por Thiago Barison, sugestão de Igor Felippe
Assisti estarrecido à final do mundial de clubes. Minha expectativa para o jogo entre os melhores da América e da Europa se revelou ingênua. Passaram dois, cinco, dez minutos… e o Santos não havia trocado dois passes sequer. Do mesmo modo que eu ficava embasbacado, a espinha dorsal dos meninos da Vila era impiedosamente quebrada. Não havia força mental capaz de enfrentar a realidade que ia se impondo, cadenciada como uma dança. Foi uma imensa roda de bobinho, na qual bater seria mais humilhante que agüentar firme até o fim, e quem sabe diminuir o chocolate.
Lembrei das colunas do Tostão no jornal que exaltavam o futebol coletivo contra a grosseria-organizada do Brasileirão. Eu, como bom corinthiano, nunca dei a mínima para os gringos. Assistir a jogos do futebol europeu sempre me pareceu coisa de filho-de-rico, que conhece o esporte bretão pelo videogame. Talvez por esse empedernido antimperialismo futebolístico, o choque tenha sido ainda maior. Era duro de aceitar. As primeiras palavras que me vieram após o silêncio imposto pelo Barcelona eram radicalizações das de Tostão, meu novo profeta na religião da pelota. Gritei no intervalo: CBF! Urgente! Tostão presidente!
Veio o segundo tempo e nada mudou. Um cara do Santos com a bola no campo de defesa — que no Brasil costuma ficar livre, para tédio geral — e surgiam três ou quatro do Barcelona avançando como cachorros vorazes atrás de uma baleiinha de pelúcia quicando no gramado. E sem faltas. Os chutões para frente rapidamente se tornaram a saída mais digna. Reparando na situação inversa — o Barcelona com a bola lá atrás, recebendo a marcação dos santistas —, percebi o fundamento dessa Escola de futebol: a capacidade de, mesmo pressionado, jogar de cabeça erguida, tocar de prima no pé e aparecer para receber. Toca e aparece, toca e aparece, e o que era uma situação tensa logo se alivia desenvolvendo-se pelo campo. No ataque, essa lógica, ao invés de suprimir os talentos individuais, os potencializava: ameaça chutar, tabela, corre atrás da zaga ou mesmo arranca com a bola no pé, como o faz Messi. Quatro a zero saiu barato.
Diante desse fato histórico, telefonei imediatamente para meus amigos. Mas ainda aventávamos explicações confusas e típicas do atual modo brasileiro de pensar o futebol. ― Eles têm mais dinheiro… (mas dos onze, nove craques do Barcelona foram formados na base… e a Espanha tá quebrada!). Comparações entre individualidades… ou o Santos amarelou… (eu agradecia a São Jorge por não ser o Timão!).
Após o jogo, diz o técnico do Barcelona: “O que tentamos fazer é passar a bola o mais rápido possível. De fato, isso é o que o Brasil fez em toda a sua vida, segundo contavam meus pais e avós”.
E o complexo de vira-lata começa a tomar forma de pensamento. De fato, a Seleção de 1982 que encantou o mundo era assim: bola de pé-em-pé. Até hoje quando assisto a jogos em imagens antigas, tenho a impressão de que não há a correria dos jogos atuais. Bobagem: era futebol jogado mesmo ― quem corria era a bola! Tudo começa a fazer sentido: o Brasil lutando contra a ditadura, Democracia no Corinthians, e a Seleção de 82 liderada pelo Doutor, calmo, artífice do passe, humilde, coletivo. No palco gramado, Sócrates representa um povo levantando a cabeça.
Mas deixamos de jogar assim. Vieram tempos difíceis. A juventude que joga descalça na rua viu a década de noventa dizer-lhe “não” no assunto oportunidade. O futebol se tornou talvez o principal caminho para o sucesso. O moleque sente que precisa se destacar. Driblar sozinho todos os obstáculos. É o individualismo social transportado para o jogo ― a melancolia dos que fracassam é tocante no filme “Boleiros”, de Ugo Giorgetti.
