Ângela Carrato: A extrema direita, as big techs e as guerras cognitivas

Tempo de leitura: 11 min
Donald Trump discursa na sua posse como presidente dos EUA, que foi acompanhada pelos bilionários Elon Musk (X, antigo Twitter), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon e jornal The Washington). Fotos: Captura de tela do JN

Por Ângela Carrato*

Depois de ser alvo de brutal fake news, o governo Lula publicou, na quinta-feira (16) a medida provisória (MP) da gratuidade do PIX.

Ela garante que este meio de pagamento não terá qualquer tipo de tributo, ao contrário das mentiras que circularam insistentemente pelas redes sociais nas últimas semanas, trazendo intranquilidade para os consumidores, o comércio e influindo negativamente no desempenho da própria economia.

A decisão dividiu opiniões. Dentro do chamado campo progressista, uma parcela criticou a medida, considerando-a “capitulação” do governo às “fake news”, enquanto outra considerou a decisão acertada.

Minha avaliação é de que o governo agiu certo. Insistir em manter uma decisão correta e favorável à maioria da população, como a adotada pela Receita Federal no caso do PIX, porém completamente deturpada pelas fake news, só colocaria mais lenha na fogueira e ampliaria o desgaste junto à opinião pública.

Ao contrário do que se possa imaginar, a publicação desta MP está longe de encerrar o assunto, pois se trata de algo muito mais complexo, demanda análise cuidadosa e uma série de providências por parte do governo, a fim de se prevenir contra novas crises fabricadas que, certamente, irão ocorrer.

Todo o debate envolvendo esse assunto acabou centrado na falta de competência da Secretaria de Comunicação do governo Lula, no exato momento em que o antigo titular, deputado Paulo Pimenta, deixava o cargo e o publicitário Sidônio Palmeira assumia o seu lugar.

Uma análise superficial até pode apontar para esse aspecto, mas ele está longe de ser o principal e elucidar o que aconteceu.

Que a comunicação do governo Lula estava fraca, não resta dúvida.

Lula, ele próprio, tem poder de falar e ser compreendido infinitamente maior do que as ações que a Secom vinha desenvolvendo. Razão pela qual alguns especialistas defendem que o caminho seja ele falar mais e diretamente para a população, como faz a presidente do México, Cláudia Sheinbaum.
Isso é importante, mas não basta. É o que tentarei explicar a seguir.

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As mentiras envolvendo o PIX estão longe de se constituírem apenas em fruto da ação maligna de parlamentares como a extremista de direita Nikolas Ferreira (PL-MG) e da incapacidade de uma enorme parcela da população brasileira para distinguir o falso do verdadeiro, embora tudo isso faça parte.

As mentiras envolvendo o PIX, na proporção que assumiram, são parte do que tecnicamente pode ser considerada “guerra cognitiva”, um dos aspectos da “guerra híbrida”, que vem sendo utilizada pelos Estados Unidos há várias décadas. No caso brasileiro, elas têm tudo a ver com as big techs e com o governo recém-empossado de Donald Trump.

Não passou despercebido o fato de que, na véspera da posse, um dos principais auxiliares de Trump, Stevie Bannon, fez questão de dizer que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) será o futuro presidente do Brasil. Alguém acredita que Bannon faria tal declaração sem o conhecimento e o consentimento de Trump?

No acalorado debate que se travou, inclusive na mídia independente, um aspecto pouco lembrado foi o de que o bilionário de extrema-direita, Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), está em guerra contra o STF e o governo Lula. Musk chegou a declarar, rebatendo críticas feitas pela primeira-dama, Janja da Silva, durante o G-20 Social, que “eles perderão a próxima eleição”, se referindo à possível candidatura de Lula em 2026.

No novo governo Trump, Musk, que foi peça decisiva para a sua vitória, vai comandar o Departamento de Eficiência Governamental, que tem status de ministério e foi criado para ele.

Oficialmente o objetivo do novo departamento é “desmantelar a burocracia governamental”, mas na prática o dono do X estará ao lado de Trump para implementar o “make America great again”, combater a China, os BRICS e alavancar a extrema-direita no mundo. Algo na linha do que fez Bannon no mandato anterior de Trump.

Curiosamente também não foi lembrado neste debate que outro bilionário, Mark Zuckerberg, dono da Meta, que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, aderiu a Trump.

Há pouco mais de uma semana, Zuckerberg anunciou que chegou ao fim em suas plataformas a checagem dos fatos.

A medida, que causou enorme impacto nos mais diversos países, permitirá que fake news, preconceitos e discursos de ódio circulem sem qualquer controle, ou, melhor dizendo, controlados a partir dos interesses de Trump para recuperar a “grandeza” dos Estados Unidos, como foi dito com todas as letras em seu discurso de posse.

