil tem por base o fato de ser uma bem sucedida experiência de regulamentação democrática, podendo, por exemplo, ter sua versão televisiva, tal como foi o Diário da Constituinte, de 10 minutos diários na TV quando se escrevia a Constituição Cidadã, entre 1986 e 1988. E pode também, sempre apoiada do fato de que é uma regulamentação, permitir que a Voz de mais brasileiros ecoe pelo Programa. Criar uma espécie de Direito de Antena  na Voz do Brasil, por meio da qual seja ouvida também a voz das entidades da sociedade brasileira.

Talvez seja este um dos fatores a tirar o sono da oligarquia midiática brasileira, pois em vários países da América Latina, por meio da regulamentação democrática e apoiados no voto popular, governos estão possibilitando a prática da pluralidade informativa, sonegada sempre quando a mídia é exclusivamente e ditatorialmente  comercial. Para compensar o predomínio esmagador do rádio comercial, uma hora de programação diária, e apenas no rádio, é até uma cota tímida, embora democrática.

Conspiração?

Também para aperfeiçoar, por meio de medidas administrativas no âmbito da EBC , é possível fazer os ajustes necessários para que a veiculação do programa seja para o horário mais adequado nos estados com fuso horário. Não é necessário alterar a lei para isto. Fica claro que o objetivo é outro: tornar impossível a fiscalização sobre 7 mil emissoras de rádio  –  a Anatel não tem a mais mínima estrutura para isto   –  e levar o programa a ser inaudível, esquecido, facilitando sua extinção posterior. Sobre  as dificuldades de fiscalização, basta dizer que a esmagadora maioria das rádios brasileiras hoje não cumprem a legislação no que toca a produzir, obrigatoriamente,  um percentual  mínimo de programação jornalística local. A Voz do Brasil é , para a maioria das emissoras, o único espaço jornalístico. Sua estrutura e redação deveriam ser ampliadas, com sucursais em todas as capitais, trazendo ao conhecimento de toda a sociedade,  a multifacética aventura sócio-economica do povo brasileiro em todos os quadrantes deste continente. A palavra de ordem justa não é flexibilizar mas,  sim,  fortalecer, qualificar, aperfeiçoar, expandir o jornalismo público.  Exatamente na linha contrária do defendido por certas fundações financiadas por recursos de sinistras instituições estrangeiras, como a Usaid, de países que querem a diluição do estado nacional, que interferem na vida de outros povos  e até mesmo podem conspirar com a ideia da fragmentação do Brasil.

Era Vargas

É tola a argumentação de que a Voz do Brasil seria resquício da Era Vargas como se isto fosse negativo. Também a CLT é um “resquício” salutar da Era Vargas, tanto é que aquele ex-presidente pretendeu demolir a Era Vargas e , até hoje, periodicamente, surgem tentativas conspirativas do grande capital para “flexibilizar” a CLT. Também são produto desta mesma Era Vargas o Instituto Nacional do Cinema Educativo, dirigido pelos geniais  Roquete Pinto  e Humberto Mauro, a Rádio Nacional, o Instituto Nacional de Música, dirigido por Villa-Lobos, gênio da raça?  E, claro, é também fruto da Era Vargas o direito de voto à mulher, a licença maternidade que agora foi expandida para 6 meses,  a Escola Nova de Anísio Teixeira, a indústria naval, a Cia Siderúrgica de Volta Redonda, a Petrobrás,  a Vale do Rio Doce, cuja reestatização vem sendo defendida aplicadamente pelo MST, numa dialética aliança histórica com o baixinho dos pampas. Assim, afirmar que é resquício da Era Vargas não desqualifica, ao contrário, como vimos, é parte de um processo de conquistas do povo brasileiro. Claro, não é o que pensa o capital estrangeiro, as oligarquias e os novos sucedâneos da UDN. Que a esta altura  já se deram conta de que o presidente Lula fez  importantes e significativas revisões sobre a avaliação que tinha sobre o papel de Vargas na história. A presidenta Dilma também valoriza sobremaneira o papel de Vargas, como tantas vezes já declarou.