Bem, a lição vem-nos agora na forma de uma goleada histórica. O mais novo herói midiático foi o primeiro a reconhecer. E dá mesmo para mudar. Voltar à Escola do futebol-arte. Ora, nossos colégios primários abrigam, por uma questão de espaço, o Futsal, cujo fundamento, também por uma questão de espaço, é o segredo do jogo do campeão mundial. Temos uma massa de jovens puro-talento. Além dos donos da bola, podemos ser os donos do campo, como reivindica Chico Buarque. O Brasil é um gigante adormecido ― acordará para a Copa do Mundo? Saravá!
Thiago Barison é advogado e faz doutorado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na USP
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Comentários
Juliano
Quanto ao Santos no Mundial, Muricy achou que poderia enfrentar o Barcelona como enfrentou Cerro, Once Caldas e Corinthians no primeiro semestre e teve sucesso: manda a bola pro Neymar que ele resolve.
O Barcelona não deixou a bola chegar.
Juliano
Nao confundam colocacao no Brasileiro com qualidade do time.
O Corinthians teve todo o primeiro semestre para se preparar para o Brasileiro, diferentemente de todos os outros grandes que estavam envolvidos nas Copas (do Brasil e Libertadores), e mesmo assim só garantiu o titulo na ultima rodada.
O Santos até o final de junho esteve voltado à Libertadores. No dia seguinte perdeu seus tres principais jogadores para a Copa America e pra amistosos da Seleção ao longo do semestre.
Operante Livre
O personalismo escondido por detrás de um discurso de "equipe" acaba com um time de futebol, com uma empresa, com uma família e com um país. Pior ainda quando as pessoas são comandadas por um "incontestável professor" que lhes garante um mega salário em troca de obediência incondicional. Ou então a simples manutenção de um posto de trabalho para que não pensem. Será que é exagero meu? Vejam as entrevistas de jogadores e concluam. Ganha-se para não se sentir e não fazer parte ativa de uma equipe. São apenas um conjunto de elementos soltos sem saber para onde correr. Algo como um bando. Assim vi meu Santos e vejo o atual futebol brasileiro: sem democracia.
zé curto
misturar família, futebol e país, com empresa dá nisso, operante. Empresa tem a ver apenas com grana e não com o resto. Esse "individualismo social", conforme o autor do texto, vem daí…o tutebol brasileiro virou uma máquina de fazer (também de lavar, como provou CPI) dinheiro. E os que ganham mais, ao contrário do que pensam os torcedores, quando os acusam de mercenários, não são os jogadores mas empresários e dirigentes de clubes e futebol. A propósito, a renúncia de joão havelange, sogro e mentor de ricardo teixeira, foi seguida de quase absoluto silêncio da media. Afinal porque teria renunciado aos 95 anos, quem gosta tanto de glórias? Eu gostaria de saber, a propósito, se o estádio do botafogo continuará com seu nome. Quem sabe não seria hora de mudar para Mané Garrincha, agora mesmo que os que gostam de grana e poder (e não fazem gols dentro de campo) querem tirar o nome de Mané do estádio de brasília). Os jogadores de futebol no Brasil se tornaram capital em carne e são vendidos pro exterior, como qq outra mercadoria, com 16 ou dezessete anos, enquanto os clubes compram e vendem, lavam dinheiro, dirigentes e empresários enriquecem…e os torcedores aplaudindo "bola pro mato que o jogo é de campeonato!", "botou ordem na casa" depois de alguém dá um chutão para a arquibancada, "manda quem pode (o técnico), obedece quem tem juízo"… os elogios aos volantes pegadores,, além de observações preconceituosas sobre os "baixinhos"…Bom prestar atenção nas palavras do técnico do Barcelona "jogamos hoje como meus pais e avós diziam que os brasileiros jogavam. As seleções de 58 e 62 jogavam assim e o ataque formado por garrincha, mazola, vavá, pelé, amarildo, zagalo, e vamos acrescentar jairzinho, rivelino e gerson, de 1970, asim como hoje messi, thiago, xabi,iniesta e companhia era todo formado por "baixinhos", o barcelona não deu um chuveirinho (hoje no brasil, nem chuveirinho é mais, é chuveirão!) na área…
Latini
As raízes do "futebol-arte", hoje, presentes no Barcelona estão na forma de pensar. Três princípios básicos norteiam o futebol apresentado pelo Barça: valorização do pensamento estratégico, da tomada de decisão e a resolução de problemas. Muito diferente do que, hoje, encontramos em nosso país dos "boleiros", das escolinhas (?) de futebol, do futebol "mercadoria"… Há uma grande diferença em resolver um problema "motor" (entende-se por motor, nesse caso, todo o contexto envolvido na prática em si: o jogo) e realizar uma tarefa motora. Resumidamente, na primeira, há construção, na segunda, repetição mecânica, pouco reflexiva. Mas, enfim, enquanto a educação, sim, a educação de nosso país caminhar para aonde quer que esteja indo, continuaremos tomando chocolate!
