Tales Faria: Militantes foram incinerados em usina de açúcar durante a ditadura militar
Tempo de leitura: 3 min“Militantes de esquerda foram incinerados em usina de açúcar”
Delegado revela em livro que viraram cinzas os corpos de David Capistrano, Ana Rosa Kucinski e outros oito opositores da ditadura
Tales Faria, iG Brasília | 02/05/2012 10:15:53 – Atualizada às 02/05/2012 12:27:53
Ele lançou bombas por todo o país e participou, em 1981 no Rio de Janeiro, do atentado contra o show do 1º de Maio no Pavilhão do Riocentro. Esteve envolvido no assassinato de aproximadamente uma centena de pessoas durante a ditadura militar. Trata-se de um delegado capixaba que herdou os subordinados do delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury nas forças de resistência violenta à redemocratização do Brasil.
Apesar disso, o nome de Cláudio Guerra nunca esteve em listas de entidades de defesa dos direitos humanos. Mas com o lançamento do livro “Memórias de uma guerra suja”, que acaba de ser editado, esse ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) entrará para a história como um dos principais terroristas de direita que já existiu no País.
Mais do que esse novo personagem, o depoimento recolhido pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, ao longo dos últimos dois anos, traz revelações bombásticas sobre alguns dos acontecimentos mais marcantes das décadas de 70 e 80.
Revelações sobre o próprio caso do Riocentro; o assassinato do jornalista Alexandre Von Baumgarten, em 1982; a morte do delegado Fleury; a aproximação entre o crime organizado e setores militares na luta para manter a repressão; e dos nomes de alguns dos financiadores privados das ações do terrorismo de Estado que se estabeleceu naquele período.
A reportagem do iG teve acesso ao livro, editado pela Topbooks. O relato de Cláudio Guerra é impressionante. Tão detalhado e objetivo que tem tudo para se tornar um dos roteiros de trabalho da Comissão da verdade, criada para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988).
David Capistrano, Massena, Kucinski e outros incinerados
Cláudio Guerra conta, por exemplo, como incinerou os corpos de dez presos políticos numa usina de açúcar do norte Estado do Rio de Janeiro. Corpos que nunca mais serão encontrados – conforme ele testemunha – de militantes de esquerda que foram torturados barbaramente.
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“Em determinado momento da guerra contra os adversários do regime passamos a discutir o que fazer com os corpos dos eliminados na luta clandestina. Estávamos no final de 1973. Precisávamos ter um plano. Embora a imprensa estivesse sob censura, havia resistência interna e no exterior contra os atos clandestinos, a tortura e as mortes.”
Os dez presos incinerados
— João Batista e Joaquim Pires Cerveira, presos na Argentina pela equipe do delegado Fleury;
— Ana Rosa Kucinski e Wilson Silva, “a mulher apresentava marcas de mordidas pelo corpo, talvez por ter sido violentada sexualmente, e o jovem não tinha as unhas da mão direita”;
— David Capistrano (“lhe haviam arrancado a mão direita”) , João Massena Mello, José Roman e Luiz Ignácio Maranhão Filho, dirigentes históricos do PCB;
— Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira e Eduardo Collier Filho, militantes da Ação Popular Marxista Leninista (APML).
O delegado lembrou do ex-vice-governador do Rio de Janeiro Heli Ribeiro, proprietário da usina de açúcar Cambahyba, localizada no município de Campos, a quem ele fornecia armas regularmente para combater os sem-terra da região. Heli Ribeiro, segundo conta, “faria o que fosse preciso para evitar que o comunismo tomasse o poder no Brasil”.
Cláudio Guerra revelou a amizade com o dono da usina para seus superiores: o coronel da cavalaria do Exército Freddie Perdigão Pereira, que trabalhava para o Serviço Nacional de Informações (SNI), e o comandante da Marinha Antônio Vieira, que atuava no Centro de Informações da Marinha (Cenimar).
Afirma que levou, então, os dois comandantes até a fazenda:
“O local foi aprovado. O forno da usina era enorme. Ideal para transformar em cinzas qualquer vestígio humano.”
“A usina passou, em contrapartida, a receber benefícios dos militares pelos bons serviços prestados. Era um período de dificuldade econômica e os usineiros da região estavam pendurados em dívidas. Mas o pessoal da Cambahyba, não. Eles tinham acesso fácil a financiamentos e outros benefícios que o Estado poderia prestar.”
