Pedro Augusto Pinho: Que países podem se considerar verdadeiras potências mundiais em 2025?

Tempo de leitura: 7 min
As condições de vida da população, medida pelos sem-teto, são informação relevante para um país ser considerado potência mundial. Nesse quesito, os EUA estão mal na fita. Detêm o recorde mundial de pessoas sem-teto. Na Europa, já somam mais 500 mil. Fotos: Unplash, Quartz e Xinhua

 

Por Pedro Augusto Pinho*

Quais países podem se atribuir serem efetivas potências mundiais em 2025?

Para responder esta questão é necessário estabelecer os critérios que determinam ser o país uma potência, que vai muito além dos produtos internos brutos (PIB) e das suas forças armadas.

O primeiro critério é a soberania, o modo autônomo de adotarem decisões em face dos demais países.

Deste modo, embora sejam países relativamente privilegiados em energia e produção mineral, Austrália e Canadá, exemplificando, participam do sistema arcaico, criado em 11 de dezembro de 1931 pelo Parlamento do Reino Unido, para que o rei ou rainha da Inglaterra mantivesse algum poder, quando suas colônias estavam se libertando: a British Commonwealth.

No entanto, nas duas últimas décadas do século 20, surge o domínio das finanças apátridas em grande parte do mundo ocidental, em alguns países da Ásia, como o Japão, e em poucos da África.

E como operadores deste gigantesco poder, os fundos trilionários – BlackRock, Vanguard, State Street, Fidelity, Capital Group, Amundi, PIMCO, T. Rowe Price e mais de meia centena que dominam os países com a gestão das dívidas e com aquisições patrimoniais que lhes dão poder político e administrativo.

No Brasil, com a Lei Complementar nº 179/2021, que estabeleceu a autonomia do Banco Central, esta organização deixou de atuar no interesse nacional para o fazer de acordo com o das finanças apátridas.

E, assim, com a gestão da dívida, definida a cada 45 dias com o estabelecimento da taxa de juros (taxa Selic), as finanças passaram a governar efetivamente o Brasil.

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Deve-se a Jair Messias Bolsonaro, Paulo Guedes e Roberto de Oliveira Campos Neto a promulgação desta Lei, em 24/2/2021.

O Brasil é um exemplo de país onde não há soberania do Estado nacional.

O controle da circulação das informações é desde sempre uma realidade do poder. Não é a criação das plataformas de comunicação, do controle das mídias em suas diferentes apresentações: escrita e impressa, virtual e digital, pictórica e artística etc.

Onde há poder, há censura. A inquisição católica, dos séculos 12 a 18, na Europa e, a partir do século 16, nas Américas é exemplo bem conhecido.

Por conseguinte, onde o Estado deixa ao livre arbítrio do “mercado” a gestão da comunicação, abre mão do seu poder para uma expressão pouco consistente, que, ao fim, representa a mesma força financeira.

Pode-se, nesta questão da autonomia, da soberania do Estado Nacional, afirmar que, neste momento histórico, ou ela é exercida pelo povo, por meio dos instrumentos de gestão do Estado, ou ela é apátrida, como as finanças no regime político neoliberal.

Há restrições ao poder do Estado, mesmo quando ele conquista sua soberania. São os recursos para impor seus objetivos, defender seus interesses, fazer valer suas razões.

Condições dos Estados Nacionais

Extensão territorial e população são condições básicas para o Estado ser respeitado.

Eliminando os que já se curvaram a interesses externos, explicitados anteriormente, encontramos quatro países: China, EUA, Índia e Rússia, que se destacam pela dimensão e pela população.

No entanto, se consideramos que esta população deva ter capacidade de entender seu papel e saber agir corretamente em favor de seus interesses, ou seja, do seu País, é indispensável que seja totalmente ou quase totalmente alfabetizada.

E, destes quatro, apenas a Rússia e a China têm suas populações maiores de 17 anos inteiramente alfabetizadas.

Entre as quinze nações com a população alfabetizada não se encontram os EUA nem a Índia, embora haja em países bem menos poderosos como Cuba e Venezuela, e em muitos asiáticos: Uzbequistão, Coreia do Norte, Bielorrússia, Azerbaijão, Cazaquistão e Armênia.

Também as condições de vida da população, medida pelos moradores de rua, é informação relevante.

Neste caso, os EUA detêm o recorde mundial de moradores de rua, a Europa mais de um milhão, excluída a Finlândia, onde não se registra um único caso. A Rússia e a China também os têm em quantidades inexpressivas, quer em números absolutos quer considerando suas dimensões territoriais.

Veja-se, para concluir os critérios de autonomia, a questão fundamental da disponibilidade de energia e de recursos minerais.

Iniciemos pela mais consumida fonte primária de energia: o petróleo. É preciso separar os reservatórios de petróleo daqueles de folhelhos betuminosos, não apenas pelo modo de extração como pelo produto que se obtém.