Tiago
O seu comentário está aguardando moderação.
21 de dezembro de 2011 às 17:14
Disponivel no youtube…Vejam o video senasacional….MAYNARD NO PROGRAMA DO JO…
pedindo CPI DA PRIVATARIA (SIC)
O_Brasileiro
Alguém pode me explicar como um time que chegou a ser ameaçado pelo rebaixamento poderia vencer um dos melhores times do mundo?
Não acompanho muito o futebol, mas qual é a defesa do Santos? Quem são seus zagueiros? O meio-campo defende?
Tirando a estratégia de marketing, qual a estratégia de futebol que o Santos tinha?
Faço coro: Saiu barato!
Ricardo Martins
O Barcelona foi e é superior não só ao Santos mas como é superior a qualquer time do globo hoje fazendo até mesmo um 5 X 0 em seu maior rival que é um grande time também. Isso se explica por causa de dinheiro? Sim. Ingênuo pensar que em um capitalismo em estágio tão avançado como o nosso qu eé possível manter uma equipe de nível internacional sem um sólido suporte financeiro. Porém, o Barcelona é uma experiência que vai muito além. O trabalho de base globalizado consegue extrair um número absurdo de jogadores de qualidade, enquanto em muitos times mesmo europeus o desperdício de talentos é muito grande. O padrão de jogo também provém da base; o famoso domina-e-toca é visto em todas as categorias. Outro fator de sucesso é o prestígio das soluções caseiras tão subestimado no Brasil. Guardiola chegou como gandula no Camp Nou, passou pelas categorias de base, foi jogador profissional e hoje é o técnico. Mais entrosado com a filosofia do clube impossível. Por outro lado, temos um futebol enfraquecido por conta do amadorismod e nossos clubes, sua opção em revelar jogadores para vendê-los (lógica monocultora colonial de plantation por sinal) e a falta de padrão de jogo. A euforia do campeonato brasileiro cegou crítica e público impedindo-os de ver algo óbvio: a faltade qualidade de nossa liga. O Santos não é um clube fraco no Brasil; ao contrário, o décimo lugar é enganoso. Sabemos que o Santos não jogou com a força máxima em boa parte do brasileiro e quando o fez venceu com tranquilidade os dois postulantes ao título. Se fosse o Corinthians ou o Vasco o resultado seria exatamente o mesmo. Está na hora de pararmos com ilusões. Nosso campeonato precisava se profissionalizar, melhorando o calendário e as condições dos clubes formarem verdadeiros times ou o que vimos no domingo ou no ano passado (Inter perdendo do Mazembe) se repetirão em outros anos. Não esqueçamos o vexame dos brasileiros na Libertadores camuflado pelo título do Santos e na sul -americana.
Luiz
Faltou o "terremoto colorado". Tá lá no youtube.
zé nome curto
terremoto colorado não mexe uma pá de terra no brasileirão desde 1976!
(pra minha tristeza, o inter se globalizou, e como tudo que fez assim,
perdeu as raízes, hoje é um time de mata-mata…uma péssima escola
de futebol).Possivelmente a maioria dos torcedores do inter nunca viu seu time ser
campeão brasileiro de futebol. Ganha apenas torneios mata-mata, o que
rebaixou o futebol arte brasileiro, ao futebol de muita porrada dos que ganham
libertadores e jogam um (ou dois) jogos em toquio (ou abu-dabi) terras onde
o futebol tem pouca tradição. Como se sabe em Porto Alegre, time que não disputa
campeonato (brasileiro, turno e returno, 38 rodadas), perde a torcida, basta esperar
um pouco…se cuida, inter!, acorda!