Quando do anúncio, o dono da Meta declarou que irá pedir apoio a Trump para pressionar governos que tentam “cercear a liberdade de expressão”, citando a China, países da Europa e a América Latina.

O governo Lula não foi citado nominalmente. Mas seria necessário um absoluto desconhecimento de geopolítica, de relações internacionais e das mudanças em processo na ordem global para não perceber que o governo Lula é um dos alvos de Trump e das big techs.

Além de integrar o BRICS, grupo que na sua formação ampliada detêm mais de 37% do PIB mundial e concentra mais de 40% da população global, o Brasil preside o bloco este ano e Lula é uma das principais vozes do Sul Global.

Trump quer reduzir a influência da economia chinesa no mundo, começando pela América Latina, que considera seu “quintal”. Some-se a isso que o Brasil é o maior país da região e há mais de 10 anos a China se tornou o nosso principal parceiro comercial.

Como o governo Lula, através da Advocacia-Geral da União (AGU) deu 72 horas para a Meta detalhar estas mudanças e o impacto delas no país, a resposta veio dentro do prazo, mas não deixou de irritar Zuckerberg. Ele pediu sigilo para as respostas, alegando que as informações contêm detalhes estratégicos e sensíveis sobre suas operações, que poderiam ser comprometidos.

O ministério da Justiça entrou no assunto e está buscando o difícil equilíbrio entre o respeito à confidencialidade empresarial e o direito da sociedade de conhecer os detalhes de políticas que afetam milhões de usuários no Brasil. O que está longe de ser o desejado por Zuckerberg.

Não por acaso foram pelo X e pelas plataformas da Meta que a maioria das fake news sobre o PIX circulou. Ao contrário de destacarem este aspecto crucial, as discussões, inclusive na mídia independente, preferiram enfatizar a quantidade recorde, milhões de visualizações, que as mentiras alcançaram, como se isso fosse sinônimo de ação espontânea por parte da população, prova cabal de erro na comunicação oficial e não fruto de uma tremenda manipulação.

Haja ingenuidade!

Quando Trump anuncia que irá acabar com as guerras em que os Estados Unidos estão metidos, é preciso entender exatamente o que está sendo dito. Possivelmente esteja se referindo às guerras tradicionais, que envolvem perdas de vidas, consomem bilhões de dólares e são malvistas pela opinião pública.

O Partido Democrata perdeu as eleições nos Estados Unidos pela impopularidade que passou a cercar a guerra na Ucrânia e o genocídio de Israel na Faixa de Gaza.

Mesmo em relação a essas guerras, há dúvidas de que Trump consiga encerrá-las, dado ao peso do lobby da indústria armamentista.

Entusiasta do mundo digital, Trump tem sua própria plataforma, a Truth Social, criada no início de 2022, onde já ganhou muito dinheiro e espera ganhar ainda mais.

Como ex-presidente dos Estados Unidos e agora de volta ao cargo, ele conhece profundamente como agem as Forças Armadas e as 22 agências de segurança/espionagem de seu país, que, pelo menos desde a década de 1980, adotam em suas ações o conceito de guerra híbrida.

Conceito potencializado a partir dos anos 2000 pela entrada em cena das big techs e de suas redes sociais, levando ao surgimento de outro conceito, o de guerra cognitiva.

A guerra híbrida é uma estratégia militar que mescla desde a guerra convencional com a ciberguerra e outros métodos de influência, a exemplo da desinformação e do lawfare. Ela mascara responsabilidades e evita que o verdadeiro agressor seja conhecido ou que haja retaliação.

As redes sociais potencializaram enormemente esta modalidade de intervenção, uma vez que atuam diretamente sobre a percepção das pessoas, podendo levá-las a entendimentos equivocados e a posicionamentos que não seriam os melhores e nem os mais adequados aos seus interesses.

Exemplos disso não faltam.

A chamada “Primavera Árabe”, nome impróprio que designa uma série e protestos antigovernamentais, revoltas e rebeliões que se espalharam nos países árabes do norte da África e no Oriente Médio, a partir de 2010, talvez seja um dos principais exemplos deste tipo de guerra.

Nela a internet e as redes sociais tiveram papel central e foram manipuladas pelos Estados Unidos e seus aliados contra os governos locais.

A partir da Tunísia, os protestos espalharam-se por outros cinco países – Líbia, Egito, Iêmen, Síria e Bahrein.

Os governantes foram depostos e para lembrar o que ocorreu depois, basta observar que o Egito se tornou uma ditadura militar, ignorada pela mídia internacional e pelas redes sociais, e a Líbia transformou-se em um “não estado”, onde grupos ocidentais competem pelo controle do seu petróleo.

A Líbia, igualmente, deixou de ser notícia.