Dos reservatórios de petróleo se extraem óleo e gás natural, dos folhelhos, o betume, que precisa ser processado para que se extraia então óleo ou gás.

Há tecnologias distintas para produção do petróleo e de folhelhos. Na campanha para presidente Donald Trump buscou apoio nos produtores por fraturamento hidráulico (fracking), cujo processo, amplamente prejudicial ao meio ambiente, estava sendo obstado por leis. Trump prometia revogá-las.

Assim sendo, as reservas do Canadá e dos EUA não podem, sem que se constituam uma soma de elementos desiguais, serem computadas como reservas de petróleo. Feita a ressalva, vejamos onde está o petróleo.

Destes países candidatos à potência mundial, apenas a Rússia e a China estão entre as onze maiores reservas mundiais de petróleo.

Quanto às reservas de carvão mineral, têm-se todos quatro: EUA, Rússia, China e Índia.

No que se refere à energia elétrica, medidas em GWh, também os quatro países – China, EUA, Índia e Rússia – são beneficiados. Com destaque para energia nuclear se encontram: China e Índia.

Quanto à produção mineral também estes quatro países se encontram entre os cinco melhor aquinhoados. Apenas a África do Sul se imiscui neste grupo seleto.

Vê-se que houve grande mudança no poder mundial ao longo do século 20, com significativa perda para quem dominou os continentes por mais de quatro séculos: a Europa.

Para não repetir os erros é importante entender onde e porque a Europa falhou.

Escravidão é mal para todos

Há profunda diferença entre Ocidente, capitaneado pela Europa, e o Oriente, sob influência da China, no modo de entender o trabalho e os seres humanos.

Isso não é recente. Está na formação cultural e na própria dispersão dos seres humanos no Planeta.

Um pouco de antropologia. Ao saírem da África, berço de todos nós, alguns se dirigiram para a península arábica e daí para o que denominamos Europa.

Lembrar que a Terra ainda sofria as consequências da última glaciação, Würns, 150.000 anos. Nunca perder de vista que os tempos parecem-nos hoje, na Era Digital, muito mais longos.

Os homens andavam, para se deslocar, coletar e caçar para se manter. Enfrentavam as intempéries sem outros recursos senão os do próprio corpo e da inteligência, que os distinguia dos demais animais.

Para sair da África e chegar ao extremo leste da Ásia, o homem passou por inúmeros problemas geográficos, geológicos, climáticos, relacionais, de enfrentamentos com eles mesmos e outros animais, enfim foi aprendendo o que os que ficaram no Oriente Médio e nas bordas da Europa não souberam.

Assim constituíram um dos três primeiros núcleos populacionais humanos: o egípcio, o mesopotâmico e o chinês. Cada um com experiências e estruturas sóciopolíticas próprias.

No Egito, fértil em recursos alimentares nas terras férteis e na água do rio Nilo que as banhava, o homem se entendeu o ser superior e de acordo com suas forças e inteligência se impondo sobre os demais.

As disputas por terras e recursos do núcleo mesopotâmico constituiu um povo belicoso e crente do poder sobrenatural, onde suas vivências não conseguiam explicar os fenômenos.

Na China, após dezenas de anos de múltiplas experiências, colhidas e transmitidas por gerações, o homem dispensou divindades e colocou importância na cooperação. Foram estes homens que chegaram às Américas constituindo as civilizações Maia, Asteca e Inca, e os índios brasileiros.

Fica quase intuitivo saber quem escravizou.

E, assim, o que significou o trabalho.

Nada pode significar melhor o estágio civilizatório de um povo, de um país, do que como o trabalho é percebido e tratado pela sociedade.

O Brasil, que por quase 400 anos foi um País de escravos e senhores, não só combateu como nem mesmo entendeu a grandeza de Getúlio Vargas, presidindo o Brasil de 3/11/1930 a 29/10/1945.

Recordando pela importância das medidas e pela deformação mental da sociedade que o expulsou do poder e o levou à morte em 24/8/1954.

Primeiro, não há trabalho informal. Todo trabalho é registrado na Carteira do Trabalho, onde estão fixadas as condições básicas para sua consecução e o salário e outras eventuais vantagens como repouso semanal remunerado e férias anuais entre 20 e 30 dias.

Se ao prezado leitor esta situação lhe parece normal, saiba que é excepcional. Nas Nações Unidas (ONU), os profissionais, técnicos e consultores só têm o salário correspondente aos dias/horas trabalhadas; não têm direito ao repouso semanal remunerado nem a um só dia de férias.

E mais, não têm direito à aposentadoria, para a qual deverão contribuir para um fundo de pensão às suas expensas.

