Jeferson Miola: Nardes, ex-ARENA, usa TCU para blindar Bolsonaro e atacar Lula e o PT
Tempo de leitura: 3 minNardes, ex-ARENA, usa TCU para blindar Bolsonaro e atacar Lula e o PT
Por Jeferson Miola, em seu blog
João Augusto Nardes usa o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União/TCU para blindar e proteger Bolsonaro e, ao mesmo tempo, para atacar Lula e o PT.
Ele não desperdiçou a oportunidade surgida agora como ministro-relator do processo sobre a empresa Enel Brasil, e mais uma vez agiu de modo faccional para atingir o governo Lula.
Nardes pretendia aprovar resolução do Tribunal culpando o governo federal pelo apagão em São Paulo, mas “o plenário da Corte de Contas refutou sua proposta por falta de evidências”, noticiou a coluna Painel S.A. do jornal Folha de São Paulo.
O Painel diz que o “relatório de inspeção da Enel da área técnica do TCU enviado a ele [Nardes] já mostrava que o governo não teve culpa, nem prevaricou na fiscalização”.
Apesar, contudo, de saber previamente da absoluta inconsistência da tentativa de responsabilizar o governo pelo caos, Nardes assim mesmo forçou a barra, mas foi contido pelo plenário do Tribunal, que abortou a manobra dele.
A trajetória do Nardes no TCU é coerente com esta lógica de combate permanente a Lula e ao PT. É dele, por exemplo, a concepção intelectual das “pedaladas fiscais”.
Com a tese das pedaladas fabricada sob medida para o golpe, Eduardo Cunha e Aécio Neves contrataram Janaína Pascoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior por 45 mil reais [valores da época] para escreverem o impeachment farsesco da presidente Dilma.
Em 20 de novembro de 2022, com a democracia ameaçada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas e o país na expectativa dos desdobramentos dos quartéis, Nardes transmitiu um áudio à militância fascista relatando que estava “acontecendo um movimento muito forte nas casernas”.
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Antecipando o terror que finalmente viria a acontecer em 8 de janeiro de 2023, Nardes afirmou que seria “questão de horas, dias, no máximo semana ou duas, ou talvez menos que isso, que vai acontecer um desenlace forte na nação”.
“Agora é um confronto decisivo […] Se sente que vai pra um conflito social na nação brasileira”, proclamou aos extremistas.
Nardes conhecia detalhes da conspiração, pois mantinha encontros regulares com os comandos militares golpistas, com os quais nutre uma relação de vida inteira.
Ele é um agente orgânico da extrema-direita, vem do porão da ditadura; conserva vínculos históricos com a repressão, o militarismo e o extremismo. Iniciou e seguiu toda trajetória política na ARENA, partido da ditadura militar, e nas siglas que o sucederam.
Em março de 2023 Nardes foi designado relator do TCU no caso das joias e diamantes roubados por Bolsonaro e vendidos nos EUA com auxílio de delinquentes civis e fardados.
E outra vez agiu a favor dos interesses do Bolsonaro e seus comparsas. O ministro então procrastinou o processo, transformou o ladrão Bolsonaro em depositário fiel dos objetos roubados e concedeu prazo elástico para a devolução das peças.
Essas providências foram fundamentais para permitir a “operação resgate” de recompra das joias em Miami para reincorporação ao patrimônio da União.
Apesar do notório envolvimento de Nardes na articulação golpista, ele não foi alvo das operações da Polícia Federal no inquérito que investiga os atentados contra a democracia. E tampouco foi submetido a procedimento administrativo no TCU, que fatalmente levaria à sua demissão do cargo.
Em março de 2023 a deputada Reginete Bispo e o deputado Zeca Dirceu, do PT, protocolaram no STF uma notícia-crime contra Nardes pedindo que ele fosse investigado no Inquérito 4.874, dos atentados antidemocráticos.
Até o presente, no entanto, ele continua impune e livre para continuar ocupando relevante cargo na institucionalidade que tentou destruir.
Não é aceitável que funcionários públicos implicados em crimes graves, como o ministro Nardes, não sejam processados e, se culpados, presos e demitidos do serviço público.
Pesam ainda contra este ministro do TCU várias denúncias de corrupção, como é corriqueiro com bolsonaristas. Mas este é um capítulo à parte.