Esta investida dos empresários do rádio não é a única. Há anos deixaram de veicular o Projeto Minerva , dedicado à nobre causa da alfabetização à distância, via rádio, com 30 minutos diários, que era veiculado logo após a Voz do Brasil. Em troca, temos hoje mais  meia hora de  rádio comercial e alienante. É o que nos espera se aprovado este projeto de lei sobre a Voz do Brasil.

Água potável

Vale lembrar ainda que quando pleitearam a concessão para a exploração de serviços de radiodifusão, os  empresários firmaram contratos comprometendo-se a cumprir com todas as obrigações deles decorrentes. Estariam tentando agora uma quebra de contrato, o que pode ensejar uma perda da concessão. Comparando: como  reagiria a sociedade se uma concessionária para o fornecimento de água potável, no meio do contrato, deixasse de adicionar flúor ou cloro no produto?

O projeto de lei que flexibiliza a Voz do Brasil , como apontou o líder petista, jamais foi examinado em profundidade. Ele sequer foi submetido ao plenário na Câmara e teve sua tramitação no Senado durante o ano eleitoral de 2010, quando a  a Casa encontrava-se com suas  atividades restringidas. Além disso, padece de um problema de técnica legislativa crucial: toda matéria legislativa sobre comunicação deve, obrigatoriamente, ser examinada pelo Conselho de Comunicação Social, e isto não foi observado até o momento.

Finalmente, não pode ser mais passional e fanático o argumento do campo do grande empresariado da comunicação afirmando que a Voz do Brasil humilha o povo brasileiro. O que humilha e desrespeita o povo brasileiro é um rádio comercial que agride a constituição  diuturnamente, com práticas de anti-jornalismo, com o culto ao mórbido e à violência exacerbados, muitas vezes  com práticas xenófobas contra  países sul-americanos, com os quais queremos uma integração solidária e democrática. Ou, simplesmente, com a regular ausência de informações educativas, civilizatórias e humanizadoras. Em muitos casos, apenas durante a exibição da Voz do Brasil se vê algo de informativo, real e não aviltante.

Beto Almeida e Chico Sant’Anna são jornalistas

Movimento em Defesa da Voz do Brasil

 

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Comentários

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[…] Beto Almeida e Chico Sant’Anna: Em defesa da Voz do Brasil […]

Deputado Fernando Ferro propõe a Voz do Brasil como patrimônio cultural « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Beto Almeida e Chico Sant’Anna: Uma regulamentação a favor do povo […]

Suely Coqueiro

O deputado FERNANDO FERRO do PT de Pernambuco está apresentando um projeto de lei que torna a VOZ DO BRASIL patrimônio imaterial do povo brasileiro!! O projeto deve ser apoiado por todas as forças democráticas e progressistas brasileiras que valorizam o papel informativo público da VOZ DO BRASIL.
A sugestão é uma reação legítima e democrática ao projeto neoliberal defendido pela oligarquia da mídia que pretende flexibilizar a VOZ DO BRASIL.