A derrubada de governos democraticamente eleitos em outras partes do planeta como na Ucrânia, em 2014, e aqui no Brasil, em 2016, têm em comum o ciberativismo comandado pelos Estados Unidos e aliados, a começar por Israel.

Nos dois casos, manifestantes foram às ruas exigindo melhorias em políticas públicas, mas o resultado foi dramático para suas vidas.

A Ucrânia acabou mergulhada numa guerra por procuração entre os Estados Unidos e a Rússia. Guerra cujos saldos são terríveis para a Ucrânia, mesmo se ela acabasse amanhã. O que está longe de ser o caso.

Já no Brasil, os governos golpistas de Temer e Bolsonaro, que sucederam ao de Dilma, mergulharam o país em um retrocesso tamanho, que Lula, mesmo na metade do atual mandato, ainda não conseguiu revertê-lo completamente. Na macroeconomia o governo vai bem, mas as fake news atuam no que se refere mais diretamente à vida das pessoas.

Daí a crise fabricada em torno do PIX.

É importante observar que Trump, mesmo já tendo o apoio das big techs, não está descuidando da mídia tradicional.

Prova disso é que o bilionário dono da Amazon e do jornal The Washington Post, Jeff Bezos, seguindo a maioria da mídia estadunidense, também se alinhou a ele. O objetivo é continuar garantindo bons negócios junto à Casa Branca.

Indignados, os funcionários de sua publicação podem entrar em greve, depois que encaminharam carta solicitando esclarecimentos sobre a nova linha editorial do jornal, historicamente considerada simpática ao Partido Democrata.

Nada disso esteve no radar da maioria das notícias e debates sobre as fake news contra o PIX.

Ao contrário. Para quem acompanhou atentamente o assunto, tanto as matérias da mídia corporativa quanto na maioria dos veículos da mídia independente, o problema se limitou a um erro de comunicação do governo Lula e ao oportunismo e má fé de figuras extremistas de direita.

Não faltou quem comemorasse os milhões de visualizações que o vídeo da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) que fez uma didática explicação sobre o PIX, sua importância e como a medida foi deturpada pela extrema-direita.

Novamente há ingenuidade na avalição. Que o vídeo é importante, não resta dúvida. Mas as visualizações, sempre controladas pelas big techs, não deixam de ser uma tentativa das big techs limparem a própria barra.

Mais ainda. Mesmo bem intencionado, o vídeo acabou servindo para reabrir uma discussão que interessa apenas à extrema-direita.

Que falta fazem atuações sintonizadas por parte dos setores progresssitas!

Dentre uma série de assuntos que possuíam potencial para gerar dúvidas e preocupações junto à população, o PIX foi escolhido pelos senhores da guerra cognitiva por estar presente no dia a dia dos brasileiros e envolver a área econômica, na qual o governo Lula vai bem na macroeconomia, mas enfrenta problemas, por exemplo, no que se refere ao preço dos alimentos.

Se historicamente a mídia tradicional e a própria propaganda sempre se valeram das emoções (sobretudo do medo) para gerar pânico e levar populações inteiras a aderir a determinados processos como guerras, as redes sociais fazem isso agora com maior e melhor eficácia.

As postagens do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que se elegeu através do voto evangélico, de mentiras e se valendo da proximidade com Bolsonaro, não podem ser vistas como algo amador.

Elas envolvem um nível de sofisticação tal, que deixa claro que foram cuidadosamente preparadas em laboratórios com finalidade precisa: assustar as pessoas, inverter o sentido do que o governo pretendia, criar confusão e caos.

O marqueteiro de Bolsonaro, a quem se atribui a criação destes vídeos, é apenas um rosto num longo processo.

Haja vista como o momento para o início da divulgação desta fake news foi escolhido a dedo: festas de fim de ano e início de novo ano, quando as pessoas gastam mais com alimentação e compram presentes.

Período em que os Poderes tradicionalmente estão em recesso e, naquele momento, mais voltados para questões políticas do que econômicas. Como no macro a economia vai bem, os olhares estavam concentrados nos desdobramentos das investigações sobre os dois anos da fracassada tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e no indiciamento de seus participantes.

De onde menos se esperava, no entanto, veio o ataque.

Digo ataque, porque foi ataque mesmo, um ataque cibernético. Postagens e repostagens que, em situações normais, poderiam alcançar centenas ou, no máximo, milhares de pessoas, de repente atingiram números estratosféricos, alguns superando o total da população brasileira.

Como se sabe que as big techs controlam, através dos algoritmos, a visibilidade das postagens, potencializando-as ou sombreando-as, é, no mínimo, estranho que o debate sobre o assunto não tenha ido fundo neste aspecto.

Após decidir pelo cancelamento da medida da Receita Federal, a ação do governo foi até ironizada.

