por Antonio Martins, no blog Outras Palavras, sugestão do Marco Aurélio
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu de férias ontem (3/1), por quinze dias, segundo informou a repórter Luciana Otoni, no Valor. A motivação do jornal, cujo público inclui executivos financeiros, não é, claro, o merecido descanso do ministro. A viagem de Mantega – substituído interinamento pelo secretário-executivo do ministério, Nelson Barbosa – indica que deverá ficar para fevereiro a decisão do governo sobre um possível corte no Orçamento da União para 2012. Ao contrário do que fez o Estadão, no domingo (veja nosso comentário), o Valor reconhece que a decisão não está tomada. Portanto, talvez haja tempo para promover o que a oligarquia financeira [para conhecê-la, leia Patrick Viveret] mais teme: um debate sem mistificações sobre o tema.
Nos últimos anos, cresceu muito, entre a sociedade, o desconforto em relação ao pagamento dos juros da dívida pública – por meio dos quais o Estado transfere maciçamente recursos , do conjunto da população para uma ínfima minoria de grandes aplicadores endinheirados. O eventual corte no Orçamento visa, como sempre, abrir espaço para manter ou ampliar esta transferência. Mas, com o tempo, tornou-se impossível defender o movimento a seco. Por isso, surgiu um argumento curioso: ao reduzir as despesas com serviços públicos e direitos sociais agora, o Estado estaria abrindo espaço (este é o termo-chave) para reduzir o pagamento de juros… mais tarde.
A própria lógica do raciocínio é exótica. Todos compreendemos que, para realizar um novo gasto é necessário, às vezes, cortar outro, já existente ou programado (“adio uma viagem de férias para arrumar a casa”). Mas por que a redução de uma despesa perdulária dependeria da eliminação anterior de outra? Seria como se um jogador compulsivo dissesse: “vou cortar as despesas de educação da família agora para poder, daqui a seis meses, deixar o cassino”. Ou, no caso de um glutão voraz: “Em 2012, não como mais frutas. Assim, abro espaço para esquecer a mesa de doces em 2013”.
Na prática, a incongruência torna-se ainda mais clara. Em fevereiro de 2011, poucas semanas depois de tomar posse, a presidente Dilma decretou um corte equivalente a 50 bilhões de reais, nos serviços públicos. Isso não evitou que, ao longo do ano, o pagamento de juros batesse todos os recordes anteriores:R$ 216,1 bilhões até novembro. Em onze meses, a sociedade transferiu, para a oligarquia financeira, doze vezes mais recursos que os destinados à Bolsa-Família, ou sete vezes o valor a ser investido na Copa do Mundo, ao longo de quatro anos.
Se valores tão vultosos estão envolvidos, e vivemos numa democracia, seria natural que governo, Congresso e em especial a mídia estimulassem um amplo debate sobre o tema. Estranhamente, os mesmos jornais que fazem imenso alarde em torno de somas irrisórias (alguém se esqueceu do “escândalo da tapioca”?), emudecem por completo diante de rios de dinheiro. Haverá aí algo de cumplicidade? Será a isso que Ignacio Ramonet se refere, quando diz temer as democraduras – alianças entre os poderes econômico, midiático e eventualmente militar?
Da velha mídia, seria difícil esperar outro comportamento. Mas, ao menos em palavras, a presidente Dilma tem condenado o caminho desastroso seguido por governos que, diante da crise, atacam direitos e serviços. Oxalá o ministro Mantega, revigorado pelas férias e livre das pressões quotidianas, encontre inspiração para pensar a respeito. E não seria mau se os movimentos sociais, cujas reivindicações têm tanto a ver com um novo padrão de serviços públicos, entrassem no debate.
Leia também:
Paulo Kliass: Brasil, importador de café moído
Santayana: Só falta o Millenium adotar Getúlio Vargas
Apoie o VIOMUNDO
Comentários
FrancoAtirador
.
.
AOS POBRES, IMPOSTOS. AOS RICOS, SAÚDE.
.
.
