América do Sul — uma estrela cadente
A América do Sul se apresenta hoje sem unidade e sem qualquer tipo de objetivo estratégico comum capaz de fortalecer seus pequenos países e orientar a inserção coletiva dentro da nova ordem mundial
Por José Luís Fiori*, em A Terra é Redonda
1.
Dois acontecimentos que se sucederam no mês de agosto, num lapso de apenas dez dias, poderão se transformar em datas de referência da história futura da América do Sul. Um, mais divulgado e discutido; o outro, mais discreto e silencioso.
O primeiro foi a ratificação, no dia 22, pelo Tribunal Superior de Justiça da Venezuela, da vitória de Nicolás Maduro na eleição presidencial do dia 28 de julho de 2024, e sua confirmação, portanto, como presidente eleito da Venezuela.
Uma decisão que foi contestada pelo principal candidato de oposição e pelos Estados Unidos, e mais dez países latino-americanos, mas foi reconhecida pela China, Rússia e alguns outros países do próprio continente.
Esta decisão encerra o processo jurídico interno de contestação do resultado das eleições e, portanto, já não há como alterá-lo ou revertê-los, a não ser através de um ato de força ou intervenção externa.
Nicolás Maduro parece contar com um esquema de sustentação interna muito sólido, e uma intervenção externa não contaria com o apoio do Brasil e da Colômbia. Portanto, o mais provável é que Nicolás Maduro venha a ser o presidente da Venezuela, entre 2025 e 2031.
Como consequência, o que se deve esperar é que os Estados Unidos intensifiquem seu cerco econômico e aumentem o cerco, o boicote, e as sanções econômicas que vêm impondo à Venezuela desde o Golpe de Estado de 11 de abril de 2002, contra o presidente Hugo Chávez, que fracassou apesar de contar o apoio dos norte-americanos.
O segundo acontecimento a que nos referimos, foi a reunião da South American Defense Conference, ou SOUTHDEC 2024, na cidade de Santiago do Chile, entre os dias 27 e 29 de agosto, patrocinado pelo U.S. Southern Command e pelo alto Comando das Forças Armadas do Chile.
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O tema central da conferência foi “como desenvolver novas tecnologias voltadas para a defesa da Soberania Hemisférica”, e contou com a presença da comandante-em-chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Laura Richardson.
Ao dirigir-se aos participantes na abertura do evento, a general Laura Richardson referiu-se ao público como parte de um “time de democratas” que estão decididos a enfrentar e derrotar os “governos autoritários e comunistas que estão tentando aproveitar de tudo o que eles podem aqui do Hemisfério Ocidental, sem respeitar as leis nacionais ou internacionais”, numa referência mais ou menos explícita à iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda.
Em seguida, referiu-se aos “Estados malignos que se utilizam de tecnologias avançadas para perpetrar corrupção, desinformação, abusos contra os direitos humanos….”, numa alusão à Rússia e ao Irã. E concluiu sua fala denunciando as eleições presidenciais venezuelanas do dia 28 de julho de 2024, que chamou de “antidemocráticas”.
Uma fala que não deixa lugar a dúvidas: os Estados Unidos consideram que a Venezuela de Nicolás Maduro faz parte da grande guerra — militar e econômica — que os americanos estão travando, neste momento, contra a Rússia, a China, o Irã e todos os seus aliados.
E ao mesmo tempo consideram que o envolvimento da América do Sul com o projeto chinês da Belt and Road, ou com o grupo do BRICS, afronta os interesses estratégicos norte-americanos.
Muitos poderiam considerar o tom do discurso da general Laura Richardson como arrogante e impositivo, mas na verdade ele faz parte de uma longa tradição de relacionamento hierárquico entre as Forças Armadas norte-americanas e os militares sul-americanos, e ainda entre os agentes da política externa dos Estados Unidos e as elites políticas e diplomáticas da América do Sul.
2.
Relembremos rapidamente a história passada do Continente: depois da sua independência, e durante todo o século XIX, o continente sul-americano foi tratado pelas grandes potências do Atlântico Norte como uma mera extensão demográfica e cultural europeia. E ao longo do século XX, como um protetorado militar norte-americano, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial.