Carlos J. R. Araújo
Depois de ver (e ler a maioria) destes comentários, senti uma dor na alma e me lembrei de Umberto Eco,
Ele, num artigo sobre a "Falação Esportiva", diz que esta decorre da simples falação, a qual "é a possibilidade de compreender tudo sem qualquer apropriação preliminar da coisa". Fala-se, por falar, sem entender nem convencer. Fala-se e nada mais. É o "bom dia", o "como vai", o "tudo bem", que nada dizem e que não exigem resposta, nem interessa a quem foi indagado. Um gesto de comunicação, apenas necessário para a sociabilidade.
Eco desdobra isto e diz que a "falação esportiva" é a hipertrofia da falação normal e cotidiana. "um contato contínuo sem qualquer mensagem", simples "discurso fático tornado fim em si mesmo". Daí, ele diz que "a falação esportiva é a magnificação do desperdício" e o "ponto máximo do consumo", já que o falante esportivo "consome diretamente a si próprio" e sem "possibilidade de tematizar e julgar o consumo ao qual é convidado e submetido". Fala-se para nada, apenas por falar, sem nenhum resultado. Nenhum juizo crítico vai convencer os adeptos do Santos de que o Corinthians é melhor, e mesmo a simples estatística não seria suficiente para convencer o outro torcedor. Um diálogo de surdos. Enfim, diz Eco que este desperdício é "o lugar da ignorância total". Digo eu, um Blá, blá, blá do Pinel, basta ir a qualquer manicômio para confirmar.
Então, pergunto: para quê tanta falação inútil e desperdiçada sobre futebol? Azenha, o seu blog não é o pátio do Pinel. É um lugar privilegiado. Faça um favor a todos nós: retire o futebol do seu blog, pois há coisas mais interessantes, instrutivas e necessárias para ler e comentar. Deixe isto para o Sport TV, Galvão Bueno e para aqueles que Mino Carta rotulou de "doutores da bola" – os comentaristas esportivos. Argh, estragou meu dia…
zé nome curto
espero q vc não seja o carlos araujo que tem aparecido em letras e fotos em livros importantes que tem circulado nesse verão, pois comete um equívoco enorme, além de todos os outros, que o tal carlos cometeu ao longo do tempo…O futebol é central na cultura brasileira, não é perda de tempo discutir futebol e ele não está desligado de todas as outras dimensões da vida (pra vc, que citou umberto eco), tratadas aqui no azenha. O dado da realidade é que a partir do futebol, podemos pensar em todo o mais, e os que separam o futebol de todo o resto apenas se alienam da cultura brasileira, essa dicotomia, essa oposição binária não existe, nunca existiu. A copa do mundo aqui tem permitido a muita gente que é fanática pelo jogo da bola perceber que existem outras jogadas muito mais pesadas rolando quando a bola rola. Ricardo Teixeira nunca foi tão popular e espero que se torne ainda mais, que seja conhecido por todos os seus feitos. é interessante saber dos vínculos de todos os que coordeam o comitê da copa do mundo, tem gente interessantíssima (digna de interesse) por lá, que mereceria investigação de jornalistas como amaury ribeiro jr. (não retirar o ribeiro, por favor)…Quem quiser entender o brasil, tem que lidar com seu futebol e não querer tirá-lo da jogada senão é o caminho para ficar de fora…basta comparar o número de comentários dos blogs de futebol e os demais. Não quero só comida!, já gritavam os titãs, é tudo ao mesmo tempo agora (sempre foi, mas alguns não percebem)
Fernando
O Barcelona vem aqui na América Latina e sequestra adolescentes como o Messi e o Thiago Alcântara e vocês ficam babando ovo deles.
Colonizados!