O CUSTO ALTO DA AMBIGUIDADE POLÍTICA
95% dos pesquisados pela CNI/IBOPE afirmam que o ponto catalítico da insatisfação com o SUS, a demora nas filas, requer mais investimentos em médicos e equipamentos.
Mas 96% são contra aumentar impostos para suprir as deficiências do setor e 82% consideram que recursos adicionais poderiam ser obtidos 'se o governo acabasse com a corrupção'.
Em resumo, a sociedade comprou a lenga-lenga que pavimentou a extinção da CPMF em 2007, quando R$ 40 bi anuais foram subtraídos do orçamento federal, em operação lubrificada pelo jogral midiático da redução do ‘custo Brasil'.
Por Saul Leblon, na Carta Maior
Num país onde o SUS é utilizado por 80% da população, 61% consideram o serviço público de saúde ruim ou péssimo (CNI/IBOPE de 12-01). A contrapartida sinaliza um quase consenso: 95% afirmam que o ponto catalítico da insatisfação, a demora nas filas, requer mais investimentos em médicos e equipamentos.
O paradoxal e profundamente preocupante começa a partir daí.
À sensatez do diagnóstico segue-se uma colagem de assertivas e proposições que mimetizam a postura da mídia e da elite brasileira em relação ao serviço público. A saber:
96% dos ouvidos pela pesquisa CNI/IBOPE são contra aumentar impostos para suprir as deficiências do setor;
82% consideram que recursos adicionais poderiam ser obtidos 'se o governo acabasse com a corrupção'.
Em resumo, a sociedade comprou a lenga-lenga que pavimentou a extinção da CPMF em 2007.
Cerca de R$ 40 bi anuais foram subtraídos então do orçamento federal, em operação lubrificada pelo jogral midiático da redução do ‘custo Brasil'.
O financiamento da saúde pública voltaria ao debate no final de 2011 com a discussão da emenda 29. Inútil. Cristalizou-se a vitória da agenda ortodoxa no imaginário brasileiro. Não por seu mérito. A esquerda – e como ela, o governo da Presidenta Dilma, todo ele, sem exceção – contribuiu para esse desfecho.
À artilharia conservadora, fez-se uma defesa envergonhada, ambígua, nada assertiva e quase clandestina da solução apresentada formalmente pelo PT:
a criação de uma taxa 0,01% sobre o lucro bancário e sobre as remessas de lucros ao exterior.
O equilibrismo de bambolê entregou a opinião pública à semeadura ortodoxa.
Os frutos amargos começam a ser colhidos, mostra a pesquisa da CNI/IBOPE.
A safra deixa o governo em apreciável saia justa:
de um lado, espremido pela justa insatisfação popular;
de outro, obrigado a dar respostas sem ter a legitimidade para alçar os meios necessários, cabíveis e justos.
Se quisessem esclarecer a opinião pública sobre a verdadeira disputa em torno do orçamento da saúde pública, o PT e o governo teriam à disposição dados contundentes e irrespondíveis.
Por exemplo:
a) não há registro de abatimento de preço de qualquer produto a partir da extinção da CPMF que, na verdade, penalizava (taxa de 0,37%) apenas grandes transações e a sonegação embutida na prática do caixa 2;
b) cruzamentos de dados da Receita Federal demonstraram que dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 62 nunca tinham recolhido imposto de renda no Brasil — nunca;
c) a carga fiscal do país, da ordem de 35% do PIB, cai substancialmente quando descontados subsídios, renúncias e incentivos ao setor privado;
d) debitada, por exemplo, a média de 6% do PIB entregue aos rentistas como serviço da dívida pública, a carga líquida já cai a 29%;
e) cerca de 44% da carga fiscal brasileira advém de impostos indiretos [ IPI, ISS, ICMS…] embutidos em bens de consumo de massa, pesando proporcionalmente mais no orçamento dos pobres do que no dos ricos;
f) levantamento feito pela instituição inglesa UHY demonstra que a alíquota fiscal máxima brasileira é uma das mais amigáveis do mundo com os ricos, situando-se em 54º lugar no ranking de intensidade;
g) pesquisa do Inesc, de 2007, mostra que o lucro dos bancos brasileiros aumentou 446% entre 2000 e 2006, enquanto o IR do setor só cresceu 211%: em termos absolutos os assalariados pagam quatro vezes mais imposto que os bancos;
h) por fim, cabe lembrar que as remessas de lucros e dividendos do capital estrangeiro crescem explosivamente nas contas nacionais: somaram US$ 30,4 bi em 2010, salto de 20,4% sobre 2009.
