Repúdio a estupro de jovem na Universidade Federal de Juiz de Fora
Tempo de leitura: 4 minNota de Repúdio e Pedido de Providências
Nós, cidadãs, cidadãos e entidades abaixo relacionadas, vimos a público nos manifestar contra o machismo e a lesbofobia que vem ocorrendo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e exigimos ação imediata da Universidade contra isso.
Na noite de 14 de abril de 2012, em uma festa de estudantes na UFJF, no Instituto de Artes e Design, uma jovem de 17 anos foi estuprada.
Queremos que haja apuração e punição de culpados, por parte da Reitoria, Direção do Instituto e demais autoridades. Também queremos que ações educativas sejam implantadas. Isso porque, muito embora saibamos que a violência física e simbólica contra as mulheres lamentavelmente ocorra em toda a sociedade, não podemos admitir tais atrocidades no ambiente acadêmico, onde o ensino, a pesquisa, a extensão e a administração devem se dar na busca por uma sociedade igualitária e democrática.
O estupro da jovem, no dia 14 d e abril, infelizmente é uma situação limite mas não é um fato isolado. Em recepção aos e às estudantes, em março, calouras da Faculdade de Comunicação foram obrigadas a carregar placas com os dizeres “cara de sapatão” e “cara de puta”. Tais “brincadeiras” constrangedoras expressam a lesbofobia e o machismo que chega no estupro, no contexto da calourada. Do constrangimento ao estupro, esses fatos não tiveram efetivas e eficientes ações contrárias por parte da Universidade.
Quem se cala diante disso é conivente com a violência contra a mulher, expressa no machismo e na lesbofobia. Uma Universidade Federal, que é paga pelo dinheiro do povo – mesmo povo que elegeu uma mulher para a Presidência da República -, não pode admitir essa e nenhuma violência.
Basta de impunidade! Queremos que a Reitoria e as direções de unidades envolvidas apurem, punam e implementem ações educativas.
Chega de machismo e de lesbofobia na UFJF! Chega de machismo e de lesbofobia em toda a sociedade.
Assinam:
Fábio Konder Comparato, jurista, São Paulo
Caio N. Toledo , professor Unicamp
Apoie o VIOMUNDO
Ana Luiza de Mesquita Dias (NICA BOMFIM) atriz tv, Rio de Janeiro
Isabel Dias Lages , estudante e atriz, Rio de Janeiro
Marli dos Santos, Universidade Metodista de São Paulo
Alexandra Aguirre, UCB, Rio de Janeiro
Rafaela Buscacio, estudante de Jornalismo, UFOP
Felipe Muanis, Departamento de Cinema e Vídeo, Programa de Pós-Graduação em Comunicação,UFF
Marcelo Carvalho, doutorando em Comunicação pela UFRJ
Instituto de Estudos de Gênero, UFSC
Miriam P. Grossi, Instituto de Estudos de Gênero, UFSC
Mara C. de S. Lago, Instituto de Estudos de Gênero, Coord. Editorial Revista Estudos Feministas, UFSC
Zahidé L. Muzart, Instituto de Estudos de Gênero, UFSC
Comissão Organizadora do Fazendo Gênero 10/2013/UFSC
Luzinete S. Minella, Comissão Organizadora do Fazendo Gênero 10/2013/UFSC
Gláucia de O. Assis, Comissão Organizadora do Fazendo Gênero 10/2013/UFSC
Editorias da Revista Estudos Feministas
Cristina S.Wolff, Coord. Editorial Revista Estudos Feministas
Tânia Regina de O. Ramos, Coord. Editorial Revista Estudos Feministas
Julvan Moreira de Oliveira, FACED, UFJF
Jorge Arbach- professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, UFJF
Simone Pereira de Sá, professora e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFF PPGCOM-UFF
Ana Lucia Lobato de Azevedo – UFPA
Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes
João José Azevedo Curvello, UCB
Cíntia Sanmartin Fernandes, PPGCOM-UERJ
Zuleyce Maria Lessa Pacheco, FACENF, UFJF
Fernando Morais da Costa, PPGCOM-UERJ
Denilson Lopes, ECO, UFRJ
Vanda Arantes do Vale, Professora do Departamento de História, UFJF
Karen Marques Rosso Ishiguro, representante discente no CONSU, UFJF
Grupo Feminista Dina Guerrilheira, Palmas – TO
Movimento Palestina para Tod@s
Maria Victoria Benevides, socióloga, USP
Paulo Benevides Soares, professor USP, aposentado.