Como Getúlio Vargas via a aposentadoria? Como um direito para o qual contribuíam, em partes iguais, o trabalhador, o empregador e o Estado; que seus opositores nunca deixaram que vigorasse inteiramente para que divulgassem que “não dava certo” (sic).

Bem similar à ONU, agem os EUA. A remuneração está associada ao tempo de trabalho, muitas vezes computado em horas/dia.

Hoje, na vigência do neoliberalismo financeiro, a situação está ainda pior, pois o empregado não tem salário, não recebe os instrumentos necessários à sua realização e é denominado “microempreendedor individual” (MEI), nada mais gritantemente agressivo à dignidade do trabalho.

E, acresce a uberização, onde nenhum direito trabalhista é garantido e se paga para trabalhar.

Resultado: a sociedade onde a violência é permanente, as milícias substituem a polícia, e a marginalidade dirige a vida urbana e avança para o campo. Em síntese: o mundo caminha célere para guerras e mais uma grande guerra.

A paz é possível

Entre as quatro potências, apenas os EUA, apresenta a guerra como solução. Mas, cinicamente, invoca outros pretextos como os nazistas para assassinarem judeus, os judeus para assassinarem palestinos e árabes, e os cristãos medievais para matarem judeus.

Alguém já se perguntou por que os judeus estão sempre envolvidos nos genocídios? Como vítimas ou atores principais, desde a Idade Média europeia, no mínimo.

O que distingue a China, neste grupo dos quatro, é o estágio civilizatório que já atingiu. Não a riqueza, que é um tributo à desigualdade. Mas ao saber e à participação nas decisões pela maior parcela possível da população.

São princípios que unem o pensamento de Confúcio, com a prática comercial liberal e a crítica maoísta ao capitalismo, elaborados a partir da acomodação ideológica durante a gestão de Jiang Zi Min (1989-2003), aprofundada com ênfase no confucionismo por Hu Jin Tao (2002-2013) e ampliada e diversificada com Xi Jin Ping (após 2013).

O segredo, se existe, deste triunfo chinês está em ter toda população de 1.425 bilhão de habitantes praticamente alfabetizada.

Concluímos com dois pensamentos de Confúcio (551-479 a.C.), que seguramente não passam pela cabeça do capitão Tarcísio de Freitas, que junto ao general Augusto Heleno, foram identificados como assassinos de 63 pessoas, quando comandavam a “missão de pacificação” da ONU no Haiti (por Filadélfio Parceira Junior, Castor Filho, in Movimento Paraíso Brasil), e hoje leiloa e privatiza o ensino no Estado de São Paulo.

Confúcio, Livro I: estudar é um prazer, um cavalheiro que estuda não costuma ser inflexível e é coerente com o que faz e o que diz.

*Pedro Augusto Pinho é administrador aposentado.

*Este artigo não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Zé Maria

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Nicole Não Conseguiu transformar num Pântano Fascista
a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
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“A Montanha Pariu um Rato”

Parlamentares e educador ouvidos por ‘CartaCapital’ avaliam que, embora o Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL/MG), como Presidente da Comissão de Educação
da Câmara Federal, tenha limitado a atuação do colegiado, não conseguiu transformá-la em celeiro
de pautas da extrema-direita.

[ Reportagem: Ana Luiza Basilio | CartaCapital ]

A chegada de Nikolas Ferreira (PL-MG) à presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em março do ano passado, foi vista como uma derrota amarga para o governo Lula. Colocar um dos principais expoentes do bolsonarismo à frente das pautas educacionais do País representava, no mínimo, um entrave — quando não um retrocesso.

O parlamentar é um dos mais vocais críticos da chamada “educação ideológica”, bandeira que, na prática, tem sido usada para desqualificar o ensino público e perseguir professores.
Um ano depois, contudo, o saldo é menos assustador do que as previsões de outrora.

Parlamentares de oposição ouvidos por CartaCapital avaliam que, embora Nikolas tenha limitado a atuação da Comissão, ele não conseguiu transformá-la em reduto das pautas da extrema-direita. Falhou, por exemplo, ao tentar avançar com propostas como o ‘homeschooling’ e a retomada do programa Escola sem Partido.

A presidência da Comissão de Educação passou, no dia 19 de março, ao deputado federal Maurício Carvalho (União-RO), que cumpre o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados.

‘A montanha que pariu um rato’
O educador e cientista político Daniel Cara recorre à expressão do poeta romano Horácio para avaliar a gestão de Nikolas Ferreira à frente da Comissão.
Para ele, a liturgia do cargo serviu como barreira de contenção a alguns dos planos mais ambiciosos do parlamentar.

“Outro ponto interessante que é o fato de a oposição
ter se colocado de maneira muito qualificada diante
a tarefa de conter a principal liderança jovem da
extrema-direita”, completou.