Não faltariam argumentos. Bem utilizados, os resultados da pesquisa CNI/Ibope hoje seriam substancialmente distintos e, quem sabe, a contabilidade da saúde pública também.
O esclarecimento corajoso não foi a escolha petista, nem a postura do governo. Chegou a fatura.
O que ela ensina é que a ambiguidade tem custo: é barato na entrada; caro na saída.
http://cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cf…
CLÁUDIO LUIZ PESSUTI
O governo petista completa , este ano , 10 ANOS NO PODER, e o Brasil continua com o JURO REAL MAIS ALTO DO MUNDO, com quase o DOBRO do segundo colocado.Isto porque a dupla Lula/Dilma só sabem repetir, como papagaios "a economia está sólida, estamos muito bem preparados contra a crise, nossas contas está em ordem, o Brasil vai crescer por 20 anos, a taxas altas," e por aí vaí.E dá-lhe autoelogio sobre a condução da política econômica, sobre o incentivo ao consumo, ao crescimento, etc.Ora, antigamente falavam que o juro era o maior do mundo por causa da falta de credibilidade da economia brasileira.Era o "prêmio de risco" para especulador botar dinheiro para o governo.E agora, que a economia está "sólida" e que o Brasil é grau de investimento, segundo as tais agências de risco?E a tal "vontade política" que o PT dizia faltar ao FHC para baixar os juros?Vai continuar assim, eu já desisti deste governo do PT, enganaram todo mundo.
Mário SF Alves
É… é isso: o PT revolucionário, dito chiita, caiu por terra. Isso é verdade. Mas, firma as idéias companheiro que o que vem vindo por aí (se depender de vontade política expressa nos blogs sujos) pode ser muito mais realista, mais fecundo e, quem sabe, até mesmo muito mais libertador. Um PT renovado, mais experiente, ainda mais combativo. Quem viver verá!
Anão Zangado
Infelizmente, o Santayana não entendeu – bem como a maioria das pessoas não entende – que, em primeiro lugar, diminuem-se as despesas para que o pagamento dos juros seja GARANTIDO!! E, em segundo legar, e isso é ainda pior, é que diminuir despesas não garante coisa nenhuma, pois UMA COISA NÃO TEM NENHUMA RELAÇÃO COM A OUTRA!! O Estado não precisa diminuir despesas. E não precisa, apesar do que afirmam economistas ortodoxos.Não precisa porque o Estado tem a prerrogativa de ajustar seu deficit por intermédio da expansão da Base monetária.
roger
Queria que alguém explicasse aqui porque se cria essa divida: porque o governo se financia emitindo titulos. Ele cria papeis ficticios, chamados bonus do tesouro, promete pagar esse titulos (principal mais juros) em X anos, e com o recurso obtido, ele "cria" dinheiro, que deposita em uma conta.
O Banco que recebe esse dinheiro ganha o direito de emprestar 60% dele, sem remunerar o depositante (40% é o compulsório). Isso sem prejudicar o deposito original, ou seja: os 60% que ele emprestou não foram retirados dos 100% do deposito, foram CRIADOS DO NADA a partir desse deposito, desde que haja uma demanda por emprestimo. A isso os Bancos chamam de CAPTAÇÃO. Dinheiro parado na conta corrente de um cliente é mais rentável para um banco que o dinheiro aplicado, porque os Bancos não precisam remunerar esse recurso.
Ou seja, a partir de um deposito, o suprimento monetário se expande (INFLA) 160%. Esse processo é chamado simplesmente de MOEDA INFLÁVEL, e como o dinheiro recem-criado tira valor do dinheiro já em circulação, reduzindo seu valor de compra, a isso se chama INFLAÇÃO.
