Dr. Rosinha e Marcelo Zero: Murdoch é fichinha

Tempo de leitura: 5 min

por Dr. Rosinha e Marcelo Zero, para o Viomundo

Perto do que fez e faz parte da nossa mídia nativa, as trapaças do império midiático de Rupert Murdoch mais parecem pequenos delitos de um reles amador.

Alguns dos jornais de Murdoch foram acusados de montar um esquema ilegal de escutas telefônicas e interceptação de e-mails para ter acesso a informações privilegiadas. Nestas paragens tropicais, certo órgão de imprensa também montou um esquema ilegal de “arapongagem”. Mas as semelhanças param por aí.

Na Inglaterra, o esquema contava com o auxílio de policiais, que vazavam informações confidenciais, principalmente para o News of The World, um jornaleco especializado em fofocas sobre celebridades. O objetivo, bastante vulgar, era dar “furos” e vender muitos exemplares. No Brasil, o esquema tinha (tem?) o auxílio decisivo de uma organização criminosa, que usava (usa?) a revista semanal de maior circulação do país para veicular informações, muitas vezes falsas, convenientes aos seus interesses econômicos e políticos.

O objetivo principal de ambos, revista e organização, bem menos prosaico que o de Murdoch, era (é?) o de acossar governos eleitos com uma série infindável de fabricados “escândalos” e, quem sabe, desestabilizá-los.

Temos de tirar o chapéu para a mídia tupiniquim, ou, pelo menos, para parte dela. Essa mídia, que já se autodefiniu, com muita propriedade, como um partido de oposição, não hesita em colocar seus interesses políticos, acobertados sob o manto da liberdade de imprensa, acima do dever de bem informar os cidadãos, das regras do bom jornalismo, do bom senso, e até mesmo das leis do país. Ante a ousadia e o cinismo dessa mídia, que chama carinhosamente a ditadura de “ditabranda” e cujos compromissos históricos com a democracia podem ser definidos, eufemisticamente, como “questionáveis”, os Murdochs empalidecem…

Claro está que ninguém questiona o direito de qualquer órgão de imprensa de ter suas fontes privilegiadas e secretas. Bob Woodward e Carl Bernstein se valeram das informações confidenciais de Garganta Profunda, o agente da CIA William Mark Felt, para fazer a sua antológica série de reportagens sobre Watergate, escândalo que levou o então presidente americano Richard Nixon à renúncia.

Entretanto, Woodward e Bernstein atuaram sob o rígido comando de Benjamin Bradlee, o grande editor do Washington Post. Bradlee exigia que as informações de Garganta Profunda fossem verificadas por, pelo menos, duas outras fontes independentes. Ademais, antes de divulgar as matérias sobre o assunto, os repórteres tinham de consultar as pessoas citadas para ver se elas queriam dar a sua versão dos fatos. Assim, mesmo com sua fonte privilegiada, Woodward e Bernstein tiveram de fazer um paciente e sério trabalho de garimpagem e análise das informações coletadas. As reportagens foram produzidas em cuidadosas doses homeopáticas, sempre com muita consistência. Aos poucos, elas foram revelando a extensão do caso. Entre o fato que as desencadeou, a invasão dos escritórios de campanha do Partido Democrata, e a transformação de Watergate num escândalo nacional, transcorreu praticamente um ano. Foi uma verdadeira maratona de jornalismo de primeiro nível, do ponto de vista ético, profissional e intelectual.

Aqui, no entanto, dá-se preferência à série de escândalos de cem metros rasos. Rasos em mais de um sentido. Como o mal disfarçado objetivo é manter o governo permanentemente acossado, instaurou-se um vale-tudo ético e profissional em algumas redações. Não interessa investigar a fundo, dar consistência factual às denúncias, ou ter um mínimo de imparcialidade e objetividade na cobertura. Interessa apenas a fabricação continuada de escândalos, não importa o quão precários sejam, pois o escândalo de hoje, uma vez esgotado, será rapidamente substituído pela denúncia de amanhã. A precariedade é tanta, que a imensa maioria dos supostos “grandes escândalos nacionais” acaba não tendo nenhuma continuidade na justiça, por absoluta falta de provas e evidências. Sob a batuta de Bradlee, nossos “jornalistas-arapongas”, mesmo os mais consagrados, não durariam uma semana sequer. Seriam mandados, aos pontapés, de volta aos cursos de formação.

