24.05.10 – COLÔMBIA
A uma semana das eleições, candidatos seguem empatados
Os candidatos à presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos e Antanas Mockus, encerraram suas campanhas eleitorais ontem (23), debaixo de forte chuva. A uma semana das eleições presidenciais, o candidato pelo Partido Verde, Mockus, e o governista Santos, do Partido da U, seguem tecnicamente empatados nas intenções de voto para o primeiro turno das eleições, que será realizado no próximo dia 30.
Pelo menos, isto é o que indica a sondagem feita pela Datexco, que entrevistou 1.200 pessoas, entre os dias 14 e 18 de maio. O resultado foi divulgado na última sexta-feira, 21, e mostrou que Juan Manuel Santos teria vantagem de apenas 1% sobre Mockus. Segundo a pesquisa, 7% dos eleitores ainda estão indecisos.
O empate técnico no primeiro turno leva, obrigatoriamente, os dois presidenciáveis a uma disputa no segundo turno, no dia 20 de junho. Neste caso, de acordo com a mesma pesquisa, Mockus ganharia a presidência com 45% dos votos, enquanto o ex-ministro, Santos, perderia as eleições com 44% das votações.
A candidata Noemí Sanín, do Partido Conservador, aparece na terceira posição, com 9% das intenções de votos. Em quarto lugar, Gustavo Petro, do Polo Democrático Alternativo (PDA), conquistaria 5% do eleitorado e, na quinta posição, o candidato da Mudança Radical, Germán Vargas Lleras, receberia apenas 3% dos votos. Na sexta colocação, Rafael Pardo, do Partido Liberal, receberia 2% dos votos e outros três candidatos não alcançam a margem de 1% nas intenções de voto.
Analisando os resultados da sondagem, a Datexco assinalou que em um segundo turno, 43% dos eleitores de Noemí Sanín passariam a apoiar Mockus, enquanto 34% votariam em Santos.
Mas, outra pesquisa divulgada também na semana passada, realizada pelo Centro Nacional de Consultoria, revelou resultados conflitantes. Segundo os dados desta sondagem, o ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, obteria 39% dos votos, contra 34% do ex-prefeito de Bogotá, Mockus.
Em caso de segundo turno, a pesquisa de intenção de votos do Centro Nacional de Consultoria, aponta empate técnico entre os dois candidatos. Santos teria 47% dos votos e Mockus 46%. Para chegar a este resultado a instituição entrevistou cerca de 3 mil pessoas em 100 cidades e municípios, com uma margem de erro de 1,8%, para mais ou para menos.
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Já um estudo de opinião realizado pela Universidade de Medelin, 37,4% dos entrevistados disseram apoiar Mockus, enquanto 32,9% apoiam Santos. Para o segundo turno, 41,4% dos eleitores anunciaram seu voto em favor de Mockus e 36% em favor de Santos. A entrevista foi realizada entre os dias 10 e 18 de maio, com 2.417 pessoas em 108 cidades e municípios colombianos. A possibilidade de erro é de 2,36%.
A consultora Gallup, também realizou uma pesquisa que indicou vantagem para Santos, com 37,5% dos votos, enquanto Mockus, levaria 35,4% no primeiro turno. Já para o segundo turno, a pesquisa atribui vitória para Mockus, com 48,5% dos votos, com vantagem de 5,5% sobre Santos, que receberia 43% dos votos.
Para conferir a pesquisa da Datexco acesse: http://datexco.com/spn/index.php?option=com_content&view=article&id=252:14-mayo-intencion-de-voto-a-la-presidencia-de-colombia&catid=909:cat0009
Com informações da TeleSul, Télam e agência EFE.
Comentários
paulosk
Parece que o pessoal aqui conhece muito pouco a política colombiana. Lá não existe esquerda, o seu único partido era o Polo Democratico (PD) (que aglutinava várias forças que iam do centro a extrema-esquerda), que nas últimas eleições para o legislativo diminui sua bancada a dois ou três deputados, e já se criou também uma dissidência o Polo Democratico Alternativo (PDA), que está em quarto nas pesquisas para presidente, mas sem representação no Congresso. A queda da esquerda lá se deve a uma forte campanha na mídia anti-farcs e anti-chavista e a tentativa de colarem a pecha de representantes do chavismo/farcs neste partido (qualquer semelhança com o que temos aqui não é mera conincidência, leiam o o ex-blog do Cesar Maia). Aliás, os colombianos odeiam Chavéz. A queda do PD está ligada ao apoio dado por Chavez a eles.
Em Bogotá vi o discurso de Uribe pela TV. Exemplo perfeito de um governante populista, a começar por suas vestimentas, representando no chapéu (típico dos llanos), no poncho (Antióquia) e na camisa (Caribe) três regiões colombianas e num discurso que defendia a instalação das bases americanas no seu país e os parcos investimentos recebidos como moeda de troca. O legal é que aqui falamos de bilhões, lá ele contava vantagem de milhões, mas dá para ter uma idéia do tamanho da economia colombiana.