Leia também:
Comentários
Serão verdadeiras as informações do sr. Cláudio Guerra? « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Tales Faria: Militantes foram incinerados em usina de açúcar durante a ditadura militar […]
Cláudio
Corrigindo a postagem anterior : onde se lê “PHA” e “ansioso blogueiro” leia-se “Viomundo”. É que copiei e colei da mesma sugestão que fizera anteriormente no ConversaAfiada, mudando as referências nominais dos dois blogueiros mas quando cliquei em “Publicar comentário” apareceu estranhamente uma mensagem de que a página não estava acessível e quando vim conferir se o comentário estava aguardando para ser aprovado, não constava nada. Então, cliquei e colei o que estava antes na área de transferência, sem fazer as devidas adequações. Só para esclarecer. Fica a sugestão da análise do livro e sua indicação ou não.
Cláudio
O livro já consta na página de internet da editora, com a apresentação que segue adiante. Resta saber se não é algo mais para botar dinheiro no bolso do cara (consta o nome dele como autor) e da editora ou se é mesmo alguma coisa consequente. Se o PHA me permite, sugiro que o ansioso blogueiro, ainda que certamente com muitas atividades em sua agenda, leia e analise criteriosamente a obra e faça a indicação se vale mesmo a pena (ou não) ler tal livro. Afinal, (h)a guerra suja contra a luta continua, agora por outros meios, mas tão suja quanto antes. Todo cuidado é pouco quando se trata de milico$-capitoli$$tas. A seguir, as informações do ‘site’ da editora :
“Memórias de uma guerra suja
Cláudio Guerra
ISBN: 978-85-7475-204-4; 291 pgs; R$ 43,90
— Eis aqui o relato, em primeira pessoa, de um ex-delegado do DOPS a dois jornalistas. Um deles, o capixaba Rogério Medeiros, recebeu, em 2009, o pedido de uma advogada para visitar Cláudio Guerra num hospital; Medeiros foi, acreditando que o chamado se devia a uma reportagem feita por ele para o Jornal do Brasil, 30 anos antes, que levara Guerra à prisão. Surpreendeu-se: o agente da repressão mandara chamá-lo para confessar vários crimes cometidos, em nome do governo militar, por ele e por outros com quem convivera durante a guerra suja dos anos 70 e início dos 80. A partir daí, com a colaboração de Marcelo Netto, foram mais de dois anos conversando com Guerra, anotando seu depoimento e escrevendo as Memórias desse agente cujo nome não se encontra em nenhuma lista de torturadores porque nunca torturou ninguém, já que sua missão era matar os inimigos da ditadura.”.
Mário SF Alves
Delegado?!! Ex-delegado?!! Delegado, como? Delegado é um cargo público, e cargo público, segundo me consta, só existe em um Estado de Direito. E, enfim, o que poderia ser considerado público em plena ditadura militar, com o Estado sequestrado e usado segundo interesses privados e absolutamente antidemocráticos? E o que era esse homem, afinal? Um instrumento da ditadura? Um matador de aluguel? Um alucinado a serviço daqueles que usurparam o poder popular e impuseram a ditadura? Seja como for, uma coisa parece clara: só a normalidade democrática tem o poder de desmascarar e punir todos esses monstros que um dia estiveram camuflados sob a insígnia de agentes públicos. E o que é fundamental, e sobretudo, é hora da Justiça.
bene bugrão
Tem muita gente, que por influência da propaganda israelense, condena com veemência o holocausto do hitler, ao mesmo tempo que apoia, a tortura e o massacre que os ditadores fizeram no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Venezuela, em Guantânamo, e em muitos outros países ao redor do mundo… Mas que por esses ninguém tem coragem de gritar, pois o maior responsável é o país mais rico do mundo, e maior terrorista de todos os tempos, e está bem vivo, e ainda assusta.
João – Rio de Janeiro
Ditadura tentou matar Leonel Brizola
Assassinato não aconteceu, mas Cláudio Antônio Guerra revela que se disfarçou de padre durante ação
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-05-03/ditadura-tentou-matar-brizola-e-culpar-igreja-catolica.html
Cláudio
conluio milico-capitoli$$ta
Armando
Esses “BENEFÍCIOS POR BONS SERVIÇOS PRESTADOS” concedidos pelos militares acontecem até hoje.
Basta observar a enorme quantidade de membros do Poder Judiciário brasileiro que são todos os anos sistematicamente “agraciados’ ou “condecorados” pelo exército com diplomas e medalhas de “amigo” ou “colaborador” em agradecimento aos “relevantes serviços prestados” à força.