Maria Luisa Marinho, jornalista, Rio de Janeiro.
Claudia de Mesquita Dias, historiadora, Rio de Janeiro.
André Benevides Soares, músico.
Fernanda Estima, jornalista, São Paulo
Juliana Lora de Sá, fisioterapeuta, São Paulo
Graça Cremon, produtora cultural, São Paulo
Renata Soares, estudante, Rio de Janeiro
Tica Moreno, Marcha Mundial das Mulheres, São Paulo
Bruna Provazi, Marcha Mundial das Mulheres / Festival Mulheres no
Volante, São Paulo
Deborah Duncan, São Paulo
Phamela Godoy, coordenadora estadual LGBT do PT, São Carlos, SP
Patrícia Rodrigues, cientista social, militante da Marcha Mundial dasMulheres, São PauloKatia Guimarãe s, Pesquisadora, Brasília
Julian Rodrigues, coordenador nacional LGBT do PT e membro do Conselho
Nacional LGBT
Lula Ramires, ONG Corsa, São Paulo, SP
Guilherme Amaral Nunes, São Paulo, SP
Brunno de Almeida, estudante, São Paulo
Marcelo Hailer, jornalista, São Paulo
Aliança Paulista LGBT
ONG Visibilidade LGBT
Daniela Auad, professora da Faced / UFJF
Cláudia Lahni, professora da Facom / UFJF
André Silva Martins, Prof. Dr. da Faculdade de Educação, UFJF
Martvs Chagas, Ministério da Cultura e UFJF, Brasília
Terezinha de Oliveira Gonzaga, arquiteta/urbanista da União de Mulheres de São Paulo
Carolina Zambotti Simões, estudante de Pedagogia da Unifesp, SP.
Antonio Pinheiro – Professor e Mestrando em Educação-UERJ
Rogério Chavez, editor, São Paulo
Janaina de Araujo Morais, comunicação social – UFJF
Rita Freire, jornalista, São Paulo
Ciranda Internacional da Co municação Compartilhada
Liga Brasileira de Lésbicas de São Paulo
Zélia Izabel Matias Gouveia, estudante de Pedagogia da Unifesp, SP
Rita Ronchetti, militante feminista, MMM, PT, SP.
Lorene Figueiredo – UFF / INFES/ Educação
Claudia Barreiros, funcionária da Liderança do PT, Brasília
Neri Emilio Stein, São Paulo
Bruno Fuser, professor da Facom / UFJF
Departamento de Jornalismo da Facom / UFJF
Gina Freire de Mesquita, designer, Minas Gerais
Maria Teresa Precht de Mesquita, arquiteta, Rio de Janeiro
Maria Teresa Martins Rodrigues Belda, socióloga, São Paulo
Suely Oliveira. Recife. Psicóloga, consultora autônoma
Claudio Cezar Xavier, jornalista, São Paulo
Sirlei Augusta Chaves, São Paulo
COMULHER , Comunicação Mulher
Marcia Marçal, Setorial LGBT – PT, RJ.
Pedro Estevam da Rocha Pomar, jornalista, SP
Idelber Avelar, professor universitário
Thays Almeida Monticell i, Sociologia, UFPR
Luiza Sansão, jornalista, São Paulo
Kelly da Silva, Pedagoga, UEMG
Brunna Rosa, Brasília
PS do Viomundo: Para apoiar a nota de repúdio, há dois caminhos. AQUI, no Facebook. Ou enviar e-mail para: [email protected]
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Comentários
Rafaela Carvalho
Sou aluna da Faculdade de Comunicação da UFJF, levei trote quando ingressei na Faculdade e, sem dúvida alguma, o trote é consensual. Quem não quer tomar trote, apenas avisa e não leva. Não entendi muito bem o que o trote tem a ver com o estupro, sendo que são duas faculdades independentes uma da outra e sendo que ninguém ouviu a tal caloura "cara de sapatão". Pelas informações que eu tenho, a própria caloura não se incomodou com a plaquinha que segurava. O preconceito é muito mais de quem considera que isso seja um preconceito do que daqueles que escreveram a placa. Inclusive porque na própria Faculdade de Comunicação, muitos alunos são homossexuais e NUNCA houve discriminação.
hhhhhhhhhhhhhhhhh
imagina se fosse o contrario a mulher estuprasse o homem… e ele não quisesse também é crime… isso também é culpa delas de usarem roupa curta ou decotada demais, e aí a culpa é de quem…
Rossi
Trote,que coisa mais antiga!Doentes se aproveitam,para no anonimato do grupo,dar vazão às suas debilidades.
