Nassif: Marco Aurélio não endossou versão sobre encontro

Tempo de leitura: 3 min

Ontem à noite o site Consultor Jurídico – que presta assessoria ao Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) – publicou matéria em cima de duas entrevistas, com os Ministros Celso de Melo e com Marco Aurélio de Mello.

Celso de Melo emite juízos sobre hipóteses: “se” os fatos de fato ocorreram e “se” Lula ainda fosse presidente, haveria impeachment.

O título da matéria atribui a ambos a afirmação de que o comportamento de Lula foi “indecoroso”:

“EPISÓDIO ANÔMALO”

Comportamento de Lula é indecoroso, avaliam ministros

por Rodrigo Haidar

Agora há pouco, conversei com Marco Aurélio, que afirma não ter a menor condição de saber qual versão sobre o encontro é a correta – a de Gilmar Mendes ou de Nelson Jobim -, mas enfatiza que jamais viu qualquer sinal de Lula tentando influenciar o Supremo.

“O ex-presidente tem um modo peculiar de falar, mas jamais emitiu qualquer sinal de tentativa de influenciar o Supremo”, diz Marco Aurélio.

Mello considera que o episódio em si é lamentável porque enfraquece o Judiciário e logicamente não se pode imaginar o STF vulnerável a tais pressões. “Mas o leigo acaba imaginando que integrantes do Supremo sejam sujeitos a pressão”, lamenta ele.

Pergunto se é correto um Ministro do STF emitir juízo sobre hipóteses não confirmadas. Diz ele: “A liturgia do Tribunal realmente é incompatível com certas óticas. Apenas costumo dizer que cada qual assuma a responsabilidade”.

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Digo-lhe que não cometerei a indelicadeza de pedir que ele analise a atitude do Ministro Celso Melo – emitindo juízos sobre hipóteses. Ele concorda: “Fica muito difícil para mim criticar o meu decano. O que se tem é esse contexto. Temos que esperar para ver o que ocorre durante a semana”.

As declarações de Marco Aurélio de Melo – reproduzidas no Consultor Jurídico – refletem exclusivamente sua preocupação com o quê a opinião pública poderia pensar do STF, após o episódio. Ele rebate apenas a possibilidade de ocorrerem pressões.

Mostra pelo menos um Ministro preocupado com a imagem de sua instituição:

“Não concebo uma tentativa de cooptação de um ministro. Mesmo que não se tenha tratado do mérito do processo, mas apenas do adiamento, para não se realizar o julgamento no semestre das eleições. Ainda assim, é algo inimaginável. Quem tem de decidir o melhor momento para julgar o processo, e decidirá, é o próprio Supremo”.

Para Marco Aurélio, qualquer tipo de pressão ilegítima sobre o STF é intolerável: “Julgaremos na época em que o processo estiver aparelhado para tanto. A circunstância de termos um semestre de eleições não interfere no julgamento. Para mim, sempre disse, esse é um processo como qualquer outro”. Marco também disse acreditar que nenhum partido tenha influência sobre a pauta do Supremo. “Imaginemos o contrário. Se não se tratasse de membros do PT. Outro partido teria esse acesso, de buscar com sucesso o adiamento? A resposta é negativa”, afirmou.

De acordo com o ministro, as referências do ex-presidente sobre a tentativa de influenciar outros ministros por via indireta são quase ingênuas. “São suposições de um leigo achar que um integrante do Supremo Tribunal Federal esteja sujeito a esse tipo de sugestão”, disse. Na conversa relatada por Veja, Lula teria dito que iria pedir ao ministro aposentado Sepúlveda Pertence para falar com a ministra Carmen Lúcia, sua prima e a quem apadrinhou na indicação para o cargo. E também que o ministro Lewandowski só liberará seu voto neste semestre porque está sob enorme pressão.

Marco Aurélio não acredita em nenhuma das duas coisas: “A ministra Cármen Lúcia atua com independência e equidistância. Sempre atuou. E ela tem para isso a vitaliciedade da cadeira. A mesma coisa em relação ao ministro Ricardo Lewandowski. Quando ele liberar seu voto será porque, evidentemente, acabou o exame do processo. Nunca por pressão”.

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Comentários

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Gilson Araújo

O senhor Gilmar Mendes, será que é aquele mesmo do caso Daniel Dantas. Dantas, aquele que o Protôgenes botou as algemas, e que doeu nos pulsos do senhor Gilmar mendes; tem maracutaia nessa cachoeira de lama.

Bernardino

O SR LULA nao é estadista,demonstrou fraqueza ao visitar um escritorio inimigo.Quem muito se abaixa,mostra a BUNDA.O que queria ele lá?Defender o patife DIRCEU e seus cupinchas.Se for verdade o sr lula fumou maconha estragada e jogou sua credibilidade na LATA do LIXO.Pra mim so um COVARDE e Fruxo iria ao ENcontro desses DOIS

Julio Silveira

É o que dá, botarem um gambá no supremo. O problema é que a ser acuado o gamba esguicha seu odor fétido para todo lado. Não demora vão pensar que só gambá vive lá dentro.

Richard

Que coisa hein? Independente do que foi tratado nessa reunião, qual das versões é a verdadeira? Isso não importa! A pergunta que os petistas devem fazer é: – o que nosso timoneiro altíssimo estava a fazer num quartel general adversário com alguém o chamou às falas no passado. Pelo jeito, foi chamada às falas novamente, fez o jogo da direita e vai salvar a pele da mídia, do GM e do poderoso esquema de corrupção encastelado no Estado brasileiro seja o que governo que for. Quem acredita na versão da armadilha deve acreditar também nisso: http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?&tagIds=284889&time=all&orderBy=mais-recentes&edFilter=editorial&video=mae-dinah-faz-previsoes-para-neymar-hebe-e-obama-04028D1C3460E4B12326

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