Que tipo de “serviço” ou “colaboração” os juízes, desembargadores e ministros prestam ao exército?
Só se for em julgamentos como o que validou essa absurda lei de anistia que contraria todas as normas do Direito Humanitário Internacional. Uma verdadeira vergonha nacional sem qualquer fundamento jurídico.
Cláudio
Mário Henrique Alberton ( via Facebook ) :
“O Brasil é o único país do mundo em que o nazismo foi anistiado.”
Muito bem dito. Mas sou tentado, momentaneamente, a discordar ( ou pelo menos acrescentar ). Não era nazismo. Foi ( é ) ianquismo ( e, mais recentemente, na novelha da ditadura miRdiática, a eventual(?) divina participação especial dos eleitos de D’u$, simbiose predatória que, na história mundial desse conluio milico-capitoliSta, pode até mesmo ser tido como uma ‘evolução’ do nazismo e suas técnicas primitivas hoje devidamente refinadas ao aparentemente invisível, sutilizadas, pero no mucho). O Brasil para o povo brasileiro ! ! ! “Occupy” ONU já ! ! ! Por uma verdadeira autodeterminação dos povos ! ! ! ‘Globalizados’ (explorados) de todo o mundo, uni-vos ! ! !
det
O mais complicado vai ser o graudos barrarem e sairem impunes dessas crueldades. O amigo do meu pai “sumiu” durante a ditatura de medici. Quando os responsaveis pagarao por isso?
lucas Bolognani
O processo do mensalão é o item número dois da pauta de julgamentos de hoje 03/05. E não estou vendo ninguém dizer nada sobre isso, por que ?
Cláudio
No ‘Blog’ da Cidadania, do Eduardo Guimarães, até a madrugada desta quinta-feira, 03mai, não constava nenhuma matéria a respeito desta novidade sobre as práticas criminosas da direita na ditadura dos milicos. Estive no ‘site’ da editora ontem, à tarde, e agora há pouco e não encontrei nenhuma referência relativa à obra ou aos autores. Procurei na busca interna e no menu “Notícias” e nada de informação, por mínima que fosse. Supondo que na informação de que o livro “será lançado na sexta-feira” (conforme o ‘blog’ Escrivinhador, do RV) esta trate-se de amanhã, 04mai, já ouso pautar a equipe para a leitura do livro e indicação do valor de seu conteúdo para os usuários de Viomundo ( … “que os leitores pautem nossa equipe, ou seja, que despachem tanto a Conceição Lemes quanto eu para fazer reportagens de interesse público.”).
Roberval
Muito estranho!!!
Esse delegado aparece do nada e assume sozinho todos esses crimes! Pode estar querendo chamar ou desviar a atenção. Sou mais a lista dos mais de 200 torturadores citados pelos presos políticos de 1975. Essa sim tem credibilidade e delata todos os assassinos-torturadores da ditadura militar de 1964-85. É chegada a hora de investigar, julgar e punir. É preciso nos mobilizarmos para fazermos grandes manifestações em frente das sedes das empresas que apoiaram a ditadura como forma de mostrar para o conjunto da sociedade os assassinos e financiadores dos assassinatos cometidos. É preciso fazer manifestações na frente da Folha, do Grupo Abril, da Globo, etc.
Marat
Estou indignado!
Os poucos carniceiros que ainda estão vivos deveriam passar o restante de sua podre vida na cadeia.
Isso vale também para todos os empresários que os ajudaram!
Mário SF Alves
Marat,
Estes foram os instrumentos. Só não foram ferramentas porque eram dotados de consciência, seja ela doentia, pervertida, sádica, ou não. Mas, quem os instrumentalizou, quem os empoderou, senão tudo aquilo que violentou e tomou de assalto o Estado de Direto?
Regina Braga
Não foi uma guerra só suja…foi desleal,bárbara e cruel.
Cláudio
A recomendação, literal, do Nassif :
“Enviado por luisnassif, qua, 02/05/2012 – 15:12
Em Observação
Vamos com cuidado, Há muitas informações desencontradas. Como é possível um delegado desconhecido do pessoal de direitos humanos ser responsável por quase um quarto dos mortos pela ditadura? E não se entende o fato de corpos serem incinerados em usinas em Campos, sendo muito mais fácil jogá-los no mar próximo. Melhor aguardar um pouco antes de endossar o livro.”
Marat
O que se diz por ai é que o Fleury mandava afogar os presos poíticos.