Além disso, os países sul-americanos serviram, muitas vezes, como laboratórios de experimentação e vitrines de propaganda de iniciativas econômicas promovidas pelos Estados Unidos.
Como foi o caso do Chile, após o sangrento Golpe Militar de 1973, patrocinado pelos Estados Unidos e depois transformado em laboratório de experimentação pioneira das políticas neoliberais que foram difundidas por todo o mundo.
Deve-se recordar, de forma muito particular, o período da Guerra Fria, após a Revolução Cubana, em que os Estados Unidos abandonaram seu “desideratum democrático” do pós-Segunda Guerra Mundial e patrocinaram ou promoveram diretamente os golpes de Estado e as ditaduras militares que destruíram definitivamente a unidade e a identidade dos povos sul-americanos.
Estes foram divididos de forma profunda e irreversível, com a subordinação de suas Forças Armadas à política internacional dos Estados Unidos, numa dependência hierárquica e ideológica que se mantém até nossos dias.
Foi com o objetivo de reverter e superar esse quadro de fragilidade e submissão, que setores tecnocráticos e políticos de vários países sul-americanos formularam, nos anos 1950 e 1960 do século passado, o projeto da integração sul-americana, espelhado no exemplo da Comunidade Europeia.
Esse projeto, entretanto, nunca chegou a ser uma política de Estado dos países da região, indo e vindo na forma de uma utopia sazonal que se fortaleceu ou enfraqueceu dependendo das flutuações da economia mundial e das mudanças de governo no próprio continente.
Na primeira década do século XXI, os novos governos do continente, alinhados em torno à crítica do neoliberalismo e estimulados pelo crescimento das economias regionais, levaram à frente várias inciativas integracionistas, como foi o caso do avanço do Mercosul, liderado por Brasil e Argentina, e da ALBA, liderada pela Venezuela, e ainda da UNASUL, do CDS (Conselho de Defesa Sul-Americano) e do CCS (Conselho de de Saúde Sul-Americano).
Com a crise de 2008, entretanto, este cenário mudou, estratégia que teve um sucesso transitório, mas que ao mesmo tempo devolveu o continente às suas raízes primário-exportadoras, cada país voltado para si mesmo e comandado por seus próprios interesses nacionais, de costas para qualquer tipo de regionalismo.
Um processo de fragmentação e isolamento que foi radicalizado pela crise econômica provocada pela Covid-19, que fez com que o continente recuasse cerca de 10 anos do ponto de vista de seus indicadores econômicos e sociais, mas também de todos os seus ideais de solidariedade e integração.
3.
Todos os organismos regionais de integração criados na primeira década do século XXI se dissolveram ou foram esquecidos.
Como consequência, na terceira década do século XXI, frente às guerras da Ucrânia e de Gaza, ao esfacelamento em curso do sistema internacional e ao deslocamento de seu eixo econômico do mundo na direção da Ásia, a América do Sul dividida perdeu relevância geopolítica e geoeconômica dentro do sistema internacional.
O mais provável é que esse declínio se acentue na próxima década, na medida em que as economias sul-americanas sigam sendo pequenas unidades “primário-exportadoras”, isoladas e irrelevantes do ponto de vista geopolítico.
Com a exceção do Brasil e da Argentina, talvez, e da Venezuela, por possuir isoladamente a maior reserva de petróleo do mundo. Além disso, na última década, aumentou a desigualdade socioeconômica entre os países da região, e radicalizou-se a polarização política e ideológica dentro de cada um deles.
Como consequência, a América do Sul se apresenta hoje sem unidade e sem qualquer tipo de objetivo estratégico comum capaz de fortalecer seus pequenos países e orientar a inserção coletiva dentro da nova ordem mundial que está sendo gestada de forma cada vez mais violenta e imprevisível.
Nesse contexto, não é improvável que os Estados Unidos voltem a meter os pés pelas mãos transformando o continente sulamericano — uma vez mais — em um palco secundário de suas guerras globais, utilizando-se agora da Venezuela para repetir o que fizeram durante a Guerra Fria, quando utilizaram a Revolução Cubana como motivo para acabar com as democracias sulamericanas.