carlos dias

Gente, ficamos aqui falando.. chovendo no molhado.. Vejam lá o pobre do Mexico…. Internete é muito bem e tem seu papel… Mas aqui nao temos forças suficientes, é preciso fazer mais.. Estamos num divisor de águas, daqui pra frente é a democracia ou o estado totalitário previsto Por Huxley e Orwell… Precisamos fazer que essa janela que se abriu na internet, chegue ao povo e com mobilizacao pesada varrer esse lixo chamado PIG. Precisamos urgentemente.. Bizola e muitos já alertavam ha alguns anos que a luta atual é principalmente contra o PIG.. Eles sao muito mais nocivos do que qualquer outro tipo de grande corporaçao… Nem preciso enumerar os motivos… Mas precisamos de um movimento de massa e coeso para derrubar esse império da desinformação/manipulação. É preciso começar a agir.. ficar só aqui nos blogs não resolve!. Vejo muita gente vir aqui e criticar a “inércia” do PT e tal… O problema é que grandes mudanças não podem ser feitas por legisladores comuns, há necessidade de pressão popular mobilizada. Caso contrário não rola… Apelo aos blogueiros que se unam e comecem a chamar marchas, passeatas, carreatas, etc, comícios tipo “diretas já” para propiciar o advento de mudanças radicais nos meios de comunicação como um todo…. Não devemos dar tempo para que o PIG se reaparelhe com as novas tecnologias. o momento é agora que estão fragilizados… o México é o alerta máximo. Não podemos perder o momento histórico…. As ações que fazem a História estao nas mãos dos blogueiros progressistas.. Alô, gente, vamos agir….

C. Roberto

A Voz do Brasil é o programa de radio mais importante e confiável que existe. Sou ouvinte dele a mais de 30 anos. É estigmatizado pela imprensa de aluguel, que pretende acabar com ele, colocando no lugar o que bem sabem fazer: péssimos programas, com interesses puramente comercial ou políticos. Creio que não precisa melhorar nada não, é necessário sim, divulgá-lo mais para que todos os brasileiros possam saber de sua real utilidade pública.

Edson

Sou favoravel à manutenção do Programa A Voz do Brasil . . . . considero mais que uma conquista, um patrimonio.

Elisabete Otero

Eu gostei muito deste texto, sempre que posso ouço A Voz do Brasil, que considero muito melhor que qualquer noticiário de rádio, aqui de Porto Alegre,RS, pelo menos. Aqui, o conceito é que notícia é acidente de carro/moto, assassinato ou roubo, sem falar que apenas noticiam problemas de honestidade de políticos brasileiros, como se no resto do mundo não existissem.
Considero muito necessário que continue A Voz do Brasil.

    MARCELO

    Político honesto é igual mico-leão dourado.É uma espécie em extinção.
    A Voz do Brasil parece aqueles comerciais do Kassab do tipo “antes não
    tinha,agora tem”.É mentira pra Adolf e Mussolini nenhum botar defeito.

JULIO/Contagem-MG

Escuto todos os dias A VOZ DO BRASIL, e acho tambem que deveria ser criado
a versao para televisão Às 20:00 hs.

    MARCELO

    Já basta o Otário Político “Gratuito”,né,mineiro?Tiradentes e JK devem
    estar se remexendo em seus tumulos.

José Tadeu

Caro Azenha;
imos
Excelente matéria do Beto Almeida.

Eu ouço regularmente a Voz do Brasil, e nos últimos anos ela tem se atualizado, sim senhor.
O problema é que a maioria dos brasileiros dos grandes centros por puro preconceito, se negam sequer ouví-la. Como pode alguém ser contra sem conhecê-la??
Na minha adolescência e juventude, como onde morava não havia eletricidade, em casa ouvíamos a Voz do Brasil através de um Rádio Transglobe da PHILCO, a pilha. Na quela época através dela tínhamos conhecimento da cotação do café, feijão, algodão informações estas úteis para nós do campo. Havia também o Aviso aos Navegantes que informava as condições de navegabilidade, faróis em manutenção etc etc. Isto nos levava a lindos sonhos em relação ao mar distante.

Hoje é muito bom ouvir, pois somente através dela é possível tomar conhecimemnto de informações que a “grande” midia se recusa em divulgar,

Penso que os partidos de esquerda devem fechar questão para manter exatamente como está, com as naturais atualizações é obvio, mas sem flexibilizar o horário de apresentação, quem não quiser ouvir que utilize outra típo de mídia e não encha o saco.

Não podemos deixar acontecer o que ocorre na cidade de São Paulo que ao invéns de apresentar a Voz do Brasil continuam apresentado baixarias caracterizadas como utilidade pública.