Para completar, nesse processo de criação do dinheiro, se expande o suprimento monetário apenas do PRINCIPAL, não os juros que serão pagos por cada emprestimo ou titulo emitido. Então, de onde vem os recursos para pagamento dos juros? Da criaçao de mais dinheiro…
Ou seja, é um sistema feito para criar dinheiro a partir de uma divida, e a tendencia é que essa dívida sempre cresça… é por isso que as falências são inevitáveis: a necessidade de arcar com os juros escraviza as pessoas e desiquilibra, "ad infinitum", todo o sistema, PARA SEMPRE.
A poderosa oligarquia financeira mundial, cujas origens não ouso mencionar (mas todos sabem quem são, qual o povo…) criou esse sistema em substituição ao padrão-ouro.
Todo esse processo se esconde através de uma complicada terminologia bancária, mas é exatamente isso.
Azenha, porque isso não é dito claramente? As pessoas tem medo de expor a verdade?
Isso não é teoria da conspiração, isso é realidade crua e ao mesmo tempo oculta sob nossas barbas!!
ZePovinho
*SEXTA-FEIRA NEGRA NA EUROPA: fracassa negociação entre bancos credores e Atenas**Grécia à deriva** agencia de risco rebaixa nota de confiança na França, Espanha, Portugal, Itália e Áustria**na próxima 4ª feira reúne-se o Copom** em pauta, o primeiro ajuste da taxa de juro brasileira em 2012** Selic de 11% tornou-se excrescência ortodoxa diante do cenário externo de incerteza e super liquidez desprovida de opções rentáveis e seguras de investimento** investidores acuados já pagam para guardar o capital em títulos do Tesouro americano ou alemão, que dão retorno inferior à inflação** Brasil oferece segurança e rentabilidade: juro real da ordem de 5,5% é anomalia desnecessária e ideológica** distorce o câmbio, penaliza a indústria, encarece a produção, asfixia o investimento público** juro consome 5% do PIB no serviço da dívida: mais do que o gasto federal em saúde ou educação**em recente captação internacional de US$ 750 milhões, Tesouro brasileiro pagou o menor juro da história (3,4%)** por que manter a engorda rentista no plano doméstico?
EduardoSoares
Eu também não entendi…. estamos pagado juros sobre um dinheiro que efetivamente tomamos de alguém. Deve-se, sim, pagar urgentemente a dívida em si, anulando ela para diminuir os juros pagos no futuro. Agora, dizer que pagamos juros a uma oligarquia financeira é como dizer que tomamos um empréstimo para comprar um carro e agora reclamamos que o banco está a nos cobrar juros.
Não entendi onde o autor do texto quis chegar….
Klaus
Há 20 anos eu tento entender onde eles querem chegar e não consigo. Achei que depois que chegassem ao poder eu finalmente fosse entender mas aí tudo se complicou de vez. Estão no poder e continuam pagando os juros que condenavam quando eram da oposição. Algumas pessoas perguntam " O que querem as mulheres?" Já eu me pergunto "O que querem os petistas, meu deus?" Estão com a faca e o queijo nas mãos e não dão um cavalo de pau na economia e diminuem os juros numa tacada só.
ZePovinho
Como continuam pagando os mesmos juros de qwuando eram da oposição,Klaus????Deixa de distorcer o rabo do cachorro,mano!!A SELIC no fim da era FHC era de 45% ao ano!!!!!!!!!!!!Estamos com a ditacuja em 11% e você vem dizer uma barbaridade dessas!!!!
Nós sabemos,pelo menos,somar e dividir, Klaus!!!!
Klaus
Tá bom ZePovinho, os 45% duraram quantos meses?
ZePovinho
Os meses em que o Brasil quebrou 3 vezes.Depois caíram e ficaram em mais de 25% por longo tempo.
Mário SF Alves
Klaus,
Esse seu "chegar ao poder" é um tanto complicado. Talvez… até camaleônico, mesmo. Por que você não tenta beber nas águas do velho Plínio (o dos bons tempos) que dizia: "uma coisa é conquistar o governo, outra coisa, muito, muitíssimo diferente, é a conquista do poder. Pois é… ainda estamos no "level one".