*José Luís Fiori é professor emérito da UFRJ. Autor, entre outros livros, de O poder global e a nova geopolítica das nações (Boitempo)[https://amzn.to/3RgUPN3]
Publicado originalmente no Boletim de Conjuntura no. 7 do Observatório Internacional do Século XXI — NUBEA/UFRJ.
*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.
Leia também
Ângela Carrato: Na Venezuela se joga o futuro de uma América Latina soberana
Comentários
Zé Maria
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“Lo que brilla con luz propria
Nadie lo puede apagar
Su brillo puede alcanzar
La oscuridad de otras costas”
(PABLO MILANÉS)
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SUEÑO CON SERPIENTES
(Silvio Rodríguez)
Por Silvio Rodríguez
https://youtu.be/5Mvmw1H2NHM
Do LP Días y Flores (1975)
https://youtu.be/_RsrnpsBmrw
Por Milton Nascimento & Mercedes Sosa
https://youtu.be/Jc6z26YVXgo
Do LP “Sentinela” (1980)
https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_nNiF5oIW29fbVaVC_T_g2rV-6LY1Y3xUE
“Hay hombres que luchan un día
Y son buenos
Hay otros que luchan un año
Y son mejores
Hay quienes luchan muchos años
Y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida
Esos son los imprescindibles”
(Bertolt Brecht)
Sueño con serpientes
Con serpientes de mar
Con cierto mar, ay, de serpientes, sueño yo
Largas, transparentes
Y en sus barrigas llevan
Lo que puedan arrebatarle al amor
Oh, oh, oh
La mato y aparece una mayor
Oh, oh, oh
Con mucho más infierno en digestión
No quepo en su boca
Me trata de tragar
Pero se atora con un trébol de mi sien
Creo que está loca
Le doy de masticar una paloma
Y la enveneno de mi bien
Oh, oh, oh
La mato y aparece una mayor
Oh, oh, oh
Con mucho más infierno en digestión
Esta al fin me engulle
Y mientras por su esófago paseo
Voy pensando en qué vendrá
Pero se destruye
Cuando llego a su estómago
Y planteo, con un verso, una verdad
Oh, oh, oh
La mato y aparece una mayor
Oh, oh, oh
Con mucho más infierno en digestión
Oh, oh, oh
La mato y aparece una mayor
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VOLVER A LOS DIECISIETE
(Violeta Parra)
Por Milton Nascimento & Mercedes Sosa
https://youtu.be/cyr7SdyHxYE
Do LP “Geraes” (1976)
https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_kjAavkj5MEiaeTkb7wFWVIFhcuZI2EXpk
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YOLANDA
(Pablo Milanés)
Por Pablo Milanés & Chico Buarque de Holanda
https://youtu.be/ZSCKHBCELug
https://youtu.be/aN80UEQZiZc
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CANCIÓN POR LA UNIDAD DE LATINO AMERICA
(Pablo Milanés)
Por Pablo Milanés
https://youtu.be/NlFeaE8kojE
https://youtu.be/zR9grCBssrk
Por Milton Nascimento & Chico Buarque de Holanda
(Versão de Chico Buarque de Holanda)
https://youtu.be/Z2JZq7ARat8
El nascimiento de un mundo
Se aplazó por un momento
Fue un breve lapso del tiempo
Del universo, un segundo
Sin embargo parecia
Que todo se iba a acabar
Con la distância mortal
Que separó nuestras vidas
Realizavan la labor
De desunir nossas mãos
E fazer com que os irmãos
Se mirassem con temor, oh oh
Cuando passaron los años
Se acumularam rancores
Se olvidaram os amores
Pareciamos extraños, oh oh
Que distância tão sofrida
Que mundo tão separado
Jamás se hubiera encontrado
Sin aportar nuevas vidas
E quem garante que a História
É carroça abandonada
Numa beira de estrada
Ou numa estação inglória
A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue, eh eh eh eh
É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos, oh oh
Lo que brilla con luz propria
Nadie lo puede apagar
Su brillo puede alcanzar
La oscuridad de otras costas
Quem vai impedir que a chama
Saia iluminando o cenário
Saia incendiando o plenário
Saia inventando outra trama
Quem vai evitar que os ventos
Batam portas mal fechadas
Revirem terras mal socadas
E espalhem nossos lamentos, oh oh
E enfim quem paga o pesar