Mário SF Alves
Cláudio,
Parece que tem toda a razão o Nassif. Além do mais, como explicar o total desconhecimento por parte dos defensores dos direitos humanos quanto aos crimes e horrores relatados e praticados por esse ex-delegado? Sei, não… é, no mínimo, estranho.
Cláudio
Li muita coisa no PHA e depois revi aqui. Chocante. Sua leitura causa um impacto enorme. No Nassif há recomendações para cautela diante da novidade, inclusive com alguns comentários de que pode ser alguma estratégia diversionista para, por exemplo, “derrubar a tese do crime continuado, na qual o MPf se baseia para por na cadeia o Ustra.” ou “No momento em que o Cachoeira começa a sufocar os sócios do Millenium, surge esse livro, via “blog sujos”, para não levantar suspeitas.” ( a origem é do ‘site’ iG ) ou, ainda, “Há que se ver quais outros interesses podem estar por trás dessa confissão de culpa.” No Rodrigo Viana diz-se que o livro “será lançado na sexta-feira”.
José DF
Avisem à folha de sao paulo que essa barbaridade ocorreu na “ditabranda”.
Aline C Pavia
Repito aqui o que perguntei aos trolhas habituées do blog há algumas semanas atrás.
De que lado vocês estariam em 1969? Amarrados no pau-de-arara? Ou empunhando o açoite?
Amarrada ao pau-de-arara estava Dilma Rousseff. Empunhando o açoite – ou endossando, ou omitindo, ou maquiando – estava gente do naipe de João Grandino Rodas atual reitor da USP, nomeado por José Serra.
Pelos frutos se conhece a árvore.
Por isso tenho pena de trolhas. Sei que estão tentando salvar alguma coisa no tsunami causado por uma Cachoeira esses dias, uma cachoeira imunda e fedida onde nadam (ou nadaram, ou hão de nadar) Aécio, Marconi, Demóstenes, Serra-PauloPreto e Richa; sei também que estão inconformados com a popularidade “para o alto e avante” de Dilma; seu ódio e despeito pela cura e volta aos palanques de Lula (outro prêmio humanitário na Espanha dia 02/04, vocês viram?).
Sei que estão estrebuchando pela nomeação do ultra-patriota Brizolinha para o tradicional e nobre Ministério do Trabalho. Quem diria. Um blogueiro sujo, de 33 anos, neto do gaudério Brizola, ilustra e honra o ministério.
Mas não se desesperem ainda, trolhas. Dias piores virão. Estamos assistindo de camarote nosso país surfar na “onda” da crise econômica mundial e DE QUEBRA passando nossa democracia a limpo. Esperneiem, chorem, berrem.
Diz-se na roça que o porco grita mais alto quando sabe que vai morrer.
Marcio H Silva
Aline, pare de discriminação com o RJ. Voce não citopu cabral na convocação da CPI……esqueceste?
Mário SF Alves
Aline, comungo com você toda a indignação; toda a expectativa e todo esse orgulho de ser brasileiro, mas, não nos esqueçamos: “Hay que endurecerse pero sin, perder la ternura jamás”.
pperez
Ainda tem gente que considera este assunto como pagina virada!
Sem comentarios!
mfs
A Topbooks é uma editora séria, que já publicou autores de alta qualidade. Por exemplo, Otto Maria Carpeaux, Manuel Bonfim, A. Schopenhauer, Rimbaud e B. Croce.
O editor, José Mário Pereira, é um conservador liberal que, quando jovem, foi próximo a J. G. Merquior.
A Topbooks publica autores politicamente conservadores de bom nível como Benjamin Constant (o francês), Oakeshott, Gilberto Freire.
Também dá espaço para autores, digamos, hummm, polêmicos, como Roberto Campos, Roberto Jefferson (o dos nervos de aço), Denis Rosenfield, Delfim Netto e José Neumane, autor da obra O que sei de Lula.
Enfim, não é uma editora de esquerda, longe disso, mas também não é da direita troglodita.
Nada disso e´critério de veracidade, claro.
Mas demonstra que não se trata de uma editora esquerdista que supostamente teria intenção de caluniar os bravos homens repressão na ditadura.
Se publicaram o depoimento do tal delegado torturador e assassino é porque acreditam (e não são ingênuos) que é verdadeiro. Embora o Zé Mario seja da direita, creio que não seja a favor dos excessos da ditadura militar.
Em suma, editora séria e de direita, excelente para chancelar um livro como este.
Luiz Carlos Azenha
Os autores são jornalistas sérios, até onde sei.