Abraço,
Mário.
Roberval
Se realmente cada brasileiro fosse sócio do Brasil, primeiro resolveríamos nossos problemas domésticos, incluindo-se a resolução dos problemas sociais. Mas não, os milhões de famintos continuarão famintos para que se possa transferir recursos da sociedade para meia dúzia de famílias e/ou grandes corporações. A direita sempre fez esse jogo sujo, a Privataria Tucana continuou durante o (des)governo de FHC e os governos do PT continuam alimentando a mesma lógica. É chegada a hora de todos nós, organizados e articulados em movimentos sociais entrarmos na discussão, sairmos às rua e decidirmos o que queremos que seja feito com nossos recursos. É inadmissível delegarmos nosso destino para apenas um ministro ou presidente da república. Temos que ter participação ativa nessa decisão. Se o problema atinge a todos nós então temos que tomar parte na decisão e ponto.
Carmen
Concordo com você…não podemos mais deixar o futuro na mão de presidente ou ministro. Se a vida exige coragem e a Dilma Roussef teve para enfrentar ditadores e torturadores, não vejo a mesma coragem para enfrentar os predadores de nossos recursos. Muita severidade com assalariados e vassalagem para bancos, empreiteiras e grandes corporações. É preciso ir à luta…
Mário SF Alves
É isso, Carmen, e pode ter certeza: tudo passa pela reconquista do País. Nós, os brasileiros, temos de conquistar o Brasil e, certamente, temos feito isso. Aos poucos, é bem verdade, mas, ainda assim, temos prosperado.
Franco Barcelos
É duro, mas é verdade!
Certa tarde, um famoso banqueiro ia para casa em sua "limusine" quando viu dois homens à beira da estrada, comendo grama.
Ordenou ao seu motorista que parasse e, saindo, perguntou a um deles:
– Porque vocês estão comendo grama?
– Não temos dinheiro para comida.. – disse o pobre homem – Por isso temos que comer grama.
– Bem, então venham à minha casa e eu lhes darei de comer – disse o banqueiro.
– Obrigado, mas tenho mulher e dois filhos comigo. Estão ali, debaixo daquela árvore.
– Que venham também – disse novamente o banqueiro. E, voltando- se para o outro homem, disse-lhe:
– Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida disse:
– Mas, senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!
– Pois que venham também. – respondeu o banqueiro.E entraram todos no enorme e luxuoso carro.
Uma vez a caminho, um dos homens olhou timidamente o banqueiro e disse:
– O senhor é muito bom.. Obrigado por nos levar a todos!
O banqueiro respondeu:
– Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo! Vocês vão ficar encantados com a minha casa… A grama está com mais de 20 centímetros de altura!
…
Quando você achar que um banqueiro (ou banco) está lhe ajudando, não se iluda, pense mais um pouco antes de aceitar qualquer acordo…
(É por isso que toda vez que um Banco me liga oferecendo isto ou aquilo, a minha resposta é sempre a mesma: Se isso fosse realmente bom pra mim, vocês não estariam me oferecendo…).
Marco Aurelio
Veio na minha caixa postal:
"Você sabia que a Receita permite que parte dos pagamentos
feitos aos planos de previdência privada sejam abatidos
do Imposto de Renda?
Sem contar que ela pode garantir uma aposentadoria mais
tranquila, sem dependência do INSS ou de uma poupança".
POR QUE O ESTADO TEM DE SUBSIDIAR A PREVIDÊNCIA PRIVADA????????TAÍ MAIS UM MOTIVO PARA O "ROMBO DA PREVIDÊNCIA".
CANALHAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Klaus
Marco Aurelio, acredito que você concorde que é dever do Estado dar educação e saúde de boa qualidade a todos, não? Infelizmente, o Estado brasileiro ainda não conseguiu fazer isto e muitos têm que pagar por educação e saúde. Desta forma, para amenizar um pouco a situação daqueles que tem que pagar por algo que seria de obrigação do Estado, ele permite o desconto de parte do que o contribuinte pagou no Imposto de Renda. O mesmo se dá com a previdência, embora quando do recebimento do benefício no futuro, PARTE do imposto de renda que não é pago agora, será descontado. Há apenas uma postergação do pagamento.