Do tempo que se gastou
De las vidas que costó
De las que puede costar
Já foi lançada uma estrela
Pra quem souber enxergar
Pra quem quiser alcançar
E andar abraçado nela, oh oh
Já foi lançada uma estrela
Pra quem souber enxergar
Pra quem quiser alcançar
E andar abraçado nela, oh oh oh oh
Do LP “Clube da Esquina 2” (1978)
https://youtu.be/yH__C2-G5sU
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A Salvador Allende en su Combate por la Vida (1974)
(Pablo Milanés)
Por Pablo Milanés
https://youtu.be/uvFkZzTYaVs
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Zé Maria
MEL/MIEL
(Caetano Veloso, Waly Salomão)
Por Caetano Veloso
https://youtu.be/JBIUUDV25xU
https://open.spotify.com/intl-pt/track/5MphG46hW4YM4vTPw0AZj7
Ó, abelha rainha, faz de mim
Um instrumento do teu prazer
Sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direita claridade do céu
E abarco o sol com a mão
É meio-dia, é meia-noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feiticeira vamo-nos embora
É meio-dia, é meia-noite
Faz zumzum na testa,
na janela, na fresta da telha
Pela escada, pela sala,
pela estrada toda a fora
Anima de vida o seio da floresta,
amor em festa, a praia deserta
zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha, boca de mel,
carmin, carnuda, vermelha
Ó, abelha rainha, faz de mim
Um instrumento do teu prazer
Sim, e de tua glória, e de tua glória
E da tua glória, de tua glória
Da tua glória, da tua glória
E da tua glória, e de tua glória
Oh, mi abeja reina, haz de mí
Un instrumento de tu placer
Sí, y de tu glória
Pues si de noche, en completa oscuridad
Prueba el sabor de tu miel
Salgo direto a la claridad del cie
Y agarro el sol con una mano
De medio día, de media noche, a toda hora
Miles abejitas hechizeras
Mejor vamonos ahora
De medio día, de media noche
Un zumzum en la cabeza, en la ventana, en las cortinas de tela
Por la escalera, por la puerta, por la calle todo afuera
Animo de vida, oh seno de la floresta, amor en presta
A playa desierta, Zumbi en la oreja, concha de mar
Oh abeja, boca de miel
Carnuda, roja, colorada
Oh, mi abeja reina, haz de mí
Un instrumento de tu placer
Sí, y de tu glória
Y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória
Y de tu glória, y de tu glória…
Do LP “Prenda Minha” Ao Vivo (1998):
https://open.spotify.com/intl-pt/album/4HCs1WxdaCTb8S1TlgUG9C
Zé Maria
#UNGA79
“A democracia precisa responder às legítimas aspirações dos que
não aceitam mais a fome, a desigualdade, o desemprego e a violência.
No mundo globalizado não faz sentido recorrer a falsos patriotas
e isolacionistas.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vrl42ow22s
“Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises
humanitárias da história recente, e que agora se expande
perigosamente para o Líbano.
O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis
israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo
o povo palestino.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vraxqijd2i
“São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vrbhioyy2w
“9% da população mundial está subnutrida.
O problema é especialmente grave na África e na Ásia,
mas também em partes da América Latina.
Mulheres e meninas são a maioria em situação de fome
no mundo.
Mas a fome não é resultado apenas de fatores externos.
Ela decorre de escolhas políticas.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vrti4trh2q
“A fortuna dos 5 maiores bilionários mais que dobrou,
ao passo que 60% da humanidade ficou mais pobre.
Os super-ricos pagam proporcionalmente menos impostos
do que os trabalhadores.
O Brasil tem insistido na cooperação internacional
para desenvolver padrões mínimos de tributação global.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vrrkeoae2s
“O mundo produz alimentos suficientes para erradicar
a fome.
Falta criar condições de acesso aos alimentos.