Jeca Tatu
Sou santista, mas convenhamos, o time não jogou nada no 2o. semestre. Só fez um grande jogo, que foi aquele contra o flamengo (5×4). Aliás, desde que o bom técnico Muicuy chegou ao Santos, o time não fez partidas semelhantes àquelas de quando o treinador era o Dorival Jr. O time começou a ser mais burocrático e previsível. O time não conseguiu se praparar para o brasileiro nem, tampouco, para o mundial. Quantas vezes em seguida o time jogou completo? Teve muitos problemas de contusões e perda de jogadores. Contudo, acho que o técnico pipocou, pois contra o Barcelona o time não conseguiu trocar 4 passes em seguida. Isso me parece ser problema do técnico e não do adversário que consegue marcar muito bem. Todos sabemos que quando o Santos sai tocando bola em velocidade é complicado. Mas o time já não faz isso há muito. Aliás, o Barcelona jogou o que sempre joga, o peixe nem apareceu no campo. Não havia conjunto, mas 11 catados atuando juntos. Não dá para dizer que foi somente porque o adversário não permitiu. De todas as finais que já assisti de mundial, essa foi a que o time sulamericano menos ofereceu resistência ao adversário.
leo2311.
ver jogo de futebol dos times europeus caro escritor, não é coisa de filho de rico, antigamente decada de 80, tanto a band como a globo, passavam os jogos de certos campeonatos, e hoje qulquer um pode assinar uma tv a cabo.
Fernando
Um dia destes vi uma entrevista de um diligente de futebol, ele disse tudo. O time vai pega o menino no interior que se ganhar um salario minimo é muito, chega no clube já ganhando 25, 50 até 100 mil, compra seu carrão, pega as marias chuteiras, e o futebol que seria seu ganha pão passa a ser secundário, tem programas para ir, negócios para fechar, propaganda para fazer, e não podemos esquecer das festas e baladas que ele acha, mesmo ganhando 50 vezes mais que a realidade do pais, que tem direito de se divertir como qualquer moleque de sua idade. Entra em campo e parece que esta fazendo um favor de jogar.
Alex Gonçalves
"Eles têm mais dinheiro… (mas dos onze, nove craques do Barcelona foram formados na base… e a Espanha tá quebrada!)"
Desculpe, mas é uma resposta esfarrapada. O Barcelona aproveitou décadas de pujança neo-liberal + EURO antes da crise. Até pra segurar o pessoal da base é preciso ter grana.
Como que você acha que seriam vários times brasileiros se pudessem segurar suas crias? Ou você acha que escolinhas de São Paulo, Flamengo, Vasco, etc, estão lá pra enfeitar? Só pra um exemplo, que tal o Santos? Se pudesse ter segurado Robinho, Diego, Elano…
O moleque mal aparece e já vai pra Europa.
E você vai me dizer que faltou grana pro Barcelona ter nos últimos 20 anos: Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho?
Sandra Caballero
A folha de pagamento do Barça e 75% maior que a do Santos. O trabalhador espanhol esta quebrado, os banqueiros não.
FrancoAtirador
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Simples assim:
Na Espanha, Futebol-Empresa;
No Brasil, Futebol-Imprensa.
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josé maria de souza
Não resisto à tentação e lembro o jogo da final Brasil contra a Suécia, 5×2, em 1958.
Tive a oportunidade de assistí-lo três vezes, no youtube, acho que no ano passado. Naquele jogo, nossa seleção fez o que o Barcelona fez agora, domínio quase que absoluto de posse de bola, sem violência, com os gols saindo naturalmente.
josé maria de souza
Sandra Caballero
A seleção de 70, não sei sobre a de 58, teve três meses de treinamento antes da Copa, a de 82 45 dias. A de 2010, 15 dias. Talvez isso explique um pouco sobre o futebol coletivo desenvolvido anteriormente.
Francisco
Para essa Copa eu já estou vendo as desculpas: "não posso aparecer no treino porque tenho um contrato de campanha publicitária…".
J.C.CAMARGO
Bacharel Thiago: como corinthiano de 4 costados, deploro sua visão muito amadora sôbre futebol! Você é /
daqueles torcedores que se dizem corinthianos más não fanáticos! Conheço essa lenga-lenga desde muito
tempo, muitos carnavais! Primeiro: está CERTÍSSIMO que o BARÇA é uma equipe FENOMENAL! Todavia,se-
ja por escalação errada (que derrapada do Muricy!), seja pela ( inesperada e incompreensível ) APATIA dos /
Peixes ( Fescos), é certo também que a defesa santista falhou e bisonhamente nos dois primeiros (e fatais)
gols do Barça (falha individual do zagueiro Durval); no terceiro gol, a falha defensiva foi coletiva! Caso o pri-
meiro tempo terminasse empatado em 0 x 0, acredito que o segundo tempo seria diferente! E tais quais os /
Timinhos do São Paulo FC e Inter PAlegre, poderia arrumar um golzinho salvador e voltar (imerecidamente)
com o titulo de campeão do mundo! E quanto ao TOSTÃO, como êle escreve mal sôbre futebol!