Algumas das “reportagens” são simples invenções. Trata-se de um novo gênero (vá lá) literário, que mistura ficção policial de segunda, panfleto político de terceira e informações obtidas no submundo do crime.

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O problema principal não é, portanto, ter como fonte Cachoeira ou outro destacado membro do crime organizado, algo que já tornou inquietantemente recorrente em alguns órgãos da nossa mídia. O problema central é a prática perigosamente usual de um péssimo jornalismo. O problema não é o uso do escroque como fonte, mas a prática sistemática do jornalismo-escroque, que frauda a busca da verdade e da informação completa e fidedigna.

Ironicamente, esse “jornalismo” não causa danos graves aos governos eleitos, a não ser pela saída de alguns ministros que, na maioria dos casos, mais tarde serão inocentados nos inquéritos. Lula passou praticamente sete anos sob intenso e cerrado bombardeio midiático, mas despediu-se com popularidade recorde, para desespero do partido de oposição travestido de imprensa. Dilma é também alvo da máquina de fabricar escândalos, mas o seu nível de aprovação popular não para de crescer.

Porém, esse “jornalismo” causa, sim, sérios danos à democracia.

O primeiro deles refere-se à tendência à simplificação moralista do debate político e à tentação autoritária nela contida. Como a oposição, midiática e partidária, não tem discurso político e intelectual alternativo ao do governo, escolheu o discurso moralista contra a corrupção como única possibilidade de se afirmar.

Tal discurso, frise-se, foi historicamente esgrimido como forma de legitimação de forças ou regimes autoritários. Hitler, por exemplo, legitimou em grande parte a sua ascensão no cenário político alemão com o recurso demagogo da “limpeza das ruas” alemãs de judeus, ciganos, comunistas e corruptos. No Brasil, a luta contra governos mais progressistas sempre foi feita sob a égide do “combate à corrupção”. Foi assim no embate contra Getúlio, cujo suicídio, impulsionado pelo udenismo, acabou por levar ao poder Jânio Quadros, cuja vassoura moralizadora, além de não ter dado nenhuma resposta ao problema da corrupção, abriu caminho para a aventura totalitária do golpe de 1964, realizado também sob o manto moralizador do combate aos corruptos e aos comunistas.

O segundo dano diz respeito à perda de centralidade dos grandes temas nacionais na arena política. Com efeito, o caráter espetacular das denúncias sobre corrupção, frequentemente intensificado por discursos moralizantes e simplificadores, que tentam explicar as mazelas do país como uma questão essencialmente ética, tende a afastar do debate político temas fundamentais para o desenvolvimento do país e até mesmo para o próprio combate à corrupção.

Tal combate, imprescindível e necessário, vem sendo feito pelas instituições republicanas de controle, como a Polícia Federal, o Ministério Público, a CGU, o TCU, etc., que, nos governos Lula e Dilma, foram consideravelmente fortalecidas. É uma luta institucional e suprapartidária, para a qual uma imprensa séria poderia prestar serviços inestimáveis. Contudo, boa parte da nossa imprensa, ao banalizar as denúncias e partidarizar histericamente suas “investigações”, presta um desserviço a esse combate e à democracia brasileira.

As travessuras de Murdoch não causaram prejuízos graves à democracia inglesa. Lá, as instituições funcionaram, e muitos já foram indiciados e presos. Aqui, os danos à democracia persistem, mas não preocupam os neoudenistas de plantão, que, sem o brilho de Carlos Lacerda, continuam impunemente empenhados nesse simulacro primário de jornalismo.

Deveriam preocupar, pois essas práticas minam a democracia que eles dizem defender e da qual todos dependemos. Quem tem como fonte Cachoeira pode acabar se afogando.