Será que a insaciável grande mídia não se contenta com as demais 23 horas por dia para apresentar na maioria das vezes aberrações?

sds

José Tadeu

Marcelo de Matos

“Aviso aos navegantes – boias de luz apagadas temporariamente”. A voz do Brasil é do tempo em que o rádio dava aviso aos navegantes. Eu, que só navego na net, gostaria de ouvir o aviso: Voz do Brasil silenciada definitivamente. O rádio, a meu ver, só serve para ouvir música. No meu caso, MPB. No quarto onde fica o computador tenho uma vitrola Phillips, muitos LPs, uma pequena TV e dois rádios. Todos perguntam – Por que dois? Detesto sintonizar emissoras: um fica sempre na Nova Brasil FM, outro na Alpha FM. Se estou teclando às 19h e começo a ouvir a tal “voz”, ligo o rádio que está sintonizado na Alpha. Quando vou para o interior sou obrigado a levar CDs porque lá só tem música sertaneja. As estações de rádio poderiam ser sintonizadas através de um código numérico que acessaria, na rede, a emissora predileta do ouvinte. Aí, onde quer que ele estivesse poderia acessar a emissora preferida, sem ser importunado por modas sertanejas e “vozes” indesejadas.

    Marcelo de Matos

    ET.: Seria interessante se pensassem em colocar a TV Brasil (?), aquela do Executivo Federal, próxima às demais, ou seja, entre os canais 2 (Cultura) e 13 (Band). De vez em quando penso em sintonizar a emissora do governo, mas, nem sei onde encontrá-la em meio a cento e tantos canais. Aí nem precisaríamos de Voz do Brasil: bastaria sintonizar a emissora do governo quando quiséssemos informações oficiais.

Nabil Jaffal

Poderia-se criar também programa semelhante nas TVs abertas, acabaria com a palhaçada da desinformação ou distorções das notícias patrocinadas pela mídia golpista.

    Willian

    Pô, vocês já tem a TV Brasil. Não tá de bom tamanho? Se ninguém assiste, a culpa não é do PIG.

Jotapeve

Eu acho que é possivel achar um meio termo, tipo obrigar as emissoras a transmitir a voz dentro de uma faixa de horário, tipo entre as 18 e 22 horas. Assim a população poderia optar. O que é inadmissível é a gente ficar sem opção neste horário e ser obrigado a ouvir o que não quer.

    Jair de Souza

    É incrível que você não tenha este mesmo sentimento em relação à programação das máfias midiáticas! Eles dominam todo o espectro, 24 horas por dia, sem deixar nenhuma opção à população, a não ser passar de uma estação ou canal mafioso para outro, e isto não parece te causar bronca. Deveríamos lutar para impor a Voz do Brasil também na televisão, obrigatória para todos os canais, e transmitida das 20h às 21h. Quem não quiser acompanhar que desligue a TV e só volte a ligar quando as máfias midiáticas retomarem sua programação.

    Rodrigo Leme

    Incrível é a defesa apaixonada de um instrumento criado por uma ditadura e rebatizado por outra. Só falta baterem o pé para voltar “A Semana do Presidente”.

Volnei Meller

Parabéns aos autores pela lucidez da abordagem. A defesa da Hora do Brasil é um dever para quem realmente se importa com a qualidade informativa da radiodifusão brasileira.

Roberto Ribeiro

Beto Almeida, taí um Grande Brasileiro, bem que a Record poderia dar um espaço para ele de vez em quando, é muito ouví-lo.

Caracol

Não sou camponês, sou citadino de classe média com formação acadêmica de pós graduação.
Ouço a Voz do Brasil sempre que posso, quase que diariamente. Gosto muito das transmissões, aprendo muito sobre o Brasil e não quero ficar sem ela pra ter que – em troca – escutar babaquice de quem quer me vender traque.

    Mário SF Alves

    É exatamente isso, Carocol. Nessa, ninguém tasca. Tentar acabar com a Voz do Brasil, hum… era só o que nos faltava. É muita desfatez; aliás, é mais, é totalmente imoral. Já pensou o PIG definindo a pauta do VB? Não dá nem pra imaginar.