Duarte
Amigos, acho que vcs chegaram tarde, a seleção do Uruguay joga igualzinho, ou melhor, do que o Barcelona. O jogo final contra o Paraguay foi antologico, coroando com um terceiro gol fantástico mostrando todo o conjunto do time. O que acabou a seleção canarinha foi o dinheiro e Ricardo Teixeira.
Euripedes Ribeiro
Se em 1974 o pusilânime, falso, venal, supersticioso e incompetente tecnico da seleção brasileira, um tal de za-gagá-lo, tivesse sido preso, incomunicável, quando tirou o Ademir da Guia aos 34 minutos, não teríamos hoje, seus seguidores, tecnicos covardes, sem noção de tatica, com mais medo de perder do que vontade de ganhar. Ele não teria inventado o futebol covarde que jogamos hoje. Não teria inventado o tal de cabeça de área, atual volante, que era um e agora são três ou mais. Alguém aí sabe o nome do volante do Barcelona? Se o safado, corrupto joâo havelange, não tivesse sido eleito presidente da FIFA em 1978 e houvesse sido sumariamente afastado do futebol, não teríamos que suportar os desmandos e as contravenções de seu medíocre genro. Se a concessão da Globo tivesse sido barrada logo após os milicos sairem, não teríamos que suportar as calhordices dos Galvões e Escobares do mundo, o que serviria também para calar muitos outros comentaristas que dão palpites sem saber do que estão falando. Se fosse esta a história, mesmo que não estivéssimos evoluidos no futebol, desde a seleção de 1938, estaríamos melhor, pois esse futebol que o Barça apresentou, é o que os brasileiros jogavam em 1938, o ano em que eu nasci.
Ivo F Mathias
A bem da verdade, a verdade e que o futebol brasileiro morreu e se esqueceram de avisar.
Estamos do outro lado da mesa agora, antes quem suava, corria, tinha de ser humilde eram os outros, agora chegou a vez da patria de chuteiras se olhar no espelho e dizer:
Cambada de cabecas de bagre que somos nos.
Vai ter de mudar, mas infelizmente vamos ter de perder a copa no Brasil sem chegar as quartas de final..
Morvan
Boa noite.
Concordo, Ivo F Mathias.
Na verdade, o futebol ou isso que nos estão obrigando a tratar como tal, a exemplo da dobradinha PSDB/PFL, respira por aparelhos piguianos!
Observação: a analogia não é minha, mas não lembro quem fez a tirada sobre os "aparelhos piguianos".
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
SILVA
O Galvão disse que seria o jogo do século!!! Deu no que deu!!! Enquanto a Globo mandar no futebol do Brasil é isso. Faz de mediocres -mitos. Chega de endeusar. Saudades do Socrates, Zico, Romário. Futebol é conjunto É arte. Futebol é magia. Futebol é encanto. Futebol é espetáculo como mostrou o Barcelona.para o mundo. Chega de individualismo e de individualistas.
Benedito
Me chama a atenção o silêncio do Azenha. Até uma semana atrás, durante todo o ano de 2011, ele sempre aparecia com uma ou outra provocaçãozinha futebolística. Pois o moço calou-se no assunto futebol desde domingo passado. Será que o baque foi tão grande assim?
Vinicius Garcia
Estão estragando o futebol brasileiro, a visão financeira, que faz que a cada cinco anos, dez jogadores de cada time migrem para melhores ofertas tira o encanto do torcedor pelo time e torna o "título" questão obrigatória, houve épocas em que os times de futebol tinham elencos maravilhosos, que perdiam campeonatos, mas no ano seguinte a base era mantida, hoje se determinados clubes fazem campanhas medianas, logo se desmancham e se renovam quase por completo. E nos clubes montados por "empresários" aonde muitas vezes um suposto talento, só permanece no clube se ele favorecer o pacote do mesmo, isso é, se for escalado junto com o perna-de-pau, para o seu lucro.