Patricia Torga
Fui estudante na UFJF e sempre houve problemas com trotes violentos e degradantes. Quando entrei para fazer Farmácia em 1997 e me envolveram em um trote, procurei a delegacia e voltei ao campus dizendo que quem me encostasse a mão seria acusado de lesão corporal. Briguei, bati o pé e não tomei trote. Também não fui discriminada ou desprezada por isso, muito pelo contrário, fiz bons amigos que tenho até hoje. Os estudantes têm que perder o medo de denunciar e a Universidade tem que deixar de se omitir.
renato
This situaichion donte rev atenchion , Whi?—-Question de American Arms!
A educação começa na escola, as vezes precisamos desviar nosso olhar
dos lugares sombrios da corrupção para olharmos os tentáculos dela a assolar
nossos jovens, as vezes estamos cansados de experts em politica, e pedimos sua
atenção em forma de textos, não em forma de + ou -.
Onde estão vocés experts.
Lucia Helena
LAMENTAVELMENTE, Á COISA ESTA PIOR QUE IMAGINARMOS, NÃO SE PODE DIZER QUE ALGUÉM QUE ESTA EM CURSO ACADÊMICO ESTA PROTEGIDO. MINHA FILHA VAI PARA FACULDADE FICO MUITO TENSA ENQUANTO ELA NÃO CHEGA EM CASA.. SERÁ QUE UM DIA ESSA ONDA DE VIOLÊNCIA VAI ACABAR-NÃO ACREDITO! ENQUANTO AS AUTORIDADES NÃO TOMAREM PROVIDÊNCIA DRÁSTICA CONTRA ESSES MAL FEITORES; PRISÃO PERPÉTUA EM REGIME FECHADO, DEPENDENDO DO CRIME, PENA DE MORTE! EU SOU A FAVOR!
Marcel
Mesmo sabendo que serei censurado, faço uma pergunta que não quer calar:
Por que o Viomundo e a entidades acima arroladas não fizeram manifestação alguma sobre o caso envolvendo
o diplomata iraniano, acusado de abuso sexual de menores?
renato
Assunto político……..
O Iraniano será apedrejado lá no Irâ.
E quando isto for acontecer, O MUNDO, não deixará….
Mas eu sei o que fazer com este cara……..Você também sabe, o que faria.
E eles vão esperar as eleições da Dilma. Para pedir a Ela que mande matar o cara.
Serrote
Porque não ficou por isso mesmo, foram tomadas providências imediatas, dentro do possível. Não é como nos casos dos trotes universitários onde, geralmente, a culpa recai nas vítimas (foi consensual, se foram lá e porque queriam ser estupradas, etc. etc.)…
Gilson Rocha
Parece que ninguém nota no Brasil,
o aumento dos crimes violentos e de morte.
A preocupação por exemplo, em endurecer
as leis de transito chegou no congresso por
um movimento popular.
No congresso, onde os políticos estão mais
preocupados em brigarem pelo poder do que
protegerem o cidadão comum de criminosos.
Dos criminosos que não estão nem um pouco
preocupados com lei ou punição.
Afinal, sempre se pode responder em liberdade.
ratusnatus
Alguém poderia me explicar que tipo de influência uma universidade possa ter na apuração de um crime de estupro?
Lucas Gordon
Bom, podemos começar com a relação que a Reitoria tem com as organizações estudantis. As organizações estudantis certamente estão cientes de quem organizava a festa e estas pessoas certamente sabem mais coisas sobre o evento. Isso no que tange somente à apuração do crime, se você ler bem o texto verá que não se resume a isso o que se está exigindo das autoridades acadêmicas
renato
Influência do tipo" FEZ TROTE NÃO ENTRA NA UNIVERSIDADE."
Quero cadeia para quem fez a M…….,lá ele ganha o que merece.
Isto se não for filho de papai, ou filho de papai dono de TV.
Se fosse minha filha a história terminaria no BO.(Bala no Olho)
Se fose o meu filho, já estaria na cadeia, merecidamente.
Mandem e-mail para( [email protected]), isto com certeza auxiliará quem está na luta …..
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