Mário SF Alves
Azenha, a propósito, um deles, o Rogério Medeiros, é o editor do Século Diário e uma das melhores penas do Espírito Santo. Foi vice-prefeito de Vitória no primeiro governo local do PT.
Murdok
Vamos para as ruas gente!
Delano
Isso está com cheiro de Golbery querendo pautar a agenda da esquerda e os esforços dos ativistas pelos Direitos Humanos.
Uma sub-Comissão da Verdade já deve estar trabalhando e chegando a conclusões perturbadoras. Esse livro é desvio de foco.
Zé Brasil
Não era à toa que na ditadura havia gente vestindo-se tal e qual um Reichsführer-SS: -Uniforme impecável, quepe milimetricamente posicionado, óculos escuros, luvas de pelica pretas e rebenque nas garras. Autênticos discípulos de goëring e de sua solução final. Alguns, certamente não sobreviveriam na Alemanha de hitler dado suas baixas estaturas e tez trigueira, nada ariana. Quanta semelhança no método, até no uso do forno para cremar suas vítimas, aplicando-se a mesma solução final dada aos Judeus, Ciganos, Russos e demais inimigos eleitos de ocasião do reich. Até quando, aqui, ficarão impunes?
Fabio SP
Ele disse também: “Delegado Fleury foi morto por militares”
Será que rola uma indenização?
Marcelo de Matos
É preciso saber melhor quem é, realmente, esse pastor. Na internet podemos apurar que http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/02/noticias/cbn_vitoria/reportagem/1128182-claudio-guerra-vai-depor-sobre-desvio-de-dizimo-da-assembleia-de-deus.html Já houve desvio de dízimo na igreja que ele prega. Pela rede soubemos, também, que o pastor já foi maçom grau 18. Quanta mudança em uma só existência! Será que esse pastor não passa de um falastrão?
Taiguara
A princípio me causou impacto e revolta. A frieza com que os fatos estarrecedores veem agora à tona é corrosiva. Mas, o “EM OBSERVAÇÃO” acenado pelo Luis Nassif me alertou para algumas segundas intenções, camufladas pela cortina de fumaça que o fato levanta. Entre elas, a mais evidente, é a de extinguir o chamado crime continuado ao se confessar o paradeiro dos corpos (no caso das incinerações). Mas há outros, como o claro propósito de tumultuar o andamento da instalação da Comissão da Verdade. Não nos esqueçamos que os torturadores estão por aí, vivos e atuantes. Nos Clubes Militares, por exemplo. Depois, a motivação alegada pelo verdugo, que é a de ter “encontrado jesus” é, por sí só, motivo de desconfiança. Aliás, a bíblia tem se transformado, cada vez mais, no maior e mais cínico refúgio de canalhas de todos os espectros. Creio que, como ocorria com “O Capital” nos anos de chumbo, todo sujeito flagrado com um exemplar desse tal livro sagrado debaixo do suvaco deveria, como medida cautelar e profilática, no mínimo, ser “detido para averiguações”.
Cunha
Virou pastor?! Ele é PASTOR ?! Filho de uma égua!Sua alma só poderá ser limpa por você. Vai demorar muito… Deus te dá a vida eterna, pois você deverá colher os frutos que plantou e serão amargos,já podres! Praga escarrada de uma caixa da esgoto! Todos que participaram disso também são! Quer dizer que depois de tudo o FDP virou arrecadador profissional de dinheiro de cidadãos que procuram algum conforto? Você pode estar querendo dar uma de boi de piranha,mas,a verdade deverá aparecer mais ainda. Sugiro aos familiares das vítimas desses facistas que venham a acionar a justiça para que os lucros pessoais desse livro sejam usados para indenizações. Isso seria o primeiro passo. O resto, seria rumar para empenhar os bens dessa corja que ainda vive por aí! Claro que a permanência na prisão é obrigatória.
Fabio Passos
Que coisa revoltante.
Resgatar nossa história e punir os responsáveis por tanta barbaridade é uma questão fundamental para mudar o Brasil para melhor.
Pitagoras
Guardadas as proporções pode-se dizer que este cidadão normal, no dizer de Anna Arendt, que certamente ia para casa depois de sua labuta diária, beijar sua mulher, brincar com suas crianças, aos domingos frequentava a missa e até se confessava e comungava, foi um idealizador da solução final tupiniquim.
E ainda há quem se oponha à abertura dos arquivos macabros da ditadura e sejam todos os participantes dessas chacinas levados às barras do tribunal!