Os candiadatos: Santos é um dos herdeiros do jornal mais popular do país e um dos favoritos do Cesar Maia, El País, seu pai já foi vice-presidente, Conservador histórico, hoje milita ao lado de Uribe. seu discurso está meio esvaziado, por que aposta no anti-terrorismo e no anti-chavismo, mas o que a população quer saber é de emprego e educação, a plataforma do Mockus, que não é exatamente um candidato de esquerda, nem centro, nem direita, um outsider da política, meio lelé da cuca, seu partido é herdeiro do Oxigênio, o qual Ingrid Bittencourt militava quando foi sequestrada.
Continua…
dukrai
Paulo, este quadro que vc dá da política colombiana é de conhecimento geral, faltou dizer que Uribe dançou na sua vontade de terceiro mandato por determinação do STF de lá e não emplacou o seu favorito como sucessor, entrando o Santos de extrema direita como continuidade do regime, estando enrolados até o pescoço com os paramilitares, seqüestros e execução de civis.
Mockus é um político que representa a negação ao "status quo", estado de guerra permanente dos últimos 50 anos na Colômbia e representa uma distensão tanto interna quanto externa à Colômbia.
Marcos Lopes
Deve ter uma data-folha de lá trablhando pro Uribe.
Ubaldo
A irresponsabilidade dos gastos da esquerda sempre precedem da correção de rumo pela direita. No Chile, Colombia, Brasil e outros a direita vem para colocar as coisas em ordem novamente. É só aguardar!
patrick
Quem explodiu a dívida pública no Brasil foi a direita.
Laércio
Engraçado… quem fez a dívida externa no Brasil foi o regime militar (de direita) e continuou crescendo nos governos neo-liberais de Collor e FHC. Quem pagou a dívida externa e colocou a economia brasileira nos eixos foi Lula, de esquerda.
Jairo_Beraldo
Este debate foi quente…e não entendi nadica de nada!
Ubaldo
Engano completo. Hoje a dívida pública bruta é de mais de R$ 2 trilhões. Quando Lula assumiu era de R$ 687 bilhões.
Hoje a dívida externa é de US$ 230 bilhões. Lula só pagou o FMI, trocando por dívida interna. Péssima troca pois pagava juro de menos de 1% ao ano ao FMI e agora paga mais de 9%.
José Reinaldo Rosado
É duro ter quer explicar para um frequentador assíduo deste site, que divida tem que comparar olhando o percentual em relação ao PIB.`
É como ensinar tabuada na Universidade.
Eu sei que falta argumentos para a direita, mas penso que neste nível fica um debate ridículo.
dukrai
esses coitados ficam repetindo o que ouvem, usam os valores dívida pública bruta que é grande e omitem a dívida pública líquida, que é o que importa e que está em decréscimo consistente no governo Lula, fato festejado pelo "Mercado" na procura dos títulos brasileiros.
Michel tams
Não importa dívida pública bruta, o que interessa realmente, é o crescimento que ela (dpb) pode ou não gerar, e vamos lembrar do crescimento fhc e o crescimento da era lula e partindo daí começaremos um debate real.
Caro Ubaldo, não sou de comentar, mas sempre passo por diversos sites e observo que o senhor e alguns homônios seus em outros sites sempre vêm usando e abusando de argumetos cheios de números (talvez uma tentativa de intimidação a outros comentaristas) contudo quero observar que os números que o senhor e seus homônios apresentam são muito deturpados e sem base histórica ou estatística, por isso por favor não briguem com os números, ou tenham vergonha e apresentem dados com bases reais, senão fica difícil o debate sério.
Ramon
FHC quebrou o Brasil 3 vezes, Menem na Argentina também, chegando inclusive a ser preso.
O que vc chama de gastos é o que no mundo inteiro se chama de investimento social. Graças a estas políticas, aliás elogiada pela Unicef e outros organismos internacionais respeitáveis é que explica, em parte o sucesso do governa em superar a atual crise originada pelas pilantragens neoliberais que graçavam no mundo inteiro. Graças ao bom Deus, este discurso vazio não tem lastro na realidade. E por aqui a direita não vai voltar ao poder por uns bons e felizes anos de crescimento econômico e pleno emprego.
Christian Schulz
Ubaldo dá sono.
tio rei
Essa noticia é falsa, o candidato do U vai ganhar.
Cloildo Fonseca
Presidente da Colômbia deveria ser Alfonso Cano.
william porto
podem apostar que a direita vai tentar alterar a vontade popular, inventando um golpe como aquele da proconsult contra brizola no rio, nao vao deixar a oposicao gangar e levar.
Jairo_Beraldo
Não cabe mais espaço para este tipo de atitude no Brasil. Se fizerem isso, o descrédito ao país será a queda da direita.
LEN
Será a derrota de Uribe e da política de beija-mão dos americanos…Espero que o "demônio" Mockus reveja esse negócio de base americana na colômbia.
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