O Barcelona, pelo seu poder aquisitivo, monta seu time sem esse tipo de influência nefasta, pois ele contrata aquilo que acha de melhor, escala o que tem de melhor, sem que os empresários façam qualquer tipo de pressão, enfim, só joga alí, quem joga bola.
Beto
Acontece que os cartolas brasileiros, quanto mais negociam jogadores, mais ganham dinheiro, ficam vendendo e comprando os atletas e ficando mais ricos a cada transação. O time do Barcelona é majoritariamente da base, formado por atletas que praticam futebol no clube há muitos anos.
Morvan
Boa tarde.
O que aconteceu no domingo próximo passado, antes de uma tragédia, foi uma bênção! Espere aí, Morvan. Você tá dizendo isso porque não foi com o seu time, seu corinthiano.
Não é nada disso.
É porque, em nenhum momento, eu acreditei que o Santos pudesse enfrentar o Barcelona de igual para igual.
Não é por síndrome de vira-latas. Não é nada disso. É que o Santos da Globo é um, e o Santos real é outro. Não que o Santos não seja um bom time. Mas o Santos de Neymar e de Ganso, os dois "meninos de ouro", é uma quimera. São, pelo contrário, jogadores sem qualquer responsabilidade, sem qualquer noção de grupo e sem qualquer compromisso com o destino dos seus clubes. Claro que, para a Göebbels, o jabá é o que importa.
Porque uma bênção: porque nos mostra o que precisamos mudar e tira a empáfia da vênus platinada, a criadora de "Robinhos".
Com relação ao "Barça", eu confesso estar surpreso com um time em que ninguém dá chutão (típico do "futebol da Göebbels) e no qual até o goleiro sabe jogar com os pés – só havia visto tal fenômeno no futsal, o famoso "goleiro linha"!
A lição há de servir a todos. Quem for inteligente, aprende…
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
PEDRO HOLANDA
Tá bom. Mais faltou um pouquinho de ´´sangue no olho´´ Como assisto aos jogos sem áudio (Não aguento os Galvões e os Kleberes da vida falando M… o tempo todo) percebí que os santistas ficaram assim meio que deslumbrados e a sensação foi de como os boleiros do interior nos olhavam antes e durante as partidas que jogávamos com nosso time de pelada. Ah. eu já dei minhas carreirinhas, quando jovem,
Fernando
O Curintia ganharia fácil do Barcelona.
Luís
Não ganhou nem do Palmeiras, vai ganhar do Barça?
Milton Freitas
Sabemos que o perdedor nunca foi o Santos.afinal cansamos de ver nossos comentaristas chamar Filipãp,Tite.Mano,Muricy,AbelãoKuka e outros de bons treinadores.
Estes mais a libertadores acabaram com o futebol no Brasil,que hoje se resumi a um chutador e um cabeceador e muitos chuverinhos.
Mastem que paga 700 para eles fazerem isto,.
para salver o futebol a blogosfera teria que premiar o time que jogou mais bonito e com a bola no chão,coisa rara hoje em dia
José Livramento
Desculpe, mas parece que boa parte da imprensa ficou cega pela qualidade do Neymar:
O TIME DO SANTOS É UMA PORCARIA.
É até cretino ver comentaristas naquele programa de segunda feira do SporTV falando que o Santos é o melhor time do país. O melhor time do país é – foi – o Corinthians, junto com Vasco. Seguido de perto por Fluminense e Flamengo. Tivemos 38 rodadas para mostrar isso.
O Santos jogou contra o Barcelona o futebol do 10° colocado do Brasileirão. O que esperar disso além de uma aula de futebol?
O Barcelona não teria um jogo TÃO fácil contra Corinthians, Vasco ou Fluminense. Mesmo contra o irregular Flamengo. Iria ganhar, com certeza, mas não seria essa partida de bobinho que foi.
Morvan
Boa noite.