Este é o compromisso mais urgente do meu governo:
acabar com a fome no Brasil, como fizemos em 2014.
Só em 2023, retiramos 24,4 milhões da condição de
insegurança alimentar severa.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vruonwna2m
“A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza,
que lançaremos no Rio de Janeiro em novembro,
nasce dessa vontade política e desse espírito
de solidariedade.
Ela será um dos principais resultados da presidência
brasileira do G20 e está aberta ao mundo.”
https://bsky.app/profile/lula.com.br/post/3l4vruonwna2m
Discurso do Presidente Brasileiro LULA da Silva
na Abertura da 79º Assembleia Geral da ONG
dos Estados Unidos da América (EUA).
Íntegra: (https://youtu.be/y-566sUXc3I)
Zé Maria
https://bsky.app/profile/jornalggn.bsky.social/post/3l4vxfbdfwx2g
“Bolívia Atravessa uma de suas Maiores Crises Político-Institucionais,
após Rompimento e Divisão Interna do Movimento ao Socialismo (MAS), Partido que Governa o País há quase 20 Anos”
[ Reportagem: Maíra Vasconcelos* | Especial para Jornal GGN ]
*Maíra Mateus de Vasconcelos – jornalista, de Belo Horizonte,
mora há anos em Buenos Aires.
Publica matérias e artigos sobre política argentina no Jornal GGN,
cobriu algumas eleições presidenciais na América Latina.
Também escreve crônicas para o GGN.
Tem uma plaqueta e dois livros de poesia publicados, sendo o último “Algumas Ideias para Filmes de Terror” (editora 7Letras, 2022).
Entrevista à Socióloga e Professora Boliviana ROCÍO ESTREMADOIRO,
da Universidad Mayor de San Simón (UMSS), Doutora em Ciências Sociais
pela Universidade de Salamanca (Espanha).
Íntegra em:
https://jornalggn.com.br/internacional/bolivia-atravessa-uma-de-suas-maiores-crises-politico-institucionais/
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Zé Maria
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Programa “Política na Veia” na TV GGN:
Com os Jornalistas Luis Nassif, do Jornal GGN,
e Sergio Lirio, Redator-Chefe de CartaCapital,
e o Cientista Político Claudio Couto, do Canal
‘Fora Da Política Não Há Salvação’:
https://youtu.be/_DPRXEJRorI?t=630
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Morvan
Além de todo o quadro regiamente delineado pelo articulista, hemos que antever que não há perspectiva sequer a médio prazo para sairmos da zona morta d´ora, afinal o “dividir para desarticular” estadunidense funciona a contento, tendo o “boring” Boric como sua mais alta aposta.
Ademais, o Brasil, que deveria ser o líder natural do levante pela Região, aceita “con mucho gusto” o papel de xerife do processo eleitoral venezuelano, agudizando ainda mais a clivagem entre as Nações irmãs.
Decididamente, não é fácil.
Nelson
É profundamente lamentável, mas, quando o governo Lula, submetendo-se aos interesses dos Estados Unidos, opta pela ingerência nos assuntos internos da Venezuela, está a prejudicar enormemente a necessária integração regional.
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Curiosamente, não se vê a mesma postura do governo Lula e de outros países contra Emmanuel Macron, na França. Para desfazer-se da esquerda, que garantiu sua vitória nas recentes eleições, Macron deu um “cavalo-de-pau” nomeando um político da direita para primeiro-ministro. Deixou a esquerda ‘dando boa noite pra palanque”, como dizia meu pai.
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Ou seja, Macron ignorou solenemente o recado dado pelo povo francês nas urnas. No entanto, para os governos Lula, Boric, Milei e outros, submissos aos ditames dos EUA, está tudo dentro do normal e Macron não teria fraudado o resultado da eleição e nem virado um ditador, acusações que não cansam de fazer, velada ou explicitamente, a Nicolás Maduro.
–
É profundamente lamentável a postura do nosso governo, repito, ainda que não surpreenda. No final de 2022, o governo Lula reconheceu o governo de direita da golpista Dina Boluarte alegando que o golpe se deu dentro da ordem constitucional peruana.
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