Dr. Rosinha, médico com especialização em Pediatria, Saúde Pública e Medicina do Trabalho, é deputado federal (PT-PR). No twitter: @DrRosinha

Marcelo Zero é assessor técnico da Liderança

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Fernando Ferro: “Se tiver alguém do PT envolvido nisso, na investigação vai

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Comentários

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Jairo_Beraldo

São 11.14 h, e neste momento assisto na TV Camara, a instalação da CPMI do Cachoeira, e está no parlatorio, nada mais nada menos que ACM Neto. Como Demóstenes, aponta o dedo ao governo federal. Como Demóstenes só acusa. Como Demóstenes, é guardião da moral e da ética. E como Demóstenes, pode acabar chamuscado. Este tipo de politico tem que ser extirpado da vida pública. São a escória da sociedade. E espero que ele pague o que fez com aquela pobre tecnica de enfermagem negra, que sua família perseguiu por ser anti-Magalhaes(certamente ela deve ter sido assassinada). ACM "toquin de amarrá jegue", peço a DEUS que as maldades que sua famíglia fez aos baianos, voce pague nesta CPMI. Com o mesmo peso que sua familia usou contra os baianos, carregue este pesado fardo!

Marcelo de Matos

Fichinhas são também as doações da construtora Delta a políticos demotucanos (R$ 800 mil), comparadas às da Camargo Correa ao mesmo grupo político, apuradas na operação Castelo de Areia, da PF. PIG e tucanato, porém, centram fogo contra essa construtora porque ela está realizando obras do PAC. Dessa forma pretendem colocar Dilma e o PT nas investigações do cachoeiragate. A repercussão que o PIG já está dando a denúncias e meras insinuações sobre esse escândalo causará maiores danos que as próprias conclusões da CPMI. Um desses danos poderá ser o comprometimento financeiro da construtora Delta, que será colocada no centro das investigações, dentro ou fora do Congresso.

Ana Cruzzeli

kkkk

Esse Dr. Rosinha é muito engraçado…
¨Quem tem como fonte Cachoeira pode acabar se afogando.¨

Dr. Rosinha, pelo visto as água do Cachoeira estão chegando aos calcanhares do mais-preparado lá em Sumpaulo. Dá pra sentir um certo medo no ar e um bater de dentes pelo frio que vem debaixo.

Bonifa

De todas as lutas golpistas empreendidas pela dupla sub-tucana Veja-Globo, esta de agora, pressionando o STF para julgamento imediato do suposto "Mensalão" é sem dúvida uma das mais ousadas. Ministro algum pode falar nada ao microfone: Sua fala receberá tratamento especial, corte cuidadoso, descoloração, reflexos, megahair, chapinha, entrelaçamento, de sorte que ao fim, nas páginas criminosas de Veja e na telinha sorrateira da Globo, ele terá se pronunciado a favor de antecipar "para ontem" a condenação de José Dirceu.

Julio Silveira

Outra pergunta que fica presa em minha garganta, será que na Inglaterra não existe liberdade de imprensa?
Por que lá o grupo do Murdoch teve punição. É engraçado que os nossos colonados só pedem para que se copie o pior desses mundos estrangeiros.

baader

como eu li por aqui: o Brasil não é para amadores. somos obrigados a conviver com inúmeros corruptos e corruptores pegos no ato de corromper e que vivem livres, "leves" e soltos. pior: praticando ainda os mesmos crimes, mais poderosos ainda, já que não são punidos e fazem disso uma troça. fora da mídia, as instituições deveriam continuar seu trabalho. então por que não estão presos? dizer que são as falhas das leis é pouco. delegados, promotores, juízes não são os intocáveis…desgraça!

Remindo Sauim

No final dos anos 60, quando a revista Veja dava prejuízo à Abril, Victor Civita lascou:
– O Pato paga!
Se referindo aos lucros que a divisão de gibizinhos da Disney auferia.
Hoje, a revista afunda e a Abril é que paga o pato.