É também inaceitável que no desfrute da impunidade, Nardes continue usando o cargo de ministro do TCU como biombo para a militância extremista contra o governo Lula, como faz agora no apagão causado pela Enel em São Paulo.
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Comentários
Pacheco
O Nardes é um corrupto.
O Xandão deveria enjaular esse Nardes.
Picareta-Mor.
Foi o PSDB lá atrás que fez essa privatização exdruxula e que levou muito dinheiro na cueca de propina.
As gerações mais jovens sabem muito pouco da privataria tucana.
Um monte de gente avisou que todas essas privatizações sem critério técnico, sem ouvir o povo interessado que ia dar errado e deu.
Mas deu certo alguns apartamentos em Paris.
Zé Maria
.
Genelogia Partidária da Ditadura Militar
…………………………………………PSD
………………………………………./
……………………… PFL = DEM [+ PSL] = União braZil
……………………./
ARENA = PDS
…………………….\
………………………[+ PDC] = PPR [+ PP] = PPB = PP
Obs: Partidos de Direita como os atuais PL e Republicanos (PRB)
foram Fundados por Políticos Dissidentes das Legendas Acima.
.
marcio gaúcho
E, depois dizem que é o PT o único partido que faz aparelhagem das instituições públicas. Os milicos estão atuando dentro das instituições desde 1964 e de lá nunca saíram. Coitado do PT!
Zé Maria
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Os Canalhas Nardes, Nunes e Tarcício,
em Tabelinha com a Imprensa Neoliberal,
tentam capitalizar o Mérito da Investigação
instaurada pelo Governo Lula contra a ANEEL.
.
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Controladoria-Geral da União (CGU) Instaura
Inquérito para Investigar Irregularidades
envolvendo Dirigentes da ANEEL no Caso Enel SP.
O Inquérito foi Aberto em Resposta às Denúncias
encaminhadas pelo Ministro de Minas e Energia
do Governo Lula.
CartaCapital
A Controladoria-Geral da União anunciou nesta quarta-feira 16
que vai abrir foi instaurada uma investigação preliminar para
apurar possíveis irregularidades envolvendo dirigentes da
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
O inquérito é em resposta às denúncias encaminhadas
pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A investigação, conforme a CGU, corre em sigilo para “garantir
a integridade das apurações e o devido processo legal”.
Alexandre Silveira tem cobrado a ANEEL para se posicionar
de forma mais firme em relação ao ‘Apagão’ na Cidade de
São Paulo e na Região Metropolitana da Capital Paulista.
Na segunda-feira 14, o ministro convocou o Diretor-Geral
da agência, Sandoval Feitosa, para saber que medidas
estão sendo tomadas para sanar o problema do Blacaute.
No Ofício, Silveira disse que o ministério “não irá admitir
qualquer omissão por parte dessa agência [des]reguladora”.
Não é a primeira vez que o ministro se mostra insatisfeito
com a agência.
No sábado, respondendo uma publicação do prefeito e
candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), Silveira
disparou:
“O que anda fazendo a ANEEL, agência ocupada por
indicações bolsonaristas, que não dá andamento
ao processo de caducidade que denunciei há meses?”,
disse.
NO COMEÇO DO ANO, O Ministério de Minas e Energia
determinou à ANEEL a abertura de processo contra
a Enel.
O atual presidente da Aneel foi indicado pelo ex-
presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021 e tem
mandato até agosto de 2027.
https://www.cartacapital.com.br/politica/cgu-abre-inquerito-para-investigar-irregularidades-envolvendo-dirigentes-da-aneel/
Pacheco
O culpado é o governo do Estado de São Paulo que privatizou a Eletropaulo lá em 1900 e bolinha.
Quem fez essa privatização que é o culpado.
Deu tudo errado. Cada vez mais teremos esses super-eventos climáticos da natureza.
Foi uma privatização que piorou a vida do povo.
Essa Enel sequer contrata eletricistas.
Se não estou enganado isso foi iniciativa do governo de SP á e
época e se não estou enganado foi no governo FHC.
Num foi o Sérgio Mota que fez essa lambança.
Ricardo Oliveira
Este senhor é um corrupto notório, recebeu propina da RBS para não expor a empresa em atos de sonegação fiscal, entre outros, sabidamente seus pareceres procuram defender a direita entreguista, assim fica comprovado que as instituições brasileiras não funcionam por que tem em seus quadros pessoas comprometidas em defender os assaltantes do erário público.
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