O_Brasileiro
Há situações em que o egoísmo é tão exagerado que mais parece sintoma de uma doença.
Paulo Villas
É hora , ou melhor , já passou da hora de desarmar a armadilha do pagamento de juros. A sociedade transfere renda a um pequeno grupo há décadas , seja por via da hiper inflação , seja pela arapuca da dívida pública. Aliás , essa dívida se deve ao desastroso governo FHC que a quadruplicou ao longo do seu desgoverno , apesar da venda/doação do patrimônio publico. Essas decisões do governo tucano como a formação da dívida pública , as privatizações , o PROER e demais sujeiras realizadas , precisam sair debaixo do tapete onde o Brindeiro as colocou e responsabilizar os sujismundos que as fizeram.
zezinho
Quanta bravata. Como se a dívida durante o governo PT nao tivesse crescido com taxas semelhantes. Além disso devemos agradecer ao inteligentíssimo Lula que pagou o FMI que cobrava juros de 6% para contrair uma dívida interna a 12%. Esse artigo em si é um lixo, prega que se tome dinheiro emprestado e nao se pague por isso. Entao que nao se tome dinheiro emprestado oras. Ou entao que nao se gaste mais do que se arrecada. Esse infográfico é muito bom para visualizar vários indicadores:
http://veja.abril.com.br/infograficos/economia_br…
Klaus
Você está enganado, Zezinho. Á época da quitação da dívida, o Brasil trocou pagar 4% ao FMI por pagar 13% aos rentistas brasileiros. Foi um negócio da China para Lula e o PT (que fez uma propaganda danada) e para os rentistas brasileiros.
ZePovinho
Lula pagou o "pindura" de FHC para não ter de aturar o FMI dando pitaco no Orçamento Geral da União,Klaus.Deixa de distorcer,bicho!!
Klaus
Mostre que o que postei está errado. Se distorci, mostre a distorção. Espaço aqui você tem de sobra. Se nao faz é porque não pode.
ZePovinho
Os juros eram altos no governo FHC porque a essência do Plano Real(que competência!!) foi trocar inflação por juros pornográficos,o que explodiu a dívida pública e fica difícil mudar esse modelo de financiamento do Estado porque temos de mudar o sistema de impostos regressivo e tributar os mais ricos.
http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS
79ª 18/12/2002 19/12/2002 – 22/01/2003 25,00 2,05 24,90
78ª 20/11/2002 21/11/2002 – 18/12/2002 22,00 1,58 21,90
77ª 23/10/2002 24/10/2002 – 20/11/2002 21,00 1,44 20,90
76ª ex. 14/10/2002 15/10/2002 – 23/10/2002 21,00 0,53 20,90
75ª 18/09/2002 19/09/2002 – 14/10/2002 18,00 1,18 17,90
74ª 21/08/2002 baixa 22/08/2002 – 18/09/2002 18,00 1,31 17,87
73ª 17/07/2002 18/07/2002 – 21/08/2002 18,00 1,64 17,86
72ª 19/06/2002 baixa 20/06/2002 – 17/07/2002 18,50 1,35 18,40
71ª 22/05/2002 23/05/2002 – 19/06/2002 18,50 1,26 18,07
70ª 17/04/2002 18/04/2002 – 22/05/2002 18,50 1,62 18,35
69ª 20/03/2002 21/03/2002 – 17/04/2002 18,50 1,28 18,45
68ª 20/02/2002 21/02/2002 – 20/03/2002 18,75 1,38 18,80
67ª 23/01/2002 24/01/2002 – 20/02/2002 19,00 1,25 19,05
……………………………………………………………….