Claudomiro

Sinceramente, não havia pensado na importância da Voz do Brasil.
Vou difundir este texto.
Muito elucidativo.

Willian

Ninguém lembra que isto existe. Mas se é mais uma das idiossicrasias da esquerda, deixa eles com a Voz do Brasil, pra que brigar. Jilmar Tatto disse que pobre gosta. Queria que ele mostrasse um que ouvisse…rs

    Reinaldo

    É pela voz do brasil que ficamos sabendo das principais noticias dos tres poderes. As fofocas, mentiras, distorções podem ser ouvidas na radio que troca noticias com os “grandes” colonistas Arnaldo Jabor, Miriam Leitão a pinguça da CBN e outros do mesmo Naipe.
    O que tem que ser cassado são todas emissoras que participaram e ou apoiaram o golpe de 64.

    Willian

    Então é VOCÊ que ouve? Legal saber.

Werner Piana@SAGGIO_2

ATÉ QUE ENFIM!!!

É uma coisa DESAVERGONHADA o PT do sr. MAIA dar abrigo a mais uma SAFADEZA da ABERT e seus interesses escusos e ditatoriais.

Essa HORA SAGRADA da “Voz do Brasil” é o ÚNICO momento de DEMOCRACIA neste mar de baixarias das rádios e tvs do Brasil.

O deputado Jilmar Tatto subiu muito em meu conceito.

Que outros o sigam. E a DESCULPA patética de dizer que o horário da VOZ serviria para informar sobre o transito congestionado das grandes e medias cidades é oco por si. Todos nós já sabemos muito bem quais são os pontos de estrangulamento do mesmo, bata fazer resumo rapido antes das 19hs.

Eu não quero ser privado de escutar até o fim dos meus dias o “Em Brasília, 19hs” seguido da introdução que sempre arrepia
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=opera%20o%20guarani%20carlos%20gomes&source=web&cd=2&ved=0CFIQtwIwAQ&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DPTomUb3r1m0&ei=XybvT5bTMMe-2wWyg_iCAg&usg=AFQjCNHi8rIqsqKdFeWoYXqNt1bKdVkK_w

Arthur Schieck

Essa não é uma reivindicação apenas dos empresários da comunicação. Você não imagina a tortura que é ser obrigado a ouvir “a voz do Brasil” todo dia do gasômetro até a praça do pedágio em Niterói só porque meu carro não tem um toca CD. Depois de um dia de trabalho não ter a opção de me distrair com algo agradável sabendo que vou enfrentar um congestionamento colossal não é apenas injusto, é perverso. Cheguei ao cúmulo de catar no meu radinho do celular uma rádio pirata qualquer só pra não ter que ouvir aquela chatice mais uma vez. Na maioria das vezes prefiro ficar na companhia das buzinas e roncos de motor. Queria ao menos ter a chance de ouvir um pouco da radio MEC ou um programa sobre esportes. É comum ter jogos de futebol acontecendo nesse horário mas sem transmissão pelo rádio por causa desse maldito horário obrigatório. Esse argumento de que a população não terá acesso a informação é falacioso. Toda emissora continuará sendo obrigada a transmitir a voz. Agora, se o ouvinte ficar pulando de estação não é culpa nem do ouvinte nem das difusoras. O que você chama de coragem eu chamo de cara-de-pau.

    Elza

    Ô cara um CD ñ tá tão caro compra um, aí vc ñ precisa ser obrigado a ouvir a “Voz do Brasil”, agora tu querer tirar o direito de milhões de pessoas que a escutam aí é de lascar. Olhando só pro próprio umbigo.

    Arthur Schieck

    O projeto não acaba com a Voz do Brasil, só desobriga sua transmissão em horário rígido. Todas as rádios continuam obrigadas a transmitir como já acontece no sul do país, se não me engano.

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