Alguns viram nela uma espécie de “síndrome dos R$ 0,20”, referência às manifestações contra o governo Dilma, em 2013, que levaram à sua queda.

Claro que o governo Lula deve ter levado este aspecto em conta. E está correto ao fazê-lo.

Aquele aumento no preço do transporte coletivo na cidade de São Paulo não tinha nada a ver com o governo federal. Mas foi devido ao impulsionamento que recebeu das redes sociais e do apoio que ganhou da mídia corporativa, TV Globo à frente, que se transformou em problema nacional e em estopim para as contestações ao governo Dilma, cujos indicadores econômicos e sociais eram excelentes.

Você que me lê talvez se recorde que, com as manifestações já em andamento, Dilma usou cadeia de rádio e TV para anunciar a adoção de medidas cruciais sobre transporte público, saúde e educação, os principais aspectos que passaram a dominar os protestos.

Apesar da tentativa de Dilma para enfrentar a situação, a mídia tradicional abafou as suas propostas, as redes sociais as ignoraram e o Congresso Nacional, já naquela época dominado pela extrema-direita, as arquivou sem qualquer discussão.

Difícil acreditar que algo semelhante jamais possa voltar a se repetir. Lula sabe que, em determinadas situações, enfrentar a chamada opinião pública, mesmo quando manipulada, não é o melhor caminho.

Até porque há muito a tal opinião pública não passa de opinião publicada/divulgada pela mídia tradicional e potencializada pelas redes sociais.

No caso específico do PIX, é preciso observar que as críticas a medidas corretas e positivas adotadas pelo governo não aconteceram do nada. Não surgiram como um raio em céu azul.

Desde quando Lula passou a cobrar do Banco Central, então comandado por um bolsonarista, a redução dos juros e a defender a ampliação dos investimentos em políticas sociais, que a mídia corporativa brasileira começou a atacá-lo.

Ao longo de meses esta mídia vem publicando manchetes mentirosas criticando Lula por “não se preocupar com o desequilíbrio fiscal” e ser adepto da “gastança”.

Nada mais mentiroso, como se sabe, mas para o imaginário popular tais manchetes são importantes para compor o quadro de que o governo é esbanjador. E, pensamento quase correlato, um governo esbanjador vai precisar aumentar impostos e criar novas taxas para se equilibrar.

Bingo!

É neste contexto que uma mentira como a de que o PIX seria taxado encontra terreno fértil e prospera.

Nikolas, um mentiroso contumaz, foi apenas um rosto a encarná-la, como no passado o foram o Movimento Brasil Livre (MBL) e Kim Katanguri. Mentira que colou pelo contexto previamente preparado e pela repetição colossal a que foi exposta.

Responsabilizar os rostos que divulgam mentiras é fundamental, mesmo tendo sido cuidadosos, como fez o próprio Nikolas, após o governo ter voltado atrás.

Ao contrário de se dar por vencido, ele retornou às redes sociais para inocular, sem qualquer base na realidade, dúvidas e suspeitas junto à opinião pública, sobre o que o governo poderia vir a fazer no futuro.

O Grupo Prerrogativas, que reúne alguns dos mais conceituados advogados e juristas brasileiros, já anunciou que vai pedir a cassação do mandato dele e também acionar o Ministério Público Federal, pois suas postagens causaram graves prejuízos para a economia nacional.

É preciso que as coisas sejam colocadas no seu devido lugar: não se trata de opinião, mas de mentir, de falsear a realidade e isso é crime.

Diante deste quadro, por mais que o governo, através da Secom, tenha também procurado ocupar as redes sociais com esclarecimentos sobre o PIX, antes de optar por revogar medidas corretas e anunciar o óbvio, através de MP, dificilmente elas teriam tido chance de sucesso.

Esse episódio deve servir para que o governo Lula se torne muito atento de agora em diante, especialmente após a posse de Trump e sabendo-se de que lado jogam as big techs.

Não é mais possível considerar as big techs e suas redes sociais como espaços para informação, lazer ou negócios.

Elas são formas de controle sobre quem as usa, através da “mineração” de dados, do estabelecimento de bolhas e câmeras de eco, como são denominadas grandes reverberações, sem quaisquer questionamentos, como as mentiras sobre o PIX.

As big techs são, sobretudo, ferramentas essenciais na guerra cognitiva, indispensáveis para governos de extrema-direita como o de Trump, que quer fazer os Estados Unidos grande de novo à custo do desrespeito e da soberania de outros países e governos.

Enfrentar uma situação que está apenas começando envolve entendê-la, dimensioná-la adequadamente e construir os instrumentos adequados a fim de que se possa agir.

Sem isso, as mentiras podem se avolumar, virarem crises e saírem do controle.

*Ângela Carrato é jornalista. Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Membro do Conselho Deliberativo da ABI.

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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