José Livramento, repeito por demais o seu comentário, porém discordo. O Santos não é uma porcaria. O fato de tornar todo o time santista a reboque de dois pseudo-craques, isto sim, é uma porcaria. O Santos é um bom time e tem um treinador (acho melhor enquadrá-lo como técnico) com uma visão muito lúcida do futebol. O problema do Santos e de outros times brasileiros é a lógica perversa da "ditadura do empresário", ou seja, antes da famigerada Lei Pelé (um craque, dentro das quatro linhas), o time podia planejar. Hoje, quando o jogador está se aclimatando ao time, o empresário já o negociou (às vezes, o jogador não tem tempo nem de se despedir da família e dos amigos).
Quanto a Corínthians e Vasco figurarem dentre os melhores, concordo (esqueça que eu sou corinthiano, pois estou tentando analisar com isenção!) com você e faço uma ressalva: eles apresentaram muita regularidade e não tinham "craques" em seus elencos. Deste tipo de "craque' que cito, isto é uma enorme vantagem.
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
riorevolta
Concordo com você, mas eu estava falando pragmaticamente da partida. O Santos perdeu porque o time é ruim.
ZehLuiz
José, o Santos não é a porcaria que voce disse e nem é o melhor atualmente.
Não é coincidência que os times que conseguiram manter a maioria de seus jogadores foram os melhores no brasileirão. Vasco, Fluminense, Corinthians. Corinthians quase ganhou em 2010 e manteve/reforçou o time anterior. Santos: vendeu 06 jogadores em julho. Não se encontrou até hoje. Vai contratar novos jogadores, mas se em julho desmanchar de novo…. No Barcelona, além de Iniesta e Xavi serem fora de série, mais de 50% dos jogadores estão no clube há mais de 10 anos. Não é coincidência. Tem dinheiro, também. Barcelona aplicou 90 milhões de euros para montar time que tinha Etoo, Daniel e outros. Recebe anualmente 160 milhoes de euros só de TV. Tem administração também.Mas a permanência por várias temporadas de bons jogadores facilita muito as coias.
sergio m pinto
Meio difícil de consertar.
O que se vê, no mais das vezes, é o que um comentarista disse em um desses programas esportivos – boa parte dos clubes se transformou em empresas exportadoras.
Basta olhar para os grandes clubes para perceber que, ano após ano, muito pouco dos talentos são aproveitados e mantidos na equipe principal. A maioria é vendidas para os clubes do exterior e o pessoal vai, para "fazer o pé de meia".
Cadê os times de base da Ponte Preta, do Guarani, do Santos, do São Paulo, do Corinthians, apenas para ficar no Estado de São Paulo?
Ao contrário, os clubes preferem investir no que meu pai chamava de "cavalos velhos". É só olhar para os lados para entender o que meu pai dizia. Motivo ? – deixar a galera entusiasmada.
Vem aí outra Copa São Paulo. Acompanhem o que acontece com os jogadores que se destacam e entendam porque o futebol brasileiro está essa geléia geral, que o Santos demonstrou.
Klaus
Há anos o Barcelona joga assim; há anos o Barcelona vence assim de Real Madrid, Arsenal, Manchester e Bayern de Munique. Não jogou melhor ou diferente e nem o Santos é melhor que estes times todos. O que aconteceu domingo foi que, finalmente, o Barcelona foi apresentado ao povão, pois passou na Globo. A Globo fez o oba-oba dela para vender o jogo e o povão foi ver e, finalmente, foi apresentado ao futebol do Barcelona. Melhor ela teria feito e escondido o jogo, pois assim, seria mais fácil nos fazer engolir aquele campeonatozinho de todo ano. Meu Deus, como vai ser difícil assistir um Flamengo x Palmeiras, Atlético x Grêmio ou São Paulo x Coritiba e continuar achando que está assistindo a um jogão.
Mário SF Alves
Pois é, Klaus, nem tudo é perfeito, e neste caso, por força das circunstâncias, não deu pra o PiG esconder o futebol do Barsa. E a gente aqui só enxergando o Neymar, o Ganso, enquanto que japonesinhos de menos de cinco anos de idade não tinha a menor dúvida de quem era quem neste campeonato.
Mas, cá entre nós, não dá comparar os dois times, mesmo porque, um, o de lá – ainda que Espanha esteja numa roubada – é movido a ouro; enquanto que o de cá, bom… nem tanto.
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