NER

Tái Rosinha.
Gostaria de ver também este texto em discurso no Congresso Nacional.

Marcelo de Matos

Na tentativa de desfocar a investigação sobre políticos da oposição, o PIG move campanha contra a construtora Delta que poderá leva-la à falência. É o que afirma Fernando Cavendish em entrevista publicada hoje na Folha. O site 247 fala sobre doações a políticos: “A Polícia Federal fez o rastreamento do dinheiro injetado pela Delta Construções na política. Pelo intermédio de empresas de fachada, a empreiteira doou R$ 800 mil a candidatos. Entre eles, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) e a candidata a deputado federal Mirian Garcia Sampaio Pimenta (PSDB)”. Doações maiores que essas a Camargo Correa também fez, como foi apurado na operação Castelo de Areia, da PF, embora não tenha sofrido campanha difamatória. A Delta tem tudo para tornar-se mais uma vítima do jornalismo bandido do PIG.

Fabio_Passos

A quadrilha de bandidos que tentou um golpe contra a República:
demóstenes – revista veja – cachoeira – gilmar dantas

A fraude do grampo sem áudio precisa ser investigada e os golpistas punidos com cadeia.

A associação da veja com o crime organizado não pode ficar impune.

EUNAOSABIA

Quanta saudades daquele tempo – oito anos seguidos – em que os senhores andavam com a edição semanal da revista Veja debaixo do braço pedindo abertura de CPI contra o governo de Fernando Henrique Cardoso…

Não, não foi a revista Veja ou a imprensa que mudou não, foi a forma de entender como funciona a democracia… é disso que se trata.

    Gerson Carneiro

    VOCÊSABIA do Demóstenes Torres?

    Por que se calou quando emergiram as estripulias do 171 Debóchenes Torrres?

Fernando Moreno

Sensacional artigo. Agora cabe ao Congresso, ao Judiciário e ao Governo (regulação da mídia) acabar de uma vez por todas com essa imprensa golpista. Parabéns Dr. Rosinha e Marcelo Zero. Espero que os Deputados e Senadores governistas vão a fundo nesta investigação e não deixem a oposição e a imprensa manipularem as informações.

Lenin

O texto evoca o lado filosófico,mas real,da questão -no entanto,deixa a questão criminal em limbo;leigo,desculpem,n concordo..O prisma criminal tbém é de visceral importância…qto a Bradlee,se,por aqui,ele iria causar uma cachoeira de desemprego;incluido aí,os próprios proprietários de empresas q,podem ser chamados de tudo,menos arvorar-se imprensa,ou,tbém na discussão filosófica sociológica,"quarto poder".

roberto almeida

Corretíssimo o artigo. Para a grande imprensa os fatos devem estar de acordo com a pauta da empresa; se não estiver, que os fatos se adequem à pauta. Isto é, cria-se o fato para que a matéria jornalística sirva aos interesses da grande mídia. Lê-se extensas matérias denunciativas nas quais as fontes são "assessores" anônimos, "pessoas ligadas a", "comenta-se", "fonte idônea", etc.. Ao final, o leitor, atordoado, tem a sensação de ser um perfeito idiota. A semana passada a grande mídia publicou que no encontro da Dilma com o Lula, a Presidente havia pedido ao ex-Presidente que fosse com mais calma em relação à CPI. Indaga-se: quem informou essa conversa à mídia? O encontro foi privado. Então houve "grampo" ilegal? Na verdade, quem escreve algo desse tipo não possui a menor dignidade, menos ainda ética profissional, e, nós leitores somos infelizmente destinatários dessa imprensa medíocre e mercenária.

pperez

Se o governo mantiver medo de enfrentar o PIG, nada irá mudar nesta relação incestuosa da midia com o crime organizado e segmentos da oposição!

Carlos

E porque o Álvaro Dias estaria fora disso? Não era quem levava esse lixo como sua leitura obrigatória na tribuna do Congresso? Qual a parte dessa víbora nesse esquema?