14/04/1999 baixa 15/04/1999 – 28/04/1999 34,00 1,05 33,92
33ª uso/baixa 06/04/1999 – 14/04/1999 39,50 0,93 39,42
uso/baixa 25/03/1999 – 05/04/1999 42,00 0,84 41,96
04/03/1999 baixa 05/03/1999 – 24/03/1999 45,00 2,08 44,95
32ª 18/01/1999 19/01/1999 – 04/03/1999 25,00 41,00 3,98 37,34
31ª 16/12/1998 17/12/1998 – 18/01/1999 29,00 36,00 2,16 29,21
30ª 11/11/1998 12/11/1998 – 16/12/1998 19,00 42,25 3,02 34,93
29ª 07/10/1998 08/10/1998 – 11/11/1998 19,00 49,75 3,26 42,12
28ª ex. 10/09/1998 11/09/1998 – 07/10/1998 19,00 49,75 2,58 40,18
Klaus
em nove anos o PT naõ mudou isto. por que?
ZePovinho
Veja os dealers primários que vendem títulos da dívida pública e veja a lista de contribuintes de campanha do PT e PSDB.Aí você vai entender um dos motivos,porque existem vários.Esse é apenas o político.
Klaus
ZePovinho, me parece que você entende de economia. Queria que você me explicasse porque os juros no governo FHC eram mais altos que durante os governos do PT.
ZePovinho
Ora,Klaus,veja a ´serie histórica de juros lá no site do BACEN.Não dá para comparar as taxas de juros estratosféricas da era FHC com às da era Lula.
Klaus
E os juros reais?
ZePovinho
Ora,Klaus!!!!!!!!Juros de 45% são menores do que os 11% atuais ?????????Quando,na era Lula,os juros foram maiores do que na época de FHC???????????
Klaus
Leia minha pergunta de novo. Pedi que vc me explicasse porque os juros no governo FHC eram mais altos. eu concordei com vc.
zezinho
Obrigado pelos dados mais corretos que enfatizam ainda mais o descalabro que foi. Pena que na verdade só não foi vantajoso ao Brasil, como sempre. Esse governo tb adora beneficiar apenas um seleto grupo de brasileiros ao invés de tomar medidas que visem a melhora do Brasil.
Antonio
Só que pagando juros a brasileiros, ficamos livres da tutela do FMI.
Era uma condição do "se ficar o bicho pega se correr o bicho come"
Foi uma opção de governo.
Fernando Noruega
He he, o cara acredita em infográfico da Veja.
zezinho
Vcs podem ir diretamente ao ipeadata.gov.br e levantar os mesmos dados. Mas o IPEA faz parte do PiG tb né? Aliás a única instituição confiável no Brasil é o PT, o resto está tomado pelo PiG…Cuidado antes que o PiG infecte todo mundo do PT com câncer hehe
Marcos C. Campos
é o zezinho Serra ?
Tiago Tozzi
Com certeza, o infográfico da Veja é excelente… eita povinho insistente…
(Leu na Veja… azar o seu…)
stats
Mas Zezinho, o Infográfico só tem a dívida bruta sobre o PIB. Ele foi feito pra enganar pessoas como você. Quem entende um pouco de economia sabe que você precisa olhar a dívida líquida. Confere depois a redução da dívida líquida em relação ao PIB na última década. Você vai se espantar ao ver a austeridade dos anos Lula e Dilma comparada à dos anos FHC.
E mais uma coisa, a dívida do FMI que cobrava 6% era em dolar. Foi exatamente por não ter se livrado dessa dívida em dolar que o Brasil sofreu um ataque especulativo contra o real na era FHC.
Mas concordo que a Dilma está fazendo muito bem ao conseguir amortizar uma dívida cara sem cortar os programas sociais. Aliás expandindo os programas sociais.
zezinho
Vc está enganado. Os valores são da dívida líquida. Se quiser vá ao Ipea e baixe as tabelas em Excel, cujos dados são desde 1991. Outra coisa, o fato da dívida ser dólar ou real não faz diferença, o que faz diferença é a quantidade de juros incidente. Não caia na besteira de dizer que porque em dólar os 6% seriam 12% em reais, faça-me o favor vá estudar!
stats
Zezinho, você mesmo pode verificar o IPEA e conferir como o infográfico da Veja te enganou.