Uma das primeiras derrotas do grupo liderado por Nikolas
foi a rejeição de uma moção apresentada pelo também
bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO).
Ele pedia uma manifestação de repúdio contra um
professor de História de uma escola estadual em São
Bonifácio (SC), acusado de ter chamado Jair Bolsonaro
de “nazista e ladrão” durante uma aula.
Gayer exigia retratação pública, mas a proposta foi
derrubada na Comissão por 20 votos a 13.

A Deputada Federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) também vê a tentativa de avançar com pautas contrárias à educação pública como um fracasso, especialmente por conta de uma mobilização que pressionou os partidos a não fazerem indicações que dessem maioria ao bolsonarismo nas votações.

“Tivemos o apoio de representantes da direita clássica,
liberal, que evitaram que a Comissão virasse um pântano.”

Comissão esvaziada
Se a Comissão de Educação não serviu para impulsionar as agendas da extrema-direita, tampouco contribuiu para os temas estruturais da área, como o novo Plano Nacional de Educação.

“Foi um cenário de paralisia total”, lamenta o deputado federal Rogério Correia (PT-MG).

O PNE até chegou a ser debatido em um seminário na Casa Legislativa, tarefa pautada pela Frente Parlamentar Mista de Educação.
A Comissão de Educação foi convidada como partícipe, mas sem um papel central no debate.

“O Nikolas acabou respeitando a estratégia do governo
federal de não haver debate sobre o texto.
[A proposta] praticamente assume que, em algumas
áreas, não vamos perseguir metas justas”, resume
Daniel Cara, destacando desafios como defasagem
idade-série, alfabetização, analfabetismo funcional
e metas claras de universalização.

A vigência do atual PNE foi prorrogada até 31 de dezembro de 2025.

O novo texto está em tramitação na Câmara e será analisado posteriormente pelo Senado.

A percepção dos entrevistados ouvidos por CartaCapital
é a de que a omissão da Comissão também se estendeu
a temas como o Sistema Nacional de Educação (SNE),
cujo texto foi aprovado no Senado e aguarda apreciação
pela Câmara.

No início de março, o presidente da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), afirmou que não permitirá politização do debate em torno do novo PNE com “radicalismo e extremismo”.
Segundo ele, a prioridade deve ser o investimento em infraestrutura, a valorização dos professores, a melhoria da merenda escolar e a aplicação de novas tecnologias na educação.

Motta também defendeu que a Câmara aprove o Sistema Nacional de Educação (SNE), que prevê uma rede de colaboração entre os diferentes níveis de governo para enfrentar as desigualdades na distribuição dos recursos e nos resultados de aprendizagem.

https://www.cartacapital.com.br/educacao/a-montanha-pariu-um-rato-o-saldo-da-presidencia-de-nikolas-ferreira-na-comissao-de-educacao/
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Zé Maria

Que tal o Brasil produzir prioritariamente
alimentos para o Povo Brasileiro comer?

Zé Maria

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“Vice-Presidente da Suprema Corte Brasileira Recebe
Delegação do Supremo Tribunal Popular da China”

Ministro Edson Fachin e Magistrados Chineses Conversaram sobre Cooperação para Uso de
Inteligência Artificial no Sistema Judicial
de Ambos os Países

Notícias STF

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Edson Fachin, recebeu neste domingo (6)
uma delegação de cinco magistrados do Supremo
Tribunal Popular da China e de tribunais superiores
desse país, além de três representantes da Embaixada
da República Popular da China em Brasília.

“A parceria entre o Brasil e a China na área jurídica
tem longa história e foi intensificada em 2015 com
o Memorando de Entendimento para a cooperação
entre as duas Cortes Supremas.
Nossa intenção é aprofundar essas trocas”,
afirmou o ministro Fachin ao vice-presidente
do tribunal chinês, He Xiaorong.

O ministro chinês comentou sobre os desafios relacionados ao volume de processos que tramitam
nos tribunais do seu país – mais de 43 milhões em todos
os níveis do judiciário – e sobre como ferramentas de
inteligência artificial (IA) estão ajudando a dar celeridade
ao andamento das ações.

“Acredito que o Brasil tenha desafios parecidos nesse
sentido”, afirmou.

O ministro Fachin explicou o histórico de desenvolvimento
de tecnologias de IA no STF, e ambos os vice-presidentes
convergiram em afirmar que a aplicação desses recursos
deve ser balizada por parâmetros éticos, sempre com
a supervisão humana e visando garantir os direitos
da população.

“Creio que podemos prosseguir nessa cooperação.
Nós estamos à disposição do Supremo Tribunal Popular
da China para outros desenvolvimentos e outras visitas.
Aqui as portas estarão sempre abertas”, concluiu
o vice-presidente do STF.

https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/vice-presidente-do-stf-recebe-delegacao-do-supremo-tribunal-popular-da-china/

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