    Milton Quadros

    Se ele não for um "trouxa" (os episódio "vice de Serra/Índio" e "aposentaoria no Paraná" me levam a crer nesta possibilidade), Carlos, é possível sim.

ricardo silveira

O artigo é corretíssimo, não há o que reparar. Quer dizer, apenas um reparo bem pequeno. A UDN nova não difere da velha, é uma questão de DNA, a única coisa que talvez controle os seus impulsos criminosos, cujo exemplo é o caso Veja, só pode ser o marco regulatório das comunicações. Já estamos no terceiro governo popular e, depois da ameaça de regulação com o projeto do Franklin Martins, o que veio foi, com o devido respeito à presidente Dilma, a fala “prefiro o barulho da democracia que o silêncio da ditadura”, com o que ficam felizes os donos mídia golpista. Ora, faça o favor, a frase é bonita mas a questão é a que o próprio artigo deixa claro: sem espaço público livre não há opinião pública livre, não há democracia e, isso não se resolve com controle remoto.

FrancoAtirador

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ACHO QUE O MERVAL ESTÁ NA ACADEMIA ERRADA
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Piada Pronta

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL

Mérito 001/2008

MÉRITO CAUSAS IMORTAIS

ENTIDADE HOMENAGEADA

REVISTA VEJA

Mérito emitido em fevereiro de 2008.

Prof. Dr. Mário Carabajal – Ph.D.
Presidente

Previsto Estaturáriamente, o Mérito Causas Imortais, da Academia de Letras do Brasil, somente em 2008 é outorgado. A entidade homenageada, REVISTA VEJA, tem comprovado comprometimento com a Nação Brasileira. Meritória e corajosamente, por força de sua expressão em verdades, formação e reconceituação do axiológico social, na práxis jornalística, assegura ao Brasil um futuro límpido, esclarecido, sadio, desenvolvido e integrado.

O jornalismo VEJA é IMORTAL, marcando profundamente a história em nossa contemporaneidade, denunciando crimes até então supra-judiciais, firmando-se como um verdadeiro marco histórico, referência nacional de liberdade, imprimindo o nome institucional VEJA ao lado dos maiores líderes em expressão e conduta de seus povos.

O Mérito Causas Imortais conferido pela Academia de Letras do Brasil à REVISTA VEJA não limita-se ao Bravo, Heróico e Comprometido Jornalísmo Político Nacional Brasileiro, estendendo-se ao Integrador Jornalismo Internacional – Reorientador Jornalismo Médico – Reconstrutor Jornalismo Histórico – Incontestável Jornalismo Econômico – Revolucionário Jornalismo Tecnológico e Científico – Autêntico Jornalismo Social – Profícuo Jornalismo Educacional e Orientador Jornalismo Profissional.

No Centenário Memorial da EDITORA ABRIL, em sua expressão maior "Victor Civita", através de seu Presidente e Editor, Presidente Conselheiro e Presidente Administrativo, Roberto Civita, a ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL homenageia aos diretores, editores, repórteres, responsáveis pela sucursais, checadores, fotógrafos, coordenadores, pesquisadores, designers, produtores, webmasters, colaboradores, assistentes, revisores e sobretudo os leitores da REVISTA VEJA, no Brasil e Exterior, sob a assertiva determinante das matérias, artigos e reportagens da revista sob o curso da história brasileira, precipitando páginas da realidade inconsciente e obscura à completa transformação quando na VEJA impressas.

"Um nascer, um crescer, um se esmagar, um não se completar e morrer, assim, por tão pouco ou quase nada, seria totalmente absurdo" Edgar Hudson

Conheça os nomes dos Diretores e Jornalistas da Veja, responsáveis por fazerem desta Revista, um verdadeiro marco histórico brasileiro.

Infra, nosso reconhecimento ao profícuo Jornalismo da Revista Veja, a toda sua brilhante Equipe. Nomes certamente que deveriam constar nos livros de história, como verdadeiros heróis de nosso tempo. Todos merecedores do Mérito Causas Imortais da Academia de Letras do Brasil – Mérito este, emitido à Revista Veja e MSIa.

http://www.academialetrasbrasil.org.br/VejaImorta

Marcos C. Campos

Excelente artigo. Parabéns !!!