Renato M
Os crimes praticados no Brasil durante a ditadura militar deveriam ser investigados e os assassinos que ainda vivem deveriam ser condenados. Façamos aquilo que os argentinos e uruguaios estão fazendo. Pena que a “grande mídia” permanece calada em relação ao tema. A reação armada foi um erro, pois deu aos trogloditas de plantão o álibi para praticarem as piores atrocidades.
Pacifista
Sinto nojo. Um profundo nojo de quem tortura jovens idealistas (não importa o ideal deles, que não necessariamente é o meu) e tortura e estupra uma moça indefesa. É muita covardia e desonra para os demais membros das forças armadas, que têm dignidade. Os marginais que mancharam os uniformes deveriam ser desprezados de dentro dos quartéis. Sinto nojo, ódio e desprezo por esses tipos. Tortura nunca mais!
Rafael
E a foia disse que era ditabranda.
Joe
Completamente chocado!!!!
Assassinato prescreve???
Pitagoras
Em Brazuka, sim. No império do norte, não. Ainda acho que quem fez muitas de nossas normas foram os bandidos.
andre
Cara, o crime de tortura não prescreve… Segue o torturador, homicida ou não, como uma chaga aberta e incurável…
Cláudio
Estou vindo do ConversaAfiada, onde encontrei a matéria, revendo-a aqui. É terrivelmente impressionante! Tem que conferir tudo. Direita boa é a que nem nasceu. Como ter acesso ao livro? Onde adquirir ? Tem na internet ? Quando penso que João Batista e Joaquim Pires Cerveira, Ana Rosa Kucinski e Wilson Silva, David Capistrano, João Massena Mello, José Roman e Luiz Ignácio Maranhão Filho, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira e Eduardo Collier Filho e tantos outros deram a vida por mim, que nem conheciam, para que eu hoje estivesse aqui, para que vivesse um Brasil melhor, dá uma vontade danada de chorar e agradecer de alguma maneira a esses verdadeiros heróis que deveriam ser conhecidos e mais reconhecidos que qualquer Ronaldo Fenômeno, atrizes/atores globais, o ‘rei’ Roberto Carlos ou qualquer outro subproduto da indústria cultural e da ditadura midiática que faz continuar parte dos efeitos daqueles tempos terríveis.
CARMEM BALBINO
Entrei em contato com a editora e ja fiz meu pedido.A editora e TOPBOOKS.
marcellocoutinho medeiros
justiça e comforto para as familias dos desaparecidos
marcellocoutinho medeiros
justiça somente justiça nessa hora so isso interessa e comforto as familias dos desaparecidos.
Eleonora
Olá, Azenha!
Bestas-feras!
Os brasileiros têm que extirpar, condenar, reprimir e proibir qualquer atitude, de quem quer que seja, mostrando simpatia ou tolerância com os autores dessas e outras barbáries!
E são tantos que aqui e acolá se arvoram no direito de dar suas opiniões funestas em apoio a essas desumanidades!
As pessoas têm que dar um chega pra lá nessas pragas, nesses simpatizantes do horror.
Um exemplo: a simpatia demonstrada por Demóstenes referente a um grupo de extermínio da PM goiana – é revoltante! – trata-se de um Senador da República! O Senador não questionou nem por um instante sobre as atrocidades a que as vítimas certamente foram submetidas, sobre o tanto que é hediondo esse tipo de crime – se prontifica a falar com um magistrado em favor do grupo, atendendo a um pedido de Cachoeira! Nem se questiona que aos presos está assegurado todo o aparato constitucional do devido processo legal, de defesa, etc.
Espero que na CPI seja lido o trecho do inquérito da PF a respeito e que esse tipo de atitude comece a ser publicamente condenado.
Mário SF Alves
Senador de onde? Da República? Não é o que consta das gravações da PF durante a Operação Monte Carlo. E como? Se até outro dia mesmo ele conspirava para desestabilizá-la. Ou alguém ainda acredita que em se derrubando o atual Governo iria sobrar alguma República?
Mateus Beatle
E há ainda quem diga que: “o que passou, passou”…
As feridas estão abertas e a história de um dos períodos de mais puro terror passado pelo Brasil está por ser contada.
Que venha a comissão da verdade e que os pingos nos “is” sejam colocados.
Mardones Ferreira
Com a palavra os poderes Juduciário e Legislativo.
marcelo arruda
isso é assustador. cachoeira é fichinha. o brasil precisa ser passado a limpo. é a história de um quaro de século.
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