Vou te poupar o trabalho: http://www.ipeadata.gov.br/
Sob o menu Macroeconômico escolha a opção Índices Analíticos e lá selecione:
"Dívida líquida do setor público".
Clique em "Dívida líquida total do setor público".
Clique no terceiro link "Dívida – total – setor público – líquida" que é a versão em % PIB.
Verá o seguinte:
2001.1252,0
(…)
2002.1260,4
(…)
2011.1136,6
Ou seja nos governos Lula e Dilma a dívida caiu de 60,4% do PIB para 36,6% do PIB.
Diferentemente do que você afirmou e do que o infográfico te fez pensar, a dívida do Brasil caiu sob o governo petista.
Sobre querer se endividar em uma moeda que não controla, o Brasil quase quebrou por isso. Quando foi obrigado a desvalorizar o real e agasalhar um aumento brutal da sua dívida denominada em dólar. Aliás isso custou muito aos brasileiros. A única compensação que nós brasileiros tivemos por essa catástrofe foi que os tucanos perderam a chance de fazer essas lambanças federais por pelo menos 12 anos.
E os juros que pagamos em dolares são menores, sim. Ainda hoje. Recentemente emitimos 750 milhões de dívida denominada em dólar, pagando menos de 3.5% ao ano. A diferença é que hoje somos credores em dólar. Ou seja nossa dívida em dólar é menor que nossos ativos nessa moeda. Se o mundo todo fugir do real, nossa dívida total cai no mesmo instante.
Veja lá, pagamos 3.449% ao ano nesse último lote de dívida: http://online.wsj.com/article/SB10001424052970203…
Zezinho, como você falou tudo o que falou com tanta convicção, fico na dúvida se estava somente enganado ou se queria distorcer a verdade.
zezinho
Eu nao estou enganado e nem vc pelo jeito. Eu estava me refirindo à dívida interna líquida e vc à dívida total…
stats
Você estava enganado, sim. Você disse:
"Como se a dívida durante o governo PT nao tivesse crescido com taxas semelhantes"
E, como vimos, a dívida caiu. Você ainda mostrou um gráfico com uma parcela da dívida e esqueceu de contabilizar diversos ativos que o Brasil adquiriu no passado recente. Tudo para comprovar sua tese. Agora, depois que o infográfico foi desmascarado não dá para contemporizar, não.
Falta ainda que você reconheça que a dívida caiu no governo Lula.
joão33
por que não se divulga , quais as pessoas físicas ,que recebem todo este dinheiro , e qual foi o processo de enriquecimento no decorrer do tempo.
Klaus
João33, as pessoas físicas que recebem todo este dinheiro são os milhões de brasileiros que aplicam suas economias nos bancos. Quando você aplica num fundo de qualquer banco que tenha entre suas fontes de rendimento aplicações em títulos da divida pública, você está financiando o governo. Lendo os comentários da blogosfera você foi levado a acreditar que uma meia duzia é que recebe os juros, mas quem recebe é quem aplica. O banco leva a taxa de administração e adiferença entre o que paga pelo título e o que paga ao correntista. Caso queira aplicar diretamente em títujlos, vá ao site do TESOURO DIRETO que você elimina o intermediário, ou seja, o banco.
Roberto Ribeiro
Para o Capitalismo e seu braço mais tenebroso, as grandes coporações midiáticas, o que importa é a cada 3, 4 ou 5 anos salvar bancos, ao custo do crescimento da miséria de bilhões de pessoas e da matança, pela fome, de outros bilhões de seres humanos.
Paulo Kliass: Brasil, importador de café moído | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Antonio Martins: A curiosa conversa da oligarquia financeira […]
jaime
Incongruência? O "raciocínio" dos economistas é assim mesmo, tudo ligado à economia, começando pela contabilidade e suas partidas dobradas não faz o menor sentido para as pessoas normais. Mas como a definição de normalidade hoje em dia encontra resistência já no discurso dos psicólogos mesmo, ficamos assim. Agora, para se ter algum rumo esclarecedor pelo menos politicamente, acho melhor começar a prestar atenção ao que acontece em Minas: o PT querendo desesperadamente apoiar candidato do PSDB!
Deixe seu comentário