FrancoAtirador

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A CONFISSÃO DE POLICARPO JR.
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Os segredos da investigação, segundo Policarpo Jr.

Do Curso Abril de Jornalismo
Os segredos da investigação jornalística

Sobre o "amigo-fonte-amiga" ser um inocente útil
O repórter recomendou que se fortaleça o contato pessoal com os informantes.
"Combinar um almoço pode ser uma boa. Você tira o camarada de um ambiente formal, deixa-o mais à vontade".
No entanto, uma aproximação maior deve ser evitada, para manter a isenção que a profissão requer.
"Quando você tem uma 'fonte amiga' ou um amigo 'fonte', pode ser um inocente útil também", comentou.

Sobre câmeras escondidas
A câmera escondida foi outro tema do encontro. O repórter disse que em geral não concorda com seu uso (principalmente na televisão) e questionou a confiabilidade das informações, dada a forma sorrateira como as abordagens ocorrem.
"Quando você chega em uma empresa investigada e faz perguntas à secretária de lá, por exemplo… Ela pode contar coisas de que não tem certeza, que supõe que tenham ocorrido… Será que ela pode ser responsabilizada pelo que diz nessas circunstâncias?".

Sobre câmeras escondidas, quando utilizadas por ele
No entanto, Policarpo acredita que há exceções para o uso da câmera oculta.
Como exemplo, citou a matéria sobre a propina dos Correios, que desencadeou as denúncias do Mensalão.
"Tratava-se de um funcionário público [Maurício Marinho, ex-chefe de Departamento de Contratação da estatal] recebendo propina em um local público. Não havia outra forma de se mostrar o caso", ponderou.

Sobre gravar conversas com a fonte, sem informá-la
Sobre gravar as conversas sem o entrevistado saber, o jornalista mais uma vez se justificou com a omissão.
"Ele não me perguntou se eu estava gravando. Se tivesse perguntado, teria que dizer que sim".

Sobre corrupção na mídia
O repórter de Veja considera que o jornalismo investigativo brasileiro está mal.
"Os jornais não investem mais nessa área".
Ele citou uma matéria que fez na Amazônia e que levou seis meses para ficar pronta.
"Tem que ter verba para isso, tem que ter infra-estrutura".
À falta de investimento soma-se a sobrecarga dos jornalistas.
"Tem pouca gente para fazer muita coisa".
Casos de repórteres em Brasilía que fazem matérias para diversos meios (como jornais, sites e rádios) são comuns, como conta Policarpo.

Sobre "interferir na realidade"
Apesar das dificuldades, o jornalista lembrou da parte gratificante das investigações.
"É muito bom ver as coisas acontecerem", disse a respeito das denúncias que motivam ações judiciais e políticas.
"É bom poder interferir na realidade de uma maneira unilateral", completou.

Fonte: Luis Nassif OnLine

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-segre

Francisco

Na Inglaterra tem Lei de Mídia e a BBC.

Aqui tem Gilmar e Rede Globo.

Lá tem Lei e aqui tem Gilmar…

Julio Silveira

Será que as pessoas conseguem enxergá-los como verdadeiramente são?
Será que acreditam na retórica das boas intenções desses grupos?

Roberval

A grande mídia e os partidos direitistas não são democratas e nem tem interesse em sê-lo. São pessoas e instituições golpistas, reacionárias, truculentas, preconceituosas, fascistas e neonazistas que submetem a maior parcela da população as maiores misérias materiais, morais e éticas. Representam, historicamente, seus interesses de classe, escravizando e subjugando as classes sociais menos favorecidas e privadas de direitos básicos. É chegada a hora da maior parcela da população que sempre foi subjugada, a dar uma resposta clara de que no Brasil não se tem mais espaço para qualquer tipo de violência contra a pessoa, a família e as comunidades. Essa classe de des(humanos) precisam aprender valores dignos da convivência humana saudável e responsável.

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